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FICHAMENTO ARNALDO RIZZARDO - DIREITO DE FAMÍLIA

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ESCOLA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS 
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: TRABALHO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
PROFESSORA: MSC. GEOVANA DA CONCEIÇÃO
ACADÊMICO(A): EDNA INES TIZOTTI MARTINS
FICHAMENTO 
IDENTIFICAÇÃO DA OBRA: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 8 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
1 DIREITO DE FAMÍLIA
1.1 CONCEITO
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:1] o conceito do Direito de Família baseia-se em um “conjunto de normas e princípios que disciplinam ou regulam o conjunto familiar”. [1: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 8 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 02.] 
Contudo, Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:2] deixa claro: [2: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 02.] 
este ramo do direito vai muito mais além da consideração sobre a família, eis que envolve o conjunto de normas e princípios que trata do casamento, de sua validade e efeitos; das relações entre pais e filhos; do vínculo do parentesco; da tutela e curatela; da dissolução da sociedade conjugal e dos alimentos devidos entre os parentes e os cônjuges
Seguindo essa linha de pensamento Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:3] complementa: [3: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 03.] 
 [...] já conquistou espaço quase igual ao casamento, senão maior, a união estável do homem e da mulher, que foi elevada à categoria de família. O direito de família passou a disciplinar também esta nova forma de conjunto familiar, além daquelas constituídas pela convivência de vários parentes – mães e filhos, pais e filhos, avós e netos etc., [...]
O modelo familiar no Brasil passou por inúmeras transições dentro do Direito de Família, as legislações atualizadas, introduziram novas classes nas relações familiares juntamente como mais deveres e direitos[footnoteRef:4]. [4: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 03.] 
1.2 DIVISÃO DO CASAMENTO E SEUS EFEITOS
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:5] [5: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 03.] 
Engloba este ramo do direito o casamento e seus efeitos, o regime de bens entre os cônjuges, a união estável (anteriormente a Constituição Federal de 1988, concubinato), as relações de parentesco, os alimentos, bem de família, a dissolução da sociedade e do vínculo conjugal, os institutos a fim da tutela, curatela etc.
A divisão do Direito de Famílias desenvolve-se em torno de três teses: (a) “direito matrimonial”, diz respeito ao casamento, abrange sua celebração, efeitos, separação ou dissolução, regime de bens, obrigação alimentar, dignidade da pessoa humana; (b) “direito parental”, relacionado às relações de parentesco, filiação, legitimação, adoção e outras; e (c) “direito protetivo ou assistencial”, concernente a tutela e curatela familiar, regras de proteção[footnoteRef:6]. [6: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 04.] 
1.3 NATUREZA DO DIREITO DE FAMÍLIA
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:7] “A principal característica deste direito é a finalidade tutelar, que lhe é inerente. Direciona-se a proteger a família, os bens que lhe são próprios, a prole e muitos outros interesses afins”. [7: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 04.] 
Para Arnaldo Rizzardo [footnoteRef:8] [8: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 05.] 
[...] com a regulamentação das bases fundamentais dos institutos do direito de família, o ordenamento visa estabelecer um regime de certeza e estabilidade das relações jurídicas familiares. As disposições do presente tipo são denominadas normas de interesse e ordem pública.
A relação do Direito de Família com o Estado, tem por sua função principal a proteção da base familiar, suas normas impõe os deveres antes do direito, fazendo com que haja uma grande aproximação do Direito de Família com o direito público, porém, essa é a única proximidade que existe, uma vez que o Estado não pode interferir na autonomia de vida da família. Apesar do Direito de Família também ser regido por normas de ordem públicas ele pertence ao Direito privado[footnoteRef:9]. [9: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 05.] 
Neste sentido Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:10] esclarece que: [10: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 05.] 
[...] a intima aproximação ao direito público não retira o caráter privado, pois está disciplinado em um dos mais importantes setores do direito civil, e não envolve diretamente uma relação entre o Estado e o cidadão. As relações adstringem-se às pessoas físicas, sem obrigar o ente público nas soluções de litígios. A proteção às famílias, à prole, aos menores, ao casamento, aos regimes de bens não vai além de mera tutela, não acarretando a responsabilidade direto do Estado na observância ou não das regras correspondentes pelos cônjuges ou demais sujeitos da relação jurídica.
1.4 FONTES DO DIREITO DE FAMÍLIA
De acordo com Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:11] [11: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 07.] 
[...] o nosso direito de família teve ampla influência do direito canônico, o que se justifica pela própria tradição do povo brasileiro, formado, inicialmente, de colonizadores lusos. Dada a cultura religiosa inspirada no catolicismo, que impregnou todas as formações étnicas que aqui aportaram, é natural a grande influência daquele direito em nosso ordenamento.
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:12] “No que diz respeito aos impedimentos matrimoniais, por exemplo, o Código Civil seguiu a linha do direito canônico”. [12: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 07.] 
De acordo com Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:13] [13: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 07.] 
[...] dadas as grandes transformações históricas, culturais e sociais, o direito de família passou a seguir rumos próprios, com as adaptações à nossa realidade, e inspirado na secularização dos costumes, perdendo aquele caráter canonista e dogmático intocável. Predomina, evidentemente, a natureza contratualista, numa certa equivalência quanto à liberdade de ser mantido ou desconstituído o casamento.
As fontes do Direito de Família são baseadas na lei, porém as inovações trazidas pelas normas constitucionais dentro do Código Civil, deram legitimidade as relações familiares, sendo assim, passou a considerar distintos grupos sociais e a reconhecer outras formas de instituições familiares[footnoteRef:14]. [14: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 08.] 
1.5 A FAMÍLIA
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:15] “Esses laços de união forte apareceram em épocas de evoluída civilização das pessoas. Na fase primitiva, era o instinto que comandava os relacionamentos, aproximando-se o homem e a mulher para o acasalamento”. [15: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 09.] 
Contudo para Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:16] [16: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 09.] 
O conceito envolve mais de uma acepção. No direito Romano, o termo exprimia a reunião de pessoas colocada sob o poder familiar ou o mando de um único chefe – o pater família -, que era o chefe sub cujas ordens se encontravam os descendentes e a mulher, a qual era considerada em condição análoga a uma filha. Submetiam-se a ele todos os integrantes daquele organismo social: mulher, filhos, netos, bisnetos e respectivos bens.
Segundo Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:17] [17: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 10.] 
No sentido atual, a família tem um significado estrito, constituindo-se pelos pais e filhos, apresentando certa unidade de relações jurídicas, como idêntico nome e o mesmo domicílio e residência, preponderando intimidade e interesses materiais e morais, sem expressar evidentemente, uma pessoa jurídica. No sentido amplo, amiúde empregado, diz respeito aos membros unidos pelo laço sanguíneo, constituída pelos pais e filhos, neste incluídos os ilegítimos ou naturais e os adotados.
Com a evolução da família ao logo dos tempos, o direito positivado adotou novas formas de instituições familiares, a união estável é uma delas, e tem tido um crescimento avassalador emnossa nação, pois ela, possui os mesmos direitos e deveres do casamento, podendo ser averbada ou não. Outra entidade familiar importante que foi reconhecida, foi a família monoparental, ela é instituída por qualquer dos pais e seus descendentes. Ela tem grande representatividade em nosso ordenamento jurídico, em particular constituída por mães e filhos, devido ao grande número de relacionamentos formados por impulso sexual. Também entra nesse ranking o grande número de divórcios, que contribui para esse instituto, pois em grande parte ou os filhos ficam morando com a mãe ou com o pai [footnoteRef:18]. [18: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 11.] 
Complementa ainda Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:19] [19: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 14.] 
[...] não se pode deixar de acompanhar os tempos. Não se pode deixar de acompanhar os tempos. Não há como negar as profundas transformações operadas no seio da família, afastando o conceito de visão dominante no direito Romano, no direito canônico e no antigo direito luso-espanhol. Há o reconhecimento constitucional, no sentido de admitir e proteger outras espécies de família [...] numa constante busca de adaptação do ordenamento legal à realidade social e cultural vigorante.
1.6 AUTONOMIA DA COMUNHÃO DE VIDA INSTITUÍDA PELA FAMÍLIA
Neste sentido, Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:20] concorda que “O Código Civil, a par de outros princípios que já imperavam, deu ênfase à autonomia da comunhão de vida da família, sem interferências externas, quer de ordem privada ou pública”. [20: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 14.] 
Para Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:21] [21: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 14.] 
[...] desde que não afetados princípios de direito ou de ordenamento legal, à família reconhece-se a autonomia ou a liberdade na sua organização e opções de modo de vida, de trabalho, de subsistência, de formação moral, de credo religioso, de educação de filhos, de escolha de domicílio, de decisões quanto à conduta e costumes internos. Não tolera a ingerência de estranhos – quer de pessoas privadas ou do Estado. 
Entende Arnaldo Rizzardo[footnoteRef:22] que “a liberdade vai até onde não ofendidos os princípios superiores e constitucionais, como os relativos a obrigatoriedade do ensino aos filhos, a proibição de práticas ofensivas à moral, à abstenção de atitudes públicas inconvenientes”. [22: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 15.] 
A adaptação trazida pelo ordenamento jurídico em relação a família, traz a liberdade como um ponto essencial a ser assegurado, respeitando as questões de opção existenciais, intimidade familiar, e a liberdade de amadurecimento da personalidade dos membros familiares. Outro ponto essencial é a construção de um espaço de convivência com de igualdade de direitos e deveres que respeite a liberdade individual[footnoteRef:23]. [23: RIZZARDO, Arnaldo. Direito de família. 2011. p. 15.]

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