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Temas para redação - Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil

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De acordo com o Artigo 6º da Constituição Federal de 1988, além de saúde, segurança,
trabalho e moradia, a educação é direito social básico determinado e garantido a todos os
cidadãos sem distinção de classe, credo e cor ou limitações neurológicas e físicas.
Entretanto, algumas parcelas da população enfrentam obstáculos na prática dessa
determinação. Nesse cenário, os surdos, representantes de uma dessas minorias, sofrem
com a falta de instituições preparadas para recebê-los, além do despreparo de profissionais
que atuam diretamente com o ensino.
Em primeiro plano, é necessário ressaltar a falta de infraestrutura das escolas e
universidades para receber e acolher a demanda de alunos com deficiência auditiva. Tal
aspecto é evidenciado pela falta de insumos governamentais e até mesmo privados voltados
para esse campo. Isso resulta em um acesso limitado e, muitas vezes, inexistente na esfera
educacional, e essa restrição acarreta não só o afastamento do ensino, mas também a
segregação social, que pode contribuir para casos de humilhação e sensação de não
pertencimento. Somado a isso, sabe-se que esse ambiente deve e pode garantir uma
formação profissional que contribui para a inserção do indivíduo no mercado, e sua negação
além de alienação é um ato inconstitucional.
Analogamente, os professores estão diretamente ligados a essa problemática já que são
ferramentas ativas no processo de ensino. Dessa forma, é imprescindível que o docente
tenha uma formação curricular que saia de uma formatação cristalizada e englobe a
educação especial não só como uma disciplina eletiva, mas, de fato, elemento fundamental
para a inclusão e transformação social do estudante. A surdez ainda é encarada como uma
particularidade excludente do indivíduo, quando não deveria ser vista como uma
característica de inferiorização.
Fica claro, portanto, que setores sociais precisam ser revistos para que se chegue a uma
solução para um problema que é sistemático e continuado. Sendo assim, o Ministério da
Educação deve investir nos institutos especiais e capacitar as escolas públicas para
garantir a dissolução dos obstáculos logísticos de estrutura. Ademais, a formação do
professor deve tratar o ensino de LIBRAS – segunda língua oficial do Brasil – não como
opção, mas como necessidade, e intérpretes devem ser contratados pelas escolas para
acompanhar os alunos, garantindo interação, respeito e inclusão destes. A configuração do
espaço escolar precisa ser alterada a fim de propiciar educação inclusiva: um professor
capacitado e um ambiente preparado são capazes de agir como transformadores sociais.
Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil
 
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