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DOR AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Karina Yazbek MEMBROS DA FAMÍLIA QUALIDADE DE VIDA EVOLUÇÃO NO TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS COMORBIDADES x IDOSOS ELEVADA INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS RELACIONADAS A IDADE AVANÇADA CONTROLE DA DOR CUIDADOS PALIATIVOS MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA 112.375 pessoas 73.835 cães US Vet Database 5.095 cães UK Vet Database causa óbito / morbidade DOR - DEFINIÇÃO “Experiência sensitiva e emocional desagradável, ou semelhante aquela associada, a uma lesão tecidual ou potencial.” “É considerada uma experiência individual” IASP, 2020 DOR - DEFINIÇÃO “ A descrição verbal é apenas um dos vários comportamentos para expressar a dor; a incapacidade de comunicação não invalida a possibilidade de um ser humano ou animal sentir dor” IASP, 2020 Frequência cardíaca Temperatura Frequência respiratória Pulso Dor AVALIAÇÃO E REGISTRO CONTINUO EQUIPE TREINADA TRATAMENTO ADEQUADO • Alívio da dor é uma obrigação do MV • Contribui para sucesso da terapia e da manutenção QV animal • Nova classificação dor • Recomendações terapêuticas • Escalas avaliação CONSEQUÊNCIAS DA DOR NÃO TRATADA http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=DOR&source=images&cd=&cad=rja&docid=rETD87Y6iTJRvM&tbnid=FY2sOVB57G8EoM:&ved=0CAUQjRw&url=http://rebecamagalhaes.blogspot.com/2011/04/o-por-que-da-dor.html&ei=asv6Uf2UKILk8gTwy4CACQ&bvm=bv.50165853,d.dmg&psig=AFQjCNHb3LdGpH5aG3v7WqSVKGVbHZ_7VA&ust=1375476936780758 Alterações cardiovasculares Taquicardia Hipertensão contr. do miocárdio Isquemia miocárdio Alves Neto, 2007 Alterações pulmonares Disfunção diafragmática Hipoventilação Hipóxia Alterações Gastrintestinais motilidade intestinal secreções gástricas Íleo paralítico Alterações Coagulação agregação plaquetária estase venosa tromboembolia Alterações renais oligúria retenção urinária Alterações imunologicas imunidade infecções Alterações Musculares Fraqueza mobilidade Atrofia e Fadiga Alterações comportamentais Ansiedade Estresse Agressividade (aguda) Apatia / depressão (crônica) Redução apetite Alves Neto, 2007 Dor crônica pós-operatória • Dor persistente após cirurgia – mínimo 3 meses Akkaya; Ozkan, 2009 Dor crônica pós-operatória • Fatores de risco – Dor não controlada no pós-operatório – Quanto maior a intensidade da dor > chance de ocorrer dor crônica – Predisposição genética – Fatores cirúrgicos • Duração operação (pior prognóstico > 3h) • Tipo de incisão • Técnica cirúrgica - técnicas não invasivas – videolaparoscopia • Experiência do cirurgião – Fatores psicológicos (Homem) Akkaya; Ozkan, 2009 • 81% tutores consideram o pet como membro da família • 87% tutores optariam por eutanásia nos casos de dor não controlada • Canadá/EUA – 986 tutores DOR FISIOLÓGICA PATOLÓGICA AÇÃO BIOLÓGICA AGUDA CRÔNICA Trauma Cirurgias Câncer Osteoartrose Discopatias Tipos: visceral, somática, neuropática, mista INTRODUÇÃO DOR AGUDA • Dor resultante de lesão traumática, cirúrgica ou infecciosa • Aparecimento repentino • Durante a inflamação e fase de reparação tecidual • Até 3 meses (?) (Epstein, 2015) • Até 1 mês (?) • Responde tratamento convencional DOR CRÔNICA • Dor que persiste mesmo após a reparação da lesão tecidual • Considerada uma síndrome • Reduz QV • Alterações comportamentais • Difícil tratamento – Fármacos específicos Hielm-Bjorkman, 2014 CAUSAS DE DOR AGUDA • Trauma • Cirurgias • Pancreatite • Gastroenterite • Úlcera córnea CAUSAS DE DOR CRÔNICA • Doença articular degenerativa • Doenças disco intervertebral • Neoplasias • Gengivite estomatite (fel) • Cistite intersticial (fel) • Feridas difícil cicatrização • Seringomielia • S Chiari • Neuropatias – Erlichiose – Diabética • Dor crônica pós- cirúrgica Osteoartrose • Doença articular degenerativa e inflamatória • Dolorosa (leve – intensa) • Incapacitante • Redução QV • Incidência cães – 20% - 1 a 5 anos – 90% - acima de 5 anos • Incidência gatos – 90% - idosos (Hardie et al., 2002) REDUÇÃO EXTREMA DA QUALIDADE DE VIDA SARCOMA INFILTRAÇÃO E COMPRESSÃO MEDULAR NEOPLASIA CAVIDADE ORAL, NASAL E OCULAR FISIOPATOLOGIA DOR Mecanismos periféricos ESTÍMULO NOCIVO INFLAMAÇÃO LINFÓCITOS PLAQUETAS LEUCÓCITOS MACRÓFAGOS FIBROBLASTOS MASTÓCITOS BRADICININAS ACETILCOLINA PROSTAGLANDINAS HISTAMINA SEROTONINA SUBSTÂNCIA p IL-1, IL-6, TNF-Liberação NOCICEPTOR EXCITAÇÃO SENSIBILIZAÇÃO VASODILATAÇÃO lesões traumáticas inflamatórias isquêmicas REDUÇÃO DO LIMIAR DE GERAÇÃO DE POTENCIAIS DE AÇÃO SISTEMA SIMPÁTICO Noradrenalina Prostaglandinas sensibilização Neoplasia óssea - mediadores Mediadores inflamatórios EVENTOS MEDULARES Eventos medulares • Estimulação PERIFÉRICA persistente • Altera fisiologia do SNC – Hiperatividade celular • Prevalência neurotransmissores excitatórios – SP, glutamato, aspartato • Conseqüência – ativação receptores NMDA e AMPA – hiperexcitabilidade de neurônios SNC – Sensibilização central ou wind up Sakata & Issy, 2004 EVENTOS CENTRAIS Gottschalk; Smith, 2001 Neurotransmissores excitatórios Mediadores inflamatórios Citocinas Atividade das vias excitatórias Neurotransmissores inibitórios Redução da atividade das vias supressoras de dor Sensibilização central DOR CRÔNICA Alodinia Hiperalgesia Classificação dor • Nociceptiva – Visceral – Somática • Neuropática • Mista • Leve, moderada, intensa, torturante Dor Somática – Lesão em ossos, músculos e pele – Liberação de mediadores inflamatórios – Contínua e bem localizada, piora ao movimento Dor Visceral • Vísceras ocas • Vísceras sólidas • Dor mal localizada Regan & Pegan, 2000 Dor neuropática - fisiopatologia • Dor decorrente de lesão ou disfunção do sistema nervoso periférico ou central – Aguda ou crônica • Sensibilização periférica • Sensibilização central (NMDA) • Prevalência vias excitatórias x inibitória • Atividades ectópicas nervos aferentes • Ativação “patológica” da microglia (TNF-alfa, IL- 6 e IL-1beta) Dor Neuropática Teixeira, 2003; Regan & Pegan, 2000 Neutrófilos atraem monócitos que se diferenciam em macrófagos Células de Schwann Regeneração da bainha de mielina ao redor dos axônios lesados Síntese de citocinas pró- inflamatórias e as de regeneração nervosa (IL-1, TNF, IL-6) Expressão C-fos/C-jun (síntese ptn dos neurotransmissores) NERVO PERIFÉRICO LESIONADO HIPEREXCITABILIDADE CENTRAL PERIFÉRICA Ativação SN Neurovegetativo Simpático – liberação Nadr Proliferação das terminações nervosas Geração de focos ectópicos Modificação permeabilidade axonal Modificação do n, distribuição e cinética dos canais de Cálcio, potássio e sódio CAUSAS MAIS COMUNS DOR NEUROPÁTICA • Radiculopatias causadas por doença disco intervertebral – Cervical e lombar principalmente • Polineuropatias • Neuropatia dibética • Extrusão disco intervertebral • Síndrome Chiari • Seringomielia • Osteoartrose crônica • AVC Dor Neuropática Lesão estruturas S.N. periférico e central ALODINIA HIPERALGESIA FORMIGAMENTO PONTADA QUEIMAÇÃO Comportamentos compulsivos Auto-mutilação Mordedura Claudicação Atrofia muscular TORTURANTE •hérnia disco •neurites, meningite •inflamação extensa •fraturas múltiplas •pancreatite •distensão severa bexiga •fratura patológica •osteossarcoma (pós-biópsia) •ablação total conduto auditivo INTENSA • osteoartrite •ciru ortopédica intra-articular •reparação fraturas •amputação •trombose/isquemia •peritonites •organomegalia •torções (GI/uterina/testicular) •obstrução uretral •úlcera, glaucoma •laparo/toracotomia •parto •trauma •dor oncológica MODERADA •reparação hérnias •osteoss extra-articular •remoção peq massas •OSH •orquiectomia •retirada unhas fel •lacerações •cistite •otite•dreno torácico •extração dental LEVE •múltiplas punções •Nodulectomias •Acesso venoso WRIGHT, 2002 Procedimento x Intensidade da Dor Localização Presença de dor intensa Tórax 3 a 5 dias Abdômen 2 a 3 dias Membros 24 a 48 horas CUIDADO: CADA PACIENTE É UM CASO VARIÁVEIS: DOR CRÔNICA PRÉVIA? EXTENSÃO DA LESÃO/TRAUMA No período pós-operatório.... • Reavaliar frequentemente • Cada 30 minutos inicialmente • Individualização / cada paciente é único ESCALAS Glasgow reduzida RESGATE FGS ESCORE = OU >4 /10 0,40 Sinais de dor crônica gatos • Aumento agressividade com pessoas e animais • Irritabilidade quando tocado • Redução apetite • Postura antálgica/curvada/sem posição de alívio/dificuldade dormir • Redução grooming • Redução mobilidade/saltos/subir descer escadas • Redução “ronronar”/aumento vocalização • Urinar e defecar locais inapropriados Sinais de dor crônica cães 117 cães com câncer • Aumento – carência – 59,8% • Redução – Mobilidade – 70% – Alegria – 66,7% – Disposição para brincadeiras – 66,6% – Apetite – 63,3% – Interesse – 53% – Curiosidade – 48,7% YAZBEK, 2005 AVALIAÇÃO DA DOR CRÔNICA • Alterações comportamentais – sinal de dor • Avaliação QV • ENV 0-10 12 perguntas 4 alternativas (zero a 3) escore de zero a 36 Cães câncer = QV 20,7 Cães dermatopatias = QV 30,6 Cães saudáveis = QV 34 JAVMA, v.226, p.1354-1358, 2005. Comportamento interação com o proprietário Dor Apetite Cansaço Distúrbios do sono Alterações gástricas e intestinais Defecação e micção Como tratar dor?• Diagnóstico precoce da dor – Anamnese anestesia (dor?) – Exame físico – avaliação – Pré / trans/ pós • Quantificação da dor x medicação • Medicação de horário e não se necessário • Período prolongado – pós-operatório tardio LEVE MODERADA INTENSA ESCADA DE ANALGESIA (OMS) AINE adjuvantes Analgésicos opióides fracos AINE adjuvantes Analgésicos opióides potentes AINE adjuvantes Bloqueios regionais Anti-inflamatórios não esteroidais • Várias moléculas – Flunixin meglumine – Cetoprofeno – Meloxicam – Carprofeno – Firocoxib – Mavacoxib – Robenacoxib MECANISMO AÇÃO Lesão celular físico/químico inflamatório Fosfolípides de membrana Fosfolipase A2 Ácido araquidônico CTE COX 1 COX 2 LOX PROSTAGLANDINAS ESTÔMAGO PLAQUETAS PGs inflamatórias leucotrienos lipoxinas AINEs • Cox-1 e Cox-2 – rins – essencial • Produção de prostaglandinas • Hipovolemia / baixa perfusão rins • Cox-1 e Cox-2 – Manutenção fluxo sanguíneo renal • COX-2 – Função tubular / liberação renina Efeitos AINE nos rins quando utilizados de forma inadequada • Azotemia • Lesão tubular aguda • Necrose papilar • Redução excreção de sódio e água – Retenção fluidos – Edema – hipertensão CONTRA-INDICAÇÕES • Emese, diarréia, gastrite, úlcera gástrica • Nefropatas • Hepatopatas • desidratação , hipovolemia, hipotensão • trombocitopenia • uso concomitante c/outros AINEs e/ou corticosteroids/ fármacos nefrotóxicos (cardiopatas) • Asma • Raças* Mathews, 1996 Wong, 1996 EFEITOS ADVERSOS • ulceração TGI e intolerância • inibição da agregação plaquetária (inibe a síntese de tromboxano) • inibição da motilidade uterina (prolonga a gestação) • IRA/IRC (PGs) • reações de hipersensibilidade AINE CÃES • Cetoprofeno - redução edema – 1 mg/kg SID – 3 a 5 dias • Carprofeno – 2,2 mg/kg BID ou 4,4 mg/kg SID - >>>> segurança GI • Meloxicam – máximo 10-15 dias – 0,1 mg/kg SID • Firocoxib – 5 mg/kg SID • Mavacoxib – 2 mg/kg du / cd 15d • Robenacoxib – 14 dias Uso no pré-cirúrgico (carprofeno) Quando podemos indicar AINE na rotina clínica • Pós-operatórios – OSH (3-5 dias) – Orquiectomia (3-5 dias) – Mastectomia (10-14 dias) – Ortopédicas (10-14 dias) – Odontologia (3-7 dias) – Avaliar dor / associação com outros analgésicos AINES X GATOS • Cetoprofeno • Carprofeno • Robenacoxib • Meloxican • Prednisona • 40 gatos com osteoartrite • 0,1 mg/kg SID 4 dias • Depois 0,1 mg/gato SID • Duração média 5.8 meses 4% efeitos gastrointestinais MELOXICAM DOSE 0,03 A 0,05 MG/KG /DIA Anestesia x uso AINE • Cuidado com uso pré-operatório • Risco hipotensão e hipovolemia – transoperatório • Maior risco nefrotoxicidade • Manutenção e mensuração PA • Fluidoterapia • Diurese Galliprant™ Vantagem: Perfil único de segurança na manutenção da função gastrointestinal, renal e hepática.10 Como funciona? Atua no final da cascata, inibindo seletivamente o receptor EP4 da prostaglandina E2 (PGE2). Esse receptor é o responsável primário por mediar a dor e a inflamação associadas à OA canina.9,10 P M -B R -2 0 -0 1 1 3 9.Summary of Product Characteristics for Galliprant™ 20 mg, 60 mg and 100 mg tablets for dogs (grapiprant). http://www.ema.europa.eu/docs/en_GB/document_library/EPAR_-_Product_Information/veterinary/004222WC500243285.pdf. Accessed 2018. 10.Kirkby Shaw, K., Rausch-Derra, L. and Rhodes, L. 2015. “Grapiprant: an EP4 prostaglandin receptor antagonist and novel therapy for pain and infammation.” Vet. Med. Sci. 2: 3-9. AINE CLASSE “PIPRANT” DIPIRONA EFEITO ANTINOCICEPTIVO PERIFÉRICO EFEITO ANTINOCICEPTIVO CENTRAL • Analgesia - Redução hiperalgesia – Ativação dos canais de K sensíveis ao ATP – Bloqueio direto do influxo de Ca no nociceptor – Bloqueio da enz NO-sintase • Anti-inflamatório – altas doses – Reduz síntese de PG – Reduz produção de citocinas pro-inflamatórias (IL,TNF) – Redução de radicais superóxidos • Antipirético – Inib da COX-3 na síntese de PG E no SNC – hipotálamo • Analgesia – Inibição COX3 central – Substância P – Liberação endorfinas, encefalinas e serotonina – Talamo, corno dorsal medula espinhal – Ativ circuitos opiodérgicos – Inib receptores glutaminérgicos – Canais K (via arginina – NO) Doses • Cão – 25 a 35 mg/kg IV / VO - TID ou QID – 25 a 45 mg/kg VO – terminais – TID ou QID • Sinergismo analgésico com tramadol • Gato – 25 mg/kg IV / VO SID – 12,5 mg/kg IV / VO BID • Sinergismo analgésico com tramadol DIPIRONA ROTINA CÃES E GATOS • Dor aguda • Dor crônica • Analgesia multimodal • Associação com opióides – Redução dose – Redução hiperalgesia OPIÓIDESAGONISTAS PUROS Alta eficácia e potência Meperidina Codeína Tramadol Morfina Fentanil Sufentanil Alfentanil Remifentanil Oxicodona AGONISTAS k-ANTAGONISTAS mi Baixa eficácia e potência Butorfanol Nalbufina ANTAGONISTAS Naloxona AGONISTAS PARCIAIS Efeito teto e potência limitada Buprenorfina BUTORFANOL • Agonista-antagonista (agonista kappa/antag µ) • Ação analgésica inferior a dos AINE • Bom efeito sedativo • Efeito teto (analgesia não é dose dependente) • Dose: 0,2 a 0,8 mg/kg/IV IM (90 min gatos) • 0,1 A 0,4 mg/kg IM IV (2h cães) Robertson; Taylor, 2004 Morfina cães e gatos • Agonista mi puro /hidrossoluvel • Controle da dor intensa • Metabólito – morfina-6-glucoronida M6G – analgésico ? – Gato dificuldade conjugação e produção – M3G – efeito excitatorio – baixa afinidade receptor mi • IV rápido – lib histamina • Panting – taquipneia excessiva • emese • Vias de administração – SC, IM (cão 0,1 a 2 mg/kg 4-6h / gato 0,05 a 0,4 mg/kg 4-6h) – IV (cão 0,1 a 0,5 mg/kg 2-4h / gato 0,02 a 0,1 mg/kg 3-4h) – Peridural 0,1 mg/kg (analgesia 18h) – Intra-articular 0,1 mg/kg (diluição 3 a 5 ml) – VO – absorção inadequada • Kukanich et al., J. Vet. Pharmacol. Therap. 28, p.371-376, 2005 Pharmacokinetics of morphine and plasma cocentrations of morphine-6-glucoronide following morphine administration to dogs Kukanich et al., J. Vet. Pharmacol. Therap. 28, p.371-376, 2005 • Via de administração oral • Não atinge nível plasmático adequado • Absorção inadequada • Efeitos adversos altas doses - emese • Talvez metabólito M-6-G não contribua para analgesia causada pela morfina MLK – morfina, lidocaína, cetamina cães • 500 mL NaCl • 1 mL morfina 1% • 0,3 mL cetamina 10% • 7,6mL lidocaína s/v 2% • Taxa 5-10 mL/kg/hora • Bolus 5 min para iniciar IC • 0,2 mg/kg/h Morfina • 0,6 mg/kg/h cetamina • 3 mg/kg/h Lidocaína MLK 0,2 mg/kg/h Morfina 0,6 mg/kg/h cetamina 3 mg/kg/h Lidocaína LIMITES Sedação moderada Monitoração Controle nausea FENTANIL • Agonista mi • Elevada potência / lipossolubilidade • Curto período de latência e ação • Infusões acima de 2 h – retarda recuperação – Longa meia vida de eliminação • Sedação excelente • Não libera histamina • Bradicardia e depressão resp dose dependente • Dose 2,5 a 5 microg/kg IV – 20-30 min • 0,1 a 0,5 microg/kg/min FENTANIL Fentanil 2-5 mcg/kg - IC 0,1-0,5 mcg/kg/min Vet Anaesth Analgesia, 2009 LIMITES Monitoração cardiovascular Sedação /acúmulo Nível consciência reduzido FLK – fentanil, lidocaína, cetamina Cães • 500 mL NaCl • 2 mL fentanil 0,05 mg/ml • 0,3 mL cetamina 10% • 7,6 mL lidocaína s/v 2% • Taxa 5-10 mL/kg/hora • Bolus 5 min p iniciar IC • 0,0036 mg/kg fentanil • 0,6 mg/kg cetamina • 3 mg/kg lidocaina s/v FILK 0,0036 mg/kg/h fentanil 0,6 mg/kg/h cetamina 3 mg/kg/h lidocaina s/v LIMITES Sedação intnesa Monitoração Acumulo Metadona • Agonista mi ; antagonista NMDA; inib recapta nor e serotonina • Não libera histamina • Não causa emese • Sem absorção oral • Dor aguda x crônica • Doses – Cão: 0,1 a 0,5 mg/kg TID , IM SC (6-14h / prática 8h) – Gato: 0,03 a 0,3 mg/kg TID, IM – IV 0,02 a 0,2 mg/kg IV (cão 5-6h) LIMITES Taquipneia; panting Sedação intensa Depressão cardiov dose dependente; cuidado cardiopatas Tramadol • Classificação atual – Analgésico ação central x opioide • Agonista receptores µ • Inibição recaptação noradrenalina e serotonina – Dor crônica • Excelente opção via oral em cães e gatos – Biodisponibilidade oral • Cães 65% (baixa meia vida/pouco M1) • Gatos 93% (meia vida mais longa/muito M1) – Baixa incidência efeitos adversos – Associação com AINE, ADT, ACV Tramadol • Dose – Cão – 2 a 8 mg/kg a cada 6-8h VO – Gato – 1 a 4 mg/kg a cada 12-24h VO • Reduzir dose quando associar aos ADT • Animais epiléticos LIMITES DOR MODERADA Epiléticos /status evitar Gatos idosos nefropatas dose baixa Cetamina • Antagonismo receptor NMDA • Redução do consumo opióides • Reduz chance hiperalgesia causada por opióides 0,3-0,7 mg/kg SC a cada 6-8h • Cetamina x morfina mesmo horário • Infusão continua 0,5 mg/kg IV seguido de 30-50 mcg/kg/min • • 8 cadelas ; videolaparo; estim ovarios • sevofluorano • Sem tratamento = CAM 2,12 • Maropitant 1 mg/kg IV + 30 microg/kg/h = CAM1,61 (24%) • Maropitant 5 mg/kg IV 150 microg/kg/h = CAM 1,48 (30%) GABAPENTINÓIDES • Os gabapentinóides agem como neuromoduladores através da ligação seletiva à subunidade protéica α2δ dos canais de cálcio voltagem dependente em várias áreas do cérebro e no corno dorsal da medula espinhal • Inibição pré-sináptica dos canais de Cálcio • Redução da liberação de neurotransmissores pré-sinápticos e redução da excitabilidade pós-sináptica GABAPENTINÓIDES • Gabapentina – em uso há anos – Sedação/ muito bem tolerada – Cães 5 a 20 mg/kg a cada 8-12h – Gatos 3 a 10 mg/kg a cada 8-12h • Pregabalina – Casos refratários a gaba e para S Chiari? – Vantagem de ser BID – Doses 4-17 mg/kg bid 300-1200 mg gabapentina > pré 2-1h antes cirurgia > hemilaminectomia Dor VAS 12 VAS 24h Consumo de morfina Vômitos Prurido Amitriptilina • Inibição da recaptação NOR e SER • Efeito receptores opioides e NMDA • Baixa incidência de efeitos adversos • Efeitos – Sono, aumento apetite, boca seca – Aguardar 7-10 dias no mínimo – Contraindicação: animais com arritimas cardíacas • Dose – 0,5 a 2,0 mg/kg a cada 24h Omega-3 • EPA – óleo de peixe marinho águas frias – Atividade anti-inflamatória – Suprime a produção de citocinas pró-inflamatórias • IL-1-β • IL-6 • TNF-α – Redução produção metaloproteinases MMP- 2/MMP-9 • Contribuem com a degradação cartilagem articular • Omega -3 único com evidência científica controle da dor articular em cães Omega-3 (EPA:DHA) 18-30 mg/kg EPA dia Ômega -3 (óleo de peixe) Melhorias em locomoção Melhorias em comportamento ↑ nível de atividade (p = 0,07) ↑ subir e descer escadas (p = 0, 07) ↑ interação com tutor (p = 0,07) ↓ rigidez durante a marcha (p = 0,03) J Anim Physiol Anim Nutr, 2012 Omega-3Como usar para o controle da inflamação/dor? • Dose – Iniciar com 18 mg/kg EPA • Ograx-500 (1 cap/7kg) • Ograx-1000 (1 cap/14 kg) • Ograx-1500 (1 cap 33kg) – Reavaliar 21 dias – Reajustar dose • 25 mg/kg EPA • 40 mg/kg EPA • 60 mg/kg EPA Associações permitidas • Condroitina/Glucosamina • Colágeno II • AINE (redução dose) • Corticoides • Amitriptilina • Amantadina • Gaba/Pregaba • Opioides • Dipirona Condroprotetores • Osteoatrose • Condroitina + glucosamina • Colágeno tipo II • Uso contínuo Vitamina C: ↑ a síntese de colágeno do tipo II ↓ Claudicação ↓ PGE2 ↓ Escores de lesão da cartilagem Vitamina E Efeito anti-inflamatório ACUPUNTURA Após estabilização quadro emergencial Trauma IC coluna Dor Crônica prévia Fisioterapia e Reabilitação Hidroesteira Lola Adaptações ambiente Adaptações ambiente Peridural Anestésicos locais Opióides CUIDADO COM PACIENTES GRAVES Colocação agulha/cateter: pele, subcutâneo, ligamento supra- espinhoso, ligamento intervertebral e ligamento amarelo (crepitante) Complications associated with the use of indeweelling epidural catheters in dogs: 81 cases (1996-1999) Swalander et al.; JAVMA: 216, 3, p.368-370, 2000 • 81 cães • indicados para analgesia pós-operatória • 1 a 7 dias • 64 cães = sem complicações • 17 cães • 13 (16%) = perda do cateter • 2 (2,4%) = infecção local • 2 (2,4%) = inflamação local ANALGESIA VIA EPIDURAL BLOQUEIO DE PLEXO BRAQUIAL Bloqueio intercostal INTRA-ARTICULAR • Artroplastias • RLCC Prevenção • Avaliação adequada da dor – Procedimento x intensidade / escalas – Paciente já tem dor? • Tratamento pré-cirúrgico da dor em animais com dor crônica • Analgesia multimodal – Opioides, AINE, antagonistas NMDA, AL – Peridural (cateter) • Tratamento prolongado da inflamação no PO • Diagnóstico e tratamento da dor crônica kayazbek@yahoo.com.br • Alameda dos Tupiniquins, 1250 • Moema • contato@allcarevet.com.br • www.allcarevet.com.br • Fones 2305-8952; 2305-8958 mailto:contato@allcarevet.com.br
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