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Resumo P R O D U Ç Ã O : V I T O R D A N T A S P R O D U T O R V E R I F I C A D O D O P A S S E I D I R E T O e Glicogenólise Vitor Dantas - METABOLISMO TUTORIA 03/SESSÃO 04 OBJETIVOS: → Explicar a glicogênese e glicogenólise → Relacionar a ação hormonal com sintomas do caso ↪ Explicar a glicogênese e glicogenólise Os produtos finais da digestão de carboidratos, no aparelho digestivo são quase só glicose, frutose e galactose-com a glicose representando, em média, cerca de 80% desses processos. Após a absorção grande parte da frutose e galactose são convertidas em glicose no fígado, como já foi discutido em seus metabolismos. A glicose passa a ser então, a via final para o transporte de quase todos os carboidratos para a célula. O transporte ocorre por meio de difusão facilitada, devido a existência da proteína carreadora. Fosforilação da glicose Logo após a sua entrada nas células, a glicose se liga a um radical fosfato segundo a reação seguinte: GLICOSE-----------------GLICOSE-6-FOSFATO Essa fosforilação é promovida pela enzima glicocinase no fígado ou hexocinase, na maioria das outras células. É quase inteiramente irreversível. Tem como finalidade manter a glicose no interior das células. Isso ocorre devido a ligação da glicose com fosfato. O glicogênio é armazenado no fígado e no músculo Depois de sua captação, a glicose pode ser utilizada para liberar energia, ou pode ser utilizada para ser armazenada em forma de glicogênio. Todas as células são capazes de armazenas pelo menos algum glicogênio, sendo as hepáticas e as musculares as principais. Essa conversão de monossacarídeos em glicogênio possibilita armazenar grandes quantidades de carboidratos, sem alterar de forma significativa a pressão osmótica dos líquidos intracelulares. Glicogênese-formação de glicogênio: As reações químicas para a glicogênese ocorrem através de interconversões entre a glicose sérica e o glicogênio hepático. É um processo bioquímico que transforma a glicose em glicogênio, que ocorre tanto no fígado quanto no interior das células musculares esqueléticas. Trata-se de vias distintas e, por essa razão, é possível maior grau de controle energético e metabólico. O músculo armazena apenas para o consumo próprio e só utiliza durante o exercício, quando há necessidade de energia rápida. Após uma refeição contendo glicídios, a concentração aumentada no plasma leva a um aumento de glicose-6-fosfato no fígado, porque somente então os centros catalíticos da glicocinase se tornam preenchido com glicose. Isso porque a glicocinase, em contraste com a hexocinase, apresenta alto Km para a glicose e não é inibida pela 6- fosfato. Sendo assim, a 6-fosfato é formada rapidamente no fígado quando há elevação plasmática dos níveis de glicose. O destino da 6-fosfato é controlado pela ação dos hormônios: insulina e glucagon. Dessa forma, o glicogênio é sintetizado tanto pelo fígado quanto pelas células da musculatura esquelética. (O glicogênio é uma fonte imediata de glicose para os músculos quando há a diminuição da glicose sanguínea (hipoglicemia). O glicogênio fica disponível no fígado e músculos, sendo consumido totalmente cerca de 24 horas após a última refeição.) Glucose-6-phosphate Glucose-1-phosphate Uridine diphosphate glucose Glicogênio sintase Glicogênio As moléculas de glicogênio crescem por transferência de resíduos de glicose. A transferência é catalisada pela glicogênio-sintase. O doador da glicose é o UDP-glicose que se forma a partir da glicose 1-fosfato. A glicose-1-fosfato é obtida pela transformação da glicose-6-fosfato. A Glicogênio sintase necessita de um “primer”, que contém menos quatro moléculas de glicose. A proteína Glicogenina é a responsável pela formação desta pequena cadeia. A ela se liga o primeiro resíduo de glicose. A Glicogênio sintase se liga à cadeia de glicogenina estendendo a cadeia. A glicoquinase é a primeira enzima atuante do ciclo. Quando Vitor Dantas - METABOLISMO o glicogênio estiver grande o bastante, a enzima Glicogênio-sintase é deslocada. A formação de glicogênio permite o acúmulo de glicose nas células sem aumentar a pressão osmótica dentro destas. G licogenólise-quebra do glicogênio armazenado: A glicogenólise significa a ruptura do glicogênio celular armazenado para formar novamente glicose nas células, assim, a glicose pode então ser utilizada de modo a fornecer a energia. A glicogenólise não ocorre pela reversão das mesmas reações químicas que formam o glicogênio; ao contrário , cada molécula de glicose sucessiva em cada ramo de polímero se divide por meio de fosforilação catalisada pela enzima fosforilase. Em condições de repouso, a fosforilase está na forma inativa, de modo que o glicogênio permanece armazenado. Quando ocorre a necessidade de formar novamente glicose a partir do glicogênio, a fosforilase deve primeiro ser ativada. Essa ativação pode ocorrer de diversas formas, que incluem a ativação pela adrenalina e pelo glucagon. Basicamente, dois hormônios (epinefrina e o glucagon) podem ativar a fosforilase, causando a glicogenólise rápida. O efeito inicial desses hormônios é promover a formação do AMP cíclico nas células, que vai acarretar o início de uma cascata de reações que ativa a fosforilase. Esse processo vai acontecer em momentos em que o corpo carece por energia (geralmente no jejum). Exemplo: Na atividade física (aeróbia e anaeróbia) onde os primeiros estoques de glicogênio muscular já são logo recrutados e, posteriormente, diminuindo esses estoques, começam então a entrarem na via energética, outros compostos vindos de alguns aminoácidos ou de estoques de lipídios. Degradação: A degradação do glicogênio é constituída de três etapas: 1ª – Clivagem fosforolítica do glicogênio. 2ª – Desramificação do glicogênio. 3ª – Transformação de glicose 1-fosfato em glicose 6- fosfato. 1 – Clivagem fosforolítica do glicogenio: Glicogênio + P <--- ---> G1P + glicogênio • Enzima glicogênio fosforilase. • Através dessa enzima o glicogênio é clivado através da adição de um P, que rompe a ligação entre o C1 da ose terminal e o C4 da ose adjacente. Esse processo forma a glicose 1-fosfato. 2 – Desramificação do glicogênio • A Desramificação do glicogênio é necessária pois a Glicogênio fosforilase (pode causar a doença de McArdle) Não consegue romper as ligações alfa-1,6 das ramificações. • Quando ela atinge uma glicose terminal que esteja a 4 oses da ramificação ela interrompe a clivagem. • Assim, a enzima Transferase atua mudando um bloco de 3 glicoses de um ramo para outro, deixando apenas 1 glicose com ligação glicosídica alfa-1,6. • Depois essa glicose vai ser hidrolisada pela alfa-1,6- glicosidase formando glicose livre. • essas enzimas convertem a estrutura do glicogênio em estrutura linear, para que ele continue a ser degradado. 3 - Transformação de glicose 1-fosfato em glicose-6- fosfato: • Depois ocorre a transformação da G1P em G6P pelo deslocamento da fosforila. • Este deslocamento é catalisado pela FOSFOGLICOMUTASE: cede seu fosforo para a molécula de glicose e depois retira do carbono 1 deixando so no 6. Vitor Dantas - METABOLISMO Destinos da glicose 6-fosfato(GP6) derivada da degradação do glicogênio pode ter três destinos: 1º – O de substrato inicial da glicólise 2º – O de glicose livre formada no fígado 3º – Pode ser processada pela via das pentoses fosfato, produzindo NADPH e ribose. • No fígado, a glicose 6-fosfato não pode se difundir para foradas células, • ela precisa primeiro ser transformada em glicose através da glicose 6-fosfatase (von gierke) OBS: Essa enzima está ausente na maioria dos tecidos para que eles utilizem essa g6p na via glicolítica. Após a glicogenólise, haverá liberação de energia através da via glicolítica, e iniciará a respiração celular. Visto a liberação anaeróbica de energia-Glicólise Anaeróbica, formará o ácido lático. A maior parte do ácido pirúvico da glicólise é convertida em ácido lático, que se difunde rapidamente das células para os líquidos extracelulares e, até mesmo, para os líquidos intracelulares de outras células com menor atividade. O ácido lático é tipo um “semidouro” em que os produtos finais da glicólise podem desaparecer, permitindo assim que a glicólise prossiga além do que seria possível de outra maneira. Isso garante a possibilidade de fornecer quantidades extras consideráveis de ATP. A reconversão do ácido lático em ácido pirúvico quando o oxigênio se torna novamente disponível. No metabolismo anaeróbico, o ácido lático é rapidamente reconvertido em ácido pirúvico. Nesse caso, o ácido lático pode ser convertido em glicose ou utilizado diretamente como fonte de energia. A maio parte dessa reconversão ocorre no fígado. Liberação de energia de glicose pela via da pentose fosfato Em quase todos os músculos do organismo, essencialmente todos os carboidratos utilizados como fonte de energia são degradados em ácido pirúvico, por meio da glicogenólise e então oxidados. No entanto, esse esquema não é o único meio pelo qual a glicose pode ser degradada e utilizada como fonte de energia. O segundo mecanismo importante para a quebra e oxidação da glicose é chamado via pentose fosfato, que é responsável por até 30% da quebra da glicose no fígado e até mesmo mais do que isso, nas células adiposas. Essa via é importante, porque pode fornecer energia independente de toda as enzimas do ciclo de Krebs e, consequentemente, é via alternativa para o metabolismo energético, quando algumas anormalidades enzimáticas acontecem. A glicose durante diversos estágios de conversão, pode liberar moléculas de dióxido de carbono, a quantidade varia nos diversos açúcares. Finalmente, diversas combinações desses açúcares são capazes de ressintetizar a glicose. A via da pentose é um processo cíclico em que a molécula de glicose é metabolizada para cada revolução do ciclo. Assim com a repetição contínua do ciclo, toda a glicose pode eventualmente ser convertida em dióxido de carbono e hidrogênio, e o hidrogênio pode entrar na via da fosforilação oxidativa para formar ATP. (Síntese de lipídios) Gordura Quando a glicose não é requerida como fonte de energia, a glicose extra, que penetra continuamente nas células, é armazenada sob a forma de glicogênio ou convertida em lipídios. A glicose é preferencialmente armazenada como glicogênio, até que as células tenham armazenado quantidades suficientes para fornecer energia para as necessidades do organismo, por períodos de apenas 12 a 24 horas. Quando as células que armazenam o glicogênio chegam perto da saturação do glicogênio, a glicose adicional é convertida em lipídi0os, no fígado e nas células adiposas, e armazenada sob a forma de gordura nas células adiposas. ↪ Relacionar a ação hormonal com sintomas do caso SINTOMAS CITADOS: Após 14 horas de jejum, J.J.A apresentou : Fraqueza Cefaleia Vertigem Tremores O nosso cérebro precisa receber energia para funcionar, essa matéria-prima vem dos alimentos que nós consumimos e este órgão não tem capacidade suficiente para armazená-la, nem para aproveitar o que foi consumido há mais de três horas. Por isso precisamos ‘recarregá-lo’ constantemente. Se faltar glicose ou se ela for mal utilizada, o cérebro irá produzir os chamados ‘hormônios do estresse’ que irão transformar a proteína que formaria os nossos músculos em glicose. A liberação desses hormônios também poderá causar sintomas como taquicardia, falta de ar, mãos e pés frios, sudorese excessiva, tontura, ouvido tampado ou com zumbido, vista Vitor Dantas - METABOLISMO turva ou com estrelinhas, enxaqueca, desmaio ou sensação de desmaio, formigamento nas extremidades, enjôo matinal, sono agitado, suor noturno, pesadelo, alteração de humor, irritabilidade. Essas sensações costumam ser confundidas com crises de pressão baixa, estresse e, quando são muito intensas, até com quadros de síndrome do pânico. Por isso o diagnóstico é bastante complexo e deve feito por um profissional da saúde. É ele também que irá avaliar se podemos ou não fazer o jejum intermitente. A insulina, liberada sempre em estado alimentado, é chamada de hormônio hipoglicemiante, pois quando a glicose é absorvida pelo intestino, a insulina garante que esse nutriente seja armazenado como glicogênio no figado e no músculo esquelético e como lipídio (quando em excesso) no tecido adiposo. Estas formas de armazenamento podem se tornar disponíveis durante os períodos de jejum. A insulina provoca diminuição da concentração sanguínea de glicose, limitando o aumento sanguíneo desta após a ingestão de carboidratos. O resultado da ação hipoglicemiante da insulina são respostas que estimulam a oxidação da glicose e inibem a gliconeogênese. Essas ações são coordenadas e simultâneas. Nelas, a insulina promove a glicogênese a partir da glicose (no figado e no músculo esquelético) e inibe a glicogenólise, além de inibir a gliconeogênese e também aumentar o transporte de glicose para as células (músculo esquelético e tecido adiposo) com auxílio de transportadores de glicose (GLUT) nas membranas celulares. O outro hormônio sintetizado e secretado pelas células das ilhotas de Langerhans é o glucagon. Ao contrário da insulina, ele é liberado sempre nos períodos de jejum, e é considerado o hormônio hiperglicemiante, pois promove a utilização das reservas e não o armazenamento, como a insulina. As ações do glucagon são para aumentar e manter a concentração sanguínea de glicose. O principal sinal regulatório da secreção do glucagon e da insulina é o nível de glicemia, sendo que predomina a liberação de glucagon em momentos de diminuição de glicose sanguínea, enquanto há uma maior liberação de insulina quando a glicemia aumenta. Fraqueza: Sempre que se faz um jejum prolongado, a insulina que é um hormônio que leva a energia ingerida para as células e assim gera potência para o trabalho está baixa. Por essa razão, não é aconselhado nenhuma pessoa ingerir altas doses de carboidratos simples ou até mesmo grandes volumes de comida (mesmo que seja alimento que julgamos saudável). Cefaleia, vertigem e tremores: Os sintomas da hipoglicemia são vários e podem confundir o diagnóstico. O cérebro precisa constantemente estar utilizando a glicose para funcionar e quando sente sua falta provoca uma série de sintomas, como sudorese, tonturas, tremores nas mãos, fome, sensação de morte, pânico, angústia, depressão, taquicardia, confusão mental e até desmaios. É a queda da concentração de açúcar (chamada glicose) no sangue. Curiosamente ocorre justamente pela ingestão exagerada do próprio açúcar. Não é a ingestão isolada que provoca a hipoglicemia, mas aquela que é frequente e constante. Hipoglicemia é um distúrbio provocado pela baixa concentração de glicose no sangue e que pode afetar pessoas portadoras ou não de diabetes. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que funciona como fonte de energia para a entrada da glicose nas células. Os quadros de hipoglicemia se instalam, quando aumenta a quantidade de insulina no sangue, ou diminui a quantidade dos hormônios de contrarregulação (glucagon, hormônio do crescimento, adrenalina e cortisol). Esses hormônios são produzidos quando se esgota o estoque disponível de glicose no sangue, e ajudam a liberar o glicogênio armazenado no fígado.Em geral, esses costumam ser sinais de alerta, chamados de sintomas neurogênicos e que precedem sintomas neuroglicopênicos (decorrentes da falta de glicose no cérebro) Clinicamente, a hipoglicemia se define a partir de 3 aspectos, denominados tríade de Whipple, em que o paciente precisa apresentar: •Sintomas e sinais característicos da baixa do açúcar sanguíneo; •Glicemia baixa (verificada através da medição do glicosímetro); •Melhora após a estabilização glicêmica. FONTES: •FISIOLOGIA DE GUYTON E HALL •BIOQUÍMICA CLÍNICA DE WAGNER DE JESUS PINTO •BIOQUÍMICA BÁSICA DE ANITTA MARZOCCO, •BIOQUÍMICA DE STRYLER https://www.minhavida.com.br/temas/a%C3%A7%C3%BAcar https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/ https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/pancreas/ https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/hormonio-do-crescimento/
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