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Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 17/09/2021 TICS 6 – SÍNDROME DE EMERGÊNCIA DE CANNON Já sabemos das mudanças fisiológicas ocorridas na Síndrome de Emergência de Cannon. Qual a função destas mudanças? A Síndrome de Emergência de Cannon consiste em uma reação inespecífica, designada pelo resultado da ação do sistema nervoso simpático, situação na qual o indivíduo é preparado para uma circunstância de luta ou fuga. O comportamento agressivo pode ser desencadeado com a estimulação de duas estruturas: amígdala e tálamo. O medo é resultado da ativação direta do sistema nervoso simpático bem como pela liberação de adrenalina pela medula da glândula suprarrenal. Esse alarme tem como objetivo preparar o organismo para uma situação de risco na qual ele deve fugir, ou enfrentar o perigo. Analisando através de um contexto fisiológico, teremos, primeiramente, a informação visual ou auditiva sendo levada ao tálamo, por meio de uma estrutura denominada corpo geniculado lateral, posteriormente elas chegam até as áreas visuais e auditivas primárias e secundárias. A parti daí as informações sensoriais seguem por dois caminhos: via direta e via indireta. Via direta: informação visual é levada e processada na amigdala basolateral, passa para amigdala central, que dispara o alarme através do sistema simpático. Isso permite uma reação imediata com manifestações autonômicas e comportamentais típicas. Essa via é mais rápida, logo, permite resposta imediata ao perigo; é inconsciente e o medo só se torna consciente quando os impulsos nervosos chegam na área cortical Via indireta: a informação passa primeiramente ao córtex e após isso vai em direção à amigdala. Essa via é mais lenta, mas permite que o córtex pré-frontal analise as informações recebidas e seu contexto, logo, é consciente. A Síndrome de Emergência de Cannon resulta em sinais como: ➔ Dilatação dos brônquios, aumento da frequência respiratória (taquipneia) e do volume corrente, aumentando assim a troca de gases, taca de oxigênio disponível e eliminação de dióxido de carbono do sangue: isso colabora para a oxigenação dos músculos para que haja facilitação do processo na resposta de fuga ➔ Transformação de glicogênio em glicose (glicogenólise): contribui para que haja maior disponibilização de energia no corpo ➔ Aumento da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco: aumenta o fluxo sanguíneo, aumenta níveis de glicose e oxigênio nos tecidos ➔ Artérias musculares sofrem vasodilatação: maior aporte de sangue para fugir ou lutar Nome: Edith Coradi Bisognin 2º Período - Medicina Data: 17/09/2021 ➔ Vasoconstrição tegumentar: o sangue fica mais disponível para ser levado até os músculos, causando sudorese. O suor é frio pois o corpo fica frio devido à vasoconstrição tegumentar. ➔ Dilatação das pupilas dos olhos (midríase) e elevação das pálpebras superiores por contração de músculos tarsais: propicia melhor visão Referências: • MACHADO, ANGELO; HAERTEL, LUCIA MACHADO. Neuroanatomia funcional. ed. São Paulo:[sn], 2014. • SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Artmed editora, 2017.