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METABOLISMO - RESUMO

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METABOLISMO 
 - Nosso modelo de regulação do comportamento alimentar se baseia 
em dois centros hipotalâmicos: centro da fome e centro da saciedade. 
É uma rede neural em que os neurônios liberam mensageiros 
químicos. 
 - Leptina é sintetizada nos adipócitos sob o controle do gene da 
obesidade, em 1994, a descoberta da leptina, um hormônio sintetizado 
pelos adipócitos, forneceu mais evidências científicas que reforçam a 
teoria lipostática. A leptina age como um sinal de retroalimentação 
negativa entre o tecido adiposo e o encéfalo. Quanto mais os estoques 
de gordura corporal aumentam, maior é a secreção de leptina e menor 
é o consumo alimentar. 
 - Uma molécula sinalizadora chave nesse processo é o neuropeptídeo 
Y (NPY), um neurotransmissor cerebral que parece servir de estímulo 
para a ingestão alimentar. 
 - Peptídeo grelina é secretado pelo estômago durante períodos de 
jejum, aumentando a sensação de fome quando infundido em seres 
humanos, além de promover a liberação do hormônio do crescimento. 
 
 
 - O apetite e a ingestão alimentar também são influenciados por 
estímulos sensoriais provenientes do sistema nervoso. O simples 
ato de mastigar e deglutir o alimento ajuda a criar uma sensação de 
saciedade. A visão, o cheiro e o gosto da comida podem estimular ou 
suprimir o apetite. 
EQUILÍBRIO ENERGÉTICO 
 Uma vez que o alimento tenho sido digerido e absorvido, as reações 
químicas do corpo – conhecidas coletivamente como metabolismo – 
determinam o que ocorre com os nutrientes contidos nos alimentos. 
Eles são destinados a queimar produzindo calor? Tornam- -se 
músculos? Ou se tornam os quilogramas extras? 
 Balanço de massas: 
 
Podemos aplicar o conceito em que mudanças nos estoques de energia 
corporal resultam na diferença entre a energia posta no sistema e a 
energia utilizada. 
 A entrada de energia nos seres humanos consiste na energia (kcl) 
contida nos nutrientes que comemos, digerimos e absorvemos. 
 E a saída de energia é a combinação do trabalho realizado e da energia 
devolvida ao meio externo como calor: 
 
 No corpo humano, pelo menos a metade da energia liberada nas 
reações químicas é perdida para o ambiente como calor “residual” não 
regulado. E a outra metade se divide em: Trabalho de transporte 
(Os processos de transporte levam materiais para dentro e para fora 
do corpo e os transferem entre os compartimentos.) Trabalho 
mecânico (utiliza as fibras e os filamentos intracelulares para criar 
movimento) e O trabalho químico no corpo pode ser subdividido em 
síntese e armazenamento. O armazenamento inclui ambas, a energia 
estocada a curto prazo em ligações fosfato de alta energia, como o 
ATP, e a energia estocada a longo prazo contida em ligações químicas 
do glicogênio e na gordura. 
 
 O equilíbrio de energia é basicamente: quando a energia ingerida 
excede o gasto calórico, uma pessoa ganha peso corporal. De 
forma contrária, se a energia utilizada excede a quantidade de 
energia ingerida, o corpo utiliza-se de suas reservas para atender 
a demanda e, consequentemente, a pessoa perde peso. 
 1g de gordura = 9KCAL 
1g de carboidrato = 6 KAL 
- A kcal (quilocaloria) é a quantidade de energia que contém cada 
grama do alimento. E pode ser conferida na tabela nutricional nas 
embalagens dos alimentos. 
 O consumo de Oxigênio reflete o gasto energético, o método mais 
comum de estimar a taxa metabólica é através do consumo de 
oxigênio da pessoa, a taxa na qual o corpo consome oxigênio á 
medida que metaboliza os nutrientes. O metabolismo da glicose para 
gerar energia está nas ligações de ATP, e esse processo é mais eficaz 
na presença de oxigênio. É chamado de calorimetria indireta 
 Outro método para estimar a taxa metabólica é a medição da 
produção de dióxido de carbono, sozinho ou combinado com o 
consumo de oxigênio. A equação (4) mostra que o metabolismo 
aeróbio consome O2 e produz CO2. No entanto, a taxa de CO2 
produzida a partir do consumo de O2 varia conforme a composição 
de uma dieta. Essa taxa de CO2 produzido a partir do O2 consumido 
é conhecida como quociente respiratório (QR) ou taxa de troca 
respiratória. O QR varia entre valores de 1 (mais elevado), em 
uma dieta puramente a partir de carboidratos, a 0,8 para 
proteínas e 0,7 para gorduras 
 
 
 Taxa metabólica basal: A taxa metabólica mais baixa de um 
indivíduo, ou seja, quando está dormindo. Contudo ao fato de ser 
difícil calcular, de uma pessoa dormindo, utiliza a taxa metabólica 
em repouso (TMR) muitas das vezes medida após 12 horas de 
jejum em uma pessoa acordada. 
 Vários fatores alteram a taxa metabólica como: 
 Idade e sexo 
 Quantidade de massa muscular magra (Os músculos 
possuem consumo de oxigênio mais alto que o do tecido 
adiposo, mesmo em repouso. (A maior parte do volume de 
uma célula do tecido adiposo está ocupada por gotas de 
lipídeos metabolicamente inativas.) Essa é uma razão pela 
qual frequentemente o aconselhamento para perda de peso 
inclui treinamento com pesos além de exercícios aeróbios. O 
treinamento com pesos adiciona massa muscular ao corpo, a 
qual aumenta a TMB e resulta em mais calorias sendo 
queimadas em repouso). 
 Nível de atividade (A atividade física e a contração muscular 
aumentam a taxa metabólica acima da taxa basal) 
 Dieta (A taxa metabólica em repouso aumenta após uma 
refeição, o que é um fenômeno conhecido como termogênese 
induzida pela dieta. Em outras palavras, há um custo 
energético para a digestão e a assimilação dos alimentos. A 
termogênese induzida pela dieta é relacionada ao tipo e à 
quantidade de alimento ingerido. As gorduras provocam 
relativamente pouca termogênese induzida pela dieta, e as 
proteínas aumentam ao máximo a produção de calor. Esse 
fenômeno pode apoiar as afirmações de alguns nutricionistas 
de que comer uma caloria de gordura é diferente de comer 
uma caloria de proteína, embora elas contenham a mesma 
quantidade de energia quando mensuradas por calorimetria 
direta.) 
 Hormônios (A TMB é aumentada pelos hormônios da 
tireoide e pelas catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). 
Alguns dos peptídeos que regulam a ingestão alimentar 
também parecem influenciar o metabolismo) 
 Genética 
 Dos fatores que alteram a taxa metabólica, uma pessoa 
pode controlar apenas dois fatores: a entrada de 
energia e o nível de atividade física. Se a atividade física 
da pessoa inclui treinamento de força, que aumenta a 
massa muscular magra, a TMR aumenta. Isso porque a 
adição de massa muscular magra cria um adicional de 
energia, o qual diminui o número de calorias que será 
armazenado. 
 A ingestão diária de energia de uma pessoa varia com as 
necessidades e a atividade do corpo. O glicogênio, 
polímero da glicose, é uma forma mais compacta de 
energia do que um número igual de moléculas individuais 
de glicose. O glicogênio também requer menos água para 
hidratação. Por essa razão, nossas células então 
convertem glicose em glicogênio para armazenamento. 
Normalmente, possuímos aproximadamente 100 g de 
glicogênio no fígado e 200 g no músculo esquelético. 
Contudo, mesmo estes 300 g de glicogênio podem 
fornecer energia o suficiente para apenas 10 a 15 horas. O 
encéfalo sozinho requer 150 g de glicose por dia. 
 Como resultado, o corpo mantém a maioria da sua energia 
de reserva em moléculas compactas de gordura de alta 
energia. Isso quer dizer que cada quilo de gordura do 
corpo armazena cerca de 3.500 kcal de energia. O elevado 
conteúdo calórico da gordura e a composição histológica 
da célula gordurosa, composta por pouco citosol e elevada 
quantidade de gotículas de gordura (p. 82), fazem do 
tecido adiposo um eficiente estoque corporal de grandes 
quantidades de energia com menor espaço ocupado. 
Metabolicamente, entretanto, a energia da gordura é de 
mais difícil acesso, e o metabolismo das gorduras é mais 
lento do que o dos carboidratosMETABOLSMO 
 METABOLISMO são todas as reações químicas do corpo. As 
reações que compõe estas vias: 1: extraem energia dos nutrientes, 
2: usam essa energia para o trabalho e 3: armazenam o excesso de 
energia de modo que está possa ser usada posteriormente. 
 VIAS METABÓLICAS: (1) Via Anabólica: Capazes de sintetizar 
uma grande quantidade de moléculas a partir de muitas unidades 
menores. (CONSTRUIR) (2) Via Catabólica: Capazes de quebrar 
uma grande molécula em partículas menores. (QUEBRAR) 
 Dividimos o metabolismo em duas fases: Estado alimentado e Estado 
em Jejum. 
 Estado Alimentado ou estado absortivo: é o período que 
segue uma refeição, quando os produtos da digestão estão 
sendo absorvidos, utilizados e armazenados. Esse é um 
estado anabólico no qual a energia das biomoléculas dos 
nutrientes é transferida para compostos de alta energia ou 
armazenada em ligações químicas de outras moléculas. 
 Estado de Jejum ou estado pós absortivo: Uma vez que os 
nutrientes de uma refeição recente não estão mais na corrente 
sanguínea e disponíveis para uso pelos tecidos. À medida que 
o pool de nutrientes disponíveis no sangue diminui, o corpo 
os extrai de suas reservas armazenadas. O estado pós-
absortivo é catabólico porque as células quebram grandes 
moléculas em moléculas menores. A energia liberada pela 
quebra das ligações químicas das moléculas maiores é 
utilizada para realizar trabalho 
 
A energia ingerida pode ser utilizada ou armazenada 
 As biomoléculas que ingerimos estão destinadas a atingir um destes três 
destinos: (1) Energia, (2) Síntese e (3) Armazenamento. 
 Energia: As biomoléculas são metabolizadas 
imediatamente e a energia liberada a partir da quebra das 
ligações químicas são armazenadas no ATP, no fosfato de 
creatina e em compostos ricos em energia. Essa energia 
pode ser utilizada para fazer trabalho mecânico. 
 Síntese: As biomoléculas que entram nas células podem 
ser usadas para sintetizar componentes básicos 
necessários para o crescimento e a subsistência de células 
e tecidos. Ou seja, vão ser utilizadas para metabolizar 
outros componentes. 
 Armazenamento: Se a quantidade de alimento ingerida 
excede o necessário para o corpo de energia e síntese, o 
excesso de energia vai para armazenamento nas ligações 
de glicogênio e da gordura. O armazenamento torna a 
energia disponível para os períodos de jejum, no caso 
sofrem ação catabólica. 
 
DESTINO DAS BIOMOLÉULAS 
 O destino de uma biomolécula vai depender se ela é um carboidrato, 
proteína ou uma gordura. 
 
 Essa imagem representa de forma esquemática o caminho dessas 
BIOMOLÉULAS, desde a ingestão até a formação dos 3 pools de 
nutrientes corporais: ácidos graxos livres (vem da gordura), a glicose 
(carboidrato) e aminoácido (proteína). Os Pools de nutrientes são 
nutrientes disponíveis para uso imediato, em que estão localizados no 
plasma. 
 ÁCIDOS GRAXOS LIVRES: formam o primeiro pool primário 
de gordura no sangue. Podem ser utilizados como fonte energética 
por diversos tecidos ou facilmente armazenados na forma de 
gordura (triglicerídeos) no tecido adiposo. 
 CARBOIDRATO: são absorvidos principalmente como pools de 
glicose. A concentração de glicose no plasma é a mais 
estritamente regulada dos três pools de nutrientes, uma vez que a 
glicose é o único combustível que o encéfalo pode metabolizar, 
exceto em períodos de jejum. FIGURA: observe o cano de saída 
da glicose, se o pool de glicose ficar abaixo de certos níveis, 
somente o cérebro tem acesso, isso funciona como forma de 
preservação do encéfalo para garantir que tenha um suprimento 
de energia. Se o pool de glicose do corpo está dentro de uma faixa 
normal, a maioria dos tecidos usa a glicose como sua fonte de 
energia. O excesso de glicose é armazenado como glicogênio. 
A síntese de glicogênio a partir da glicose é um processo 
conhecido como glicogênese. A capacidade de armazenamento 
de glicogênio, entretanto, é bastante limitada, o que leva o 
organismo a estocar quantidades excessivas de glicose na forma 
de gordura por meio da lipogênese. 
 Se as concentrações plasmáticas de glicose são reduzidas, o 
organismo converte glicogênio em glicose por meio da 
glicogenólise. Para o nosso corpo manter os níveis de glicose 
precisos utilizando-se do balanço entre metabolismo oxidativo, 
glicogênese, glicogenólise e lipogênese. 
 Se a homeostasia falha e a glicose no plasma excede um nível 
crítico, como ocorre no diabetes melito, o excesso de glicose é 
excretado na urina. A excreção de glicose ocorre somente quando 
o limiar renal para a reabsorção de glicose é excedido. 
 AMNOÁCIDOS: Se formam a partir da proteína e pool de aminoácido. 
Esse pool é usado principalmente para a síntese protéica. Todavia, se a 
taxa de ingestão de glicose for baixa, os aminoácidos podem ser 
convertidos em glicose através do processo de gliconeogênse. Ou seja, há 
a síntese de glicose a partir de fontes não glicídicas. 
 Os aminoácidos são a principal fonte de glicose pela via da 
gliconeogênese, mas o glicerol proveniente dos triacilgliceróis 
também pode ser utilizado. Tanto a gliconeogênese quanto a 
glicogenólise são fontes de reserva de glicose importantes 
durante os períodos de jejum. 
RESUMO 
Glicogênese: GLICOSE > GLICOGÊNIO 
Glicogenólise: GLICOGÊNIO > GLICOSE 
Gliconeogênese: AMNOÁCIDOS OU GLICEROL > GLICOSE 
Glicólise : QUEBRA DA GLICOSE > FORMA> PIRUVATO 
 
A direção do metabolismo é controlada por enzimas 
 Como o organismo controla as mudanças do metabolismo entre o estado 
alimentado e estado em jejum? 
 Uma característica da regulação metabólica é o uso de diferentes 
enzimas para catalisar reações nas direções direta e inversa. Este 
duplo controle é chamado de controle puxa-empurra perimte a 
regulação das reações enzimáticas. 
 As enzimas são proteínas que possuem ligações que se conectam a 
diversos compostos. A maioria da das reações enzimáticas são 
moduladas por hormônios 
 
 A Figura (b) representa uma série de reações por meio da qual a 
glicose é armazenada como glicogênio. Durante o estado 
alimentado, os hormônios secretados pelo pâncreas endócrino, 
sobretudo a insulina, estimulam as enzimas a promoverem a 
síntese de glicogênio por meio da glicogênese. Esse evento 
também inibe as enzimas responsáveis pela glicogenólise. O 
resultado líquido é a síntese de glicogênio a partir da glicose. 
 O padrão reverso © é apresentado na Figura 22.4c. No estado de 
jejum, o hormônio glucagon, um outro hormônio secretado pelo 
pâncreas endócrino, predomina. O glucagon estimula as 
enzimas da glicogenólise e, ao mesmo tempo, inibe as enzimas 
da glicogênese. O resultado líquido é a síntese de glicose a partir 
do glicogênio. 
RESUMO: Diferentes enzimas atuam no processo de glicogênese 
e glicogênólise para diferentes metabolismo (alimentado e jejum). 
Sendo uma forma de manter o equilíbrio. 
 
METABOLISMO NO ESTADO ALIMENTADO 
 O estado alimentado após a ingestão de alimentos é 
ANABÓLICO: os nutrientes absorvidos são utilizados para 
síntese de energia e estoque. 
 CARBOIDRATOS: 
 A glicose é o substrato primário para a síntese de ATP. A 
glicose é o substrato primário para a síntese de ATP. 
A glicose absorvida a partir do intestino entra pela via 
hepática (veia porta), sendo direcionada para o fígado. 
Aproximadamente 30% de toda a glicose ingerida é 
metabolizada no fígado. Os 70% restantes continuam na 
corrente sanguínea para serem distribuídos para o 
encéfalo, para os músculos e para outros órgãos e tecidos. 
A glicose, então, move-se do líquido intestinal para dentro 
das células através de transportadores de membrana 
GLUT. A maior parte da glicose absorvida de uma 
refeição vai imediatamente para a glicólise (quebra da 
molécula de glicose para produzir ATP) e para o ciclo 
do ácido cítrico para produzir ATP. Alguma glicose é 
utilizada pelo fígadopara a síntese de lipoproteínas. A 
glicose que não é utilizada para a produção de energia e 
para a síntese é armazenada como glicogênio ou gordura. 
A capacidade do corpo de armazenar glicogênio é 
limitada, assim a maior parte do excesso de glicose é 
convertida em triacilgliceróis e armazenada no tecido 
adiposo. 
 ESTOQUE DE GLICOSE: O glicogênio, um grande 
polissacarídeo, é o principal meio de estoque de glicose no 
organismo. O glicogênio é um polímero de glicose, 
formado pela ligação de diversas moléculas individuais de 
glicose ligadas entre si em uma cadeia ramificada. Uma 
única partícula de glicogênio no citoplasma pode conter 
cerca de 55 mil moléculas de glicose unidas. 
 
 
RESUMO: 
 Absorvido como: Primariamente glicose; também frutose 
e galactose. 
 Metabolismo no estado alimentado: Utilizados 
imediatamente para a produção de energia através das vias 
aeróbias* (glicólise e ciclo do ácido cítrico) Utilizados 
para a síntese de lipoproteína no fígado • Armazenado 
como glicogênio no fígado e nos músculos esqueléticos 
(glicogênese) • Excesso convertido em gordura e 
armazenado nos adipócitos (lipogênese). 
 Metabolismo no estado de jejum: • Quebra de polímeros de 
glicogênio (glicogenólise) para a síntese de glicose no fígado e 
nos rins ou para glicose-6-fosfato, utilizada na glicólise. 
 O glicogênio é encontrado praticamente em todas as células 
do organismo, porém os seus maiores e mais representativos 
estoques estão no fígado e nos músculos esqueléticos. 
O glicogênio no músculo esquelético fornece uma fonte 
imediata de energia para a contração muscular. O glicogênio 
hepático serve de substrato principal para a síntese de glicose 
no organismo, principalmente em períodos entre as refeições 
(estados de jejum curto). Estima-se que o fígado contenha 
estoques equivalentes a aproximadamente 4 horas de 
suprimento como glicogênio. 
 
 AMNOÁCIDOS: FORMAM AS PROTEÍNAS 
 A maioria dos aminoácidos absorvidos a partir de uma 
refeição são direcionados para a síntese proteica. Como 
a glicose, os aminoácidos são levados primeiro para o 
fígado pelo sistema porta-hepático. O fígado, então, 
utiliza-os para a síntese de lipoproteínas e proteínas 
plasmáticas, como albumina, fatores da coagulação e 
angiotensinogênio. 
 Os aminoácidos não captados pelo fígado são utilizados 
pelas células para produzir proteínas estruturais ou 
funcionais, como os elementos do citoesqueleto, as 
enzimas e os hormônios. Os aminoácidos são também 
incorporados em moléculas não proteicas, como os 
hormônios aminas e os neurotransmissores. Se a glicose se 
torna baixa, os aminoácidos são utilizados para a síntese 
energética, como descrito na próxima seção sobre o 
metabolismo do estado de jejum. Contudo, se são 
ingeridas mais proteínas do que o necessário para a 
síntese e o gasto de energia, o excesso de aminoácidos é 
convertido em gordura. Alguns fisiculturistas gastam 
grandes quantidades de dinheiro na compra de diversos 
suplementos à base de aminoácidos acreditando que isso 
promoverá maior crescimento da massa muscular. No 
entanto, esses aminoácidos não vão automaticamente para 
a síntese proteica. Quando a ingestão de aminoácidos 
excede a necessidade do corpo para a síntese proteica, 
o excesso é usado para gerar energia ou é armazenado 
como gordura. 
 GORDURA: ESTOQUE 
 A maior parte da gordura ingerida é organizada dentro do 
epitélio intestinal na forma de lipoproteínas e complexos 
lipídeos chamados quilomícrons. Os quilomícrons 
deixam o intestino e entram na circulação venosa através 
do sistema linfático, são constituídos por colesterol, 
triacilgliceróis, fosfolipídios e lipídeos ligados a proteínas 
chamados de apoproteínas. 
 Uma vez que esses lipídeos começam a circular no sangue, 
a enzima lipase lipoproteica (LLP) liga-se ao endotélio 
capilar dos músculos, e o tecido adiposo converte os 
triacilgliceróis em ácidos graxos livres e em glicerol. 
Essas moléculas podem, então, ser utilizadas para a 
geração de energia pela maioria das células ou 
reorganizadas em triacilgliceróis para estoque no tecido 
adiposo. 
 O quilomícron remanescente que permanece na 
circulação é captado e metabolizado pelo fígado e o 
colesterol dos remanescentes junta-se ao pool de lipídeos 
do fígado. 
 Se o colesterol está em excesso uma parte pode ser 
convertida em sais biliares e excretada na bile. O 
colesterol dos remanescentes é adicionado ao colesterol 
recém-sintetizado e aos ácidos graxos e empacotado em 
complexos de lipoproteínas para secreção no sangue. 
 Os complexos de lipoproteínas que entram novamente no 
sangue contêm uma quantidade variada de triacilgliceróis, 
fosfolipídeos, colesterol e apoproteínas. Quanto mais 
proteínas um complexo contém, mais pesado ele é, com os 
complexos de lipoproteínas do plasma variando entre 
lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e 
lipoproteína de alta densidade (HDL). A combinação de 
lipídeos com proteínas torna o colesterol mais solúvel no 
plasma, mas os complexos não são capazes de se difundir 
através da membrana celular. Em vez disso, eles são 
transportados para o interior das células através de 
endocitose mediada por receptor. Os complexos de LDL 
contêm apoproteína B (apoB), a qual se combina com os 
receptores de C-LDL nas células distribuídas pelo 
organismo. 
 A segunda lipoproteína mais comum no sistema 
circulatório é a lipoproteína de alta densidade (HDL). O 
HDL é muitas vezes chamado de “bom colesterol”, uma 
vez que o HDL está envolvido no transporte de 
colesterol para fora do plasma sanguíneo. O C-HDL 
contém apoproteína A (apoA), a qual facilita a captação 
de colesterol pelo fígado e por outros tecidos. 
 
 
 
 
 
Síntese de lipídeos 
 A maioria das pessoas ingere quantidades suficientes de colesterol a 
partir de produtos animais contidos na dieta. Contudo, como o 
colesterol é uma molécula de extrema importância para o 
organismo, se ele não é ingerido via dieta, ele é sintetizado pelo 
fígado. Até mesmo vegetarianos que não comem nenhum produto 
animal (veganos) possuem quantidades substanciais de colesterol em 
suas células. O corpo pode produzir colesterol a partir da acetil-
CoA em uma série de reações em cadeia. Quando o anel da estrutura 
do colesterol é formado, este é facilmente utilizado pelas células para 
a síntese de hormônios e de outras substâncias esteroides. 
 
 O excesso na ingestão de glicose e de proteína leva à síntese de 
triacilgliceróis, uma importante etapa do metabolismo no estado 
alimentado. 
 
 
 
 
 
 
METABOLISMO NO ESTADO DE JEJEUM 
 Uma vez que todos os nutrientes de uma refeição tenham sido 
digeridos, absorvidos e distribuídos para várias células, a 
concentração de glicose no plasma começa a cair. Isso é o sinal para 
o corpo mudar o metabolismo do estado alimentado (absortivo) 
para o estado de jejum (pós-absortivo). O metabolismo está sob o 
controle predominante de hormônios, os quais têm o objetivo de 
manter a homeostasia da concentração de glicose no sangue e, por 
consequência, a oferta da mesma como fonte de energia para ao 
encéfalo e os neurônios. A homeostasia da glicose é mantida por 
meio do catabolismo de conversão de glicogênio, proteínas e 
gorduras em intermediários que podem ser utilizados para a 
produção de glicose ou de ATP. Utilizar proteínas e gorduras para a 
síntese de ATP poupa a glicose plasmática para ser utilizada pelo 
encéfalo. 
 
 
Conversão do glicogênio em glicose 
 A fonte mais fácil de obtenção de glicose para homeostasia plasmática 
de glicose é pelo estoque de glicogênio do organismo, predominante 
localizado no fígado. O glicogênio hepático é capaz de suprir a 
demanda por glicose por cerca de 4 a 5 horas. 
 Através da glicogenólise, o glicogênio é quebrado em glicose ou em 
glicose-6-fosfato. A maior parte do glicogênio é convertida à glicose-
6-fosfatoem uma reação que separa a molécula de glicose do 
polímero de glicogênio, que ocorre com o auxílio de fosfatos 
inorgânicos obtidos no citosol. Somente cerca de 10% dos estoques 
de glicogênio são hidrolisados a moléculas de glicose pura. 
 No estado de jejum, o glicogênio do músculo esquelético pode ser 
metabolizado em glicose, mas não diretamente. As células 
musculares, como a maioria das outras células, não possuem a enzima 
que produz glicose a partir da glicose-6-fosfato. Ou seja, a glicose-6-
fosfato ou glicose produzida pela glicogenólise no musculo 
esquelético é metabolizada a piruvato (condição aeróbica) ou a 
lactato (condição anaeróbica). O piruvato e lactato são então 
transportados para o fígado que os usa para produzir glicose via 
gliconeogênese. 
 
As proteínas podem ser utilizadas para sintetizar ATP 
 Durante o estado de jejum, os aminoácidos livres são normalmente 
utilizados como fonte de obtenção de ATP. Se o estado de jejum se 
prolonga por um período grande, as proteínas musculares são 
degradadas a aminoácidos para suprir a demanda energética. O 
primeiro passo do catabolismo proteico é a digestão de proteínas a 
polipeptídeos menores por enzimas, chamados de proteases 
(endopeptidases). Posteriormente, enzimas conhecidas como 
exopeptidases degradam as ligações terminais dos polipeptídeos 
menores, permitindo a liberação de aminoácidos livres. 
 Os aminoácidos podem ser convertidos em intermediários que 
tanto participam da glicólise quanto do ciclo do ácido cíclico. 
 
 
 A primeira etapa deste processo de conversão é a desaminação, a 
qual remove o grupamento amino do aminoácido (FIG. 22.10a). A 
desaminação também promove a síntese de moléculas de amônia e 
de ácidos orgânicos. Alguns dos ácidos orgânicos gerados nessa via 
são o piruvato e a acetil-CoA e diversos intermediários do ciclo do 
ácido cíclico. Os ácidos orgânicos podem, então, entrar na via do 
metabolismo aeróbio para produzir ATP. As moléculas de amônia 
(NH3) produzidas durante o processo de desaminação rapidamente 
se associam aos íons hidrogênio (H), convertendo-se em íons 
amônio (NH4 ), como demonstrado na Figura 22.10b. Ambos, a 
amônia e o íon amônio, são considerados tóxicos, porém as células 
do fígado rapidamente convertem esses compostos em ureia 
(CH4N2O). A ureia é o principal resíduo de nitrogênio do corpo e é 
excretada pelos rins. 
 Se os estoques de glicogênio se tornam baixos e a concentração 
de glicose plasmática é ameaçada, as proteínas podem ser 
utilizadas para produzir glicose. No fígado, os aminoácidos ou o 
piruvato produzido a partir de aminoácidos entram na via da 
glicólise. Essa via, então, volta a produzir glicose-6- -fosfato e 
glicose (gliconeogênese). 
 
Os lipídeos estocam mais energia que a glicose e as proteínas 
 As moléculas de lipídeos são consideradas a fonte primária de 
combustível do organismo, uma vez que possuem elevado conteúdo 
de energia quando comparadas às proteínas e aos carboidratos. 
Quando o corpo no estado de jejum necessita utilizar os estoques de 
energia, as lipases degradam os triacilgliceróis em glicerol e em 
ácidos graxos livres por meio de uma série de reações, denominada 
lipólise. O glicerol sintetizado a partir da lipólise entra na via da 
glicólise, posteriormente formando piruvato e ATP, assim como as 
moléculas de glicose comuns. 
 As longas cadeias de ácidos graxos são mais difíceis de gerarem 
ATP. A maioria dos ácidos graxos precisa primeiramente ser 
transportada do citosol para a matriz mitocondrial (Fig. 22.12). Uma 
vez na matriz, os ácidos graxos são lentamente desacoplados em 
duas unidades de carbono por vez, até o fim da cadeia, em um 
processo chamado de beta-oxidação (-oxidação). 
 RESUMINDO: o glicerol tem maior facilidade de gerar energia, por 
entrar na via da glicólise mais facilmente. Já os ácidos Graxos 
precisam ser transportados para o citosol e precisa sofrer o processo 
de beta oxidação. 
 Na maioria das células, as unidades de dois carbonos dos ácidos 
graxos são convertidas em acetil-CoA, cuja unidade acil com dois 
carbonos alimenta diretamente o ciclo do ácido cítrico. Uma vez que 
muitas moléculas de acetil-CoA podem ser produzidas a partir de 
um único ácido graxo, os lipídeos contêm 9 kcal de energia 
armazenada por grama, comparados com 4 kcal por grama das 
proteínas e dos carboidratos. 
 No estado de jejum, o tecido adiposo libera ácidos graxos livres e 
glicerol na corrente sanguínea. O glicerol será captado pelo 
fígado, convertendo-se em glicose na via da gliconeogênese. Os 
ácidos graxos serão captados por diversos tecidos e utilizados 
para a produção de energia. 
 No fígado, se os ácidos graxos produzirem mais rapidamente 
grupamentos acetil-CoA do que o ciclo do ácido cítrico pode os 
metabolizar, o excesso de unidades acil será convertido em corpos 
cetônicos. Os corpos cetônicos tornam-se uma significativa fonte 
de energia para o cérebro em casos de jejum prolongado e de 
glicose baixa. Os corpos cetônicos entram no sangue, criando um 
estado chamado de cetose. 
 Planos dietéticos com baixo teor de carboidratos, como a dieta de 
Atkins e a dieta de South Beach, são extremamente cetogênicos, 
visto que a maioria das calorias vem do metabolismo das 
gorduras. Essas dietas possuem muito pouca quantidade de 
carboidrato e alta quantidade de gordura e proteína, o que leva a 
um aumento do metabolismo da b-oxidação das gorduras e 
produção de corpos cetônicos. Pessoas que fazem essas dietas têm 
uma rápida perda de peso inicial, mas isso ocorre pela 
degradação do glicogênio e pela perda de água, não por redução 
de gordura do corpo. 
 As dietas cetogênicas têm sido utilizadas no tratamento de 
crianças com epilepsia e que não respondem à terapia com 
medicamentos. Por razões ainda desconhecidas, a manutenção de 
um estado de cetose nessas crianças diminui a incidência das 
convulsões. Apesar disso, as dietas cetogênicas também podem 
ser perigosas. Os corpos cetônicos, como o ácido acetoacético e o 
ácido -hidroxibutírico, são poderosos ácidos metabólicos que 
podem afetar gravemente o equilíbrio do pH corporal, levendo à 
cetoacidose, uma acidose metabólica (p. 648). Entre os riscos 
associados a dietas cetogênicas estão a desidratação, a perda de 
eletrólitos, a ingestão inadequada de cálcio e vitaminas, a gota e 
os problemas renais. 
 
CONTROLE HOMEOSTÁTICO DO METABOLISMO 
 O sistema endócrino é o principal responsável pela regulação 
metabólica. Apesar disso, o sistema nervoso também participa 
ativamente desse processo, particularmente nas situações que 
envolvem a ingestão de alimentos. Diversos hormônios estão 
envolvidos na regulação do metabolismo a longo prazo, porém de 
hora em hora essa regulação depende muito da taxa de relação entre 
a secreção de insulina e o glucagon, dois hormônios secretados por 
células endócrinas do pâncreas. Ambos os hormônios têm uma meia-
vida curta e precisam ser continuamente secretados para que tenham 
um efeito sustentado. 
 O PANCREAS SECRETA INSULINA E GLUCAGON 
 O pâncreas secreta dois tipos de secreção: endócrina e exócrina. 
Secreção exócrina: entra no duodeno, em que provém das células 
acinares que produzem bicarbonato de sódio. E secreção endócrina: 
entram no sangue. Provém das ilhotas pancreáticas que produzem 
insulina, glucagon e somatostatina. Essas ilhotas pancreáticas 
possuem células específicas: Célula A (alfa) – produz glucagon, 
Células B (beta) secretam insulina e células D (Delta) secretam 
somatostatina. Em número bem menor estão as céulas pp ou céulas F 
que produzem o polipeptídeo pancreático. 
 
 A razão entre insulina e glucagon regula o metabolismo 
 Juntos a insulina e o Glucagon controlam o teor de açúcar no 
organismo. Ou seja, no estado alimentado, quando o corpo está 
absorvendo os nutrientes, a insulina é o hormônio dominante, e o 
organismo entra em estado anabólico.No estado de jejum, as 
reações metabólicas previnem a queda da concentração da glicose 
plasmática (hipoglicemia). Quando o glucagon predomina, o fígado 
usa glicogênio e intermediários não glicídicos para sintetizar glicose 
para liberação no sangue. 
 
 
 Em uma pessoa com metabolismo considerado normal, a 
concentração de glicose no jejum é mantida em cerca de 90 mg/dL de 
sangue, a secreção de insulina é mantida baixa e os níveis de glucagon 
estão relativamente elevados. Após a absorção dos nutrientes de uma 
refeição, a glicose plasmática aumenta. Esse aumento na glicose 
plasmática inibe a secreção de glucagon e estimula a liberação de 
insulina. 
 A insulina, por sua vez, promove a maior entrada de glicose às 
células. Como resultado, a concentração de glicose começa a 
baixar até os níveis normais de jejum. Isso ocorre a cada refeição 
feita. A secreção de insulina é reduzida em conjunto com a 
concentração de glicose, e o glucagon lentamente começa a aumentar. 
 
 
 
A insulina é o hormônio predominante no estado alimentado 
 A glicose é um importante estímulo à secreção da insulina, porém 
outros fatores têm influência sobre o aumento, a amplificação ou 
mesmo a inibição da secreção: 
 (1) Aumento da concentração de glicose plasmática. O 
estímulo principal para liberação da insulina é a concentração 
plasmática de glicose maior do que 100 mg/dL. A glicose 
absorvida no intestino delgado chega às células beta do 
pâncreas, onde é captada pelo transportador GLUT2. 
 
(2) Aumento da concentração de aminoácidos 
O aumento da concentração de aminoácidos no plasma após 
uma refeição também desencadeia a secreção de insulina 
(3) Efeitos antecipatórios dos hormônios GI 
Mais de 50% de toda a secreção de insulina é estimulada por 
um hormônio chamado de peptídeo semelhante ao glucagon n 
1 (GLP-1), são hormônios pertencentes à família das 
incretinas e produzidos pelas células localizadas no intestino 
(jejuno e íleo) em resposta à ingestão de nutrientes. 
(4) Atividade parassimpática 
A atividade parassimpática para o trato GI e para o pâncreas 
aumenta durante e após uma refeição. 
(5) Atividade simpática 
A adrenalina e a noradrenalina inibem a secreção de insulina 
e desviam o metabolismo para a gliconeogênese, a fim de 
fornecer combustível extra para o sistema nervoso e o 
músculo esquelético 
A insulina promove o anabolismo. 
 
 De modo interessante, o tecido muscular esquelético quando 
exercitado não é dependente da atividade da insulina para que 
a glicose possa entrar na célula. Quando os músculos 
contraem, os transportadores GLUT4 são inseridos na 
membrana mesmo na ausência de insulina, e a captação da 
glicose aumenta. 
 O transporte de glicose no fígado (hepatócitos) não é 
diretamente dependente de insulina, contudo é influenciado 
pela presença ou ausência da mesma. Os hepatócitos possuem 
transportadores GLUT2, sempre presentes na membrana da 
célula. No estado de jejum, quando os níveis de insulina estão 
baixos, a glicose move-se para fora do fígado, em direção à 
circulação sanguínea, no intuito de manter a homeostasia da 
glicose, os hepatócitos estão convertendo o glicogênio 
armazenado e os aminoácidos em glicose. 
 No estado alimentado, a insulina ativa a hexocinase, uma 
enzima que fosforila a glicose à glicose-6- -fosfato. Essa 
reação de fosforilação mantém a concentração de glicose 
intracelular mais baixa que a concentração plasmática. Agora, 
a glicose difunde-se nos hepatócitos, e os transportadores 
GLUT2 operam em direção reversa. 
 A insulina aumenta a utilização e o armazenamento da 
glicose. A insulina ativa enzimas para a utilização de glicose 
(glicólise) e a síntese de glicogênio (glicogênese). 
Simultaneamente, a insulina inibe as enzimas de degradação 
do glicogênio (glicogenólise), síntese de glicose 
(gliconeogênese) e degradação da gordura (lipólise), no 
intuito de garantir que o metabolismo vá em direção ao 
anabolismo. Se for ingerida mais glicose do que é necessário 
para a síntese e a produção de energia, o excesso é convertido 
em glicogênio ou ácidos graxos. 
 A insulina aumenta a utilização de aminoácidos. A insulina 
ativa enzimas para a síntese proteica e inibe enzimas que 
promovem a quebra de proteínas. Se uma refeição inclui 
proteínas, os aminoácidos do alimento ingerido são usados 
para a síntese proteica pelo fígado e pelo músculo. O excesso 
de aminoácidos é convertido em ácidos graxos. 
 A insulina promove a síntese de lipídeos. A insulina inibe 
a -oxidação de ácidos graxos e promove a conversão do 
excesso de glicose e aminoácidos em triacilgliceróis 
(lipogênese). Os triacilgliceróis em excesso são 
armazenados como gotículas de lipídeos no tecido adiposo. 
 Em resumo, a insulina é um hormônio anabólico porque 
promove a síntese de glicogênio, de proteínas e de 
gorduras. Quando a insulina está ausente ou deficiente, as 
células vão para o metabolismo catabólico. 
 
O glucagon é predominante no estado de jejum 
 O glucagon é secretado pelas células alfa-pancreáticas, as 
quais são geralmente antagonistas à insulina e a seus efeitos 
metabólicos. Quando a concentração de glicose plasmática se 
reduz após algumas horas de uma refeição, a secreção de 
insulina torna-se bastante baixa, e os efeitos da secreção do 
glucagon sobre o metabolismo celular em todo o organismo 
crescem significativamente. Como observado, é a proporção 
de insulina em relação ao glucagon (razão insulina/glucagon) 
que determina a direção do metabolismo, em vez da 
quantidade absoluta de qualquer dos dois hormônios. A 
função do glucagon é prevenir a hipoglicemia, de modo que a 
concentração de glicose é considerada o estímulo primário 
mais importante para a secreção do hormônio (FIG. 22.18). 
Quando a glicose plasmática se torna menor que 100 mg/dL, 
a secreção de glucagon aumenta significativamente. Em uma 
concentração de glicose acima de 100 mg/dL, ou seja, quando 
a insulina é secretada em maior quantidade, o glucagon é 
inibido e permanece em níveis baixos, mas constantes. A forte 
relação entre a secreção de insulina e a inibição de glucagon 
tem levado à especulação de que as células alfa são reguladas 
por algum fator associado à insulina, em vez de diretamente 
pela concentração da glicose no plasma. O fígado é o tecido-
alvo primário do glucagon. O glucagon estimula a 
glicogenólise e a gliconeogênese para aumentar a produção de 
glicose. Estima-se que, durante o jejum noturno, 75% da 
glicose produzida pelo fígado é proveniente das reservas de 
glicogênio, e os 25% restantes, da gliconeogênese. A 
liberação de glucagon também é estimulada por aminoácidos 
plasmáticos. Esta via evita a hipoglicemia após a ingestão de 
uma refeição com proteína pura. Veremos como ocorreria a 
hipoglicemia na ausência de glucagon. Se uma refeição 
contém proteínas, mas não carboidratos, os aminoácidos 
absorvidos causam a secreção de insulina. Embora nenhuma 
glicose tenha sido absorvida, a captação de glicose estimulada 
pela insulina aumenta, e a concentração de glicose no plasma 
cai. A não ser que algo se oponha a esse processo, o 
suprimento de combustível para o encéfalo é ameaçado pela 
hipoglicemia. A cossecreção de glucagon nessa situação evita 
a hipoglicemia pela estimulação da produção de glicose 
hepática. Desse modo, embora apenas aminoácidos tenham 
sido ingeridos, ambos, glicose e aminoácidos, tornam-se 
disponíveis para os tecidos periféricos. 
 
 
 
Diabetes melito 
 Diabetes melito tipo 1. Esta é uma condição de deficiência de 
insulina em consequência da destruição das células beta do 
pâncreas. O diabetes tipo 1 é mais comumente uma doença 
autoimune, na qual o corpo falha em reconhecer as células 
beta como “próprias” e as destrói com anticorpos e leucócitos. 
 A outra maior variante do diabetes melito é o diabetes tipo 2. 
Este tipo de diabetes é também conhecido como diabetesresistente à insulina, uma vez que, na maioria dos pacientes, 
os níveis de insulina no sangue são normais ou até mesmo 
elevados inicialmente. Posteriormente no processo da doença, 
muitos diabéticos tipo 2 se tornam deficientes de insulina e 
passam a necessitar de injeções dela. O diabetes tipo 2 é, na 
verdade, uma família inteira de doenças determinadas por 
causas variadas. 
 Normalmente, as pessoas saudáveis apresentam uma pequena 
elevação na concentração de glicose plasmática 
imediatamente à ingestão de uma solução contendo glicose, 
mas o nível rapidamente retorna aos valores normais, devido 
à ação da secreção de insulina. Nos pacientes diabéticos, 
contudo, a concentração elevada de glicose no estado de jejum 
está acima do normal e aumenta ainda mais à medida que a 
glicose é absorvida pelo organismo. No diabetes, a 
concentração de glicose permanece elevada (acima de 200 
mg/dL após 2 horas de teste). Esta lenta resposta indica que as 
células não estão conseguindo captar e metabolizar a glicose 
de forma normal. Os pacientes pré-diabéticos apresentam uma 
resposta intermediária; após 2 horas da ingestão de glicose, os 
valores plasmáticos ficam em torno de 140 a 199 mg/dL de 
sangue. 
 TIPO 1: 
 Muitos desenvolvem a doença da infância. Caractreriza-se pela 
deficiência de insulina em consequência da destruição das células 
betas do pâncreas. 
 Após uma refeição, a absorção de nutrientes pelo intestino ocorre 
normalmente, uma vez que esse processo é independente de 
insulina. No entanto, a captação dos nutrientes do sangue e o 
metabolismo celular em muitos tecidos são dependentes de 
insulina e, consequentemente, bastante diminuídos na ausência 
dela. Sem nutrientes para metabolizar, as células vão para o 
metabolismo do estado de jejum: 
(1) Metabolismo das proteínas. Sem glicose para produzir 
energia e aminoácidos para a síntese proteica, os músculos 
degradam as suas proteínas para fornecer substrato para a 
produção de ATP. Os aminoácidos são também convertidos a 
piruvato e lactato, os quais são liberados pelo tecido muscular, 
sendo transportados para o fígado. 
(2) Metabolismo das gorduras. O tecido adiposo no 
metabolismo no estado de jejum degrada a sua gordura 
armazenada. Os ácidos graxos entram no sangue para serem 
transportados para o fígado. O fígado usa a -oxidação para 
quebrar os ácidos graxos. Contudo, esse órgão é limitado na 
sua capacidade de enviar ácidos graxos para o ciclo do ácido 
cítrico, e o excesso de ácidos graxos é convertido em cetonas. 
Os corpos cetônicos entram novamente na circulação e podem 
ser usados por outros tecidos (como o músculo e o encéfalo) 
para a síntese de ATP. (A degradação dos tecidos muscular e 
adiposo na ausência de insulina leva à perda de tecido e ao 
“derretimento da carne”, descrito por Aretaeus.) No entanto, 
as cetonas são também ácidos metabólico, criando um estado 
de cetoacidose. 
(3) Metabolismo da glicose. Na ausência de insulina, a 
glicose permanece no sangue, causando hiperglicemia. O 
fígado, impossibilitado de metabolizar a glicose, inicia um 
processo de estado de jejum das vias da glicogenólise e da 
gliconeogênese. A ativação de ambas as vias produz 
quantidade adicional de glicose a partir de glicogênio, de 
aminoácidos e de glicerol. Quando o fígado coloca toda essa 
quantidade de glicose no sistema circulatório, a hiperglicemia 
aumenta significativamente. A hiperglicemia diabética 
promove o aumento da osmolaridade no sangue e cria um 
estado conhecido como hiperglicemia hiperosmótica. A 
glicemia plasmática pode ser maior que 600 a 1.200 mg/dL e 
a osmolaridade atinge valores entre 330 e 380 mOsM. A 
osmolaridade elevada estimula a secreção do hormônio 
vasopressina (ADH), uma resposta hormonal de esforço do 
organismo em conservar a quantidade de água corporal e 
manter a osmolaridade em níveis normais. 
(4) Metabolismo do encéfalo. Os tecidos que não são 
dependentes de insulina, como a maioria dos neurônios do 
encéfalo, continuam o metabolismo normalmente. Todavia, os 
neurônios localizados no centro da saciedade do cérebro são 
sensíveis à insulina. Como consequência, na ausência de 
insulina, o centro da saciedade é incapaz de captar a glicose 
do plasma. Esse centro percebe a ausência de glicose 
intracelular como inanição e permite que o centro da fome 
aumente a ingestão alimentar. O resultado é a polifagia 
(excesso de vontade de comer), um clássico sintoma associado 
ao diabetes melito tipo 1 não tratado. 
(5) Diurese osmótica e poliúria. Se a hiperglicemia (aumento na 
concentração de glicose plasmática) do diabetes ultrapassa o 
limiar renal para a glicose, a reabsorção da glicose no túbulo 
proximal do rim torna-se saturada. Como resultado, alguns 
açúcares não são filtrados e absorvidos, sendo, portanto, 
excretados na urina (glucosúria). 
(6) Desidratação. A desidratação causada pela diurese 
osmótica está ligada à redução do volume circulatório, 
promovendo a queda da pressão arterial. A baixa pressão 
arterial estimula mecanismos homeostáticos de controle da 
pressão arterial, a fim de aumentar a mesma a níveis normais, 
incluindo a secreção de vasopressina, o que causa a constante 
sede (polidipsia) e a compensação cardiovascular. 
(7) Acidose metabólica. A acidose metabólica no diabetes 
tem duas origens potenciais: o metabolismo anaeróbio e a 
produção de corpos cetônicos. A causa primária da acidose 
metabólica em diabéticos tipo 1 está na produção hepática de 
corpos cetônicos. Os acientes com cetoacidose diabética 
(DKA) apresentam sinais de acidose metabólica, como 
aumento da ventilação, acidificação da urina e hipercalemia 
(p. 648). Os tecidos também podem apresentar elevação da 
glicólise anaeróbia (o que aumenta a síntese de lactato) se a 
pressão arterial reduzir o fluxo de perfusão de sangue tecidual 
e, consequentemente, promover a inadequada oferta de 
oxigênio às células. O lactato deixa as células e entra no 
sangue, contribuindo para o estado de acidose metabólica. Se 
não for tratada, a combinação de cetoacidose e hipóxia devido 
ao colapso circulatório pode causar coma e até mesmo morte. 
O tratamento para o paciente com cetoacidose diabética é a 
reposição de insulina, acompanhada por terapia líquida e 
eletrolítica para repor a perda de volume e de íons. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
 A temperatura corporal é um equilíbrio entre produção, ganho e 
perda de calor. 
 Vários fatores afetam a temperatura corporal em um 
determinado sujeito. A temperatura corporal aumenta com a 
realização de exercícios físicos ou mesmo após uma refeição 
(efeito térmogênico dos alimentos). 
 
 O balanço de temperatura no organismo, assim como a 
regulação energética depende do equilíbrio dinâmico entre a 
entrada e a saída de calor. A entrada de calor tem dois 
componentes: a produção interna de calor, a qual inclui o calor 
normal do metabolismo e a liberação de calor durante a 
contração muscular, e a entrada de calor externo a partir do 
ambiente através de radiação ou de condução. 
 Nós perdemos calor do corpo por quatro vias: condução, 
radiação, convecção e evaporação. A perda de calor por 
condução é a perda do calor do corpo para um objeto mais frio 
que está tocando o corpo, como um saco de gelo ou um banco 
de pedra frio. Estima-se que a perda de calor radiante do corpo 
humano é aproximadamente a metade do calor perdido por 
uma pessoa em repouso em uma sala normal. A termografia é 
uma técnica de diagnóstico por imagem que mede a perda de 
calor radiante. Alguns tumores cancerígenos podem ser 
visualmente identificados, uma vez que eles têm atividade 
metabólica mais alta e emitem mais calor do que os tecidos 
vizinhos. 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
1. SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª 
Edição, Artmed, 2017.

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