COMPORTAMENTO E BEM ESTAR

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25/05/2020
1
Comportamento e Bem-estar 
de Gatos
Tathiana Mourão dos Anjos
Medicina Veterinária (UFMG), Mestrado (Ciência Animal - UFMG), Doutorado (Ciência Animal - UFMG) e Pós-doutorado (Ciência Animal - UFMG) 
Especialização lato sensu Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (UNIP) e Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (UNIP) 
Profa. Medicina felina graduação (Faculdade Arnaldo - BH) e pós-graduação (PUC Minas, Anclivepa-SP e Qualittas)
Mia Vida Medicina Felina (Cat Friendly Gold - BH)
Origem do gato doméstico
Adaptação evolutiva (milhares de anos) dos gatos
selvagens à cruzamentos à menores e menos
agressivos à Felis silvestris catus (Linnaeus, 1758).
F. s. lybica (africano)F. s. silvestris (europeu)
Origem do gato doméstico
Crescente Fértil (Oriente Médio) à há cerca de 
9.500 anos à primórdios da agricultura.
40 cm
O gato não é um cão pequeno 
≠
=
Comportamento alimentar e hídrico
Carnívoro verdadeiro (estrito) à requer mais
proteínas.
Presa (74-78%)
Comportamento alimentar e hídrico
Menor capacidade mastigatória à textura do
alimento condiciona aceitação.
X
Dieta seca (9-12%) Dieta úmida (60-84%)
1 2
3 4
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25/05/2020
2
Comportamento alimentar e hídrico
10 a 20 refeições diárias à 50% das caçadas sem
sucesso (20 a 40 tentativas/dia).
Ideal à ad libitum (mínimo - 4x/dia).
Paladar pouco desenvolvidoà 473 papilas
gustativas (humanos - 9000).
Preferência por alimentos a 30oC à hábito
natural de ingestão de presas recém mortas.
Comportamento alimentar e hídrico
Aquecimento do alimento à aumenta a liberação
de ácidos graxos voláteis e estimula o olfato, além
de aumentar o sabor do alimento.
Gostos à azedo > amargo > salgado > doce.
Estímulo visual e auditivo (caça de predadores).
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
Não gostam de tocar as vibrissas.
Comportamento alimentar e hídrico
Preferem vasilhas rasas e/ou largas.
Comportamento alimentar e hídrico
Origem desértica à ignoram níveis mínimos de 
desidratação.
Centro da sede menos responsivo.
7 8
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11 12
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3
Comportamento alimentar e hídrico
Água sempre disponível (40 a 50 ml/kg/dia).
Comportamento alimentar e hídrico
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
13 14
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4
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
19 20
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25/05/2020
5
Comportamento alimentar e hídrico Comportamento alimentar e hídrico
Comportamento de higiene
Extremamente limpos.
Pelagem descuidada à sinal de mal estar, doença.
X
Comportamento de higiene
Pelagem descuidada à obesidade.
Cauda de garanhão
Comportamento de higiene
Pelagem descuidada à sinal de estresse (alopecia
psicogênica).
Comportamento de higiene
Papilas filiformes à tricobezoares.
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25/05/2020
6
Comportamento social
Semi-sociais à vida solitária ou grupos 
permanentes (colônias - fêmeas aparentadas e 2 a 
3 machos no máximo). 
Sincronização do ciclo reprodutivo e as fêmeas 
cuidam das crias em ninhos comunais.
Filhotes fêmeas tendem a ficar nas colônias e os 
machos acima de 6 meses a 1 ano de idade 
tendem a se dispersar formando novos grupos ou 
migrando para já existentes.
Comportamento social
Resistência à entrada de novos membros nas
colônias à fator estressante e agressividade
(maior tolerância aos filhotes e jovens).
Introdução forçada e abrupta à grande chance
de não aceitação e problemas.
Comportamento social
Comportamento afiliativo à laços fortes entre
gatos:
Mais comum em aparentados e/ou que se
conheceram jovens durante o período de
socialização.
Brincadeira conjunta, caça conjunta, lambeduras e
esfregamentos, descanso conjunto, aproximação
face a face, aproximação com cauda
elevada/trançada.
Comportamento social
Período de socialização à 2ª ou 3ª semana de
vida até a 7ª ou 8ª semana, sendo aconselhável
separar a mãe dos filhotes após a 8ª semana.
Maturidade social mais tardia à comportamento
pode ser moldado até o 3º ano de vida.
Comportamento social Comportamento social
31 32
33 34
35 36
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7
Comportamento social
Comportamento agonístico à agressão ativa ou
agressão passiva.
Ativa à mordida, arranhão, lutas, rosnados,
exposição de dentes, perseguição e botes,
vocalização excessiva e fuga.
Passiva à olhar fixado, andar fixado
acompanhado de elevação corporal, marcação
urinária, evitamento, afastamento, bullying.
Comportamento social
Ausência de hierarquias lineares à podem 
ocorrer hierarquias relativas (privilégios mudam 
em relação à motivação, período do dia, quem 
chegou primeiro, etc).
Gatos inteiros de vida livre podem percorrer até 
1,5 km/dia ou mais.
Comportamento social
 
Atividades Individuais
Compartilhamento de espaços
- atividades regulares 
- horários rígidos (“time share”)
- múltiplas fontes de recursos
- distribuição estratégica
- marcação territotial
Individualismo e Território.....
AREAS DOMICILIARES
FÊMEAS (200m2-1,7Km2) 
MACHOS (4000m2-9Km2)
Território
Exploram e Expandem
(horizontalmente e verticalmente)
Setorizam e Demarcam 
(visualmente e olfativamente) 
Compartilham de maneira 
sincronizada
Atividades Regulares em 
Horários Rígidos
Expressão corporal e facial
Se estressam com bastante facilidade.
Mudança súbita de comportamento à
manipulação pode tornar-se difícil e às vezes
perigosa.
Comportamento fisiológico adrenérgico à
bastante aguçado à extremamente sensível e
responsivo às condições ambientais e presença de
pessoas e/ou animais à “luta ou fuga”.
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41 42
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25/05/2020
8
Expressão corporal e facial
Monótono e metódico à mudanças rotina =
estresse.
Reação ao estresse à previsível ou não à reagem
≠ entre indivíduos e nos próprios indivíduos ≠
ocasiões.
Expressão corporal e facial
Sinais súbitos de estresse e ansiedade (SNA):
Taquicardia, taquipneia, midríase.
Vocalização.
á força e contração muscular.
Mudanças expressão facial / corporal.
SNA + sinais agressão = fobia social 
(contato pessoas/animais). Período de socialização!!!
Expressão corporal e facial Expressão corporal e facial
Journal of Feline Medicine and Surgery
(2011) 13, 364-375 (2012) 14, 337-349
Expressão corporal e facial
Medo 
“congelante”
Gato 
agressivo
Insegurança e medo
Manejo e cuidado
apropriado
Gato tranquilo
Expressão corporal e facial
43 44
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9
Expressão corporal e facial Expressão corporal e facial
Expressão corporal e facial Expressão corporal e facial
Expressão corporale facial Expressão corporal e facial
49 50
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53 54
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25/05/2020
10
Expressão corporal e facial Expressão corporal e facial
Expressão corporal e facial
Sala de 
espera 
Cão
Gato
Veterinário
+ =
Expressão corporal e facial
Agressão redirecionada:
Permitir período de aclimatação...
 não encarar, não sorrir, não falar alto, não gesticular...
Expressão corporal e facial Comportamento reprodutivo
55 56
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11
Comportamento reprodutivo
Bochecha proeminente / Pele espessa
Comportamento reprodutivo
Comportamento reprodutivo
Espículas penianas presentes na glande à
estimulam epitélio vaginal (ovulação). Pênis
orientação posterior.
Comportamento reprodutivo
Comportamento reprodutivo Comportamento reprodutivo
61 62
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65 66
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12
Comportamento reprodutivo Comportamento reprodutivo
Comportamento reprodutivo Comportamento reprodutivo
Ovulação induzida pelo coito
Comportamento reprodutivo Comportamento reprodutivo
67 68
69 70
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Infância Felina
Neonatal
(0-2 sem)
Infância I
(2-7/9 semanas)*
Infância II
(8-16 semanas)
PERÍODO INFANTIL
Adolescência
(17s-18 meses)
Mãe e irmãos de
ninhada
Período
 sensível
* O dono da ninhada e 
sua importante função!!
*Não separar antes de 8 
semanas – ideal: 9-12s!
SOCIABILIZAÇÃO
INICIAL
ö
Desafios 
Comportamento
sexual
SOCIABILIZAÇÃO
TARDIA
MANUSEIO, REGRAS, 
HABITUAÇÕES
ADEQUAÇÃO AMBIENTAL
Vida Adulta
(> 18 meses)
Comportamento reprodutivo Percepção sensorial - audição
Após 2 semanas de idade.
Melhor audição que os cães.
Maior sensibilidade (que o homem) para sons de
frequência elevada.
Sensibilidade auditiva máxima no intervalo entre
1.000 e 20.000 Hz (pode chegar a 100.000 Hz).
Percepção sensorial - tato
Pelos táteis (ricos em mecanorreceptores) à
vibrissas.
Cabeça e parte posterior dos membros torácicos
(área do carpo).
Perda das vibrissas torna o gato mais dependente
da visão para a caça.
Percepção sensorial - visão
Nascem todos com olhos azuis à cor definitiva 
por volta dos 3 meses.
Enxergam cores (exceto vermelho).
Focam relativamente mal de perto. 
Campo visual maior.
Percepção sensorial - visão
Captam menos detalhes.
Percepção sensorial - visão
Enxergam bem com pouca luminosidade à ⅙ da
quantidade de luz necessária ao homem.
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75 76
77 78
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Percepção sensorial - olfato
Olfato 30 x mais apurado que o humano à
epitélio olfativo de 20 cm2 e mucosa nasal com
200 milhões de células receptoras.
CatNip (“erva do gato”):
Erva medicinal e aromática à ingrediente ativo
Nepetalactone que atrai a maioria dos felinos.
Acalma felinos agressivos, bem como excita e
exercita os mais apáticos.
Percepção sensorial - olfato
Resposta ao CatNip à herança genética captada 
pelo órgão sensorial.
Efeito mais intenso nos 1os 10 minutos, gato 
acima de 6 meses e machos.
Órgão acessório (Jacobson ou vômero-nasal) à 
identificação, reconhecimento de indivíduos, 
aquisição de informações à sentido fundamental 
para as reações sociais felinas. 
Percepção sensorial - olfato
Papila incisiva
Percepção sensorial - olfato
Resposta de flehmen à resposta a odores de
outros gatos, quando o animal levanta o lábio
superior mantendo a boca aberta por alguns
segundos para a detecção do odor.
Percepção sensorial - olfato
Droga terapêutica para recreação e controle de
estresse em gatos.
Sem efeitos tóxicos e nenhuma dependência física
e química. Simplesmente são atraídos por ela.
Nepeta cataria
Comunicação feromonal
Cheiro individual à reconhecimento dentro de 
uma colônia.
Comunicação (semioquímica intraespecífica) por 
meio de marcação com cheiros (feromônios) à 
essencial para o comportamento felino.
Substa ̂ncias químicas voláteis, perceptíveis ao 
sistema olfatório, deixadas por fezes, urina ou 
secretadas por glândulas cutâneas.
79 80
81 82
83 84
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Comunicação feromonal
Estabilidade emocional.
Familiarização com o ambiente. 
Orientação espacial à onde o gato marca os 
objetos e assim limita as vias de passagens e suas 
zonas territoriais. 
Comunicação feromonal
Tipos de marcação à urinária, facial, 
arranhadura.
Comunicação feromonal
Importante no comportamento, nos processos 
reprodutivos, de comunicação e de socialização 
de mamíferos.
Área Facial 
Coxins
Região Mamária 
Região Perianal 
Região Urogenital
Comunicação feromonal
Área facial à 5 feromônios isolados das 
secreções sebáceas (F1 a F5).
F1 e F5 à função desconhecida.
F2 à marcação sexual em machos não castrados.
F3 à marcação de locais e objetos - antagonista de 
marcação por urina ou arranhadura.
F4 à marcação de pessoas e outros animais afiliados - 
antagonista de agressão territorial.
Comunicação feromonal
Os feromônios faciais são utilizados pelos gatos 
quando se sentem confortáveis
Marcação de odor comum de grupo à atos de 
esfregar e de lamber uns aos outros à sinal tátil 
que expressa ligações sociais.
Comunicação feromonal
Gatos liberam feromo ̂nios faciais quando 
esfregam a cabeça desde o queixo até a base da 
orelha.
85 86
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89 90
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Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Comunicação feromonal
Coxins à glândulas podais dos membros, coxins 
plantares e pele da região interdigital.
Essas glândulas secretam suor nos coxins 
especialmente durante reações de medo. 
Marcação territorial e produção de feromônios 
alarmantes.
Comunicação feromonal
Comunicação feromonal
Região perianal:
Glândulas supracaudais à mais desenvolvidas 
nos gatos à comportamento sexual e 
comunicação social (ativas durante o ano inteiro).
Circum-anais e sacos anais (sebáceas) à glândulas 
de suor modificadas menos desenvolvidas nos 
gatos à comunicação social.
Comunicação feromonal
Região mamária à glândulas sebáceas dos sulcos 
entre as duas cadeias mamárias.
Estimula a atração dos filhotes para junto da mãe 
e sucção do leite.
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Comunicação feromonal
Região urogenital à glândulas sebáceas do 
prepúcio ou vulva, glândulas mucosas uretrais ou 
genitais - menos explorado no gato durante o 
contato social e sexual. 
Precisam ser melhor estudadas.
Comunicação feromonal
Urina e fezes à ambas são fontes de feromônios.
Marcação fecal à menos comum em gatos e o 
significado dela ainda não é bem conhecido, mas 
parece ter relação com sinais alarmantes. 
Periquesia (defecação inapropriada) à fêmeas, 
associado à micção inapropriada.
Movimento típico de eliminação (cavar e 
enterrar).
Comunicação feromonal
Micção inapropriada - “toileting”:
Maior parte dos casos de periúria
comportamental.
Postura de micção agachada.
Periquesia
Comunicação feromonal
Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Marcaçãopor urina à considerado o principal
problema comportamental.
Macho inteiro + que fêmea inteira.
Macho e fêmea inteiros + que macho e fêmea
castrados.
Macho castrado + que fêmea castrada.
AREAS DOMICILIARES
FÊMEAS (200m2-1,7Km2) 
MACHOS (4000m2-9Km2)
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Comunicação feromonal
Marcação de território - “spraying”:
Urina em superfície vertical, aspecto oleoso, odor 
intenso, deixa a superfície manchada quando seca.
Comunicação feromonal
Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Comunicação feromonal Comunicação feromonal
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Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Comunicação feromonal
Existe um antagonismo entre o comportamento 
de comunicação por meio de feromônios faciais e 
o comportamento de marcação urinária. 
Feromônio facial x Marcação urinária
Estabilidade Instabilidade
Emocional
Gatos não marcam com urina um local 
previamente marcado com feromônio facial.
à à
Comunicação feromonal
Periúria comportamental à deposição voluntária 
de urina em um ou + locais que não são aceitáveis 
ao tutor.
Casa com 1 único gato à chance de 25%, 
independente do sexo, eliminar jato de urina.
Casa com + de 11 gatos à chance de qualquer 
gato eliminar jato de urina é de 100%.
Fêmeas no cio.
Distúrbio de eliminação
 Doença Comportamento
 Marcação Eliminação inaproriada
Sexual Ansiedade Aversão Preferência Ansiedade
Substrato Localização
Aversão 
Territorial
Bandeja sanitária Substrato Localização 
Comunicação feromonal
Levantamento do histórico (manejo ambiental,
introdução de novos gatos, expectativas do tutor
em relação ao gato, mudanças recentes) + exame
físico + urinálise.
Hábitos de micção e postura do gato.
Características da bandeja sanitária e do substrato.
Características reprodutivas e da personalidade do
gato.
109 110
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Características Micção 
inapropriada
Marcação
Local (Superfície) Horizontal Vertical
Substrato Preferência Variável
Quantidade Grande Pequena
Postura Agachado Em pé
Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Manejo da bandeja sanitária:
1,5 bandeja por gato (n + 1 à n = número de
bandejas/gato + 1 = 1 bandeja para casa).
Proporcional ao tamanho do gato.
Diferentes locais (tranquilo e escondido).
Local adequado à gato se sinta seguro e com
privacidade.
Comunicação feromonal
Distante da água e alimento.
Limpeza diária (+ de 1 x ao dia) à nunca 
misturar substrato úmido ao seco.
Água quente e sabão de odor fraco ou neutro 
semanal à não usar pinho, cítricos ou amônia. 
Aversão !!! 
Descoberta (ventilação).
Comunicação feromonal
Substrato da preferência do gato à textura,
consistência, granulosidade, quantidade.
Evitar à substrato perfumado, aromatizado.
Preferência por superfícies absorventes.
Alguns gatos adaptam-se melhor ao uso de papel
picado, jornal, tapete higiênico ou papel higiênico.
Comunicação feromonal
Testar vários tipos de granulado e optar pela 
preferência do felino. 
Comunicação feromonal
Profundidade ideal à 4,5 a 6,5 cm.
Gatos que não enterram as fezes ou manipulam
muito a areia depois à podem precisar de maior
quantidade, mais limpeza.
115 116
117 118
119 120
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Comunicação feromonal Comunicação feromonal
Feromônios sintéticos à análogos dos
feromônios naturais, produzidos em laboratório, e
utilizados como terapia, corretiva e preventiva, de
alguns comportamentos problemáticos (agressão,
marcação urinária, arranhadura), estresse e
hospitalização.
Atualmente à 4 análogos sintéticos diferentes
comercializados no mundo e 1 no Brasil.
Comunicação feromonal
Feromônio facial - Feliway® - efeito ansiolítico:
Altera o estado emocional dos felinos (sensação 
de bem estar e segurança). Atua no sistema 
límbico hipotalâmico dos gatos.
Comunicação feromonal
Difiusor / refil à 2% Fração F3 + excipiente 
q.s.p. 100 g. 
Spray à 10% Fração F3 + 90% etanol (60 ml).
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Necessidades ambientais - MEMO
Método de enriquecimento multimodal.
Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
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Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
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Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
139 140
141 142
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25
Necessidades ambientais - MEMO Necessidades ambientais - MEMO
Necessidades ambientais - MEMO
Journal of Feline Medicine and Surgery (2012) 14, 337-349
Necessidades ambientais 
para gatos
Tathiana Mourão dos Anjos
Medicina Veterinária (UFMG), Mestrado (Ciência Animal - UFMG), Doutorado (Ciência Animal - UFMG) e Pós-doutorado (Ciência Animal - UFMG) 
Especialização lato sensu Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (UNIP) e Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (UNIP) 
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Necessidades felinas
Abordar necessidades ambientais é essencial para bem-
estar ideal do gato.
Não é opcional!
Espécie semi-doméstica!
Necessidades ambientais incluem:
Interação social, incluindo respostas ao contato humano.
Ambiente físico do gato à interior ou exterior, ambiente
doméstico ou veterinário.
145 146
147 148
149 150
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Necessidades felinas
Maioria dos veterinários não recebe educação na 
graduação sobre necessidades ambientais felinas.
Frequentemente negligenciadas na prática clínica.
Estresse e distúrbios relacionados, além de 
comportamentos indesejados.
Gato e tutor infelizes
Necessidades felinas
Necessidades felinas
Promover diversidade comportamental.
Aumentar frequência de comportamentos normais.
Promover uma melhor utilização do ambiente.
Auxiliar na lida com desafios impostos pelo ambiente.
Diminuir frequência de comportamentos anormais.
Prevenção e tratamento de
problemas comportamentais
 
Necessidades felinas
Seu gato ……
Necessidades felinas
Médicos veterinários à privilégio e responsabilidadede
melhorar saúde e bem-estar dos gatos.
Informar não só sobre questões médicas e cuidados de
saúde preventivos à importância de atender às
necessidades ambientais do gato.
Várias doenças e comportamentos indesejados associadas
a situações ambientais estressantes.
Ambiente adequado à previne distúrbios físicos e
comportamentais.
 
Necessidades felinas
Nível de conforto de um gato em seu ambiente:
Saúde física
ComportamentoBem-estar 
emocional
151 152
153 154
155 156
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Necessidades felinas
Recomendações nas Diretrizes aplicam-se a todos os
gatos, independentemente do estilo de vida.
Pilar 1
Oferecer um local seguro:
Local privado.
Posição elevada.
Sensação de isolamento.
Um lugar seguro é aquele em que um gato pode se retirar
para que se sinta protegido.
 
Pilar 1
Caçadores solitários à risco de lesões = risco de 
sobrevivência. 
Tendem "evitar e evadir" a enfrentar ameaças percebidas. 
Lugar seguro à retiram-se de condições consideradas 
ameaçadoras ou desconhecidas. 
Área elevada à aumenta espaço vertical e permite melhor 
“monitoramento” do ambiente.
Pilar 1
Quando relaxado e seguro à área de descanso / dormir.
157 158
159 160
161 162
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163 164
165 166
167 168
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Pilar 1
Não percebendo ameaça potencial à sente-se seguro à 
mesmo que corpo inteiro não esteja completamente 
escondido. 
“O que os olhos não veem o coração não sente”
169 170
171 172
173 174
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30
 
Pilar 2
Oferecer múltiplas e separadas áreas para os recursos 
ambientais à alimento, água, higiene, arranhadura, 
brincadeira, descanso.
Domicílio multi-cat à um gato pode fazer parte de um 
grupo social ou se comportar como um gato solitário. 
Vários grupos sociais podem viver dentro do mesmo 
ambiente.
175 176
177 178
179 180
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Pilar 2
Muitas vezes as pessoas assumem que gatos comem e 
bebem água juntos porque querem à sem outra opção 
à recursos em um único local à aprendem a 
"compartilhar tempo”.
Acesso em diferentes momentos um do outro. 
Se recursos colocados em diferentes locais à gatos 
individuais podem evitar outros gatos à minimizando 
competição por recursos, bullying e estresse.
181 182
183 184
185 186
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Compartilham tempo 
juntos, mas não os 
recursos
Bullying velado
 
Pilar 2
Em qualquer circunstância à separação suficiente de 
recursos para suportar todos os gatos e grupos sociais.
Muitos gatos não se dão bem em famílias multi-cat se 
suas necessidades ambientais não estão sendo atendidas.
Geralmente passa despercebido a menos que eles lutem, 
exibam problemas de comportamento ou desenvolvam 
doenças relacionadas ao estresse. 
Agressividade, Periúria, Periquesia, Depravação de 
apetite, Inapetência, Alopecia Psicogênica, 
Síndrome de Pandora …
Pilar 2
Em qualquer circunstância à separação suficiente de
recursos para suportar todos os gatos e grupos sociais.
Muitos gatos não se dão bem em famílias multi-cat se
suas necessidades ambientais não estão sendo atendidas.
Geralmente passa despercebido a menos que eles lutem,
exibam problemas de comportamento ou desenvolvam
doenças relacionadas ao estresse.
Agressividade, Periúria, Periquesia, Depravação de 
apetite, Inapetência, Alopecia Psicogênica, 
Síndrome de Pandora …
187 188
189 190
191 192
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33
 
Pilar 2
Agressão entre 
gatos 
31%
Eliminação 
inapropriada
26%
Comportamento 
repetitivo
17%
Agressão 
redirecionada 
(humanos) 
14%
Outros
12%
Ramos & Reche-Junior, 2015 (n=155 casos) 
 
Pilar 2
44.5% casas “multi-cat” reportam brigas 1/mês (Borchelt & Voith, 1996)
 
Pilar 2
Exploram e Expandem (horizontalmente e 
verticalmente).
Setorizam e Demarcam (visualmente e olfativamente).
Compartilham de maneira sincronizada.
Atividades Regulares e Horários Rígidos. 
 
 
Pilar 2
193 194
195 196
197 198
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34
199 200
201 202
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1 2
4 5 6
3
4,5 a 6,5 cm (Beaver, 2005)
 
Pilar 3
Oferecer oportunidade para brincadeiras e 
comportamentos pseudo-predatórios. Predador !!!
Brinquedos.
Dispositivos e práticas de alimentação que exigem que o 
gato adquira ativamente alimentos.
Oportunidades para interação com o tutor e outros gatos 
socialmente compatíveis.
205 206
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211 212
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Pilar 4
Oferecer interação social positiva, consistente e previsível
gato-homem.
Manejo do gato desde jovem à comportamentos
positivos à redução de medo e estresse e forte vínculo
humano-gato.
Não forçar interação com um gato. Deixar o gato iniciar,
escolher e controlar o tipo de contato humano.
 
Pilar 4
Pessoas devem se baixar ao nível do gato.
Evitar contato permanente dos olhos.
Dar tempo ao gato para se aproximar e fazer contato 
físico. 
Falar gentilmente pode ajudar a relaxar. 
Quando um gato termina uma interação à não forçar 
mais contato. 
Pilar 4
Gatos determinam como gostam de interações humanas
à tutores devem aprender as preferências individuais
para desenvolver um forte vínculo com seus gatos.
Para evitar tensão em ambiente multi-cat à cada gato
deve receber atenção individual sem intervenção de
outros.
217 218
219 220
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Pilar 5
Oferecer um ambiente que respeite a importância do
sentido de cheiro para o gato.
Informações olfativas e químicas à avaliar seus arredores
e maximizar sensação de segurança e conforto.
Olfato 30 x mais apurado que o humano à epitélio
olfativo de 20 cm2 e mucosa nasal com 200 milhões de
células receptoras.
Pilar 5
Odores diferentes detectados pelo órgão vomeronasal.
Papila
 incisiva
órgão
vomeronasal
Flehmen facilita a captação de odores pela 
papila incisiva até o órgão vomeronasal
 
Pilar 5
Evitar uso de produtos ou substâncias aversivas que 
prejudiquem a percepção sensorial do gato.
Evitar introdução de cheiros externos no ambiente 
doméstico.
Usar feromônios sintéticos à reduz ansiedade, aumenta 
higiene, interesse em alimentos e uso adequado da liteira.
223 224
225 226
227 228
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39
 
Pilar 5
Feromônios:
Substa ̂ncias semioquímicas voláteis depositadas pelo 
animal no ambiente.
Região Facial 
Região Podal
Região Urogenital
Região Perianal 
Região Mamária
Pilar 5
Marcação no ambiente por meio desses feromônios.
 
Pilar 5
Feromônios:
Respostas fisiológicas e comportamentais em receptor da 
mesma espécie (intraespecífica).
Funça ̃o comunicativa à sexual, social, organizaça ̃o 
espacial, estabilidade emocional, familiarizaça ̃o ambiental.
Resposta emocional inconsciente, independente de 
qualquer aprendizagem prévia à neurônios do órga ̃o 
vomeronasal se ligam principalmente ao sistema li ́mbico 
(“cérebro emocional”), sem passar pelo córtex cerebral. 
 
Pilar 5
Sintéticos, ana ́logos dos feromônios naturais. 
Efeito ansiolítico à difusão no ambiente à mimetiza 
odor facial natural à mensagem de tranquilização à 
sensação de bem estar e segurança. 
Pilar 5
Sintéicos, análogos sintético do odor materno felino.
Ajuda na convivência harmônica, por diminuir a
frequência e intensidade dos conflitos entre os gatos que
vivem juntos.
Ajuda os seus gatos a viverem juntos em harmonia e a
evitar tensões, conflitos e lutas.
229 230
231 232
233 234
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40
 
Pilar 5
Catnip (“erva do gato”):
Erva medicinal e aromática à ingrediente ativo 
Nepetalactone que atrai a maioria felina.
Acalma agressivos, excita/exercita mais apáticos. 
Efeito mais intenso nos 1os 10 minutos, gato acima de 6 
meses e machos.
Nepeta cataria
 
Pilar 5
Expor novos itens esfregando-os com um pano que tenha 
estado em contato com as glândulas de feromônios.
Evitar limpar áreas que tenham sido marcadas de forma 
direta pelo gato.
Fornecer áreas de arranhar que permitem depositar seu 
cheiro por meio das glândulas presentes nos coxins.
Permitir que cada grupo de gatos dentro da casa tenha a 
oportunidade de perfurar áreas de marca (por arranhões e 
fricção facial) que contenham seus recursos ambientais.
235 236
237 238
239 240
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41
Considerações
Fundamental entender as necessidades básicas ambientais
de felinos.
Respeitar como gatos processam e respondem à
informação sensorial.
Interações humanas positivas e consistentes.
Um gato se sente bem quando está inserido em ambiente
seguro, áreas múltiplas e separadas de alimentos, água,
higiene e arranhadura / repouso, oportunidades de jogo e
comportamento predatório.
Gato feliz
241 242
243 244
245 246
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