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Mutismo seletivo CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS • Fracasso persistente para falar em situações sociais específicas nas quais existe a expectativa para tal (escola), apesar de falar em outras situações; • Perturbação interfere na realização educacional ou profissional ou na comunicação social; • Duração mínima da perturbação é um mês (não limitada ao primeiro mês de escola); • Fracasso para falar não se deve a um desconhecimento ou desconforto com o idioma exigido pela situação social; • Perturbação não é mais bem explicada por um transtorno da comunicação (transtorno da fluência com início na infância) nem ocorre exclusivamente durante o curso de transtorno do espectro autista, esquizofrenia ou outro transtorno psicótico; • Ao se encontrarem com outros indivíduos em interações sociais, as crianças não iniciam a conversa ou respondem reciprocamente quando os outros falam com elas; falarão na sua casa na presença de membros da família imediata, mas com frequência não o farão nem mesmo diante de amigos próximos ou parentes de segundo grau; • Intensa ansiedade social; CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS • Timidez excessiva, medo de constrangimento, isolamento e retraimento sociais, apego, traços compulsivos, negativismo, ataques de birra ou comportamento opositor leve; • As crianças têm habilidades de linguagem normais, mas pode haver um transtorno da comunicação associado; EPIDEMIOLOGIA • Transtorno raro; • Não há evidências de variação por sexo ou raça/etnia; • Mais frequente em crianças menores do que em adolescentes e adultos; DESENVOLVIMENTO E CURSO • Início: antes dos 5 anos de idade, mas a perturbação pode não receber atenção clínica até a entrada na escola; • A persistência do transtorno é variável; • Seu curso é desconhecido; FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO • Os fatores de risco não estão bem identificados; • Afetividade negativa (neuroticismo), inibição comportamental, história parental de timidez, isolamento e ansiedade social, podem desempenhar algum papel; • Fatores ambientais: inibição social por parte dos pais; os pais de crianças com mutismo seletivo foram descritos como superprotetores ou mais controladores; CONSEQUÊNCIAS FUNCIONAIS • Prejuízo social - as crianças podem ficar excessivamente ansiosas para se engajar em interações sociais; • Prejuízo acadêmico - não se comunicam com os professores no que se refere às suas necessidades acadêmicas ou pessoais; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Transtornos da comunicação; Transtornos do neurodesenvolvimento e esquizofrenia e outros transtornos psicóticos; Transtorno de ansiedade social (fobia social); REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SANTA CATARINA. RAPS. Transtorno de ansiedade generalizada: protocolo clínico. 2015 Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5 ed. Porto Alegre : Artmed, 2014. SADOCK, Benjamin J. Compêndio de psiquiatria: ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11. ed. Porto Alegre : Artmed, 2017.
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