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Educação em Espaços nãoEducação em Espaços não EscolaresEscolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Bem vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), seja muito bem-vindo(a)! A disciplina de Educação em Espaços Não Escolares possibilitará conhecermos um pouco mais a atuação do(a) pedagogo(a) que não está mais restrita apenas a sala de aula, ambiente educacional formal, mas a todos os outros espaços que possibilitem uma aprendizagem signi�cativa ao indivíduo. Nosso objetivo é preparar o(a) futuro(a) pedagogo(a) para atuar na sociedade por meio da educação, independente do seu campo de atuação futuro – seja a atuação em sala de aula ou nas demais áreas que requisitem seu trabalho. Neste sentido, este material tem por objetivo básico fornecer conhecimentos sobre o histórico da pedagogia, bem como mostrar a evolução do curso e aplicação na atualidade. Na Unidade I começaremos abordando a atuação do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares, compreenderemos o histórico do curso de Pedagogia no Brasil, as funções e atribuições gerais do(a) pedagogo(a), os conceitos de educação “formal”, “informal” e “não formal” e, por �m, os aspectos históricos da educação “formal”, “informal” e “não formal”. Já na Unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre os fundamentos pedagógicos da educação em espaços não escolares. Para isso, vamos detalhar as competências e habilidades do(a) pedagogo(a), o seu papel nos espaços não escolares, abordar quais são os espaços organizacionais de aprendizagem e os tipos de aprendizagem bem como a importância da atuação do(a) pedagogo(a) no processo de ensino e aprendizagem. Na Unidade III trataremos de maneira especí�ca sobre a atuação do(a) pedagogo(a) nos espaços não escolares, destacaremos o campo de conhecimento pedagógico e a emancipação do sujeito como caminho de interação e inserção no meio social e traremos a interação entre família, estado e sociedade no processo não formal do sujeito. E, por �m, na Unidade IV vamos compreender a responsabilidade ética e social do(a) pedagogo(a) em suas ações nos espaços não escolares. Para cada unidade são previstas leituras e atividades que devem ser realizadas para que você tenha conhecimentos seguros sobre sua formação e atuação e ainda tenha certeza de que a atitude de aprender deve ser um hábito do(a) professor(a), visto que esta é uma pro�ssão que exige atualização constante, compromisso e dedicação. Oferecemos a você, como instrumentos, os conteúdos, nossa dedicação e nosso trabalho. Aproveite bem e alcance seus sonhos. Unidade 1 Atuação pedagógica em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Introdução Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade I da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. A atuação do(a) educador é indispensável no processo de ensino e aprendizagem, todavia a formação humana acontece nos mais variados espaços no qual o indivíduo está inserido, seja ele escolar ou não escolar, e é por esse motivo que se faz necessário um(a) pro�ssional preparado(a) com uma prática sistematizada e signi�cativa. Nessa perspectiva, as referências e re�exões sobre as diversas formas e meios de ação educativa deverão também constar do rol de atribuições de um pedagogo, e, mais que isto, referendar seu papel social transformador (CARNEIRO; MACIEL, 2006, p. 2.) Diante dessa a�rmação, no primeiro momento desta unidade estudaremos um breve histórico sobre o curso de Pedagogia no Brasil. No segundo momento compreenderemos as funções e atribuições gerais do(a) pedagogo(a) e, por �m, os conceitos de educação: “formal”, “informal” e “não formal”. Portanto, recomendo que, durante a realização da disciplina, você procure interagir com os textos, fazer anotações, responder às atividades, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados, pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os desa�os na construção de conhecimentos. Bom estudo e ótimos momentos de construção de aprendizagem! A Pedagogia, seus conceitos, suas dimensões e suas implicações sócio políticas em ambientes não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno A função do(a) pedagogo(a) mudou muito no decorrer da história. Na Grécia era um simples escravo ou servo que conduzia a criança para o seu aprendizado. Como um instrutor, fazia o acompanhamento e a vigilância do jovem e, por isso, era chamado de paidagogo: Paid= menino, �lho e Ago= levar, trazer, impelir. No Brasil, o curso de Pedagogia começou na década de 1930, na USP e na UFPR. Nesse momento, os que concluíam o curso recebiam o diploma de bacharel em Pedagogia, sendo considerados um “técnico em educação”. Seu campo de atuação não era especi�cado, porém para ministrar aulas era necessário cursar mais um ano de Didática, sendo Didática Geral e Didática Especial (SILVA, 2003). Por volta de 1960, o(a) pedagogo(a) passou a fazer reivindicações de espaço. Na Lei 4.024, primeira LDB do país, estava previsto que o(a) diretor(a) de estabelecimento de ensino deveria ser educador(a) quali�cado(a). Só que poucos(as) sabiam que SAIBA MAIS Caro(a) aluno(a), é importante ressaltar que o termo pedagogia é de origem grega e somente com o tempo passa a ser utilizado para indicar re�exões sobre a educação. Podemos dizer então que o berço da pedagogia é a Grécia e foi lá que as primeiras re�exões sobre as ações pedagógicas começaram a surgir e que por muito tempo irão in�uenciar a educação. O(A) pedagogo(a) é aquele(a) que domina sistemática e intencionalmente as formas de organização do processo de formação cultural que se dá no interior das escolas. Daí a necessidade de um espaço organizado de forma sistemática com o objetivo de possibilitar o acesso à cultura erudita (SAVIANI, 1985). De modo geral, a educação grega visava uma formação integral, que envolvesse o desenvolvimento do corpo e do espírito, embora alguns povos gregos enfatizassem o preparo esportivo e outros, o debate intelectual. A história é a interpretação da ação transformadora do homem no tempo. A pedagogia é a teoria crítica da educação, isto é, da ação do homem quando transmite ou modi�ca a herança cultural (ARANHA, 1996). Fonte: a autora. curso poderia quali�cá-lo(a). E a muitos(as) não interessava que o(a) diretor(a) devidamente preparado(a) ocupasse o lugar que lhe era devido. Finalmente, em 1968, a legislação do ensino superior, Lei 5.540, previa a organização e o currículo do curso de Pedagogia como a possibilidade referente a função pro�ssional, ou seja, o licenciado poderia optar por suas habilitações. O Bacharelado foi instinto e a Didática incorporada como disciplina obrigatória (CHAVES, 1981). Em 1971, por meio da Lei 5.692/71, segunda LDB, foram especi�cadas algumas especialidades. Assim reza o artigo 33 da lei: A formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação. Essa Resolução já possibilitava que os(as) pedagogos(as) pudessem atuar da 1ª a 4ª séries do 1º grau, desde que tivessem cursado Prática de Ensino de 1º Grau. Além do currículo para as especialidades, a Resolução previa que a formação para as disciplinas pedagógicas da já extinta Escola Normal fossem feitas em curso de Pedagogia como uma das habilitações. Em 1996 surge a terceira LDB do Brasil, Lei nº 9.394/96. Ela representou signi�cativas mudanças, pois instituiu o curso Normal Superior, obrigatório para formar professores da educação infantil e para os anos iniciais. Numerosos cursos de Pedagogia, especialmente na década de oitenta, buscaram inovar privilegiando a formação do(a) professor(a) de 1ª a 4ª do ensino fundamental. A educação infantil predominava como curso de especialização. A Lei nº 9.394/96 prevê em seus artigos: SAIBA MAIS O processo histórico de transformação da sociedade perpassa pelo que chamamos de ressigni�cação de ações e valores.É fato que para chegarmos ao que temos ou somos hoje, em se tratando de método, ciência e educação é necessário entender como ocorreu o processo dentro da história e como se originou tudo que hoje vivemos. Franco (2018) reforça o fato de pensar que a educação se faz em toda sociedade, através de diferentes meios e em diferentes espaços sociais, à medida que a sociedade se tornou complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessários ao exercício pleno da cidadania. O ensino e a aprendizagem não estão apenas dentro do cotidiano escolar, ele perpassa os muros da escola, pois os espaços formais, não formais e informais contribuem signi�cativamente com a educação, auxiliando assim para o desenvolvimento de um processo mais rico em conhecimentos, cada um com sua especi�cidade mas realizando um trabalho em conjunto. Fonte: a autora. Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em Universidades e Institutos superior de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal. Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: I – cursos formadores de pro�ssionais para a educação básica, inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino fundamental; II – programas de formação pedagógica para portadores de diploma de educação superior que queiram se dedicar à educação básica; III – programas de educação continuada para os pro�ssionais de educação dos diversos níveis. Art. 64. A formação de pro�ssionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. Ao(a) pedagogo(a) caberia, assim, apenas as funções de administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, que, aliás, constituíam para o magistério de 2º grau o currículo de grande número de cursos de Pedagogia no país. Depois de muitos debates em âmbito nacional e posicionamentos dos(as) pro�ssionais pedagogos(as) e de cursos de Pedagogia de inúmeras Universidades, aprovou-se as novas diretrizes para o curso de Pedagogia. Portanto, podemos dizer hoje que a Pedagogia é um campo de conhecimento que possibilita um estudo sistemático da educação, uma prática educativa que está na sociedade como um dos ingredientes fundamentais da atividade humana (LIB NEO, 2010). Ocupando um espaço signi�cativo na organização pedagógica escolar, o(a) pedagogo(a) é um(a) grande articulador(a) no desenvolvimento de práticas pedagógicas que visem a formação cultural e humana do indivíduo. As ações pedagógicas desenvolvidas na escola, também precisam de um olhar minucioso do(a) pedagogo(a), como mediador(a) do processo de ensino e aprendizagem para que as ações pedagógicas se efetivem. As questões referentes ao campo de estudo da Pedagogia, da estrutura do conhecimento pedagógico, da identidade pro�ssional do(a) pedagogo(a), do sistema de formação de pedagogos(as) e professores(as), frequentam o debate em todo o país há quase vinte anos nas várias organizações cientí�cas e pro�ssionais de educadores/as (LIB NEO, 2010). Desde 1971, as entidades nacionais vinham discutindo o verdadeiro papel do(a) pedagogo(a). Foram feitos estudos, muitas discussões e projetos, mas nada de concreto. Tanto assim que a Lei nº 5.692/71 nem sequer foi regulamentada quanto ao curso de Pedagogia. E sua vigência foi de 25 anos: de 1971 a 1996. O avanço real veio com a Portaria 399/89/MEC que admite um amplo leque de habilitações para o curso de Pedagogia, quais sejam: REFLITA Pedagogo é o pro�ssional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista, objetivos de formação humana de�nidos em sua contextualização história. (LIBÂNEO, 2001a). Então, o curso de Pedagogia já passou por várias mudanças desde o seu início, na década de 30, até os tempos atuais. A LDB 9394/96 apresentou avanços, mas só a partir do Parecer CNE/CP nº 5/2005 que podemos considerar, de fato, a mudança no curso de Pedagogia, ao especi�car a formação do(a) Pedagogo(a) generalista com diversas funções e atribuições, até então não pensadas, possibilitando ao licenciado atuar em várias áreas. Vejamos, por itens, algumas funções possíveis para o(a) pedagogo(a): Matérias Pedagógicas do 2º Grau, do curso normal médio. Supervisão Escolar. Inspeção Escolar. Orientação Educacional. Administração Escolar. Planejamento Educacional (em cursos de pós-graduação). Magistério dos anos Iniciais do Ensino Fundamental. Alfabetização. Educação Infantil. Tecnologia Educacional. Educação Especial. Informática educativa. Educação a distância. Avaliação educacional. Programas educacionais. Psicopedagogia. Assessor pedagógico. Produção de materiais didáticos. Produção de livros didáticos. Pesquisador em educação. Professor nas diferentes especialidades da educação e em diferentes níveis e modalidades de ensino. Programas de educação permanente e continuada. Educação especial. Educação prisional. Educação indígena e quilombola. Educação do Campo. Educação popular ou comunitária. Pedagogia empresarial. Educação hospitalar. Educação de jovens e adultos. Por �m, a Pedagogia abrange o campo teórico e investigativo da educação, do ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico propriamente dito, portanto saiba que, nesta Instituição, ao término da graduação, você não terá apenas um SAIBA MAIS Prezado(a) acadêmico(a), atuante nos mais diversos processos relacionados ao ensino-aprendizagem, o papel do(a) pedagogo(a) está ligado ao do(a) professor(a), pois é um agente de apoio educacional. Esses exemplos nos levam a perceber as mudanças na formação do(a) pedagogo(a) e como citadas anteriormente possibilitam um grande leque de opções. Seguem algumas atribuições na atualidade. Outras atribuições do(a) pedagogo(a): Analisar e entender as tendências da sociedade atual e futura. Elaborar diretrizes e políticas educacionais. Pesquisar, levantar dados, elaborar informações e indicadores. Rede�nir a função da escola. Pesquisar demandas por educação. Ajudar os professores a de�nir e a buscar os verdadeiros objetivos da educação. Coordenar a elaboração do projeto político-pedagógico das escolas. Realizar pesquisa-ação em educação. Gerir o desenvolvimento da tecnologia educacional. Promover discussões e estudos a respeito de temas fundamentais para a educação como: repetência, ou seja, como evitar que ela aconteça e evasão, entre outros. Dessa forma, a pro�ssionalização do(a) pedagogo(a), com apropriação de competências e conhecimentos necessários ao exercício da ação pedagógica, são essenciais para o conhecimento e formação continuada. Fonte: a autora. diploma, mas, sim, uma mudança e/ou transformação, tanto nos aspectos pessoais como pro�ssionais, tornando-se um indivíduo crítico, criativo e participativo na busca de uma sociedade mais justa. Conceitos de educação: “formal”, “informal” e “não formal” e seus aspectos históricos AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno A educação é um fenômeno social, e cada sociedade precisa cuidar da formação dos indivíduos, preparando-os para a participação ativa em função de necessidades econômicas, sociais e políticas da coletividade, ou seja, a base material de cada sociedade, exigirá uma formação especí�ca para os indivíduos, que atendam às necessidades dessa sociedade. Libâneo (1994) escreve que a ação educativa exerce in�uência sobre os indivíduos,que assimilam experiências, valores, crenças, modos de agir, técnicas e costumes acumulados por muitas gerações, que são recriados em sua vivência diária. Desta forma, o autor conceitua a educação em sentido amplo (processos formativos existentes no meio social) e sentido estrito (educação ocorre em instituições especí�cas, escolas ou não). Como podemos ver, a educação assume limites dentro de cada momento histórico, assumindo posturas diferenciadas, ora contribuindo para a formação do indivíduo, ora participando da formação popular da classe desses mesmos indivíduos. Porém, quando pensamos em educação na escola, ela se confunde com escolarização, realidade que não deve ser aceita, pois a escola não é o único lugar onde a educação acontece. Segundo Piletti (2006), a educação também ocorre onde não existe escola, mesmo nos lugares onde não há sequer a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado existe educação. Na década de 60, na Grã-Bretanha, um povo denominado anglo-saxão surgiram os termos formal, não formal e informal. Uma crise educacional desencadeou-se nos países de primeiro mundo após a Segunda Guerra Mundial. Com isso, ocorreu, de um lado, a exigência de um planejamento educacional e, de outro, a valorização de atividades e experiências não escolares, tanto ligadas à formação pro�ssional quanto à cultura geral (FÁVERO, 2007). REFLITA A existência de um processo educativo no interior de processos que se desenvolvem fora dos 10 canais institucionais escolares implica em ter, como pressuposto básico, uma concepção de educação que não se restringe ao aprendizado de conteúdos especí�cos transmitidos através de técnicas e instrumentos do processo pedagógico (GOHN, 2011). Existem três práticas educacionais diferentes presentes no espaço escolar, suas ações acontecem separadamente, mas se complementam constantemente, ou seja, não são independentes uma da outra, são elas: educação formal, educação informal e educação não-formal. Vamos entender cada uma delas e suas especi�cidades para o processo de ensino e aprendizagem? Educação formal: a essa modalidade de ensino associamos as escolas e universidades, ou seja, diz respeito apenas a um local onde a educação acontece de maneira formalizada, organizada e com padronização nacional e principalmente, garantida pela lei. A Constituição Federal, promulgada em 1988, em seu Art. 205 estabelece: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua quali�cação para o trabalho. Está atrelada a obrigatoriedade ao ensino associado a programas curriculares gerais aprovados e reconhecidos por órgãos competentes. Educação não formal: ocorre fora do sistema de ensino, tem sido utilizado principalmente para descrever lugares diferentes da escola, onde é possível desenvolver atividades de cunho educativo. Souza (2008) enfatiza que a educação não-formal visa contribuir para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, e ainda tem como um de seus objetivos erradicar o trabalho infantil. Esse modelo de educação é recente na história do Brasil e vem se construindo. É um serviço que se entende por ser auxiliar no direito à educação e que contribui para inclusão do sujeito no âmbito educacional. ATENÇÃO Normalmente, a diferença entre educação formal, não formal e informal é determinada pelo espaço escolar, portanto, compreende-se que em todo o lugar onde houver uma prática educativa com intencionalidade, ali estará a Pedagogia. (LIB NEO, 2001a, p. 116). Tais atividades acontecem em ambientes interativos, construídos coletivamente, tem o objetivo de transmitir e proporcionar a troca de saberes, portanto são consideradas uma forma complementar da educação formal. Educação informal: acontece nos diversos espaços da cidade, está vinculada às relações de vida, com o meio em que o indivíduo está inserido, com as nossas escolhas, com as leituras que realizamos e programas de televisão que assistimos. A educação informal corresponderia a ações e in�uências exercidas pelo meio, pelo ambiente sociocultural, e que se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com o seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimentos, experiências, práticas, mas que não estão ligadas especi�camente a uma instituição, nem são intencionais e organizadas (LIBÂNEO, 2010). Tudo o que vivemos em nossa vida nos proporciona aprendizagens, ou seja, o meio em que estamos inseridos contribui signi�cativamente com nosso desenvolvimento. Por �m, a dimensão pedagógica nesses espaços pode ser visualizada na sua capacidade de promover educação para a cidadania, para a melhoria da qualidade de vida dos envolvidos e da comunidade. Podemos entender, então, que a origem do sistema educacional está relacionada ao desenvolvimento da humanidade e ao acúmulo de conhecimentos produzidos por ela, sendo considerada umas das instituições mais antigas. A origem da escola, portanto, está ligada à necessidade de desenvolver e consolidar a ordem social capitalista. Era preciso formar o cidadão apto a viver na cidade, cumprindo seus direitos e deveres e atuando de forma e�ciente no processo produtivo industrial (SILVEIRA, 1995). CONCEITUANDO O termo educação se origina do latim. Educação = tirar (o educando) de um estado e levá-lo a outro (do não-saber ao saber); extrair (do educando) o potencial latente, criar o educando ou criar nele a condição de aprender, instruí-lo ou passar-lhe informações. ACESSAR Por �m, está atrelada à obrigatoriedade, ao ensino associado a programas curriculares gerais aprovados e reconhecidos pelos órgãos competentes, quem fornece esse tipo de educação são as escolas e universidades, instituições tradicionais de ensino. @freepik A educação formal está relacionada ao ensino organizado. Seguindo um currículo pré-determinado, tem sua divisão pela idade da criança e nível de conhecimento, pelas disciplinas de acordo com cada etapa, seguindo sempre as leis. Para Afonso (2005), a educação formal corresponde a uma determinada sequência, organizada com antecedência em planejamentos , sendo assim, ofertada pelas instituições de ensino. A educação não-formal começa a surgir com relação ao meio pedagógico concomitante às diversas críticas ao sistema formal de ensino. Vários outros setores sociais como saúde, cultura entre outros consideravam o espaço escolar e a família incapazes de representar toda a demanda social exigida. De acordo com Trilla (2006), no �nal da década de 60 surge o termo educação não- formal. Neste período surgiram diversas discussões relacionadas a vários assuntos sobre o pedagógico, a crise na educação, críticas às instituições de ensino e seus paradigmas. SAIBA MAIS Formar o indivíduo por meio do conhecimento cientí�co e transformá- lo em cidadão realizando um trabalho coletivo entre a escola e a comunidade é uma demanda da sociedade atual. Sendo assim, a sociedade moderna necessita urgente do envolvimento de diferentes modelos de ensino. A re�exão nos bancos escolares deve acontecer de modo que o aluno possa pensar de forma crítica e autônoma, desempenhando seu papel transformador na sociedade, lutando por seus direitos e utilizando da educação formal, não formal e informal para a apropriação de seu conhecimento e a aquisição de novas aprendizagens. O indivíduo se constrói em diversos ambientes, um deles é a escola, um ambiente que se soma aos demais, levando em consideração todas as aprendizagens adquiridas no decorrer do processo. Sendo assim, a escola tem a função de oferecer uma formação pela qual o(a) aluno(a) irá se tornar capaz de fazer análises cientí�cas, críticas e re�exivas a respeito dos mais variados temas. (SIQUEIRA, 2004, p. 43). A educação, portanto, é um processo social que se apresenta de acordo com cada realidade, numa concepção determinada de mundo, buscando atingir seus objetivos educativosde acordo com as mudanças que a sociedade necessita. Esse fenômeno deve ser inteiro e não de forma fragmentada, instaurando a educação em qualquer lugar como prática social. Fonte: a autora. ACESSAR No Brasil, a educação não-formal era considerada um dos campos menos importantes. Isso se encaixava as políticas organizacionais até aos(as) educadores(as), até os anos 80 esse dilema permaneceu. Sendo assim, a educação não formal proporciona a aprendizagem de conteúdos da escolarização formal em espaços como museus, centros de ciências, ou qualquer outro em que as atividades sejam desenvolvidas de forma bem direcionada, com um objetivo de�nido (VIEIRA, 2005). E, por �m, a educação informal sempre predominou no meio social, pois, por meio dela, os indivíduos conseguem desenvolver seus conhecimentos e expressar suas opiniões. Transmitida pelas famílias, nas interações sociais e nas leituras realizadas, é o processo livre de transmissão de alguns saberes, como: a fala, a leitura, os costumes e tradições entre outros. Uma de suas características é não ser uma educação intencional ou organizada, mas de maneira imprevisível e prática, portanto essa aprendizagem acontece fora de uma estrutura curricular e durante toda a vida do indivíduo. A educação informal corresponde a ações e in�uências exercidas pelo meio, pelo ambiente sociocultural, e se desenvolve por meio das relações dos indivíduos e grupos com o seu ambiente humano, social, ecológico, físico e cultural, das quais resultam conhecimentos, experiências, práticas, mas que não estão ligadas especi�camente a uma instituição, nem são intencionais e organizadas (LIB NEO, 2010). Portanto, a aprendizagem ocorre de maneira espontânea e é adquirida por meio das experiências cotidianas e da relação com o meio que a pessoa está inserida. A família, os vizinhos, os amigos da escola, são considerados os agentes responsáveis pelo ensino e aprendizagem da criança. REFLITA Um aluno já chega dentro do ambiente de ensino com padrões criados já pelo seu ciclo social e esse fenômeno ocorre o tempo inteiro organicamente em todos os espaços (ALVES, 2003). Finalizando a Unidade I da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares, intitulada “Atuação Pedagógica em Espaços Não Escolares”. No primeiro momento analisamos um breve histórico da pedagogia no Brasil. Vimos que a pedagogia é uma das pro�ssões mais antigas e que na Grécia antiga o(a) pedagogo(a) era o(a) responsável por conduzir a criança até os espaços de aprendizagem. No segundo momento estudamos as funções e atribuições do(a) pedagogo(a), quais campos de atuação bem como sua ação signi�cativa na organização pedagógica da escola, articulando e desenvolvendo práticas pedagógicas que visem a formação e aprendizagem do(a) sujeito(a). No terceiro momento conhecemos os conceitos de educação: “formal”, “informal” e “não formal”. Para tanto, vimos que a base material de cada sociedade é o conhecimento, por isso a exigência para uma formação especí�ca e que atenda às necessidades individuais e coletivas são essenciais para as relações. Por �m, no quarto momento, entendemos os aspectos históricos da educação “formal”, “informal” e “não formal” e a importância de cada um dos fatores para o desenvolvimento humano. Portanto, procuramos contribuir para que você caminhe ao encontro de outras possibilidades de entendimento sobre a educação em espaços não escolares, para que compreenda esse processo, pois a aprendizagem está presente em nosso dia a dia e que o papel do(a) pedagogo(a) é a chave para o exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento social do indivíduo. Conclusão - Unidade 1 Leitura complementar Olá, estudante. A leitura complementar para a nossa primeira unidade será o artigo Educação Não Formal, Informal e Formal do Conhecimento Cientí co nos Diferentes Espaços de Ensino e Aprendizagem, da autora Maria Salete Bortholazzi Almeida. A autora nos traz um aporte teórico busca uma re�exão sobre o papel das ciências nos espaços não formal, informal e formal de educação. Do ponto de vista que a educação de forma geral, sob a in�uência do mundo contemporâneo, passa por constantes mudanças, o processo ensino e aprendizagem devem acontecer de forma integrada com o fenômeno da globalização Segue o link de acesso ao livro em PDF. Aproveitem o material e boa leitura! ACESSAR Livro http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_uel_bio_pdp_maria_salete_bortholazzi_almeida.pdf Filme Unidade 2 Fundamentos pedagógicos da educação em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Introdução Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade II da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. O trabalho dos pro�ssionais da educação, em especial do(a) pedagogo(a), é traduzir o novo processo pedagógico na sociedade mundial, elucidar a quem ele serve, explicitar suas contradições e, com base nas condições concretas dadas, promover necessárias articulações para construir alternativas que ponham a educação a serviço do desenvolvimento de relações verdadeiramente democráticas. Nessa perspectiva, Libâneo (2001) nos mostra que a Pedagogia é o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da con�guração da atividade humana. Diante dessa a�rmação, esta unidade nos levará a compreensão das competências e habilidades do(a) pedagogo(a), já que sua atuação é ampla em nossa sociedade, em seguida abordaremos o papel do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares, mostrando que essa pro�ssão sofreu mudanças em seu conceito e dimensões das ações, deixando de ter uma atuação restrita ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, analisar os espaços organizacionais que promovem o desenvolvimento de habilidades e, por �m, sobre o(a) pedagogo(a) sua função na organização, planejamento, implementação e avaliação oportunizando aprendizagens. Sendo assim, a Pedagogia abrange o campo teórico e investigativo da educação, do ensino, de aprendizagens e do trabalho pedagógico. Espero que estes textos colaborem para a sua melhor compreensão sobre o tema de nossa segunda unidade. Boa leitura! As Competências e Habilidades do Pedagogo e sua aplicabilidade em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno A educação para o século XXI descortina um cenário com novas perspectivas para todo pro�ssional que se insere no mercado de trabalho sob diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade. Vive-se um momento de uma nova estrutura social, que exige pro�ssionais cada vez mais quali�cados e preparados para atuarem nesse cenário competitivo. O(a) pedagogo(a) da atualidade deve ter ciência em relação a sua prática, pois não poderá mais se limitar aos processos tradicionais de ensino-aprendizagem, nos conhecidos espaços escolares formais em que os ensinos eram ministrados, mas terá que buscar uma constante melhoria nos processos de aprendizagem dos indivíduos (LIB NEO, 2013). Dessa forma, resgata a importância de se considerar o(a) professor(a) em sua própria formação, num processo de autoformação, de reelaboração dos saberes iniciais em confronto com a prática vivenciada. Assim, seus saberes vão se constituindo a partir de uma re�exão na e sobre a prática. Essa tendência re�exiva vem se apresentado como um novo paradigma na formação de professores, sedimentando uma política de desenvolvimento pessoal e pro�ssional dos professores e das instituições escolares (NUNES, 2001, p. 30). Essa transformação relacionada à atuação do(a) pedagogo(a) se dá pelo fato de que, hoje, vivemos o processo que re�ete a transformação de valores e pensamentos de uma sociedade voltada para valores mais especí�cos, como a cultura de seu povo, valor diferente daquele que até pouco tempo se primava pelo valor econômico. Ou seja, a cultura,a educação, a participação, hoje, têm o seu papel melhor de�nido e quase tão importante para a sociedade quanto a situação econômica propriamente dita. @freepik As linhas de pensamento relacionadas ao(a) pro�ssional pedagogo(a), neste novo modo de conceber sua atuação, possibilitam uma re�exão mais aprofundada sobre a sua atuação. Hoje se pensa muito mais detalhadamente a dinâmica do conhecimento e as novas funções do educador como mediador desse processo . Dessa forma, não podemos mais nos deter somente no universo da educação formal, mas buscar novas fontes de formação e de informação. De acordo com as ideias de Nóvoa (1995), a formação dos pedagogos como pro�ssionais voltados para o mercado caracteriza-se como uma busca pela melhoria da qualidade da educação e da própria sociedade. Neste sentido, aliada às políticas públicas educacionais, a formação continuada de forma fundamentada e planejada permeia a tradicional identidade do pedagogo, possibilitando a ele atuar de forma signi�cativa e transformadora. O(A) pedagogo(a) está sendo inserido(a) num mercado de trabalho cada vez mais diversi�cado e amplo, e essa nova dimensão da atuação pro�ssional aconteceu, pela necessidade de compreender a dinâmica que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, com um discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para pesquisas, educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem não somente como processo para dentro da escola, mas como um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. SAIBA MAIS Caro(a) aluno(a), como aprendemos, no ambiente escolar o(a) pedagogo(a) é quem conduz a ação pedagógica em um trabalho coletivo com a equipe diretiva, professores(as). Todas essas ações precisam ter como objetivo melhorar as di�culdades de aprendizagem encontradas pelas crianças, tornando a escola um ambiente mais tranquilo, para que tais problemas não inter�ram no desenvolvimento do(a) aluno(a). Uma das mais importantes tarefas das instituições educativas hoje está em contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir os seus próprios acervos de valores e conhecimentos não mais impostos como heranças familiares ou institucionais (CARRANO; DAYRELL, 2013). Portanto, o(a) pedagogo(a) tem grande in�uência e importância pois é com base nas ações dele(a) que a escola consegue fazer uma ligação entre os acontecimentos sociais, estabelecendo uma relação entre escola e meio social, desempenhando assim uma função pedagógica especí�ca, mas com o objetivo de trazer uma aprendizagem signi�cativa para as crianças. Fonte: a autora. A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de re�exividade crítica sobre as práticas e de (re)construção permanente de uma identidade pessoal. Por isso é tão importante investir na pessoa e dar estatuto ao saber da experiência (NÓVOA, 1995). Nessa nova perspectiva de atuação do(a) pedagogo(a), sua quali�cação vem �ltrando cada vez mais o conhecimento, buscando uma relação estreita entre as diferentes propostas de educação existentes na sociedade. Dá conta de uma nova cultura escolar que fornece aos alunos, instrumentos para que saibam interpretar o mundo de maneira completa. Vale aqui destacar que a formação do(a) professor(a) deve estar sempre relacionada ao seu contexto, possibilitando experiências e troca de saberes, em que ideias e relações possam ser compartilhadas e construídas. Sendo assim, o fazer pedagógico aliado às construções e saberes diversos, articulados por um referencial teórico- prático, possibilitará uma aprendizagem signi�cativa e comprometida, contextualizando a formação/atuação do(a) educador(a) e favorecendo para a aprendizagem do aluno(a) (BOLFER, 2008). Assim, este pro�ssional que atravessou séculos, executando o seu papel de preceptor, de transformador do conhecimento e do comportamento humano, está chegando ao século XXI, com uma nova proposta, que traduz sua efetiva atuação em outros espaços e que, no entanto, também visam a aprendizagem e a transformação do comportamento humano. REFLITA Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se inde�nidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao �m da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudanças. Fonte: Delors (2003). A pedagogia, até bem pouco tempo, apresentava-se como uma ciência inserida no ambiente escolar, na sala de aula, formando um(a) pro�ssional envolvido(a) com os problemas da educação formal. A ideia que se conhecia era a do(a) pedagogo(a) como pro�ssional capacitado(a) e devidamente treinado(a) para atuar somente em espaços escolares, sendo o(a) responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo com os problemas relacionados à educação formal propriamente dita. O foco atual da formação do(a) pedagogo(a) sofreu mudanças em seu conceito, pois deixou de ser restrito ao processo ensino-aprendizagem em espaços escolares formais, transpondo os muros da escola para diferentes e diversos segmentos, como: ONGs, família, trabalho, lazer, igreja, sindicatos, clubes, organizações etc. SAIBA MAIS Toda pro�ssão, principalmente aquela que seu objeto é o trabalho com o ser humano, possui desa�os consideráveis que precisam ser superados. Não é diferente para o pedagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não. (NASCIMENTO,2011 apud MUNERON 2010, p. 64). A atuação do(a) pedagogo(a) depende do meio social em que ele está inserido, pois será esse fator que irá estabelecer as demandas de sua pro�ssão e ação, oferecendo assim aos sujeitos novos instrumentos que favoreçam a re�exão crítica. De acordo com as ideias de Libâneo (2001), o(a) pedagogo(a) domina determinados conhecimentos relacionados a educação, ao mesmo tempo consegue dar novas con�gurações a esses saberes e os transforma em novas aprendizagens. Fonte: a autora. Matos e Mugiatti (2009) nos apresentam a ideia de que a prática pedagógica nos espaços não escolares deve ser pensada e organizada para atender as necessidades do sujeito, acreditando nas suas potencialidades e habilidades. Portanto, a prática pedagógica deve superar as barreiras impostas pela educação tradicional que possui uma visão restrita sobre o modo de ensinar e seus conteúdos. Trilla (2006) explica que o crescimento da educação não formal se deve à questão da diminuição de vagas no mercado de trabalho nas escolas formais, em que o excedente de educadores(as) fará migração para entidades como ONGs, associações, centros comunitários, empresas, instituições de saúde e para o terceiro setor em geral como necessidade ou opção pro�ssional. Entende-se, então, que a visão do(a) pro�ssional em pedagogia deve estar atenta às mudanças e movimentos cotidianos, buscando sempre (re)pensar sobre suas práticas, reforçando suas potencialidades para que assim seja possível desenvolver um planejamento que traga situações enriquecedoras àqueles que estão no processo de aprender. Para Gohn (2010), o fato desta nova forma de atuação do(a) pedagogo(a) surgir se dá a partir das necessidades de um determinado grupo, naquele local e naquele momento, como, por exemplo, um treinamento em uma empresa, um problema de alguma comunidade etc. A metodologia da educação não-formal é operada também com ênfase no processo de aprendizagem, porém partindo da cultura dos indivíduos e dos grupos. Sendo assim, o método nasce a partir de problematização da vida cotidiana; os conteúdos emergem a partir dos temas que se colocam como necessidades, carências, desa�os, obstáculos ou ações empreendedoras a serem realizados. Os conteúdos não são dados a priori, são construídos no processo. O método passa pela sistematização dos modos de agir e de pensar o mundo que circundaas pessoas (GOHN, 2010). REFLITA A redução do trabalho pedagógico à docência não pode, portanto, constituir-se em algo imutável. Nem mesmo chega a ser uma questão de cunho epistemológico ou conceitual. As novas realidades estão exigindo um entendimento ampliado das práticas educativas e, por consequência, da pedagogia. Fonte: Libâneo e Pimenta (1999). Aprendizagem não signi�ca aprender, porque alguém ensina, mas, sim, o processo de construção, reconstrução e de tomada de consciência do próprio desenvolvimento por parte do sujeito. Entende-se que tudo acontece pela ação do sujeito e, por isso, não se pode deixar de evidenciar o papel dessa ação, pois é por meio dela que se constroem as estruturas do conhecimento. De acordo com Freire (2016), ensinar não é apenas transferir conhecimentos e conteúdos, mas sim a ação pela qual se dá forma à personalidade do indivíduo, isso quer dizer que os processos educativos são desa�os e, por isso, há diferentes maneiras de pensar as aprendizagens, não existindo uma forma nem um único modelo de educação, então a escola não é o único lugar em que a aprendizagem acontece, a educação e a aprendizagem estão em todos os lugares na vida dos sujeitos. Segundo Vasconcelos e Brito (2010), o autor Paulo Freire de�niu a prática educativa como aquela que envolve a capacidade do(a) educador(a) de somar conhecimento, afetividade, criticidade, respeito, ação e, em conjunto com seu(a) educando(a), concorrer para a transformação do mundo. É uma troca de habilidades, conhecimentos entre educador(a) e educando(a), para que juntos consigam alcançar seus objetivos. Para Arroyo (1998), as pesquisas que possuem como objeto de estudo a relação entre educação e trabalho devem favorecer um diálogo entre a teoria, a prática pedagógica e os pro�ssionais que pesquisam e fazem educação escolar. De acordo com o autor, a teoria pedagógica deve dar conta dos fenômenos educativos que acontecem em todos os tempos e espaços, pois educar é humanizar, caminhar para CONECTE-SE Prezado(a) acadêmico(a), com a expansão do campo de trabalho do(a) pedagogo(a), a sala de aula considerada a Educação Formal está deixando de ser o único local de atuação deste pro�ssional. Para enriquecer mais um pouco a discussão sobre O Papel do(a) Pedagogo(a) em Espaços Não Formais, sugiro a leitura do artigo das autoras Daniela Ana Antkiewicz e Flávia Dalla Costa, disponível no link abaixo: Boa leitura! ACESSAR https://www.legiaodacruz.com.br/wp-content/uploads/2019/09/aRTIGO-04.pdf a emancipação humana, a autonomia responsável, a subjetividade moral e ética, e esse deve ser o projeto de toda ação pedagógica fora ou dentro da escola, se propondo a entender e ajudar no desenvolvimento do ser humano. Por �m, os novos espaços potenciais de atuação do(a) pedagogo(a) vão para além dos campos escolares, possibilitando, assim, os conhecimentos de outros espaços que também estão previstos os conhecimentos pedagógicos. REFLITA A educação escolar garante não apenas a aprendizagem em um sentido restrito, mas ainda é capaz de produzir desenvolvimento e ampliar as potencialidades humanas de professores e alunos, é preciso destacar que todo esse processo se dá necessariamente a partir destas relações que se estabelecem nos espaços de aprendizagem que podem ir muito além da sala de aula. Fonte: Meira (1998). O(a) Pedagogo(a): pro�ssional referência para ações formativas em espaços organizacionais AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Introdução (H1) Existem, na sociedade, diferentes práticas educativas, para as quais não é necessária a existência de um espaço especí�co. Basta que se con�gurem como intencionais para efetivar a presença e o desenvolvimento de ações pedagógicas, e que contribuam de forma construtiva para a formação do ser humano como membro de uma sociedade (LIB NEO, 2013). Constantemente percorremos o processo de aprendizagem e essa ação se dá em todos os ambientes em que estamos inseridos, sendo assim temos a oportunidade diária de adquirirmos novos conhecimentos ou até mesmo aperfeiçoar os que já possuímos. Para Guns (1998), a aprendizagem organizacional pode ser de�nida como a aquisição de conhecimentos, habilidades, valores, convicções e atitudes que acentuem a manutenção, o crescimento e o desenvolvimento da organização. Com isso, novas práticas educativas foram se desenvolvendo e consolidando por meio de ações pedagógicas alternativas que não seguiam as normativas impostas pelas escolas formais, no entanto, eram tão ou até mais educativas dependendo do meio em que se realizavam. SAIBA MAIS O processo de aprendizagem se constrói à medida que o sujeito tenha possibilidades de poder explorar os espaços disponíveis que trarão novos conhecimentos e um leque maior de aprendizado. De acordo com Barbosa (2006), o ambiente é um espaço construído, e que é de�nido pelas relações que nele acontecem, ou seja, entre os indivíduos que ali estão para aprender e simbolicamente pelas pessoas responsáveis pelo seu funcionamento. Por isso é preciso termos a compreensão que o espaço educativo precisa ser organizado de modo que venha facilitar o desenvolvimento e ampliar as aprendizagens. Fonte: a autora. A educação escolar não garante somente a aprendizagem de maneira restrita, mas é capaz de produzir novos desenvolvimentos e ampliar as potencialidades humanas de professores(as) e alunos(as), é preciso destacar que todo esse processo se dá necessariamente a partir destas relações que se estabelecem na sala de aula (MEIRA, 1998). Guns (1998) nos mostra que existem os seguintes tipos de aprendizagem organizacional: Aprendizagem de tarefas: é o desempenho de tarefas especí�cas sendo valorizadas e orientadas em suas realizações. Aprendizagem sistêmica: está ligada aos processos de organização da instituição para o desenvolvimento e melhoria do aprendizado. Aprendizagem cultural:são os valores, convicções e atos da organização e do meio que o sujeito está inserido. Aprendizagem de liderança: está voltado para a gestão e liderança da equipe pedagógica, para o fortalecimento das ações. Aprendizagem de equipe: orienta para a e�ciência na prática da função, mostrando também como se faz para promover o aprendizado e o crescimento da equipe. Aprendizagem estratégica: este tipo de aprendizagem está focado nas estratégias da organização escolar, como se dá o seu desenvolvimento, sua implementação e prováveis melhorias para o alcance do conhecimento. Aprendizagem transformacional: orienta para as formas de realizar mudanças dentro da organização escolar para que tenham efeitos signi�cativos no aprendizado de todos(as) os(as) envolvidos(as) no ambiente escolar. Entender como acontece o processo de desenvolvimento das crianças, como elas aprendem e como se socializam é uma das ações do trabalho do(a) pedagogo(a), porém o que não se pode esquecer é que todo o processo de formação do ser humano passa por momentos diferentes e principalmente cada um ao seu tempo. É preciso compreender que a formação do indivíduo é um processo de construção que passa por temporalidades diferentes, tais como: tempo da infância, da adolescência, juventude, vida adulta. Nós não tratamos da mesma maneira uma criança de 2 anos, uma de 3, um pré-adolescente de 10, ou um adolescente de 14. Nós tratamos nossos �lhos de acordo com seus tempos, de acordo com seus ciclos. A ideia de ciclo é ciclo da vida, é tempo da vida, temporalidade da formação humana (ARROYO, 2003, p. 1). Sendo assim, de maneira compensadora, o papel dos(as) pedagogos(as) nos espaços organizacionais de aprendizagem é de mediar as condições que podem decorrer novos conhecimentos para a criança. O(A) aluno(a) ao perceber que sua aprendizagem depende e é complementada pelas relações que acontecem dentro e fora do ambiente escolar, compreende que quem, de fato, compõe e organiza esse processo de aprendizagem é o(a) professor(a), pedagogo(a), mediador(a) este que concretiza e transforma a aprendizagem de qualidade. O ponto de partida para a aprendizagem no espaço escolarestá no processo de construção coletiva da prática pedagógica, uma vez que as ações do(a) pedagogo(a) são em sua essência de natureza coletiva. Temos como papel de educadores, a tarefa de exploração do pleno potencial de criatividade e de aprimoramento da educação. Neste sentido, o(a) pedagogo(a) passa, então, a ser uma ferramenta de atuação e tem como princípio a ação- re�exão-ação. Libâneo (2001) a�rma que o(a) pedagogo(a) é um(a) pro�ssional que lida com fatos, estruturas, contextos, situações referentes à prática educativa em suas várias modalidades e manifestações, por isso tem um papel primordial para que aconteça, no interior da escola, ações pedagógicas de ensino e aprendizagem. Cabe, portanto, ao(a) educador(a) estar sintonizado(a) com as necessidades da comunidade e propor projetos que atendam aos anseios de todos(as) que almejam um futuro melhor. A escola como espaço social e público deve ter esta característica de servir a todos(as) os(as) que a procuram, bem como envolver outros segmentos da sociedade em suas atividades. Como as escolas não são iguais, são unidades diferentes ligadas a um mesmo sistema de ensino, a forma que o(a) pedagogo(a) utiliza para investigar seu espaço não pode ser a mesma, cada instituição possui especi�cidades em termos de comunidade e alunos(as), por isso é preciso um trabalho comprometido com a aprendizagem. Podemos entender, então, que a educação é o conjunto das ações, processos, in�uências e estruturas que in�uenciam no desenvolvimento humano e na relação ativa dos grupos com o meio natural e social. Lembrando que somente por meio de uma educação democrática, com a possibilidade de trabalhar a realidade da comunidade escolar dentro dos ambientes educativos, é que conseguiremos programar uma educação signi�cativa e de CONCEITUANDO Portanto, conforme Libâneo (2001, p. 22), “a Pedagogia [...] é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da con�guração da atividade humana”. qualidade. É necessário ressaltar que a educação é uma tarefa e um dever coletivo no mundo de hoje. Na escola, na família e na sociedade, todos educam. Ao pro�ssional da educação cabe a tarefa de contribuir de forma decisiva para a superação dos desa�os na escola. Segundo Reis (2007), a escola surgiu para complementar a educação familiar, por isso a necessidade dos(as) pais/mães sempre estarem buscando acompanhar o desempenho educacional de seus/as �lhos(as). Diante das diversas funções e atribuições do(a) pedagogo(a) na atualidade, bem como os mais variados locais que poderá atuar, é inevitável que alguns desa�os apareçam pelo caminho. Veja alguns deles a seguir. Para entendermos o que é a pedagogia e sua importância, é preciso compreender o seu objeto de estudo que engloba a educação ou prática educativa. A educação constitui o conjunto de processos, in�uências, estruturas, ações, que se faz presente no desenvolvimento humano de indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meio natural e social, num determinado contexto do ser humano. Desa�os do(a) pedagogo(a): Auxiliar na resolução de problemas da escola e com alunos(as) desinteressados(as), indisciplinados(as), rebeldes, agressivos(as). Propor novas metodologias para evitar que a escola seja um tédio. Esclarecer aos(as) professores(as) que é um absurdo exigir que os(as) alunos(as) sejam todos(as) iguais, desconsiderando suas diferenças e interesses pessoais. Convencer os/as professores(as) que a curiosidade dos(as) alunos(as) é o combustível para sua ação e motor da motivação pela aprendizagem. Demonstrar aos(as) professores(as) que um dos principais objetivos da escola é desenvolver no(a) aluno(a) a habilidade de aprender a aprender; Atuar para que a escola seja um lugar de prazer e não de sofrimento e tortura. O(A) pedagogo(a) tem papel importante no ambiente escolar, o qual se estende às di�culdades dos(as) professores(as) e alunos(as), a �m de promover melhorias no processo de ensino e aprendizagem. Cabe, ainda, a esse pro�ssional a função de re�etir e atuar sobre problemas sociais que in�uenciem na educação escolar e propor possíveis encaminhamentos para superação de problemas. A educação é, assim, uma prática humana, uma prática social, que modi�ca os seres humanos nos seus estados físicos, mentais, espirituais, culturais, que dá uma con�guração à nossa existência humana individual e grupal (PIMENTA, 2002). A tarefa é árdua, porém, a grande recompensa será a certeza de ter contribuído para a formação e o sucesso de outras pessoas. ATENÇÃO Não poderia deixar de afetar a pedagogia, tomada como teoria e prática da educação. Em várias esferas da sociedade surge a necessidade de disseminação e internalização de saberes e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades, hábitos, procedimentos, crenças, atitudes), levando a práticas pedagógicas. Fonte: Libâneo (2013). Finalizando a Unidade II da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares, intitulada “Fundamentos Pedagógicos da educação em Espaços Não Escolares”. No primeiro momento analisamos as competências e habilidades do(a) pedagogo(a), neste novo modo de conceber sua atuação, possibilitam uma re�exão mais aprofundada sobre a sua atuação. No segundo momento estudamos o papel do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares, bem como os novos espaços potenciais de atuação desse pro�ssional que vai além dos campos escolares, possibilitando, assim, os conhecimentos de outros espaços que também estão previstos os conhecimentos pedagógicos. No terceiro momento conhecemos os espaços organizacionais de aprendizagem e que a mesma não acontece apenas em um espaço restrito, mas em todo ambiente que o indivíduo estiver inserido, colaborando assim com os mais variados tipos de aprendizagens organizacionais. Por �m, no quarto momento, entendemos a ação do(a) pedagogo(a) no processo de ensino e aprendizagem e sua atuação sobre os problemas sociais que in�uenciem na educação escolar, propondo possíveis encaminhamentos para superação de problemas. Esperamos que esse conteúdo contribua não somente para o seu desenvolvimento intelectual, mas também para a sua formação humana, cultural, política e social. Para aprofundar seus conhecimentos não deixe de consultar as referências. Conclusão - Unidade 2 Leitura Complementar Olá estudante a leitura complementar para a nossa primeira unidade será o Capítulo 4 do livro Educação: um tesouro a descobrir, do autor Jacques Delors. O livro abrange os avanços adquiridos no decorrer do século XX e lança perspectivas em todos aspectos, para a coletividade num mundo globalizado. É um alerta dos problemas causados pelos desníveis da Educação entre o Terceiro Mundo e os poderosos blocos econômicos. O livro contém uma visão da pessoa humana em sua totalidade e encerra com artigos de especialistas sobre o tema, numa visão cultural e multicultural. Solicito que vocês se atentem ao Capítulo 4 onde será abordado sobre os quatro pilares fundamentais de educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser. Segue o link de acesso ao livro em PDF: DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998. Aproveitem o material e boa leitura! ACESSAR Livro http://dhnet.org.br/dados/relatorios/a_pdf/r_unesco_educ_tesouro_descobrir.pdf Filme Unidade 3 Atuação do(a) pedagogo(a) em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Introdução Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade III da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. A ciência moderna nasce ao determinar objetos especí�cos de investigação e ao criar um método pelo qual se fará o controle desse conhecimento. Pela ciência, o homem podia espantar o medo causado pela ignorânciae superstição, guardando a esperança de um mundo onde as luzes da razão permitiriam a melhor qualidade de vida possível e a emancipação dos preconceitos, da violência e do arbítrio, ou seja, a emancipação do próprio sujeito. Esta unidade nos levará à compreensão sobre como o conhecimento pedagógico emancipa o sujeito, em seguida conheceremos os espaços não formais e a in�uência deles na aprendizagem, analisaremos a importância da família no processo de desenvolvimento humano e por �m abordaremos a interação entre família, estado e sociedade no processo não formal de educação O conhecimento da natureza emancipa-se do mito, e o conhecimento da sociedade deve, também, fundar-se na razão. A razão esclarecida é uma razão emancipada (ASSOUN, 1991). Por �m, conhecemos o homem a partir dos seus atos e é pelos atos que o homem se relaciona com a realidade. Todos os atos humanos e todas as relações com a realidade estão penetrados pelo conhecimento, sendo assim, o conhecimento não é um elemento isolado, ao lado de outros atos, pois participa de toda a conduta humana. A compreensão desta unidade contribuirá para a sua formação neste curso superior. Boa leitura! O campo de conhecimento pedagógico e a emancipação dos sujeitos como caminho para a inserção na vida social AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Para que exista o ato de conhecer, é indispensável o relacionamento com dois elementos básicos: um Sujeitoconhecedor e um Objetoa ser conhecido. Na relação que se estabelece entre esses dois elementos, a função do Sujeito consiste em apreender o Objeto. A essa relação dá-se o nome de conhecimento. Portanto, a simples descrição do ato de conhecer exige a essencial presença do Sujeito conhecedor e do Objeto conhecido. Conhecer é um agir que precisa de um outro objeto. Sujeito e objeto do agir são correlativos. O especí�co do conhecer reside nisso: o sujeito e o objeto estão no mesmo ato, identi�cam-se no ato. O conhecimento realiza-se em três formas interligadas: o conceito, o juízo e o raciocínio. Enquanto conhecemos, enquanto pensamos formamos ideias que de�nem e caracterizam aquilo que conhecemos, ou seja, formamos conceitos.Não se trata aqui de conceitos rigorosamente de�nidos, como ocorre em teorias cientí�cas, mas, em geral, de conteúdos signi�cativos, que exprimimos com palavras ou termos. O Conceito pertence à essência do pensar. Conhecer também é julgar, conferir atributos, ou seja, formar juízos. Não falamos apenas em palavras isoladas, não pensamos em conceitos isolados, mas unimos as palavras numa frase (enunciado, sentença) que exprime um juízo, por exemplo: a mesa é retangular; é alta; é baixa etc. Além do conceito e do juízo, o conhecimento também se realiza no raciocínio. A partir de ideias e juízos conquistados, avançamos para outros conhecimentos. De acordo com Vygotsky (1996), o desenvolvimento é promovido pelo ensino, por esse motivo, investir e enriquecer irá possibilitar um maior desenvolvimento dos indivíduos. Relata ainda, que os conteúdos devem desenvolver os sujeitos, possibilitando que saiam do senso comum e evoluam para um conhecimento cientí�co. Saviani (1991) enfatiza que o conhecimento elaborado precisa ser incorporado à formação dos sujeitos para que estes sejam emancipados. Portanto os objetos da educação são os elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos durante todo o processo educativo. Os conhecimentos que os(as) alunos(as) trazem estão diretamente relacionados às suas práticas sociais, as quais norteiam não somente os saberes do dia a dia, como também os aprendidos na escola. A aproximação do contexto escolar com os espaços educativos não formais começou na segunda metade do século XX e de maneira mais signi�cativa a partir da década de 60 do mesmo século (TRILLA, 2008). Os espaços não formais surgiram com a �nalidade de preservar o direito de educação para todos(as), porém tais atividades cientí�cas aconteciam em lugares privilegiados, causando, assim, a necessidade de mudanças na interação e comunicação com o público escolar ou não escolar, gerando, assim, uma aprendizagem signi�cativa dentro dos espaços não escolares. @freepik A educação não formal tem como objetivo promover diversas formas de aprendizagem, estabelecendo uma relação entre o conhecimento e os meios sociais que a criança está inserida, tornando a aprendizagem adquirida totalmente signi�cativa. O processo de ensino deve ir além dos conteúdos, é preciso que deixe marcas emocionais e sensoriais na criança, isso nos faz entender que são as situações vividas que promovem novos conhecimentos . A educação não formal possibilita essa oportunidade de aprendizagem, pois quando interagimos uns com os outros aprendemos com novas experiências. Com base nas ideias de Pin e Campos (2015), esses espaços mudaram sua maneira de interação e comunicação com o público (escolar ou não), proporcionando uma linguagem mais acessível e a socialização do conhecimento para toda a população. Para divulgarem essa aprendizagem que acontece dentro dos espaços não escolares, esses locais estabelecem uma interação com os visitantes, de tal modo que despertam o interesse e aumentam o acesso aos conhecimentos para todos(as) os(as) interessados(as). De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1998), o processo de aprendizagem não acontece apenas dentro da escola, é preciso que aconteçam atividades extracurriculares, fora do espaço educativo. Passeios, visitas a fábricas, cinema ou qualquer outro local que possibilite a ampliação do conhecimento e a realização dos trabalhos escolares. CONECTE-SE Prezado(a) acadêmico(a), os espaços não formais in�uenciam signi�cativamente na aprendizagem dos sujeitos, por isso é preciso considerarmos os diferentes formatos educacionais. Para enriquecer mais um pouco a discussão sobre a aprendizagem signi�cativa nos espaços não formais, sugiro a leitura do artigo das autoras Gisele Pereira Anelo e Anilda Machado de Souza, disponível no link a seguir: ANELO, G. P.; SOUZA, A. M. de. Aprendizagem no espaço não escolar. Revista e Ped. Osório, v. 2, n. 1, ago. 2012. Boa leitura! ACESSAR https://docplayer.com.br/7494683-Aprendizagem-no-espaco-nao-escolar.html Com possibilidades de uma construção rica do conhecimento, os espaços não escolares atuam de forma dialógica, interdisciplinar e re�exiva na aprendizagem do indivíduo, possibilitando que ele saia do conteúdo livresco e tenha acesso a uma realidade palpável, estimulando assim uma aprendizagem signi�cativa. Segundo Montevechi (2005), a educação está inserida no dia a dia do sujeito, estabelecendo um vínculo entre os valores e as atitudes, possibilitando uma percepção de mundo e a construção de um indivíduo participativo no meio social. Por �m, a educação não formal está relacionada às atividades realizadas fora do ambiente escolar, de maneira que complemente o processo de aprendizagem, pois as experiências vividas fora do contexto escolar e nos mais variados espaços contribuem não só para a aquisição do conhecimento mas com a formação intelectual e humana do sujeito. REFLITA Conhecer é atividade especi�camente humana. Ultrapassa o mero 'dar- se conta de', e signi�ca a apreensão, a interpretação. Conhecer supõe a presença de sujeitos; um objeto que suscita sua atenção compreensiva; o uso de instrumentos de apreensão; um trabalho de debruçar-se sobre. Como fruto desse trabalho, ao conhecer, cria-se uma representação do conhecido - que já não é mais o objeto, mas uma construção do sujeito. O conhecimento produz, assim, modelos de apreensão - que por sua vez vão instruir conhecimentos futuros. Fonte: França (1994). ATENÇÃO A diferença entre educação formal, não formal e informal é determinada pelo espaço escolar, portanto, compreende-se que em todo o lugar onde houver uma prática educativa com intencionalidade, ali estará a Pedagogia. Fonte: Libâneo (2001). A interação, família, estado e sociedade no processo não formal de educação e na socialização do indivíduo AUTORIAPriscila da Rocha Luiz Bueno Sabemos que a família é o meio social mais importante para contribuição do desenvolvimento do indivíduo. É nesse agente socializador que a criança cresce, expõe seus sentimentos, experiência as primeiras punições e recompensas, sendo dessa maneira inserido na sociedade. Dessen e Polonia (2007) alegam que o primeiro ambiente socializador do indivíduo é a família, considerada a primeira instituição social, é nela que ocorrerá a transmissão de ideias, valores e crenças serão assegurados. Desta maneira, a família possui um grande impacto no comportamento dos sujeitos, principalmente no das crianças, pois elas aprendem a ver o mundo, a existir como ser social e a construir seu espaço com base nas relações que se dão diariamente com os membros familiares. O espaço familiar e escolar possui funções relacionadas à educação, às funções sociais e políticas do indivíduo em formação, pois são essas duas vertentes responsáveis por conduzir os valores e conhecimento. Dessa maneira, contribuem e, em alguns casos, in�uenciam no desenvolvimento do sujeito. O trabalho coletivo entre escola e família contribui e in�uencia na formação do sujeito, tornando-o um cidadão participativo e consciente das suas ações. Tais instituições possuem a responsabilidade de transmitir o conhecimento e de auxiliar para a construção de novas aprendizagens. Possuem o papel fundamental para estimular o conhecimento físico, social, intelectual, psicológico e emocional. É na família que o desenvolvimento da socialização inicia, pertencendo a ela também proteger e assegurar o plano social, afetivo e cognitivo. Já para a escola cabe assegurar o processo de aprendizagem, com um ensino de qualidade, cujos conteúdos visem a construção do conhecimento (DESSEN; POLONIA, 2007). Segundo as autoras, é no ambiente familiar que a criança aprende a lidar com os mais variados con�itos, achando maneiras de resolvê-las e muitas vezes lidando com as frustrações por não conseguir êxito em tal ação, é nesse contexto que elas REFLITA A parceria família escola é fundamental para que ocorram os processos de aprendizagem e crescimento de todos os membros deste sistema, uma vez que a aprendizagem não está circunscrita à conteúdos escolares. Fonte: Bartholo (2001). também podem expressar sem medo seus sentimentos, aprender com a ajuda do outro a controlar suas emoções, auxiliando assim com sua interação e integração em outros ambientes sociais. Silva (2008) destaca que os pais possuem a capacidade de proporcionar aos �lhos(as) um ambiente seguro e estimulante, em que o diálogo e as atitudes sejam aliados, favorecendo, assim, um ambiente de con�ança e estímulo entre os membros. Sabemos que na atualidade não há um modelo de família para ser seguido, Daneluz (2008) salienta que o fundamental nessa relação é valorizar o espaço familiar com um meio de produção, reorganização e interação das identidades sociais. Faz-se necessário deixar de lado o antigo modelo familiar, pois hoje lidamos com a diversidade familiar, em que cada uma está inserida em seus costumes, sua cultura e sua individualidade. Com base nas ideias de Filho (2000), a ligação entre família e escola é um dos assuntos mais discutidos atualmente. O autor ressalta que a intensidade das relações entre escola e família variam consideravelmente, pois a relação da prática pedagógica da escola e de seus(as) professores(as) acabam sendo relacionadas a fatores externos exemplo: ocupação dos pais, número de �lhos, escolarização da família, cultura entre outros fatores. É de responsabilidade da família a permanência de seus �lhos dentro da escola e a estrutura familiar tem forte impacto para evitar a evasão e a repetência escolar, por mais que a escola consiga modi�car esses pontos, a família precisa colaborar com a escola para que a aprendizagem do(a) aluno(a) aconteça com signi�cados (DESSEN; POLONIA, 2007). Porém, para que o processo de desenvolvimento do indivíduo seja entendido, é necessário compreender o contexto familiar, o contexto escolar e as relações que esses dois espaços exercem entre ambas e separadamente na vida do sujeito. Considerados como ambientes de aprendizagem, escola e família podem ser as responsáveis pelo desenvolvimento integral e por impulsionar e intimidar esse processo de aquisição do conhecimento. Cabe aos familiares, mas principalmente aos pais, direcionar e equilibrar o processo de desenvolvimento do(a) �lho(a), passando segurança e trabalhando sempre de maneira interativa, �rmando, assim, uma parceria que esteja pautado no bem-estar infantil. Sendo assim, a família precisa preparar a criança para a prática social e para superar, de maneira consciente, as di�culdades que aparecem pelo caminho, porém o diálogo entre família, criança e escola precisa efetivar as potencialidades infantis, bene�ciando sempre a criança com esse trabalho coletivo entre tais ambientes. No processo de interação entre os ambientes sociais família e escola, faz-se necessário uma parceria que vise a coletividade, mas também a igualdade, para que essa ação colaborativa afete a criança e sua família como também os pro�ssionais envolvidos em sua aprendizagem. É com base na parceria coletiva e colaborativa que a família precisa ser motivada para realizar uma determinada atividade e atingir o objetivo, adquirindo assim habilidades para exercer essa função (SILVA, 2008). De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer (BRASIL, 1990). SAIBA MAIS O papel da escola é complementar o ambiente familiar, pois é neste espaço que a criança passa a receber os primeiros incentivos para a aprendizagem, entendo assim que está inserida em um contexto social. Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os �lhos são para sempre �lhos e os alunos �cam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam (TIBA, 1996). Por �m, é de responsabilidade da família a transmissão dos conhecimentos existentes na educação formal e não formal, para que assim a criança compreenda a responsabilidade de atuação social. Fonte: a autora. Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e quali�cação para o trabalho, assegurando-lhes: I– igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II– direito de ser respeitado por seus educadores; III– direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV– direito de organização e participação em entidades estudantis; V– acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da de�nição das propostas educacionais. [...] Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus �lhos ou pupilos na rede regular de ensino. Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I– maus-tratos envolvendo seus alunos; II– reiteração de faltas injusti�cadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III– elevados níveis de repetência. Silva e Mendes (2008) apontam que a linguagem técnica utilizada pelos educadores para a comunicação com a família precisa ser clara, acessível e objetiva, para que os pais consigam entender o que está sendo falado, compreendam o quão importante serão as ações coletivas, para que não haja queixas dos pais e para que os mesmos consigam compreender que essa parceria é muito importante e se dá nas di�culdades encontradas nessa efetivação de socialização. Para Saviani (1994), educar é produzir em cada pessoa a humanidade, já que o indivíduo da espécie humana não nasce homem, ele se torna homem, precisa ser educado. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nos apresentaos seguintes pontos: Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do eu sistema de ensino, terão a incumbência de: [...] VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; [...] Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: [...] VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino de�nirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: [...] II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes” (BRASIL, 1996). SAIBA MAIS É de conhecimento geral que a família é responsável pela formação e desenvolvimento do indivíduo. De acordo com a Constituição promulgada em 1988, no seu Artigo 227, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação à educação, ao lazer, à pro�ssionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração e opressão (BRASIL, 1988). Portanto, a afetividade que existe no ambiente familiar é de grande importância para a aprendizagem infantil e o desenvolvimento do indivíduo. Fonte: a autora. A família e a escola, precisam estabelecer relações mais próximas, fortalecer os vínculos, criando ações que os aproximem ainda mais, inserindo-os em ações dentro do ambiente escolar, propiciando uma articulação que garantirá essa relação harmoniosa e que detém do mesmo objetivo o desenvolvimento do(a) aluno(a). Por �m, é preciso ressaltar que a escola também precisa instigar a participação da família nesse processo coletivo de construção da aprendizagem, assim os objetivos comuns serão alcançados e o desenvolvimento da criança será o ponto principal entre essa ação coletiva. REFLITA A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por �nalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua quali�cação para o trabalho. Fonte: Brasil (1996). SAIBA MAIS Caro(a) aluno(a), como aprendemos o conhecimento é muito importante para o desenvolvimento do sujeito, pois é por meio dele que a transformação social acontece. A abertura para o mundo, a cristalização (ou enquadramento) do mundo. Conhecer signi�ca voltar-se para a realidade, e “deixar falar” o nosso objeto; mas conhecer signi�ca também apreender o mundo através de esquemas já conhecidos, identi�car no novo a permanência de algo já existente ou reconhecível. O predomínio de uma ou outra dessas tendências tem efeitos negativos, e é através de seu equilíbrio que se pode alcançar o conhecimento ao mesmo tempo atento ao novo e enriquecido pelas experiências cognitivas anteriores (FRANÇA, 2001, p. 43) Portanto, o aperfeiçoamento do conhecimento, possibilita a substituição de aprendizagens anteriores por novas. Fonte: a autora. Finalizando a Unidade III da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares, intitulada “Atuação do(a) Pedagogo(a) em Espaços Não Escolares”. No primeiro momento analisamos o conhecimento pedagógico e a emancipação dos sujeitos, o que nos possibilitou compreender que os conhecimentos estão diretamente relacionados às práticas sociais, as quais norteiam não somente os saberes do dia a dia, como também os aprendizados na escola. No segundo momento estudamos os espaços não formais e a in�uência na aprendizagem e o objetivo que estes locais possuem em promover diversas formas de aprendizagem, estabelecendo uma relação entre o conhecimento e os meios sociais que a criança está inserida, tornando a aprendizagem adquirida totalmente signi�cativa. No terceiro momento conhecemos a importância da família no processo de desenvolvimento humano e que possui funções relacionadas em relação à educação, as funções sociais e políticas do indivíduo em formação, pois são essas duas vertentes responsáveis por conduzir os valores e conhecimento. Por �m, no quarto momento, entendemos a importância da interação entre família, estado e sociedade no processo não formal de educação, sendo necessário uma parceria que vise a coletividade, mas também a igualdade, para que essa ação colaborativa afete a criança e sua família como também os pro�ssionais envolvidos em sua aprendizagem. Esperamos que as discussões propostas tenham colaborado com o seu conhecimento acerca da educação não formal, e principalmente, da importância do trabalho coletivo entre escola, família e documentos que permeiam a educação para alcançar a qualidade no ensino. Conclusão - Unidade 3 Leitura complementar Olá estudante, a leitura complementar para a nossa terceira unidade será o artigo A escola como emancipação dos sujeitos, do autor Eduardo C. B. Bittar. O texto aponta que a escola, no contexto pós-moderno, é desa�ada, na produção de sujeitos capazes de re�exão, uma vez que outros atrativos circundam a escola di�cultando sua capacidade de oferecer respostas à complexidade da vida individual, da vida familiar e da vida social das crianças. Segue o link de acesso em PDF.: BITTAR, E. C. B. A escola como espaço de emancipação dos sujeitos. In: DIAS, A. A.; SILVERIA, R. M. G; ZENAIDE, M. N. T. (Orgs.). Direitos Humanos: capacitação de educadores – fundamentos culturais e educacionais da educação em direitos humanos. João Pessoa: UFPB, 2008, p. 169-175. Aproveite o material e boa leitura! ACESSAR Livro http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/edh/redh/04/4_1_bittar_escola.pdf Filme Unidade 4 Ação pedagógica em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno Introdução Prezado(a) estudante, seja bem-vindo(a) à Unidade IV da disciplina de Educação em Espaços Não Escolares do curso de Graduação em Educação Especial. Como podemos ver, a educação assume limites dentro de cada momento histórico, assumindo posturas diferenciadas, ora contribuindo para a formação do indivíduo, ora participando da formação popular da classe desses mesmos indivíduos. Esta unidade nos levará a compreensão sobre a responsabilidade do(a) pedagogo(a) com a aprendizagem do sujeito. Em seguida conheceremos a função do(a) pedagogo(a) na aprendizagem dos espaços não escolares, analisaremos as competências do(a) pedagogo(a) do século XXI e, por �m, abordaremos os espaços não escolares e as possibilidades de atuação do(a) pedagogo(a). Para Piletti (1984), a educação também ocorre onde não existe escola, mesmo nos lugares onde não há sequer a sombra de algum modelo de ensino formal e centralizado existe educação. Por �m, todas as ações pedagógicas que ocorrem nos espaços escolares e não escolares, são essenciais para promoverem uma educação para a cidadania, visando a melhoria da qualidade de vida e a aquisição de conhecimento de todos(as) os(as) envolvidos(as) no processo de aprendizagem. Este texto contribuirá para a sua melhor compreensão sobre a temática abordada nesta última unidade. Boa leitura! Responsabilidade e ética social como base para a ação do pedagogo em espaços não escolares AUTORIA Priscila da Rocha Luiz Bueno O(a) pedagogo(a) tem um papel político, pedagógico e de organizador(a) da aprendizagem dentro do espaço escolar. Desta forma, é necessário sempre ressaltar que é preciso ser inovador(a), ousado(a), criativo(a) e, sobretudo, um(a) pro�ssional de educação comprometido(a) com o seu grupo de trabalho. Não se trata de uma tarefa fácil, porém necessária. Neste sentido, é preciso que o(a) pedagogo(a) tenha argumentos teóricos para garantir a continuidade da proposta e a sabedoria de recuar quando necessário para a preparação de uma mediação mais efetiva na aprendizagem do(a) aluno(a). O(a) pedagogo(a) tem um papel fundamental no contexto escolar, precisa ser promotor(a) e incentivador(a) das mudanças necessárias na escola,
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