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3/24/2020 1 Introdução à Medicina Felina Profa Tathiana Mourão dos Anjos Medicina Veterinária, Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado (em curso) (UFMG) Especialização lato sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (UNIP) Especialização lato sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (UNIP) Disciplina Clínica de Felinos (2º Semestre / 2019) População Felina Gatos já são mais populares que os cães 240 milhões 31 milhões a mais que os cães. Brasil 2a maior população de cães e gatos do mundo (1a USA - 146 milhões: 80 gatos e 66 cães). É um dos poucos em que o cão ainda é o companheiro preferido mas os números estão mudando…. População Felina Deve ser a maioria > 2022 (ABINPET -Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). 37,1 milhões de cães (4%) x 21,3 milhões de gatos (8%). Índice Big Cat indicador de progresso baseado na população felina de cada país quanto + gatos, melhor e + rico é o país. Vantagens em se ter gatos Não precisam de banho semanal muito higiênicos. Custo médio mensal metade do custo de um cão. Não precisam sair para aliviar estresse ou necessidades na rua liteira. Vantagens em se ter gatos Menos paciência para correr atrás dos cães e aturar latidos > expectativa de vida (> 73 anos). Se adaptam a ambientes pequenos espaço vertical. 1 2 3 4 5 6 3/24/2020 2 Perfil do dono de gato Mais exigente, mais dedicado, nível sócio cultural maior. Mais informado e estudioso “Dr. Google”. Perfil do dono de gato Maior número de animais reconhecimento tardio de doença. Gato “esconde” sinais clínicos predador topo de cadeia. Motivo da consulta? Ele tá diferente ... Perfil do gato Estoico (não deve demonstrar emoções). Perfil do veterinário Preparado para atender gatos ??? PÂNICO ???? Perfil do veterinário Se não estiver preparado ..... 3 opções: Procurar conhecer a espécie estudar!!!!! Excelente opção ter um gato !!! Estudar na Encaminhar antes que seja tarde demais gato enfermo não espera o veterinário adivinhar o que tem ... ele morre antes disso ...... Taxonomia Reino Animalia Filo Chordata Sub-Filo Vertebrata Classe Mammalia Sub-Classe Theria Infra-Classe Placentalia Ordem Carnivora Sub-Ordem Felinoformia Família Felidae Sub-Família Felinae Gênero Felis Espécie Felis catus (Linnaeus, 1758) Sinônimos Felis silvestris catus / Felis catus domestica Classificação científica 7 8 9 10 11 12 3/24/2020 3 Classificação científica Pantherinae Acinonycinae Felinae Tigre Onça Pantera Leão Guepardo Jaguatirica Garras imóveis Puma Lince Leopardo Gato Selvagem Gato Doméstico Grandes (Rugidores) Pequenos (Não Rugidores) Família Felidae Classificação científica Digitígrados caminham nas pontas dos dedos (garras retráteis). Classificação científica Grandes felinos emitem sons graves elasticidade do ligamento do osso hioide permite rugir. Pequenos felinos emitem sons fracos osso hioide forma um bloco único permite ronronar. Tigre X Classificação científica A = ossos muito ligados entre si (em bloco) e com pouca vibração. B = um desses ossos não se desenvolve (parcialmente calcificado), a língua e a faringe estão ligadas à base do crânio por uma formação cartilaginosa elástica, que lhes permite rugir. Tigre Família Felidae História obscura fósseis esparsos e de difícil distinção. Fósseis felinos são tão parecidos que dificultam distinguir o crânio de um leão do de um tigre. Avanços de DNA 1ª árvore genealógica (2007). Família Felidae Felinos atuais guardam mesmos traços de um predador semelhante à pantera (Sudoeste Asiático - 10,8 milhões de anos). Mudanças no nível dos oceanos migração para novos continentes + condições ambientais de cada local origem a novas espécies 37 espécies. Grandes felinos 1os a se ramificarem, seguidos por outras 7 linhagens. 13 14 15 16 17 18 3/24/2020 4 1ª onda migratória Há 9 milhões de anos descendentes do ancestral de todos os felinos, migraram da Ásia África (M1), Américas do Norte (M2) e do Sul (M3). Oceanos atingiram níveis extremamente baixos “pontes” de terra pelo estreito de Bering e os extremos norte e sul do mar vermelho. 2ª onda migratória Entre 1 e 4 milhões de anos nível mais baixo dos oceanos continentes se interligaram mais uma vez várias migrações ocorreram. Entre 8 e 10 mil anos migração mais recente pumas. Dispersão mundial atual dos felinos Europa gato selvagem europeu, lince ibérico. Norte da Ásia gato silvestre asiático, lince eurasiano, gato silvestre da China, gato de pallas, leopardo das neves. Ásia Tropical gato dourado asiático, leão asiático, gato da baía de Bornéu, pantera nebulosa de Bornéu, pantera nebulosa, gato- pescador, gato de cabeça chata, gato da selva, leopardo, gato leopardo, gato bravo marmoreado, gato ferrugem, gato do deserto, tigre. Dispersão mundial atual dos felinos África Subsaariana gato dourado africano, leão africano, gato silvestre africano, gato de patas negras, caracal, guepardo ou chita, leopardo, serval. América do Norte lince vermelho, lince canadense, onça, puma. América do Sul gato preto dos andes, gato do mato grande, onça-pintada, gato mourisco, gato kodkod. 19 20 21 22 23 24 3/24/2020 5 Origem do gato doméstico Adaptação evolutiva (milhares de anos) dos gatos selvagens cruzamentos menores e menos agressivos. F. s. lybica (africano)F. s. silvestris (europeu) Distribuição do gato selvagem / F. s. cafra (África Subsaariana) Gato Selvagem do Sul / F. s. lybica (Norte da África, Oriente Médio, Ásia Central) Gato Selvagem Africano / / F. s. silvestris (Europa e Turquia) Gato Selvagem Europeu / F. s. ornata (Paquistão, noroeste da Índia, Mongólia e norte da China) Gato Selvagem Asiático / F. s. bieti (China) Gato Chinês do Deserto Gato doméstico Felis silvestris catus (Linnaeus, 1758). Considerado uma das sub-espécies do gato selvagem derivado da domesticação do gato da Líbia (Felis silvestris lybica). Não é incomum o cruzamento entre gatos domésticos e selvagens espécimes híbridos. Bengal = gato doméstico x leopardo asiático Domesticação do gato Especialistas tradicionalmente acreditavam egípcios 1os a domesticarem o gato há cerca de 4.000 anos. Deusa de Bastet Domesticação do gato Descobertas arqueológicas e genéticas recentes indicam Crescente Fértil (Oriente Médio) há cerca de 10.000 anos primórdios da agricultura. Com a agricultura, os povos e os gatos domésticos se espalharam do Crescente Fértil para o resto do mundo. Domesticação do gato Agricultura (trigo e cevada) grãos atraiam ratos ratos atraiam gatos. 25 26 27 28 29 30 3/24/2020 6 Linha do tempo da domesticação Há 10.500 a 9.500 anos restos de um camundongo doméstico preservado entre os depósitos de grãos em Israel. Há 9.500 anos enterro duplo de um ser humano e de um gato (fêmea, 8 meses) na ilha mediterrânea de Chipre evidência mais antiga de uma relação especial entre pessoas e gatos. Linha do tempo da domesticação Linha do tempo da domesticação 40 cm Linha do tempo da domesticação Há 3.700 anos estatueta de marfim, esculpida em Israel gatos eram comumente vistos próximo de povoamentos no Crescente Fértil. Dispersão mundial dos gatos Gato doméstico 600 milhões de gatos domésticos no mundo atual genética que corresponde aos gatos selvagens de Israel. Originário de região desértica e de apenas uma região do planeta. Carnívoro verdadeiro, com todas as suas adaptações para tal metabolismo. 31 32 33 34 35 36 3/24/2020 7 Genoma do gato doméstico 65% do genoma foi sequenciado (2007) a partir do DNA mitocondrial de gata (4 anos) da raça Abissínio. + 60 raças de gatos domésticos (só 10 a 12 genes responsáveis pelas ≠ na cor, comprimento e textura dos pelos, tonalidade e brilho da pelagem das raças). Cinammon 20.285 genes foram identificados Semelhanças entre o genoma do gato: Cão = 79%. Homem e Chimpanzé = 73%. Ratos e Camundongos= 69%. Cão e o gato Cães variedade de tamanhos, formas e temperamentos (criados para desempenhar tarefas específicas e diversas). Gatos relativamente homogêneos (< heterogenicidade racial) diferem quanto à pelagem (não foram selecionados para desempenhar várias funções - controle de roedores). Entidades Regulamentam a felinotecnia, criação, seleção e divulgação das raças. Associação do Gato Mineiro (FIFE) 1ª Exposição Internacional de Gatos de Raças. Entidades Entidades internacionais WCC The World Cat Congress TICA The International Cat Association FIFe Fédération Internationale Féline CFA The Cat Fanciers' Association GCCF The Governing Council of Cat Fancy WCF World Cat Federation CFF Cat Fanciers' Federation UFO United Feline Organization Entidades nacionais Associação da Raça Maine Coon no Brasil. Cat Franciers of Brazil. Clube Brasileiro do Gato. Clube do Gato de São Paulo. Clube do Gato do Oeste Paulista. Clube do Gato do Paraná. Clube do Gato do Rio de Janeiro. Associação do Gato Mineiro. 37 38 39 40 41 42 3/24/2020 8 Entidades nacionais Confederação de Felinos do Brasil (CFB). Federação Felina Brasileira. Feline Club Associação Brasileira do Felino. Felis Catus Criadores Associados. Tropicats Federação Felina Sul-americana. Classificação das raças (categorias) 1 estabelecidas. 2 novas naturais. 3 variantes ou mutantes. 4 híbridas. 5 experimentais (em desenvolvimento). Classificação das raças (categorias) 1 estabelecidas. Padrão (standard) já estabelecido. Combinação de genes disponíveis dentro da raça suficientemente grande melhoramento do tipo, aumento da resistência, adição de novas cores, etc. Probabilidade mínima de encontrar gatos com ascendência não registrada que poderiam melhorar significativamente a raça. Classificação das raças (categorias) 2 novas naturais. Recentemente reconhecidas ou relativamente raras necessidade de aumentar sua combinação de genes com gatos adicionais de ascendência não registrada. Origem em regiões geográficas específicas bons exemplares da raça ainda se encontram no seu estado nativo, como animais de estimação, gatos de celeiro, gatos bravios, etc. Classificação das raças (categorias) 3 variantes ou mutantes (em desenvolvimento). Diferem tipicamente de uma das raças estabelecidas, ou da população felina geral tendo como base um locus de gene singular. Muitas origem em mutações espontâneas dentro da população doméstica de gatos. Outras surgiram dentro das raças estabelecidas (mutações antigas ou cruzamentos). Classificação das raças (categorias) 4 híbridas. Raças novas a ser desenvolvidas através de cruzamentos deliberados entre duas ou mais raças existentes. Cruzamentos frequentes com as raças parentais para manter ou melhorar o tipo podem ser desejáveis. 43 44 45 46 47 48 3/24/2020 9 Classificação das raças (categorias) 5 experimentais (em desenvolvimento). Novas raças que ainda estão em desenvolvimento ativo. O uso de cruzamentos híbridos com gatos de parentesco desconhecido ou não registado é permitido. Não há limitações nem restrições nos programas de criação de tais raças. Siamês Siberiano Singapura Snowball Somali Sphynx Thai Tonquinês Toyger Angorá Turco Van Turco Household Pet Minskin Chausie Donskoy Highlander (LH) Hilghlander (SH) Khaomanee Scottish Fold Napoleon Donskoy Highlander (LH) Hilghlander (SH) Khaomanee Scottish Fold (LH) Selkirk Rex Selkirk Rex (LH) Pixiebob (LH) Pixiebob (SH) Bengal Bombay Savana Oriental (SH) Persa Peterbald Ragdoll Nebelung Norueguês da Floresta Ocicat Oriental (LH) Maine Coon Manx Munchkin (SH) Munchkin (LH) Kurilian bobtail (SH) Kurilian bobtail (LH) Laperm (LH) Laperm (SH) Himalaio Bobtail Japonês (SH) Bobtail Japonês (LH) Korat Devon Rex Mau Egípcio Exótico (SH) Havana Brown Burmês Chartreux Cornish Rex Cymricl American Bobtail (SH) American Bobtail (LH) Abissínio American Curl (SH) American Curl (LH) Balinese American Wirehair American Shorthair Sagrado da Birmânia American Curl British (LH) British (SH) Azul Russo Creme Vermelho Chocolate Branco Preto Azul Pelagem sólida Pelagem Red (ruivo) Pelagem red - lentigo 49 50 51 52 53 54 3/24/2020 10 Pelagem Red (ruivo) Pelagem red - lentigo Pelagem branca e olho azul Olho azul ou odd eyed (heterocromia ou ímpar). Heterocromia variação cromossômica 15 quantidade de melanina (pouca - azul). Síndrome de Waardenburg (despigmentação da retina e degeneração progressiva da cóclea) surdez relacionada ao gene de pelagem. Pelagem particolor - Bicolor Mistura de 2 cores branco não ocupa mais que 50% da pelagem cobre a região ventral do corpo e marca um V invertido na cabeça (entre os olhos). Pode ser também van ou arlequin. Pelagem particolor - Van Branco ocupa praticamente toda a pelagem a outra cor fica restrita à cauda e ao topo da cabeça (entre as orelhas). Se houver 2 cores na cabeça é chamado de van cálico. Pelagem particolor - Arlequin Mistura de 2 cores branco (> 50% da pelagem) e mais uma cor (cabeça, cauda e algumas manchas pelo corpo distribuídaas de forma aleatória). Pelagem bicolor, van e arlequin Bicolor Van Arlequin 55 56 57 58 59 60 3/24/2020 11 Pelagem colorpoint (ponteada - pointed) Extremidades do corpo (máscara, orelhas, patas, genitália e cauda) mais escuras que o restante do corpo mesma cor ou 2 a 3 cores nas extremidades. Seal pointBlue point Red point Lilac point Chocolate point Cream point Pelagem colorpoint (ponteada - pointed) Pelagem escamas (tortoiseshell / tortie) Combinação de 2 cores (bicolores) preto e vermelho (intenso - dominante), azul e creme (diluído - recessivo), lilás com creme, chocolate com vermelho. Marcações não tem desenhos específicos manchas de tamanhos e formatos aleatórios. 99% fêmeas. Pelagem escamas (tortoiseshell / tortie) Vermelho e preto Azul e creme Pelagem escamas (cálico / tartaruga) Marcação de escamas com o branco distribuído em algumas regiões da pelagem (tortie com branco). 99% fêmeas. (Cálico intenso) (Cálico diluído) Pelagem tricolor Menos de 1% (1 em cada 3.000 gatos) machos anomalia cromossômica. Genes das cores (preto, branco e vermelho) presentes no cromossomo X. Fêmea tricolor (XX) branco + vermelho. Macho tricolor (XXY) branco + vermelho estéril. Gato Cão Homem 38 cromossomos (19 pares) 78 cromossomos (39 pares) 46 cromossomos (23 pares) 61 62 63 64 65 66 3/24/2020 12 Pelagem tabby Gene agouti (A/a) responsável por este padrão. A dominante e já resulta em um padrão tabby. a 2 alelos recessivos não há o padrão. Gene O (responsável pela cor vermelha) suprime o efeito aa possibilidade de ser Tabby. Alelos MC/mc estabelecem o padrão básico do gato tigrado. Pelagem tabby - Classic (blotched) Listras muito bem marcadas, densas e largas formam desenhos que lembram borboletas. Anéis em toda a extensão da cauda e a faixa que recobre a coluna vertebral é sempre bem escura. Pelagem tabby - Spotted (manchado) Machas arredondadas, regulares e distintas sobre um fundo de pelagem clara lembra leopardo. Pelagem tabby - Mackerel (stripped) Listras fracas, numerosas, finas e contínuas, sempre se estendem verticalmente pelo corpo do gato, avançando do dorso para o corpo lembra tigre. Outras linhas são transversais vindas das laterais, podendo ser interrompidas. Pelagem tabby - Ticked (pontilhado) Pequenas manchas redondas ao longo de todo o corpo. Linha mais escuraao longo do dorso. 67 68 69 70 71 72 3/24/2020 13 Blotched ou Classic Tabby Spotted Tabby Ticked Tabby (pontilhado) Mackerel Tabby Blotched ou Classic Tabby Ticked Tabby (pontilhado) Mackerel Tabby Spotted Tabby Torbie (escama + tabby) Pelagem tabby - marca M Pelagem smoke (fumaça) e silver Base da pelagem (sub-pelo) é clara (branca ou prata). Gene inibidor branco é dominante se um dos pais for um smoke ou silver, provavelmente o filhote também será. Maior intensidade do gene inibidor silver (tabby). Menor intensidade do gene inibidor smoke (sólido). Pelo curto brasileiro (PCB) Também chamada de Brazilian Shorthair. 1ª e única brasileira reconhecida internacionalmente pela WCF desde 1998. 73 74 75 76 77 78 3/24/2020 14 Pelo curto brasileiro (PCB) Comportamento dócil, companheiro, muito amigo, ativo e vive em busca de carinho. Brincalhão, ágil, inteligente e bem-comportado. Cabeça pequena a média, + comprida do que larga, levemente em forma de cunha. Orelhas grandes, com tufos de pelos dentro, colocadas quase retas para cima (altura é maior do que o comprimento da base). Pelo curto brasileiro (PCB) Olhos arredondados, de todas as cores. A distância entre os olhos é de 1 + ½ olho. Focinho médio a grande com uma leve curvatura na base. Queixo forte. Bochecha levemente desenvolvidas. Pescoço médio a grande, não musculoso. Pelo curto brasileiro (PCB) Pelo curto brasileiro (PCB) Corpo firme, não compacto, e ligeiramente esbelto. Pernas firmes, não muito musculosas, comprimento médio, pés de tamanho médio e arredondados. Cauda comprimento médio a longo, não grosso na base, afinando para o final. Pelagem curta, sedosa, bem fechada, deitada junto ao corpo. Sem sub-pelo. Todas cores reconhecidas são aceitas. Pelo curto brasileiro (PCB) Tamanho médio (3 a 5 kg). Faltas rabo anormal ou com nó, acentuado stop (quebra/depressão) na base do focinho, sub-pelo, corpo compacto. Abissínio Uma das mais antigas conhecidas puma miniatura. Parece descender dos antigos gatos egípcios que deram cara e corpo à deusa Bastet supõe-se que tenha nascido às margens do Rio Nilo. Foram levados à Inglaterra por volta de 1860, pelo exército inglês raça padronizada em 1929 (tamanho médio, 4 a 7 kg). 79 80 81 82 83 84 3/24/2020 15 Abissínio Somali Mutação de pelo longo do Abissínio reconhecida oficialmente em 1960. Pelo longo cruzamentos com Persa ou Angorá, realizados ao redor de 1900 nos USA e Canadá. Cauda característica lembra uma raposa. Tamanho médio, 3 a 5 kg. Somali Abissínio e Somali Cingapura Cingapura criação em meados de 1970. Antepassados prováveis gatos silvestres e os que viviam nas ruas do sudeste asiático. Em 1975 USA base para desenvolvimento. Um dos menores gatos domésticos do mundo (2,7 ou menos a 4 kg). Poucos exemplares pelo mundo pouco precoces e prolíferos. Cingapura 85 86 87 88 89 90 3/24/2020 16 Siamês Balinês Burmês Tonquinês Gatos colorpoint Gatos colorpoint - Siamês Tailândia (antigo Sião) tem a 1a referência da raça através de um manuscrito datado de 1350. Introduzida na Inglaterra no final do século XIX, surgindo logo em seguida nos USA. Temperamento incomum tornou a raça popular. Considerado o “príncipe dos gatos” por seu corpo longo, esbelto e elegante. Gatos colorpoint - Siamês Tailândia (antigo Sião) tem a 1a referência da raça através de um manuscrito datado de 1350. Introduzida na Inglaterra no final do século XIX, surgindo logo em seguida nos USA. Temperamento incomum tornou a raça popular. Considerado o “príncipe dos gatos” por seu corpo longo, esbelto e elegante. Gatos colorpoint - Siamês Padrão atual Padrão há 20 anos Gatos colorpoint - Balines (Javanês) Há muitos anos (década de 40) ninhada de siameses com a ocorrência de mutação ou a emergência de um gene recessivo criador norte- americano da Califórnia se dedicou a perpetuar essa modificação. Atualmente a raça é reconhecida em quase todos os clubes de gatos do mundo, embora alguns a considerem somente como variedade do Siamês conhecida como Siamês de pelo longo. Gatos colorpoint - Balines (Javanês) Ao contrário do Siamês, o Balinês aprecia ter a companhia de outro gato, tão ativo como ele ou de um cão que tenha sido criado junto. Pelagem semi-longa (penacho na cauda) e tamanho médio, 2 a 5 kg. 91 92 93 94 95 96 3/24/2020 17 Gatos colorpoint - Balines (Javanês) Gatos colorpoint - Burmês Acredita-se ser da região que abrange Tailândia (antiga Sião), Malásia e Myanmar (antigo Burma ou Birmânia) e descende de antiga raça (Tanga Daeng) que viveu nos templos tailandeses e que era venerada como divindade. Relaciona-se com Siamês. Levada para os USA em 1920. Existem 2 padrões distintos atuais: americano (cabeça arredondada - 4 variedades de base) e inglês (cabeça triangular - + variedades), que concorrem em categorias separadas. Gatos colorpoint - Burmês Bem falante, voz forte e menos rouca que o Siamês. Tamanho médio, 3 a 6 kgs. Gatos colorpoint - Tonquinês Cruzamento de Siamês e Birmanês originou a raça no Canadá no século passado. Desde 1930, só é permitido o cruzamento entre si. Reconhecida 1ª no Canadá, e mais tarde nos USA em 1972. Face mais arredondada que a do Siamês (lembra o padrão antigo de 20 anos atrás). Tamanho médio, 2 a 5 kgs. Gatos colorpoint - Tonquinês Havana Brown Surgiu na Inglaterra nos anos 50 e chegou aos USA em 1956, sendo reconhecida pela CFA. Deve-se o seu nome à sua cor, que faz lembrar os famosos charutos cubanos, e aos seus modos elegantes. Surgiu a partir de cruzamentos realizados entre Siameses chocolate e gatos domésticos de pelo curto pretos. 97 98 99 100 101 102 3/24/2020 18 Havana Brown Extrovertidos, raramente miam, miado fraco. Pelagem chocolate, olhos verdes (diversas tonalidades), não são aceitos olhos amarelos. Tamanho médio, 2 a 4 kgs. Havana Brown Oriental shorthair Criado por ingleses (1965), com objetivo de produzir um gato semelhante ao Siamês, porém totalmente branco e sem o típico contraste (point) mais escuro das extremidades. Cruzaram Siameses com gatos domésticos brancos diferentes cores foram obtidas, além do branco. Começou a ser criado nos USA em meados dos anos 70. Oriental shorthair Não é uma raça muito difundida. É considerado o Galgo dos gatos (porte), miado bem forte. Tamanho médio, 4 a 6 kg. Oriental shorthair American Shorthair Resulta da seleção do gato de rua comum cruzado com outras raças British Shorthair, Birmanês e Persa, que chegaram à América com os 1os colonos. Desenvolveu-se no ambiente local, adaptando-se ao clima e paisagens do continente americano criação seletiva no início do século XX. Tamanho médio para grande, 3,5 a 7 kg. 103 104 105 106 107 108 3/24/2020 19 American Shorthair British Shorthair Há mais de 2 mil anos em solo britânico, "transportados" pelas tropas do exército Romano. Resultado dos programas de criação postos em prática no século XIX, tendo feito a sua 1ª em exposição em 1871. Aspecto urso de pelúcia. Tamanho médio pra grande, 4 a 8 kg. British Shorthair European Shorthair Deriva do gato doméstico comum da Europa continental. Tamanho médio pra grande, até 8 kg. Bombay Criada nos USA (década de 50), através de cruzamentos entre o Burmês e o American Shorthair. Seu nome se deve a sua semelhança com o leopardo negro da Índia (cidade de Bombay - hoje Mumbai). Pelagem sempre preta, olhos grandes, vivos e bem espaçados, dourado ou cobre escuro. Bombay Chamado de mini pantera preta, apesar de fazer muito sucesso nos USA, é quase desconhecida na Europa. Tamanho médio, 2 a 5 kgs. 109 110 111 112 113 114 3/24/2020 20 Leopardo negro da Índia Bombay Angorá turco Surgiu na Pérsia (atual Irã) e Turquia, na região dos planaltos (nas proximidades do lago de Van). Uma das raças mais antigas sobreviventes descoberto por viajantes e introduzido na Europa no século XVII predileção imediata entre aristocratas do século XVIII consideradoum presente da realeza. Utilizado para criar diferentes raças de pelo longo ou semi-longo, especialmente o Persa. Angorá turco Na Europa foi reconhecido pela FIFE em 1988, somente na cor branco puro e com 3 possíveis cores de olhos: azul, âmbar e díspar. Tamanho médio, 2,5 a 5 kg. Van turco (Turkish van) Originária da região do Lago Van, na Turquia. Descoberta em 1856 e levada à Inglaterra (criação 1955). Raça reconhecida (exceto USA) em 1969 variedade do gato Angorá. Características semelhantes ao Angorá exceto cabeça e cauda sempre vermelha. Exímio nadador! Tamanho médio, 3 a 8 kg. Van turco (Turkish van) Angorá e Van turco 115 116 117 118 119 120 3/24/2020 21 Persa Raça mais popular do mundo. Provável que os gatos de pelo longo tenham-se originado em países de clima frio como a Rússia. 1os exemplares vieram da Turquia no século XVI, e também da Pérsia (atual Irã) um século mais tarde foi levada à França e à Inglaterra e cruzada com gatos da raça Angorá, originado a raça Persa. Tamanho médio, 3 a 5 kg. Persa Face Show Face Breeder Face Pet Persa Himalaio (Himalaio) Cruzamento entre Siamês, Sagrado da Birmânia e Persa, obtido na Suécia em 1924. Reconhecida nos USA em meados dos anos 50. Na Inglaterra não é considerada uma raça e sim uma sub-raça do Persa. Colorpoint de olho azul. Tamanho médio, 3 a 6 kg. Persa Himalaio (Himalaio) Exótico Raça americana muito difundida (USA e Europa) garfield. Cruzamento entre American Shorthair e Persa. Possui aparência de um Persa de pelo curto. Planejada para ser dócil, de bom temperamento, tão bonito quanto o Persa, mas de mais fácil asseio e manutenção. Exótico Foi selecionado na década de 60. Reconhecida em 1967 nos USA e em 1971 na Europa. Em 1987 foi proibido o cruzamento de outras raças que não fosse o Persa e o Exótico para manutenção das características obtidas na raça. Mia raramente e não suporta a solidão. Tamanho médio, 3 a 6 kg. 121 122 123 124 125 126 3/24/2020 22 Exótico Burmilla Uma das raças mais recentes. Cruzamento ocorrido no Reino Unido, em 1981, entre um Persa (Chinchilla) e uma gata Burmese (Lilac) em 1984 foram exportados à Dinamarca. Foi reconhecida pela FIFE em 1994. Focinho vermelho-tijolo, com linhas escuras moldurando focinho e olhos (exceto nos vermelhos, creme e cálico intenso). Tamanho médio, 4 a 7 kg. Burmilla Sagrado da Birmânia Ragdoll Ragamuffin Fluffy Dolls Sagrado da Birmânia (Birmanês) Descende dos gatos que eram venerados nos templos budistas na Birmânia (atual Myanmar), na Ásia. Cruzamento entre Siamês e Persa branco oficialmente reconhecida na França em 1925. O nome Sagrado da Birmânia é usado para diferenciar a raça da Burmese (forma inglesa da palavra Birmanês). Sagrado da Birmânia (Birmanês) Cor das patas invariavelmente branca e simétrica e olhos sempre azuis. Tamanho médio, 4 a 8 kg. Muito apegado aos donos e reservado com estranhos. 127 128 129 130 131 132 3/24/2020 23 Ragdoll Raça americana, raramente encontrada em outros países. Originada na Califórnia em 1967 cruzamento entre uma gata de pelo longo semelhante a Angorá e gato de rua tipo Birmanês. Ragdoll “boneca de pano” total relaxamento com um fraco tônus muscular quando no colo de quem confia. Ragdoll Os filhotes de Ragdoll nascem brancos e começam a marcar por volta dos 15 dias de idade quanto mais clara for a cor, mais demorada será a sua marcação. Pelagem colorpoint, olho sempre azul. 2ª maior raça do mundo termina o crescimento aos 4 anos. Tamanho grande, 4 a 9 kg (até 11 kg). Ragdoll Ragamuffin A partir de 1994, após 5 gerações de endogamia com o Ragdoll, selecionou-se a raça com o cruzamento do Ragdoll com persas, himalaios e americanos de pelo longo. Reconhecida como raça em 2003 pela CFA. Todas pelagens aceitas, exceto colorpoint. Tamanho médio, 4 a 9 kg. Ragamuffin Chartreux Korat Russian Blue (Azul Russo) Gatos azuis 133 134 135 136 137 138 3/24/2020 24 Gatos azuis - Chartreux Parece ter sido trazido da Síria e Irã por cavaleiros que regressavam das Cruzadas, e criado por monges franceses em monastérios, nas proximidades de Paris. 1º padrão da raça foi reconhecido em 1939. Olhos cor amarelo intenso a cobre. Tamanho médio, 3 a 7 kg. Gatos azuis - Chartreux Gatos azuis - Korat Uma das raças mais antigas, originária da região de Korat (Tailândia) amuleto de sorte na Tailândia. Chegou aos USA em 1959 e foi reconhecida em 1966. Chegou à Europa em 1972 antes de 1959 era considerada como Siameses azuis. Bem conhecida nos USA mas pouco difundida na Europa. Gatos azuis - Korat Olhos são proeminentes e grandes. Cor dos olhos varia ao longo da vida do animal recém-nascidos são azuis, depois mudam para âmbar com tonalidade esverdeada, na adolescência. Só adquirem um tom de verde luminoso, característico da raça, entre 2 e 4 anos. Tamanho médio, 2,5 a 5 kg. Gatos azuis - Korat Gatos azuis - Azul russo Uma das raças mais antigas. Importado da Rússia para a Inglaterra em 1860. A partir de 1912 começou a difundir-se pelo mundo, principalmente países escandinavos e USA. Longilíneo (lembra gato egípcio), olhos amendoados e verdes (esmeralda), pelagem dupla (pelo e sub-pelo de mesmo tamanho). Tamanho médio, 2 a 5 kgs. 139 140 141 142 143 144 3/24/2020 25 Gatos azuis - Azul russo Norueguês da Floresta Maine Coon Siberiano Gatos de pelo longo majestoso Norueguês da Floresta Raça mais antiga da Europa (relatos que datam da época dos Vikings) citada na mitologia norueguesa e aparece como protagonista de contos escritos desde 1837. Estes gatos acompanhavam os Vikings em seus navios, caçando roedores e protegendo os grãos, transportados em suas embarcações. Raça foi reconhecida em 1930. Norueguês da Floresta Gosta de espaço e se for criado em apartamento necessita de uma árvore para gatos. Pelagem longa e densa mas de fácil manutenção não solta tantos pelos comparado a outras raças de pelos longos. Tamanho grande, 3 a 9 kgs. Norueguês da Floresta Maine Coon Origem americana cruzamento de gatos russos e escandinavos com os gatos de pelo curto americano. Pouco difundida na Europa. Nos últimos anos a raça sofreu evolução tornando-se mais alta e mais selvagem. Maior raça de gato doméstico que existe, está no Guiness Book, como o gato doméstico mais comprido do mundo. Tamanho grande, 4 a 10 kgs. 145 146 147 148 149 150 3/24/2020 26 Maine Coon Maine Coon Siberiano Origem russa e ucraniana. Só saiu do seu país a partir de 1990, mas já existiam no norte da Rússia e na zona de San Petersburgo há 1.000 anos. Hoje são criados especialmente na Rússia, Alemanha e USA fruto do cruzamento entre gatos domésticos e gatos selvagens. Completa seu desenvolvimento somente aos 5 anos de idade, tamanho grande, 4 a 10 kgs. Siberiano Siberiano Bengal Mau Egípcio Ocicat Gatos de pelo marcado (tabby) 151 152 153 154 155 156 3/24/2020 27 Bengal 1º cruzamento (1963) foi realizado nos USA entre gato American Shorthair e leopardo asiático (Felis bengalensis) (n=38) objetivo gato com a beleza dos felinos selvagens, mas com o temperamento dócil de um gato doméstico. Reconhecida em 1998 pela FIFE. Tamanho médio a grande, 5 a 9 kgs. Bengal Leopardo asiático (Felis bengalensis) Bengal Mau Egípcio Mau significa gato no Egito, país de onde essa raça se origina. Marca registrada riscas na testa que formam a letra M, como se fosse uma inicial de seu nome. Uma das raças de gatos domésticos mais antigas do mundo (4.000 anos). Mau Egípcio Foi levado à Europa a bordo de navios de comerciantes há mais de 2.000 anos. Sua criação iniciou-se em 1953 na Itália e nos USA em 1956. Sobrevive ainda hoje em estado semi selvagem no Egito ancestral de todas as raças de gatos domésticos. Tamanho médio, 2 a 5 kgs. Mau Egípcio 157 158 159 160 161 162 3/24/2020 28 Ocicat Cruzamento casual, ocorrido em Michigan em 1964, entre uma fêmea Abissínioe um macho Siamês Chocolate Point. Posteriormente, a raça teve contribuição do Americano de Pelo Curto. Apesar de popular nos USA ainda é muito raro na Europa. Seu nome deriva de sua semelhança com o Ocelot (Leopardus pardalis). Não suporta a solidão. Tamanho grande, 2 a 6 kgs. Ocicat Ocelot Savannah Híbrido do cruzamento de um gato doméstico com um serval (Leptailurus Serval). Serval típico das savanas + nome do gatil que criou a raça. Maioria estéril raça rara. 2008 reconhecida pela TICA como raça experimental. Savannah Extremamente dócil e companheiro. Cores permitidas Brown Spotted Tabby, Silver Spotted Tabby, Black Smoke and Black. Maioria estéril raça rara. Filhotes F1 - US$ 15.000,00, F2 - US$ 6.000,00 a US$ 8.000,00, F3 - US$ 4.500,00 e exemplares mais distantes - US$ 1.000,00 a US$ 2.000,00. Castrado e microchipado. Savannah Savannah 163 164 165 166 167 168 3/24/2020 29 Munchkin USA foi o 1º país a reconhecer e desenvolver a raça. Rumores de que o gene que resulta em gatos de patas curtas tenha se desenvolvido na Europa (Rússia, Alemanha e Grã-Bretanha, anteriores à 2a Guerra Mundial). O termo Munchkin (inglês) pessoa muito pequena ou criança. Munchkin Foi primeiramente exposto em 1991 e por ser um gato de pernas curtas, ganhou o apelido de “gato basset” pernas com 1/3 do tamanho normal e corpo alongado não consegue saltar grandes alturas. Não tolera solidão. Pelagem curta e semi longa. Tamanho médio, 2 a 4 kgs. Munchkin American Curl Scottish Fold Highland Fold Gatos com orelhas distintas American Curl Mutação genética observada em uma gata e sua ninhada nos USA em 1981. Nascem com orelhas curvas, que se curvam para trás posteriormente (4 meses). Nas ninhadas aparecem gatos de orelhas enroladas e outros de orelhas normais (retas), assim como exemplares de pelo longo ou curto. Tamanho médio, 3 a 5 kgs. American Curl 169 170 171 172 173 174 3/24/2020 30 Scottish Fold Origem escocesa, 1ª sinalização dessa raça em 1897. Após vários cruzamentos que resultaram em gatos com anomalias, por volta de 1970 foram realizados com sucessos outros cruzamentos envolvendo Brithish Shorthair, Exotic Shorthair, American Shorthair e finalmente o Persa. Orelhas pequenas e dobradas para frente como se fosse um boné. Tamanho médio, 2 a 6 kgs. Scottish Fold Highland Fold Cruzamentos realizado entre o Scottish Fold e o Exótico. Conhecido como escocês de orelhas caídas. Tamanho médio, 2 a 6 kgs. American Bobtail Manx Japanese Bobtail Cymric (Manx LH) Gatos sem cauda ou curta American Bobtail Surgiu a partir de um gato de cauda curta que vivia numa reserva de índios nos USA, por volta dos anos 60. Característica do “bobtail” cauda curta resultado de uma mutação genética. Cauda curta (2 a 10 cm), flexível, podendo ter um nó ou ligeiramente enrolada. Tamanho médio para grande, 3 a 9 kg. American Bobtail 175 176 177 178 179 180 3/24/2020 31 Japanese Bobtail Conhecida há séculos no Japão extensa história e é considerada símbolo da amizade. Costuma levantar uma das mãos quando está sentado e considera-se que esse gesto traz boa sorte. Essa crença popular é tão difundida e respeitada pelos japoneses que é comum ver gravuras ou modelos de gato acenando com uma das mãos na entrada de estabelecimentos comerciais japoneses, como se estivessem saudando os visitantes. Japanese Bobtail Japanese Bobtail Cauda 8 a 10 cm, no máximo, é mantida curvada sobre o dorso. Pelagem: deve predominar o branco. Tamanho médio, 2 a 4 kg. Manx Origem por volta de 1580 navio de carga que levava à bordo alguns gatos sem cauda naufragou na Irlanda, perto da Ilha de Man. Isolados, os gatos sobreviventes foram selecionados naturalmente (mutação genética e hereditária), através de cruzamentos entre si. Criação delicada só é aconselhável cruzá-lo com o American ou o British Shorthair. Manx Nunca se acasala gatos da mesma raça gene letal associado à ausência de cauda. Variedades da raça podem apresentar graus variáveis de cauda ausente (Rumpy), presente em graus variáveis (variedade Risers, Stumpies ou Longies). Tamanho médio, 3 a 5 kgs. Manx 181 182 183 184 185 186 3/24/2020 32 Cymric (Manx LH) Manx de pelo longo. Praticamente impossível achar este gato na Europa. Originário da Irlanda e tem como característica não ter cauda e ter pelos muito longos. 1os apareceram em ninhadas de Manx normais no Canadá nos anos 60. Tamanho médio, 3 a 5,5 kg. Cymric (Manx LH) Cornish Rex Devon Rex Selkirk Rex German Rex Gatos com pelo duro, encaracolado ou sem pelo American Wirehair Laperm Sphinx Cornish Rex Mutação de pelo ondulado ocorrido na Cornualha (Grã-Bretanha) em 1950, sendo uma raça muito apreciada nos EUA e Europa. Resultante de vários cruzamentos. Conhecida também como “poodle cat”. Pelagem formada somente por sub-pelo ondulado, muito fino, sedoso e denso. As sobrancelhas e o bigodes também são ondulados. Tamanho médio, 2 a 4 kg). Cornish Rex Cornish Rex 187 188 189 190 191 192 3/24/2020 33 Devon Rex Originária de Devonshire na década de 60 na Inglaterra mutação espontânea dos gatos comuns de fazenda. Característica orelhas que se assemelham as dos morcegos e a pelagem de uma ovelha, mais encaracolado (poodle) quando comparado ao Cornish. Sente muito frio. Tamanho médio, 2 a 4 kgs. Devon Rex German Rex Raça + antiga que tem o pelo encaracolado mesmas características genéticas do Cornish. 1946, Berlim Oriental gata preta diferente da maioria dos gatos conhecidos, por ter o pelo encaracolado em algumas partes do corpo 4 anos depois pesquisas com relação ao seu tipo físico e cruzamentos programados. Difundiu-se a partir dos anos 60. Tamannho médio, 2 a 4 kgs. German Rex Selkirk Rex Mutação ocorrida em uma ninhada em Wyoming (EUA), em 1987 gata de pelagem abundante, com pelagem semi-longa e bigodes frisados gata foi cruzada com um Persa preto, e suas crias também saíram com essa pelagem particular. Apesar de haver sido desenvolvida nos USA, recebeu o nome de umas montanhas canadenses, que se encontram próximas ao local de nascimento do 1º exemplar da raça. Selkirk Rex Americano de Pelo Curto, o Britânico e o Exótico ajudaram a estabelecer a raça. Pelagem espessa em forma de caracóis bem separados e especialmente mais numerosos em volta do pescoço e da cauda gato ovelha ou gato poodle. Tamanho médio, 3 a 5 kg. 193 194 195 196 197 198 3/24/2020 34 Selkirk Rex American Wirehair Americano de pelos duros. Originária de um único gato chamado Adam. Nasceu no norte do estado de NY em 1966, com uma mutação que criou uma pelagem dura e frisada. Cruzamentos de 2 exemplares American Wirehair raramente produzem camadas satisfatórias, por isso costuma-se cruzá-los com Americanos de Pelo Curto, nascendo dessa maneira filhotes 2 dois tipos. American Wirehair Vibrissas e pelos das orelhas também são crespos. Todas as cores são reconhecidas, a exceção dos tons chocolate, lilás e colourpoint. Tamanho médio, 3 a 7 kg. American Wirehair La Perm Originado nos USA em 1982. Possui como antepassados animais da raça Dalles La Perm. Característica marcante é seu pelo encaracolado (aparência de ouriçado), fruto de mutação genética espontânea. Pelagem é curta, espessa e com sub-pelo bem desenvolvido no inverno. Tamanho médio, 3 a 5kg. La Perm 199 200 201 202 203 204 3/24/2020 35 Sphynx (Canadian Hairless) Em 1966 (Canadá) nasceram gatinhos sem pelo, (mutação). É vulnerável aos climas extremos falta de proteção da pelagem o torna vulnerável tanto ao frio como ao calor e sol excessivos. Tamanho médio, 3 a 7 kg. Sphynx (Canadian Hairless) Lykoi Nova espécie de gato criado por cientistas comportamento de cachorro e aparência de lobisomem. 14 gatos Lykoi nos USA ainda sem reconhecimento da nova raça pela TICA para que possam ser comercializados. Lykoi Lykoi Atendimento Cat Friendly ProfaTathiana Mourão dos Anjos Medicina Veterinária, Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado (UFMG) Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (QUALITTAS-UNIP), Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (QUALITTAS-UNIP), Nefrologia e Urologia em Pequenos Animais (QUALITTAS) Disciplina Clínica de Felinos (1º Semestre / 2020) 205 206 207 208 209 210 3/24/2020 36 População Felina Gatos já são mais populares que os cães 240 milhões 31 milhões a mais que os cães. Brasil 2a maior população de cães e gatos do mundo (1a USA - 146 milhões: 80 gatos e 66 cães). É um dos poucos em que o cão ainda é o companheiro preferido mas os números estão mudando…. População Felina Deve ser a maioria > 2022 (ABINPET -Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). 37,1 milhões de cães (4%) x 21,3 milhões de gatos (8%). Índice Big Cat indicador de progresso baseado na população felina de cada país quanto + gatos, melhor e + rico é o país. Vantagens em se ter gatos Não precisam de banho semanal muito higiênicos. Custo médio mensal metade do custo de um cão. Não precisam sair para aliviar estresse ou necessidades na rua liteira. Vantagens em se ter gatos Menos paciência para correr atrás dos cães e aturar latidos > expectativa de vida (> 73 anos). Se adaptam a ambientes pequenos espaço vertical. Perfil do dono de gato Mais exigente, mais dedicado, nível sócio cultural maior. Mais informado e estudioso “Dr. Google”. 211 212 213 214 215 216 3/24/2020 37 Perfil do dono de gato Maior número de animais reconhecimento tardio de doença. Gato “esconde” sinais clínicos predador topo de cadeia. Motivo da consulta? Ele tá diferente ... Perfil do gato Estoico (não deve demonstrar emoções). Perfil do veterinário Preparado para atender gatos ??? PÂNICO ???? Perfil do veterinário Se não estiver preparado ..... 3 opções: Procurar conhecer a espécie estudar!!!!! Excelente opção ter um gato !!! Estudar na Encaminhar antes que seja tarde demais gato enfermo não espera o veterinário adivinhar o que tem ... ele morre antes disso ...... Taxonomia Reino Animalia Filo Chordata Sub-Filo Vertebrata Classe Mammalia Sub-Classe Theria Infra-Classe Placentalia Ordem Carnivora Sub-Ordem Felinoformia Família Felidae Sub-Família Felinae Gênero Felis Espécie Felis catus (Linnaeus, 1758) Sinônimos Felis silvestris catus / Felis catus domestica Classificação científica Classificação científica Pantherinae Acinonycinae Felinae Tigre Onça Pantera Leão Guepardo Jaguatirica Garras imóveis Puma Lince Leopardo Gato Selvagem Gato Doméstico Grandes (Rugidores) Pequenos (Não Rugidores) Família Felidae 217 218 219 220 221 222 3/24/2020 38 Classificação científica Digitígrados caminham nas pontas dos dedos (garras retráteis). Classificação científica Grandes felinos emitem sons graves elasticidade do ligamento do osso hioide permite rugir. Pequenos felinos emitem sons fracos osso hioide forma um bloco único permite ronronar. Tigre X Classificação científica A = ossos muito ligados entre si (em bloco) e com pouca vibração. B = um desses ossos não se desenvolve (parcialmente calcificado), a língua e a faringe estão ligadas à base do crânio por uma formação cartilaginosa elástica, que lhes permite rugir. Tigre Família Felidae História obscura fósseis esparsos e de difícil distinção. Fósseis felinos são tão parecidos que dificultam distinguir o crânio de um leão do de um tigre. Avanços de DNA 1ª árvore genealógica (2007). Família Felidae Felinos atuais guardam mesmos traços de um predador semelhante à pantera (Sudoeste Asiático - 10,8 milhões de anos). Mudanças no nível dos oceanos migração para novos continentes + condições ambientais de cada local origem a novas espécies 37 espécies. Grandes felinos 1os a se ramificarem, seguidos por outras 7 linhagens. 223 224 225 226 227 228 3/24/2020 39 1ª onda migratória Há 9 milhões de anos descendentes do ancestral de todos os felinos, migraram da Ásia África (M1), Américas do Norte (M2) e do Sul (M3). Oceanos atingiram níveis extremamente baixos “pontes” de terra pelo estreito de Bering e os extremos norte e sul do mar vermelho. 2ª onda migratória Entre 1 e 4 milhões de anos nível mais baixo dos oceanos continentes se interligaram mais uma vez várias migrações ocorreram. Entre 8 e 10 mil anos migração mais recente pumas. Dispersão mundial atual dos felinos Europa gato selvagem europeu, lince ibérico. Norte da Ásia gato silvestre asiático, lince eurasiano, gato silvestre da China, gato de pallas, leopardo das neves. Ásia Tropical gato dourado asiático, leão asiático, gato da baía de Bornéu, pantera nebulosa de Bornéu, pantera nebulosa, gato- pescador, gato de cabeça chata, gato da selva, leopardo, gato leopardo, gato bravo marmoreado, gato ferrugem, gato do deserto, tigre. Dispersão mundial atual dos felinos África Subsaariana gato dourado africano, leão africano, gato silvestre africano, gato de patas negras, caracal, guepardo ou chita, leopardo, serval. América do Norte lince vermelho, lince canadense, onça, puma. América do Sul gato preto dos andes, gato do mato grande, onça-pintada, gato mourisco, gato kodkod. Origem do gato doméstico Adaptação evolutiva (milhares de anos) dos gatos selvagens cruzamentos menores e menos agressivos. F. s. lybica (africano)F. s. silvestris (europeu) 229 230 231 232 233 234 3/24/2020 40 Distribuição do gato selvagem / F. s. cafra (África Subsaariana) Gato Selvagem do Sul / F. s. lybica (Norte da África, Oriente Médio, Ásia Central) Gato Selvagem Africano / / F. s. silvestris (Europa e Turquia) Gato Selvagem Europeu / F. s. ornata (Paquistão, noroeste da Índia, Mongólia e norte da China) Gato Selvagem Asiático / F. s. bieti (China) Gato Chinês do Deserto Gato doméstico Felis silvestris catus (Linnaeus, 1758). Considerado uma das sub-espécies do gato selvagem derivado da domesticação do gato da Líbia (Felis silvestris lybica). Não é incomum o cruzamento entre gatos domésticos e selvagens espécimes híbridos. Bengal = gato doméstico x leopardo asiático Domesticação do gato Especialistas tradicionalmente acreditavam egípcios 1os a domesticarem o gato há cerca de 4.000 anos. Deusa de Bastet Domesticação do gato Descobertas arqueológicas e genéticas recentes indicam Crescente Fértil (Oriente Médio) há cerca de 10.000 anos primórdios da agricultura. Com a agricultura, os povos e os gatos domésticos se espalharam do Crescente Fértil para o resto do mundo. Domesticação do gato Agricultura (trigo e cevada) grãos atraiam ratos ratos atraiam gatos. Linha do tempo da domesticação Há 10.500 a 9.500 anos restos de um camundongo doméstico preservado entre os depósitos de grãos em Israel. Há 9.500 anos enterro duplo de um ser humano e de um gato (fêmea, 8 meses) na ilha mediterrânea de Chipre evidência mais antiga de uma relação especial entre pessoas e gatos. 235 236 237 238 239 240 3/24/2020 41 Linha do tempo da domesticação Linha do tempo da domesticação 40 cm Linha do tempo da domesticação Há 3.700 anos estatueta de marfim, esculpida em Israel gatos eram comumente vistos próximo de povoamentos no Crescente Fértil. Dispersão mundial dos gatos Gato doméstico 600 milhões de gatos domésticos no mundo atual genética que corresponde aos gatos selvagens de Israel. Originário de região desértica e de apenas uma região do planeta. Carnívoro verdadeiro, com todas as suas adaptações para tal metabolismo. Genoma do gato doméstico 65% do genoma foi sequenciado (2007) a partir do DNA mitocondrial de gata (4 anos) da raça Abissínio. + 60 raças de gatos domésticos (só 10 a 12 genes responsáveis pelas ≠ na cor, comprimento e textura dos pelos, tonalidade e brilho da pelagem das raças). Cinammon 20.285 genes foram identificados Semelhanças entre o genoma do gato: Cão = 79%. Homem e Chimpanzé = 73%. Ratose Camundongos = 69%. 241 242 243 244 245 246 3/24/2020 42 Cão e o gato Cães variedade de tamanhos, formas e temperamentos (criados para desempenhar tarefas específicas e diversas). Gatos relativamente homogêneos (< heterogenicidade racial) diferem quanto à pelagem (não foram selecionados para desempenhar várias funções - controle de roedores). Perfil do gato Se estressa com bastante facilidade reação imprevisível. Mudança súbita de comportamento. Sinais súbitos de estresse e ansiedade (SNA): Taquicardia, taquipneia, midríase, vocalização, força e contração muscular, mudanças expressão facial / corporal. Perfil do gato Comunicação visual, posturas corporais, expressões faciais e posição da cauda. Agressão M ed o Perfil do gato Perfil do gato Agressão M ed o Perfil do gato 247 248 249 250 251 252 3/24/2020 43 Journal of Feline Medicine and Surgery (2011) 13, 364-375 (2012) 14, 337-349 Medo “congelante” Gato agressivo Insegurança e medo Manejo e cuidado apropriado Gato tranquilo Perfil do gato Fatores estressores em ambientes veterinários outros animais, pessoas, barulho odores reconhecer medo e ansiedade do felino. Perfil do gato Insegurança, medo, agressividade...tutor deve ser orientado para manter a calma. Como levar o gato ao veterinário Estresse para o gato e para o tutor. Caixa de transporte parte do ambiente. Levar o gato até a caixa sem movimentos bruscos gato não deve ser perseguido. Encorajar a aproximação até a caixa guloseimas, brinquedos, afago. 253 254 255 256 257 258 3/24/2020 44 Como levar o gato ao veterinário Se o gato não entrar remover a porta e/ou a parte superior da caixa de transporte. Como levar o gato ao veterinário Por mais dócil e manso que o gato seja, jamais deve ser transportado no colo do tutor. Se o gato se assustar instinto de agredir quem o segura para fugir e se esconder. Fora das dependências veterinárias tutor nunca mais verá o gato. Como levar o gato ao veterinário Alguns gatos gostam de ver o que está acontecendo ao seu redor. Os mais ansiosos/medrosos preferem não ver nada cobrir o transporte com cobertor/toalha para impedir que vejam e sejam vistos. Como chegar em casa com o gato Muito sensíveis aos odores e aromas estranhos não reconhecimento do gato que foi ao veterinário pelos demais gatos agressão. Ao retornar à residência manter o gato na caixa e observar a reação dos demais. Reforço positivo guloseima, troca de odores, feromônio sintético, catnip. Como reduzir o estresse ? Orientar o tutor de como levar o gato ao consultório. Evitar o contato visual, olfativo e auditivo dos gatos com demais espécies. Respeitar o senso de cheiro olfato 30 x mais apurado que o humano. Catnip e feromônios. Como reduzir o estresse ? CatNip (“erva do gato”): Erva medicinal e aromática ingrediente ativo Nepetalactone que atrai a maioria felina. Acalma felinos agressivos, excita e exercita os mais apáticos. Efeito mais intenso nos 1os 10 minutos, gato acima de 6 meses e machos. Resposta ao CatNip herança genética captada pelo órgão sensorial. 259 260 261 262 263 264 3/24/2020 45 Como reduzir o estresse ? Droga terapêutica para recreação e controle de estresse em gatos. Sem efeitos tóxicos e nenhuma dependência física e química. Simplesmente são atraídos por ela. Nepeta cataria Como reduzir o estresse ? Órgão acessório (Jacobson ou vômero-nasal): Identificação, reconhecimento de indivíduos, aquisição de informações sentido fundamental para as reações sociais felinas. Papila incisiva Como reduzir o estresse ? Resposta de Flehmen resposta a odores de outros gatos. Gato levanta o lábio superior mantendo a boca aberta por alguns segundos para a detecção do odor. Como reduzir o estresse ? Comunicação semioquímica intraespecífica ou feromonal. Importante no comportamento, nos processos reprodutivos, de comunicação e de socialização de mamiferos. Substa ̂ncias químicas voláteis, perceptíveis ao sistema olfatório fezes, urina, glândulas cutâneas. Como reduzir o estresse ? Área Facial Coxins Região Perianal Região Urogenital Região Mamária Como reduzir o estresse ? Estabilidade emocional, familiarizacão com o ambiente e orientação espacial (limita as vias de passagens e suas zonas territoriais). Tipos de marcação urinária, facial, arranhadura. 265 266 267 268 269 270 3/24/2020 46 Como reduzir o estresse ? Gatos liberam feromo ̂nios faciais quando esfregam a cabeça desde o queixo até a base da orelha. Como reduzir o estresse ? Feromo ̂nios sintéticos ana ́logos dos naturais, produzidos em laborato ́rio. 4 análogos sintéticos comercializados no mundo e 1 no Brasil. Utilizados como terapia, corretiva e preventiva, de alguns comportamentos problema ́ticos agressão, marcação urinária, arranhadura, estresse e hospitalização. Como reduzir o estresse ? Feromônio facial altera o estado emocional (sensação de bem estar e segurança). Atua no sistema límbico hipotalâmico dos gatos. Como reduzir o estresse ? Difusor/ refil 2% Fração F3 + excipiente q.s.p. 100 g. Spray 10% Fração F3 + 90% etanol (60 ml). Como reduzir o estresse ? Clínica amiga do gato Você sabia? Número de visitas de cães ao vet é 2 x a de gatos (pesquisa da Bayer Healthcare, 2011). Motivos apontados visão dos tutores: Desinteresse por parte dos veterinários pela espécie. Estresse ao gato. 271 272 273 274 275 276 3/24/2020 47 Clínica amiga do gato 2012 AAFP lançou o Programa Cat Friendly Practice (CFP) aberto a todos os membros. Criado por veterinários. Aprovado por tutores. Preferido por gatos. Site www.catvets.com. Clínica amiga do gato Categorias AAFP: Silver (nível padrão). Gold (nível de excelência). Clínica amiga do gato Melhorar a qualidade e ambientação, manejo, saúde e bem estar dos felinos. Ambientes amigáveis para gatos sem a presença de cães, grande quantidade de animais e outros potenciais estressores. Clínica amiga do gato Equipe de treinamento, educação continuada, comunicação com o cliente, gestão de felinos. Manuseio e execução de procedimentos com menor índice de estresse. Excelência em diagnóstico e tratamento das doenças felinas. Salas especificamente designadas. Clínica amiga do gato Recepção, sala de espera, consultório, banho e tosa, internação, produtos para venda, etc. separados. Evitar contato visual, olfativo e auditivo dos gatos com demais espécies. Caso não seja possível agendar horários de menor movimentação de cães. Dia do gato ! Mínimo tempo de espera possível. Clínica amiga do gato Recepção, sala de espera não deixar caixa de transporte no chão, não permitir visualização de outros animais. 277 278 279 280 281 282 3/24/2020 48 Clínica amiga do gato Ambiente acolhedor para o cliente. Clínica amiga do gato Cantinho do gato tutor sente que seu gato é bem vindo. Dia do gato! Respeitar o senso de cheiro olfato 30 x mais apurado que o humano. Feromônio facial altera o estado emocional (sistema límbico hipotalâmico) sensação de bem estar e segurança. Clínica amiga do gato Proteção contra fugas em todos os setores portas e janelas com grade 3 x 3). Clínica amiga do gato Consultório (higiene e local adequado de atendimento). Clínica amiga do gato Acomodações e gatis silenciosos, limpos, arejados, devidamente fechados, identificados. Liteira (granulado) e pá. Bebedouro, comedouro. Cama e nicho. Higienização hipoclorito de sódio 0,2% - 10 minutos e vassoura de fogo. Clínica amiga do gato Balança pediátrica 3 casas decimais após a vírgula. 283 284 285 286 287 288 3/24/2020 49 Clínica amiga do gato Isolamento. Clínica amiga do gato Internação gatis verticalizados. Clínica amiga do gato Descanso sem medo. Clínica amiga do gato Enriquecimentoambiental. Clínica amiga do gato Enriquecimento ambiental. Clínica amiga do gato Demonstração de bem estar. 289 290 291 292 293 294 3/24/2020 50 Clínica amiga do gato Hotel aproveitamento de espaço verticalizado. Dentro do consultório Número pequeno de pessoas. Higiene e local adequado de atendimento. Dentro do consultório Gato estressado esperar que se acalme (período de aclimatação - 5 a 10 minutos). Não encarar, sorrir, falar alto, gesticular, movimentos bruscos. Dentro do consultório Dentro do consultório Dentro do consultório Agressão redirecionada. 295 296 297 298 299 300 3/24/2020 51 Dentro do consultório Dentro do consultório Dentro do consultório Dentro do consultório Contenção Toalhas, bolsas, máscaras, gaiola, clip, sedação. Jamais conter gato dispneico! Contenção 301 302 303 304 305 306 3/24/2020 52 Contenção Contenção Contenção Contenção Contenção Contenção 307 308 309 310 311 312 3/24/2020 53 Contenção Contenção “Botinhas” não !!! Contenção A melhor contenção é a mínima contenção!!! Não usar força !!! Reforçar comportamentos positivos!!! Manejo do paciente felino hospitalizado Disciplina Clínica de Felinos (1º Semestre / 2020) Profa Tathiana Mourão dos Anjos Medicina Veterinária, Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado (UFMG) Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (QUALITTAS-UNIP), Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (QUALITTAS-UNIP), Nefrologia e Urologia em Pequenos Animais (QUALITTAS) Internar ou não ? Eis a questão ... Sempre que possível, é melhor não internar gatos. Por que ? Será ? Fora de seu ambiente ruptura social e ausência de sentido de controle medo e estresse. Qual a melhor solução então ? Não internar ? E se realmente o gato necessitar ? Claro que vamos internar ! A questão é … como fazer da melhor forma ? Internar ou não ? Eis a questão ... Não é incomum que não comam ou eliminem nas 1as 24 hs após a chegada ficha de evolução é imprescindível. Quanto mais tempo um gato permanece internado: Ansiedade + estresse crônico se ambiente não é amigável. Ajustes no ambiente clínico e na relação com o paciente efeito calmante. 313 314 315 316 317 318 3/24/2020 54 Os 5 pilares para um ambiente saudável As cinco liberdades para o bem estar Principais aspectos que influenciam qualidade de vida: 1 - Livre de desconforto. 2 - Livre de medo e estresse. 3 - Livre para expressar seu comportamento natural. 4 - Livre de sede, fome e má nutrição. 5 - Livre de dor e doença. (Farm Animal Welfare Council UK, 1993) Estado de um animal, em relação a sua capacidade de lidar com o ambiente (Fraser e Broom, 1993) Livre de desconforto, medo e estresse Gatos hospitalizados frequentemente se retraem, ficam inativos conceito errôneo que não há estresse. Estresse da hospitalização inibe comportamentos normais fisiológicos. Consumo de alimento e água, defecação e micção, auto-limpeza e sono. Gatos idosos, geriátricos e/ou mal socializados sofrem mais. Livre de desconforto, medo e estresse Ambiente ideal: Tranquilo, silencioso. Gatis individuais e em áreas distintas de canis. Ausência de contato visual, sonoro e olfativo com outros animais. Gatis em apenas um lado da sala minimiza visualização e risco de transmissão de doenças respiratórias (isolamento). Livre de desconforto, medo e estresse Isolamento. Espirro do gato chega a distância de 60 cm. Livre de desconforto, medo e estresse Pensar nas necessidades do gato e da equipe veterinária. Não gostam de ser colocados muito próximos de gatos estranhos. Demonstração de agressão física. Estresse pela impossibilidade de ataque e de fuga. Contato visual deve ser evitado. 319 320 321 322 323 324 3/24/2020 55 Livre de desconforto, medo e estresse Projetado para que o gato possa ser observado calmamente e sem invasividade. Impedir a visualização em caso de medo ou estresse. Livre de desconforto, medo e estresse Fácil limpeza e higienização sem cantos ou juntas. Mínima vibração, barulho. Prova de fuga. Controle de temperatura. Livre de desconforto, medo e estresse Tonalidades na faixa de amarelo suave a violeta, evitar laranja e vermelho. Cores mais claras em áreas mais escuras faz com que os gatos se sintam mais à vontade (Lewis, 2015). Livre de desconforto, medo e estresse Música de fundo pode acalmar gatos especialmente em áreas mistas. Livre de desconforto, medo e estresse Altura do gatil deve ser segura para quem manipula o gato. Difusores feromônios auxiliam diminuição do estresse, maior interesse por alimento e auto-limpeza. 325 326 327 328 329 330 3/24/2020 56 Livre de desconforto, medo e estresse Tamanho do gatil = conforto (Cannon e Hijfte, 2006). Sugestão de tamanho mínimo de gatis Internação “Day care” Estadia longa Altura 61,00 cm 70,00 cm Largura 61,00 cm 100,00 cm Comprimento 76,20 cm 100,00 cm 331 332 333 334 335 336 3/24/2020 57 337 338 339 340 341 342 3/24/2020 58 343 344 345 346 347 348 3/24/2020 59 349 350 351 352 353 354 3/24/2020 60 Livre para expressar seu comportamento natural Muitos gatos respondem aos estímulos humanos. Gastar tempo para brincar, para acariciar e preparar o gato auxilia no relaxamento e comportamento geral. Gatos ferais ou pouco socializados se estressam muito facilmente em qualquer tipo de internação. Gabapentina / amitriptilina auxiliam bastante. 355 356 357 358 359 360 3/24/2020 61 Livre de sede, fome e má nutrição Acesso a comida e água na quantidade, qualidade e frequência ideais dieta inadequada distúrbios metabólicos e desidratação. Gatos são carnívoros verdadeiros!!! 10 a 20 refeições. Textura sólida, úmida e temperatura corporal (38oC). Aromas acentuados. Prioriza metabolicamente fontes de energia: Alto nível Proteína Moderado nível Gordura Baixo nível Carboidrato 361 362 363 364 365 366 3/24/2020 62 Livre de sede, fome e má nutrição Glicose apenas hipoglicemia ou hipercalemia !!!! NADA DE SUPLEMENTOS COM GLICOSE!!!!! Sem proteína e gordura na dieta catabolismo muscular/ tecidual LIPIDOSE HEPÁTICA !!!! Respeitar quantidade mínima de Kcal diárias necessárias. REQUERIMENTO ENERGÉTICO BASAL (REB) FELINO (KCAL) DIÁRIO Felino < 2 kg 70 x Peso (kg) + 70 Felino > 2 kg 30 x Peso (kg) + 70 Para ganho de peso REB x 1,2 Livre de sede, fome e má nutrição “Gato internado emagrece mesmo”… NÃO!!!!!!!!!!!!!!! Gato bem manejado mantém ou ganha peso. “Vou dar alta pra ver se ele come em casa, internado está muito estressado”.... NÃO!!!!!!!!!!!!!!! Está internado justamente porque não se alimenta em casa. Está comendo alguns grãozinhos ...... NÃO!!!!!!!!!!!!!!! Tem que comer REB. Livre de sede, fome e má nutrição Sob estresse recusam alimentos aversão. Dietas hipercalóricas cuidado com síndrome de realimentação. Fracionar total em várias refeições dia 1 (25%), dia 2 (50%), dia 3 (75%), dia 4 (100%). Alimento morno!!! Capacidade gástrica (45 a 90 ml) 30 ml/x. Esvaziamento gástrico (1 a 4 h). 367 368 369 370 371 372 3/24/2020 63 Livre de sede, fome e má nutrição Sonda Nasoesofágica Sonda Esofágica < 7 dias > 7 dias (semanas a meses) Pouca tolerância Boa tolerância Cuidado com pacientes dispneicos Não interfere com ingestão voluntária Até 7º ao 9º EIC não pode tocar no cárdia dor, náusea e vômito Livre de sede, fome e má nutrição Consumo hídrico consumo de presas. 40 a 50 ml/kg/dia. Presa Dieta seca Dieta úmida (74-78%) (9-12%) (60-84%) 373 374 375 376 377 378 3/24/2020 64 Livre de dor e doença Sinais podem ser sutis. Sinais associados a dor e desconforto Comportamentais Clínicos Menor ingestão alimentar Midríase Proteção/lambedura da área acometida Hiperglicemia Vocalização Taquicardia Insônia / Inquietação Taquipneia Menor interação socialHipertensão arterial Medo / agressividade Vasoconstrição periférica Diminuição da atividade Redução do peristaltismo (Bistner al., 2002) Livre de dor e doença Dor e/ou náusea extremamente desconfortáveis. Não tem certeza MEDICA !!! Analgésicos Dipirona 25 mg/kg/VO/SC/IV lento/SID Gabapentina 3 a 5 mg/kg/VO/BID Metadona 0,1 a 0,3 mg/kg/VO/SC/SID a TID Tramadol 1 a 2 mg/kg/VO/SC/BID Antieméticos Ondansetrona 0,5 a 1,0 mg/kg/VO/SC/IV lento/BID a QUID Maropitant 1,0 mg/kg/SC/IV lento/SID 2,0 mg/kg/VO/SID Livre de dor e doença Dosagem exata e apresentação de acordo com a necessidade individual manipulação. Pesar sempre antes de medicar para fazer ajustes necessários. Conhecer as particularidades terapêuticas, fisiológicas e farmacológicas da espécie. Cálculos de fluidoterapia (manutenção) e fármacos considerar hipoalbuminemia, cardiopatia, nefropatia, hepatopatia. Considerações Faça com que o gato se sinta seguro no ambiente clínico/hospitalar e em casa após a alta. Minimize o estresse durante o tratamento na clínica e em casa. Contribua para a recuperação bem-sucedida de uma doença, cirurgia ou outra condição. O COMPORTAMENTO DO GATO É PRODUTO DO MEIO EM QUE SE ENCONTRA !!!!!! Terapêutica felina Disciplina Clínica de Felinos (1º Semestre / 2020) Profa Tathiana Mourão dos Anjos Medicina Veterinária, Mestrado, Doutorado, Pós-doutorado (UFMG) Clínica Médica e Cirúrgica de Felinos (QUALITTAS-UNIP), Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (QUALITTAS-UNIP), Nefrologia e Urologia em Pequenos Animais (QUALITTAS) Gato não é um cão pequeno ! ≠ = 379 380 381 382 383 384 3/24/2020 65 Bulário - Literatura especializada • The Cat: Clinical Medicine and Management, 1ed., 2012: • The Feline Patient, 4ed., 2011: Classificação etária e Parâmetros vitais (Modificado de Anjos, T.M., 2014) Classificação Idade Parâmetro vital Filhote Adulto Filhote < 6 meses T (°C) 37,5 - 38,0 38,0 - 39,2 Junior 7 meses - 2 anos FC (bpm) 180 - 220 140 - 200 Adulto 3 anos - 7 anos FR (mpm) 15 - 35 15 - 25 Maduro 7 anos - 10 anos PAS (mmHg) 100 - 160 100 - 160 Senior 11 anos - 14 anos PAM (mmHg) 70 - 120 70 - 120 Geriátrico > 15 anos PAD (mmHg) 50 - 90 50 - 90 • Manutenção 40 - 60 mL/kg/dia • 27 - 40 mL/kg/dia perdas perceptíveis: • Fezes (70% - água) e urina • 13 - 20 ml/kg/dia perdas imperceptíveis: • Respiração, transpiração Fluidoterapia • Reposição: • 40 mL/kg/dia • Vômito • 50 mL/kg/dia • Diarreia • 60 m/kg/dia • Vômito + Diarreia Fluidoterapia • Volume sanguíneo ⅔ da capacidade vascular canina !!! ≠ Volume de sangue 45-66 ml/kg Volume de sangue 80-90 ml/kg Fluidoterapia Gato de 3 kg Volume sangue (6 - 7 % PV) 180 a 210 mL Cão de 3 kg Volume sangue (8 - 9 % PV) 240 a 270 mL Gato e Cão de 3 kg # Volume sangue = 60 ml Fórmula (diária) = Manutenção (40 a 60 ml x kg) + % Desidratação (% x kg) + Reposição (40 a 60 mL x kg) = M (50 ml x 3 kg) + D (7% x 3 kg) + R (50 ml x 3 kg) = 150 + 210 + 150 = 510 mL em 24 hs (ou 21,25 mL/hora) Fluidoterapia Cálculo de manutenção, bom senso, reavaliação diária ! 385 386 387 388 389 390 3/24/2020 66 Gato de 3 kg Volume sanguíneo 6 a 7 % PV 180 a 210 ml Cão de 3 kg Volume sanguíneo 8 a 9 % PV 240 a 270 ml Gato e Cão de 3 kg # Volume sanguíneo = 60 ml Reposição volêmica diferente !!!! Cuidado com a super hidratação !!! Fluidoterapia Água corporal total 60% do peso corporal 1,8 L (1.800 mL) 3 kg Intracelular (66%) Extracelular (33%) 66% da água corporal 1,2 L (1200 mL) 33% da água corporal 20% do peso corporal 0,6 L (600 mL) Intersticial Transcelular Osso/tecido conjuntivo Intravascular 20 - 24% da água corporal 15% do peso corporal 0,45 L (450 mL) Pequeno volume (não incluído) 15% da água corporal (não incluído) 8 - 10% da água corporal 5% do peso corporal 0,15 L (150 mL) (Modificado de Little, S.E., 2012) • Sinais de super hidratação: • Taquicardia • Taquipneia • Efusão • Fraqueza muscular • Hemodiluição • Albumina, Hematócrito Fluidoterapia Gato 3 kg = 40 a 60 ml/kg/dia 50 ml/kg 150 ml/dia = 150 ml : 24 hs = 6,25 ml/hora 40 ml/kg 120 ml/dia = 120 ml : 24 hs = 5 ml/hora 60 ml/kg 180 ml/dia = 180 ml : 24 hs = 7,5 ml/hora Fluidoterapia • Se em 12 a 24 hs não houver hidratação adequada • Avaliar e ajustar a taxa • Cuidado com cardiopatas, nefropatas, desnutridos e hipoalbuminêmicos 1 gota = 3 microgotas = 0,05 ml 1 ml = 20 gotas = 60 microgotas Equipo macrogotas (adulto) = 20 gotas/ml Equipo microgotas (infantil) = 60 gotas/ml 391 392 393 394 395 396 3/24/2020 67 1 microgota a cada 12 seg Gato 3 kg = M (40 - 60 mL/kg/dia) 120 mL ÷ 24 hs = 5 mL/hora 1 mL = 20 gotas = 60 microgotas 5 mL/hora 5 mL/60 min = 5 mL/3600 seg 5 mL (x 20 gotas) = 100 gotas 100 gotas em 3600 seg 5 mL (60 micro) = 300 microgotas 1 gota em 36 seg 3 microgotas em 36 seg Fluidoterapia 300 microgotas = 3600 seg Coleta de sangue • Mínimo de sangue possível • Erros comuns do médico veterinário: • Não considerar tolerância do paciente, habilidade e/ou habitualidade dos tutores • Desconhecer forma de apresentação do fármaco a ser prescrito • Escolher formas de apresentação e concentrações farmacêuticas inadequadas Aplicação de fármacos Aplicação incorreta [ ] plasmáticas inferiores ou superiores às desejadas Sub-dose ou sobre-dose Ineficácia terapêutica ou reação adversa/intoxicação Aplicação de fármacos Aplicação de fármacos • Maneiras de minimizar erros • Medicamentos (uso veterinário) adequados para gatos • Farmácias de manipulação dosagem exata e apresentação de acordo com a necessidade individual do paciente felino 00 0 1 4 5 Tamanho ideal (Drogavet) Aplicação de fármacos 397 398 399 400 401 402 3/24/2020 68 Manipulação Remanipulação Aplicação de fármacos • Vômitos após medicação podem assumir coloração das cápsulas e/ou comprimidos • Sempre avisar ao tutor Aplicação de fármacos • Mínima contenção, rapidez e exatidão toalhas Aplicação de fármacos • Bolsa de contenção Aplicação de fármacos • Bolsa de contenção e toalha Aplicação de fármacos • Pesar em todas as idas ao consultório • Pesar sempre antes de medicar • Balança pediátrica 3 casas decimais • Não arredondar o peso! • Precisão é essencial!!!! Aplicação de fármacos 403 404 405 406 407 408 3/24/2020 69 • Aplicador (ponta de silicone) Aplicação de fármacos Aplicação de fármacos • Aplicador (seringa de 1 mL) • Água (3 - 6 ml) após ministrar qualquer cápsula/comprimido (doxiciclina e clindamicina) esofagite • Escrever na prescrição ! Aplicação de fármacos 409 410 411 412 413 414 3/24/2020 70 • Líquidos (seringa) 2 mL por vez (máximo) • Palatabilidade • Misturar no alimento ? • Menor dosagem manipulável possível • Precisão é essencial (seringa 1 mL) • Sialorreia • Sulfa, dipirona, praziquantel, tramadol, amitriptilina, amoxicilina, sulfato ferroso, ranitidina Aplicação de fármacos • Medicação tópica / pasta oral lambedura ingestão e possível intoxicação / tricobezoar • Desperdício e incerteza de completa ingestão/absorção Aplicação de fármacos • Medicação parenteral enfermidades na cavidade oral, inconsciência, vômito, gatos irascíveis, ação rápida • Acessos venosos cefálica, jugular, femoral, safena • Máximo da [ ] plasmática pós-aplicação, desidratação grave, hipotensão, choque Aplicação de fármacos • Via subcutânea soluções aquosas, não irritantes • Sarcomas de aplicação (1:10.000) qualquer aplicação Aplicação de fármacos 415 416 417 418 419 420 3/24/2020 71 • Via intramuscular (intermuscular) soluções oleosas 13 x 0,45 20 x 0,55 Aplicação de fármacos • Evitar intubação traumática e ocorrência de laringoespasmo dessensibilizar região laríngea previamente com lidocaína 2% (Anjos, T.M, 2013) Aplicação de fármacos x Micropore X Esparadrapo • Não toleram bem bandagens malha tubular, roupa cirúrgicaBandagens • Não toleram bem colares elizabetanos pesados e/ou sem visão periférica Colar elizabetano 421 422 423 424 425 426 3/24/2020 72 • Gatos não respondem como cães • ≠ metabólicas idiossincrasias/reações adversas • Extrapolação de regime de doses • Uso indiscriminado de fármacos para cães • Ausência de protocolos terapêuticos seguros Metabolismo de fármacos • Intoxicação por desconhecimento: • Metabolização hepática felina • Estrutura da hemoglobina felina Metabolismo de fármacos Fármaco hidrossolúvel Ausência de metabolização Excreção (urina) Fármaco lipossolúvel Metabolização (Fase 1) Hidrólise Oxidação Redução Fármaco hidrossolúvel Metabolização (Fase 2) Conjugação Absorção Distribuição Biotransformação Excreção Metabolismo de fármacos • Absorção: • pH no sítio de absorção, área de superfície de absorção, circulação local • Natureza química (solubilidade, polaridade, pKa) e concentração do fármaco • Via de exposição enteral (interação com alimentos), parenteral, transdérmica, inalatória, conjuntival Metabolismo de fármacos • Distribuição: • Volume entre cães e gatos é semelhante • Sob mesmo regime de doses maior concentração do fármaco pelo menor volume sanguíneo felino Metabolismo de fármacos • Distribuição: • Maior concentração de fármacos quando há perdas hídricas mais susceptíveis à desidratação • Menor ingestão hídrica - 40 a 50 ml/kg/dia • Hidratação prévia à medicação! Metabolismo de fármacos 427 428 429 430 431 432 3/24/2020 73 • Distribuição: • Albumina fundamental para transporte dos fármacos (eliminação mais lenta e prolongada) hipoalbuminemia em diversas situações de doença • Sempre mensurar !!!! • Ideal > 2,3 g/dl Metabolismo de fármacos Biotransformação Fase I Enzimas microssomais do sistema citocromo P450 hidroxilam o fármaco (oxidação, redução, hidrólise) Fase II Metabólitos biotransformados na fase I sofrem conjugação com enzimas específicas (glutation, ácido glicurônico, acetil, sulfato, glicina, taurina, glutamina, metil) Metabólito + ativo, - ativo, inativo Metabolismo de fármacos • Conjugação dos metabólitos com o ácido glicurônico • Reação mais importante nos mamíferos algumas famílias de enzimas microssomais glicuronil transferases • Glicuronidação felina até 100 vezes mais lenta que nas demais espécies • Alternativa via dos sulfatos • Facilmente saturada toxicidade (paracetamol) e de meia-vida (AAS) Metabolismo de fármacos • Conjugação com o glutation • Mecanismo importante de desintoxicação • Sintetizado nas hemácias protege hemoglobina e outros componentes da oxidação • Agentes oxidantes ligam-se, preferencialmente, ao glutation grandes quantidades de substâncias oxidativas resultam em depleção danos Metabolismo de fármacos • Hemoglobina da hemácia felina: • Extremamente susceptível a sofrer oxidação • Formação de metahemoglobina e corpúsculos de Heinz inviabilidade no transporte de oxigênio pela hemácia Metabolismo de fármacos + susceptíveis à interação com drogas e metabólitos a serem oxidados 8 a 20 grupos sulfidril oxidáveis na hemoglobina 4 grupos sulfidril2 grupos sulfidril Metabolismo de fármacos 433 434 435 436 437 438 3/24/2020 74 • Metahemoglobinemia cianose, anemia, dispneia, edema facial, depressão, hipotermia e vômitos Metabolismo de fármacos • Simplificar tratamentos • Evitar medicações desnecessárias • Menos é mais !!! • Selecionar via de administração e frequência. • Não usar extrapolação alométrica ou protocolos para cães, usar bulários para gatos • Escolha em função da prática e disponibilidade do tutor e tolerância do paciente • Conhecer os fármacos e os gatos... Metabolismo de fármacos • Acetaminofeno ou acetaminofen metahemoglobinemia, corpúsculos de Heinz e hemólise intravascular hipóxia • Cianose (inicialmente palidez de mucosa), edema de face e membros, dispneia, anemia, anorexia, vômitos, ptialismo, depressão, icterícia, óbito • Dose tóxica - 50 a 100 mg/kg intoxicação aguda e morte. Não há dose segura para gatos • Contra indicado !!! Paracetamol • N-acetilcisteína (140 mg/kg/IV 70 mg/kg/4 hs) • Via inalatória broncoespasmo • Vitamina C (150 mg/kg/SC 1a dose seguida de 30 mg/kg/6 hs) • Oxigenioterapia e terapia de suporte • Azul de metileno, cloridrato de fenazopiridina, benzocaína mesmos efeitos do paracetamol Paracetamol • Ácido acetil salicílico inapetência, vômito, salivação, emagrecimento, desidratação, dispneia, febre, depressão, hepatopatia, anemia, incoordenação, convulsão, hipersensibilidade, morte • 130 mg já pode ser fatal • Dose terapêutica de 10 mg/kg a cada 72 hs (metabolização lenta) • Revestimento entérico Aspirina • Ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, flunixine meglumine, nimesulida • Vômito, melena, ulceração gastrointestinal, isquemia renal, salivação, emagrecimento, desidratação, dispneia, febre, depressão, hepatopatia, pancreatite, anemia, congestão pulmonar, sinais neurológicos, convulsão, morte • Contra indicados !!! AINES 439 440 441 442 443 444 3/24/2020 75 • Ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, flunixine meglumine, nimesulida • Vômito, melena, ulceração gastrointestinal, isquemia renal, salivação, emagrecimento, desidratação, dispneia, febre, depressão, hepatopatia, pancreatite, anemia, congestão pulmonar, sinais neurológicos, convulsão, morte • Contra indicados !!! • Richards et al., 7 (1) p.3-32, 2005 (JFMS): • Ajustes de doses excreção renal, nefrotóxica, DRC. • Exemplo: meloxicam - dose: 0,1 mg/kg/sid AINES Nova dose = dose usual x [creatinina normal] [creatinina paciente] = 0,1 mg/kg x [1 mg/dl] = 0,03 mg [3 mg/dl] Novo intervalo = intervalo usual x [creatinina paciente] [creatinina normal] 0,03 mg x peso do paciente a cada 24 h = nova dose 0,1 mg x peso do paciente a cada 72 h = nova dose = 24 hs x [3 mg/dl] = 72 hs [1 mg/dl] Exemplo: Meloxicam - dose usual: 0,1 mg/kg/24 h Creatinina sérica: 3 mg/dl • Gastrite, gastroenterite, úlceras com hemorragias gastrointestinais, vômito com sangue, prostração e anorexia • Não toleram apresentação líquida cápsula pediátrica ou via parenteral • Dose terapêutica de 25 mg/kg a cada 24 h • 12,5 mg/kg a cada 12 h • JAMAIS A CADA 8 HS COMO NO CÃO!!!! Dipirona • Só ¼ é metabolizado pelo gato • Opção para maior eficácia terapêutica prednisolona (fosfato sódico, acetato, succinato) • Cuidado com dexametasona, triancinolona, hidrocortisona e afins risco maior de diabetes mellitus Prednisona • Desidratação, hipocalemia descompensação renal adicional • Gatos são bastante sensíveis • Evitar ultrapassar 1 mg/kg/BID • Sempre mensurar PA e potássio sérico Furosemida • Resposta aos opioides inesperada número e concentração de receptores individualizado • Minimizar qualquer tipo de estímulo visual, auditivo e olfativo no retorno anestésico algodão nos ouvidos, diminuição da luz ambiente e de barulhos • Sedação, excitação, vômito, ataxia, convulsão, depressão respiratória, morte • Reversor naloxona Morfina 445 446 447 448 449 450 3/24/2020 76 • Acetato de megestrol / medroxiprogesterona: • Hipertrofia/hiperplasia fibroepitelial • Neoplasias mamárias • Piometra • Endometrite cística • Supressão adrenal e DM Progestágenos Progestágenos Progestágenos Progestágenos • Hiperestesia, incoordenação motora e andar cambaleante • Toxicidade dose acima de 0,4 mg/kg • Dose recomendada 0,2 a 0,3 mg/kg (VO/SC) Ivermectina • Carbamatos, piretroides, organofosforados e organoclorados, benzoato de benzila, hidrocarbonetos clorados • Coleiras, xampús, sabonetes, pour on lesão no SNC e morte por parada respiratória • Contra indicados Inseticidas 451 452 453 454 455 456 3/24/2020 77 • Gentamicina e amicacina • Ototoxicidade, neurotoxicidade (insuficiência respiratória, ataxia), nefrotoxicidade, morte • Não fracionar dose (6-8 mg/kg/SID) maior toxicidade por efeito cumulativo • Via de escolha subcutânea • Fluidoterapia
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