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História da África Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Avelar Cezar Imamura. Revisão Textual: Profa. Ms. Rosemary Toffoli. As primeiras formações estatais 5 · Introdução · O Estado de Kush · Reino de Meroé – capital da Núbia · O Império de Axum Esta unidade tem por objetivo entender que a África desenvolveu formações estatais centralizadas na Antiguidade, independente de influências externas. Os procedimentos de estudos são os mesmos: leia o material teórico, assim como o material complementar e realize as atividades. Leia atentamente o conteúdo desta Unidade, que lhe possibilitará conhecer dois importantes estados africanos da Antiguidade. Você também encontrará uma atividade composta por questões de múltipla escolha, relacionada ao conteúdo estudado. Além disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no fórum de discussão. É extremante importante que você consulte os materiais complementares, pois são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus estudos sobre este assunto. As primeiras formações estatais 6 Unidade: As primeiras formações estatais Contextualização Para começar nossos estudos sobre os Estados Africanos, enumere quais os estados africanos da Antiguidade que você conhece. Além do Egito, você já ouviu falar sobre o Reino de Gana, o Reino de Axum ou de Kush? Leia com atenção os textos, pesquise, tente localizar estes estados na atualidade e reflita sobre as razões que levam ao desconhecimento acerca dos estados africanos que foram tão importantes na Antiguidade. 7 Introdução Fonte: pt.slideshare.net Desde a Antiguidade, os registros apontam a Núbia como uma verdadeira encruzilhada de caminhos. A região banhada pelo rio Nilo será um importante elo tanto entre a África Central e o mundo mediterrâneo como entre o sul e o norte do Continente, possibilitando o contato entre as planícies e terras altas da Etiópia ao mar Vermelho e ao Oceano Índico. Permite, ainda, acesso à depressão do Chade e dali para o vale do Níger e a África Ocidental. Existem poucos registros de estados africanos bem formados, além do Egito. A região da Núbia sudanesa (entre a Segunda e a Quarta Catarata do rio Nilo) irá abrigar, segundo registros e as pesquisas em alguns sítios arqueológicos, os dois mais importantes estados africanos: Kush e Axum. O Estado de Kush Durante o período da XXV Dinastia (cerca de -750 a -663), que uniu o Sudão ao Egito e ficou conhecida como Dinastia Etíope, existem poucas informações sobre a região da Núbia sudanesa, localizada entre a Segunda e a Quarta Catarata do Nilo. Os dados referentes a este período foram encontrados em uma inscrição – “Estela da Vitória” gravada em Napata – ainda hoje preservada no Museu do Cairo. Durante o período de dominação cuxita, há registros de dois soberanos cujos antecessores são desconhecidos. Seus nomes são: Alara e Kashta. As inscrições sobre o rei Taharqa, um dos filhos de Peye e sobrinho de Shabataka – responsável por submeter ao Império de Kush todo o vale do Nilo até o Delta - estão em todo o Vale. Ele irá mandar construir uma série de monumentos e obras que registram seus feitos. Serão construídas colunatas nos pontos cardeais do Tempo de Carnac; pequenas capelas, várias estátuas de granito que representam o soberano. Durante seu reinado, uma grande cheia foi motivo de celebração. 8 Unidade: As primeiras formações estatais A força dos guerreiros negros do reino de Kush causará verdadeiro temor nos adversários. Ele empreenderá ofensivas contra os Assírios e seus sucessores tentarão invadir também o Egito, mas somente em -663 é que Assurbanipal ocupará e saqueará Tebas. Seus cultos em honra do deus Âmon testemunham a ligação com o Egito. Com o rei Tanutamon, sobrinho de Taharqa, filho de Shabataka, os cuxitas serão derrotados pelos Assírios e irão retirar-se para o sul, chegando ao fim sua dinastia no Egito. O Império cuxita irá se desenvolver durante este período, porém depois da separação do Sudão e do Egito os registros são mais escassos. Por volta do século VI, após as campanhas de Dario – rei da Pérsia (outra potência da época), a capital cuxita, Napata - localizada ao pé da montanha sagrada de Djebel Barkal, foi transferida para uma região mais distante e melhor protegida dos ataques inimigos, Meroé bem mais ao Sul, na jusante da Sexta Catarata do Nilo, e a cerca de 1.100 Km de Elefantina, na fronteira norte do Reino. Reino de Meroé – capital da Núbia Entretanto, o estudo arqueológico coloca em evidência alguns aspectos da existência deste reino como os restos materiais que pertence a uma cultura, cronologicamente, mais antiga. Foram encontrados túmulos, cerâmicas, objetos em cobre que se, por um lado, manifestam uma produção local, por outro, revelam a influência egípcia pré-dinástica e faraônica. Os textos egípcios do final do III e início do II milênio ilustram o receio de enfrentar a estrutura administrativa de Kush. As provas mais precisas foram encontradas em Kerma, provável capital de Elefantina, cidade fronteira ao norte de Kush. As escavações no sítio de Dufafa revelou o que pareceu ser uma residência real: Numa sepultura foram encontrados os restos de um príncipe que tinha sido enterrado deitado para o lado direito cercado pelos objetos usuais e rituais e acompanhado por 200 a 300 pessoas – exclusivamente mulheres e crianças – que, essas, tinham sido enterradas vivas. (M’Bokolo, p. 79, 2009) Meroé tornou-se a maior concentração urbana da Núbia. Além da continuidade na linhagem dinástica, as características físicas dos núbios, o sistema de eleição, o papel das rainhas-mães, assim como os costumes funerários comprovam a existência de uma cultura e de uma origem indígena livre de estrangeirismos. As “Candácias” (ktke ou kdke que significa “rainha mãe”), mencionadas em textos do Novo Testamento ocuparam um papel central no sistema monárquico. Primeiro, as rainhas-mães eram responsáveis pela educação dos príncipes (dentre os quais, o futuro rei era eleito pelos chefes militares e altos dignitários políticos), pela participação ativa na escolha e na cerimônia de coroamento do rei, eram conselheiras ativas ouvidas pelos maridos ou filhos entre outras funções de destaque. Tal sistema favoreceu a tomada do poder pelas mulheres e entre o século II a.C. e o século primeiro da nossa era o reino de Meroé era governado por mulheres como Shanakdakhete (-170 a -160), Amanichakêtê (segunda metade do primeiro século a.C.) e Amanitêrê (ou Amnntarit – esposa do rei Natakamani -20/+15), esta última é a famosa “Candácia” descrita por Elesbão e evocada no livro dos Atos dos Apóstolos. 9 Em Kush, pela primeira vez, são encontrados os princípios da realeza sagrada, que faz a identificação Entre a integridade física do rei e a integridade do reino, assimilação da beleza física e das qualidades morais do rei à prosperidade e à glória do reino; realização de cerimônias rituais reatualizando a coroação do rei e destinadas a rejuvenescer o rei e o seu reino; organização de uma execução ritual, (M’Bokolo, p. 83, 2009) Mais tarde, essas práticas aparecerão em outros reinos africanos. As narrações mais antigas da entronização de um rei tratam de Peye (-751/-716) e a mais recente do rei Nastasen (-335/-310). Foram encontrados vários relatos da escolha real, bem como das etapas pelos quais o escolhido devia passar. A passagem pelo templo de Âmon, em Napata, era etapa obrigatória ao eleito. Os registros sobre a administração de Kush relatam a existência de palácios reais em várias regiões, o que deixa clara a descentralização administrativa do reino. E, num período mais recente, teve várias partes de seu território ocupadas por pequenos principados, sob o domínio dos reis meroítas. A produção econômica da Núbia era tão diversificada quanto a geografia de seu território, baseada na agricultura pela presença do Nilo. Também o pastoreio nômade ea criação de animais, como carneiros e cabras e, em menor proporção, burros e cavalos, eram praticas que representavam fonte de subsistência para a população. A criação de gado tinha grande importância no Reino, e para muitos foi a necessidade de pastagens um dos fatores que obrigou, no século V, a mudança de residência de Napata para Meroé. Cereais como a cevada, o trigo e, sobretudo, o sorgo ou (durra) de origem local, junto com as lentilhas, o pepino, o melão e as abóboras eram os principais produtos agrícolas. O cultivo, a fiação e a tecelagem do algodão, por volta do século IV a.C., ganharam grande destaque em Meroé, tornando-o o principal produto de exportação do reino. A produção de ouro foi uma grande fonte de renda para o reino, embora a sua existência foi verificada, sobretudo, no vale do Nilo. Além de constituir uma das principais fontes de riqueza e de grandeza do reino, a exportação do ouro exerceu grande influencia sobre as relações com o Egito e Roma. Calcula-se que, durante a Antiguidade, Kush produziu cerca de 1.600.000 kg de ouro puro, que provavelmente pertenciam aos povos nômades, como testemunham vários relatos; num deles, o rei Nastasen exige aproximadamente 300 kg de ouro das varias tribos que venceu nas proximidades de Meroé. Existem registros arqueológicos em Meroé que apontam para a produção de trabalhos artesanais realizados, provavelmente, por pedreiros e outros profissionais ligados à construção. Assim como de joias e cerâmicas feitas à mão, por mulheres para a criação de objetos de uso doméstico e em torno pelos homens para o mercado e classes abastadas da sociedade. O comércio exterior foi a riqueza e, para alguns autores, tornou-se também um dos motivos para o declínio do Reino. Entre o primeiro e o terceiro século de nossa era, o mesmo vivia em conflito com os povos nômades para a proteção de suas rotas comerciais. Sua progressiva decadência irá garantir a ascendência de outro importante império africano: o reino de Axum. Fonte: Orides Maurer Jr. / oridesmjr.blogspot.com.br 10 Unidade: As primeiras formações estatais O Império de Axum Dentre os poucos registros escritos de estados africanos, Axum tem destaque. As fontes sobre suas origens são variadas e complementares e junto com os estreitos de Gibraltar e Málaca, o de Bab el-Mandeb é citado como um dos mais importantes da Antiguidade. Axum é um estado africano que apresenta diferenças com relação aos outros povos de África, uma vez que a documentação sobre suas origens, relações e características são de origem interna. Diferente dos demais, Axum possui uma farta documentação escrita, além da influência de uma tradição lendária e da situação geográfica especial. Suas origens estão situadas numa época conhecida como pré-axumita, dividida em 2 períodos: o período sul arábico (forte influência sul árabe na Etiópia do Norte) e o período intermediário (anterior ao século V a.C.). Dos registros a respeito de sua origem, as escritas nas pedras são bastante fecundas e as mais antigas datam do período pré-axumita. São registros em escritas sul-arábicas que mencionam as intervenções axumitas no litoral do Yemen (Ibn Hischa, Ibn Hischam e Ibn Hawkal). Existem, ainda, inscrições atribuindo à glória aos reis de Axum (cerca de 20 reis, sendo os mais famosos Ezana (século IV) e Caleb e um de seus filhos (século VI) e o mais antigo Zoscales – século I); em sua maioria, aparecem escritas em geês – língua oficial do reino, ou grego. Axum foi mencionada por autores estrangeiros como nos escritos de geógrafos (Ptolomeu, o Geógrafo – séc. II) e de autores clássicos (Plínio, o Velho, 23/79). Um dos mais famosos registros que tratam de Axum tem uma origem lendária e está inscrita no Capitulo 10 do primeiro livro de Reis, no Antigo Testamento: visita da rainha de Sabá ao rei Salomão. Diz a lenda que a Rainha de Sabá era filha do primeiro rei de Axum, “Arwe Négus” simbolizado pela serpente “Arwe”, objeto do culto pré-axumita. Entretanto, a principal fonte documentária a respeito da civilização axumita é o material recolhido pela arqueologia: escavações em vários sítios arqueológicos, dentre os quais os de Axum, Adulis, Melazo, Haúlti, Yeha e Matara são os mais importantes. Fonte: Historiando/rhistoriandoz.blogspot.com.br 11 Estes sítios encontram-se no que seria a região central do reino. Cobrem, na costa eritréia e ao norte da Etiópia atual, cerca de 300 km de comprimento por 160 km de largura. Fonte: História Presente/ahistoriapresente.blogspot.com.br Os sítios de Adulis e Axum conservam os nomes originais e neles foram encontradas estelas grandiosas, enorme mesa de pedra, bases de trono maciças, fragmentos de colunas, sepulturas reais, vestígios de palácios e catedrais. Nos demais, foram encontradas ruínas impressionantes de vilas, edifícios reais e religiosos, restos de cerâmica, moedas e outros objetos. Na arquitetura, a principal característica é o emprego de pedra, a planta quadrada ou retangular, a alternância sistemática de partes salientes ou recuadas, os alicerces em degraus que sustentam as grandes edificações e uma alvenaria que se serve apenas da argila como argamassa; uso de madeira e alguns outros materiais. Fonte: Wikimedia Commons Fonte: Jialiang Gao/Wikimedia Commons 12 Unidade: As primeiras formações estatais As pesquisas arqueológicas no reino encontraram outros objetos importantes para a reconstrução da história de Axum. Há um farto número de cerâmica e alguns objetos especiais como: vasos em terracota, alguns quebrados e outros intactos; cerâmica utilitária em terracota vermelha e preta; vasos de variados tamanhos; jarros, vasos, cântaros, gamelas, bacias e taças nem sempre se apresentam decorados; decoração consiste em desenhos geométricos gravados, pintados, modelados ou estampados – raramente aparecem temas naturalistas; selos moldados em terracota ou pedra, pequenas ferramentas feitas de metais diversos, dados de terracota, fragmentos de lâminas, estatuetas de animais e femininas semelhantes às figuras de fertilidade da Pré-História; destaque para uma lâmpada de bronze e um tesouro descoberto em Matara. Milhares de moedas, na sua maioria em bronze e de tamanhos variados, foram descobertas nos campos ao redor de Axum. Em geral elas trazem o busto dos reis e seus símbolos são variados: os primeiros ostentam o disco e o crescente; após Ezana retratam a cruz cristã. Devido a variedade de fontes escritas, foi possível identificar os alfabetos usados no reino. O mais antigo pertence ao tipo sul-arábico e a língua assemelha-se aos dialetos semitas da Arábia meridional. No período axumita, utilizam-se as escritas sul-arábica e grega, e foi encontrada farta documentação redigida no idioma local – o geês. Segundo registros, foi por volta do fim do séc. II e início do séc. IV, que Axum tomou parte nas lutas diplomáticas e militares que opunham os Estados da Arábia Meridional. Sua ascensão, em meados do século IV, foi marcada pela conquista da capital da Núbia, o reino de Meroé (cujo império abarcava, então, todas as terras cultivadas do norte da Etiópia, o Sudão e a Arábia Meridional, incluindo as regiões situadas ao sul dos limites do Império Romano). Axum ficou conhecido como uma das potências mundiais da época: “Há quatro grandes reinos no mundo: o primeiro é o reino da Babilônia e da Pérsia; o segundo é o império romano; o terceiro é o reino dos Axumitas; o quarto é o reino de Silis [China?].” (M’Bokolo, p. 91, 2009). A base da vida econômica era a agricultura e criação de animais; assim como o comércio marítimo e, no interior do reino, do valioso marfim. Também comercializavam peles de hipopótamo, chifres de rinoceronte, carapaças de tartarugas, escravos e temperos e, sobretudo, elefantes. Durante sua fase de maior expansão territorial, que se deu no reinado de Elle Ameda – pai de Ezana (século IV), o reino recebeu o cristianismo. A localização estratégia do reino possibilitavao contato com várias religiões e, por isso, as trocas religiosas eram constantes e comuns. Ezana foi educado por Frumêncio, um cristão de Tiro que no retorno de uma viagem à India aportou em Axum e acabou por ser introduzido na corte como preceptor dos príncipes e, dessa forma, acabou por ser o responsável pela sua conversão ao cristianismo. Frumêncio, consagrado bispo, retornou a Axum, e batizou o primeiro rei cristão de Axum. As relações entre Axum e o Império Bizantino renderam frutíferas trocas culturais e alianças entre os povos. Fonte: leopoldo22turma.blogspot.com.br, picasaweb.google.com 13 Levando a cabo sua política expansionista, por volta de 335, Ezana invade o reino de Kush. Entretanto, em 572, a invasão persa na Arábia iria pôr fim às conquistas dos axumitas na Península e a toda política de expansão. Mais tarde, a expansão islâmica isolaria o reino de Axum do Império Bizantino. O reino de Axum deu origem a atual Etiópia e sua constante luta por independência trouxe- lhe graves consequências. Durante a partilha afro —asiática, a Etiópia não se deixou dominar por nenhuma das nações estrangeiras que ocuparam o continente africano. Atualmente, a região dominada pelos poderosos guerreiros de Axum, é conhecida como Chifre da África e se configura como uma das regiões mais pobres no mundo, assolada por fenômenos naturais e por conflitos político-econômicos. Considerações Finais Durante séculos, a história do continente africano permaneceu oculta aos demais continentes. Suas relações com a Ásia, China e Índia são pouco conhecidas por europeus e americanos. A história começa quando chegam os exploradores europeus e suas políticas de domínio e expansão. Pouco a pouco, os historiadores estão resgatando as histórias de povos ancestrais que vivem em sociedades com valores e estruturas diversas daquelas que conhecemos. Também para o Brasil, é chegado o momento de conhecer um pouco mais sobre o continente africano, suas culturas e tradições e, dessa forma, entender melhor a herança que dele recebemos. 14 Unidade: As primeiras formações estatais Material Complementar Livros: E também sobre o Vale do Nilo – região da Núbia antiga http://www.casadasafricas.org.br/wp/wp-content/uploads/2011/08/Pre-historia-do-vale-do-Nilo.pdf Sites: Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade, acesse o link abaixo e leia os textos sobre o Reino de Axum - Etiópia http://www.casadasafricas.org.br/tlpais/tl-etiopia/ 15 Referências ADAM, Shehata e Vercoutter, J. (colaborador). A importância da Nubia: um elo entre a África Central e o Mediterrâneo in MOKTHAR, Gamar (editor). História Geral da África II – África Antiga. 2ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. LECLANT, J. O Império de Kush: Napata e Meroé in MOKTHAR, Gamar (editor). História Geral da África II – África Antiga. 2ª ed. rev. Brasília: UNESCO, 2010. M’BOKOLO, Elikia. África Negra. História e Civilizações – Tomo I (até o século XVIII). Salvador: EDUFBA; São Paulo: Casa das Áfricas, 2009. SILVA, Aberto da Costa e. A enxada e a lança. A África antes dos portugueses. 3ª ed. rev. ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. 16 Unidade: As primeiras formações estatais Anotações
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