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Fraturas Lesões no tecido ósseo

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Os ossos são estruturas rígidas, que possuem formas variadas e que são encarregados de:
proteção para estruturas vitais, apoio para o corpo, base mecânica para o movimento,
armazenamento de sais, suprimento contínuo das células sanguíneas novas.
Divide-se em:
1. Esqueleto axial
2. Esqueleto apendicular
Ossos:
1. Compacto
2. Esponjoso
Ossos longos: em suas epífises e metáfises encontramos tecido ósseo esponjoso, já no
meio do osso, ou seja, no corpo (diáfise), temos tecido ósseo compacto.
Fraturas em galho verde: fratura que ocorre nos ossos longos das crianças e, geralmente,
temos apenas um lado fraturado. Quando fraturas ocorrem nas zonas epifisárias em
crianças, temos uma preocupação em relação ao crescimento futuro do tecido ósseo do
indivíduo.
Causas:
1. Por um trauma direto ou indireto, sendo os traumas a causa mais frequente.
2. Microtraumas repetidos (“estresse”): são mais frequentes em metatarsos, diáfise da
tíbia e fíbula e colo femoral (ex: corrida). O início da dor é gradual e insidioso e aumenta
com atividade contínua, melhorando no repouso. Fraturas por estresse geralmente não
aparecem em radiologia simples, precisando realizar uma ressonância magnética.
3. Patológicas: ocorre em um osso previamente enfraquecido por uma doença. Causas
mais importantes: doença local óssea —> infecções, tumores benignos, tumores malignos,
cisto ósseo, osteoporose etc.
Tipos de fraturas:
1. Fratura fechada: não tem exposição do osso; não há dano de pele, nem subcutânea...
não tem contato com o meio externo.
2. Fratura aberta: há exposição do foco de fratura no meio ambiente. Tecido ósseo não tem
contato com agentes infecciosos - nesses casos de fratura aberta, dizemos que o tecido
ósseo está contaminado. É preciso se atentar para o controle de uma infecção, sempre
observando a integridade da pele e do tecido subcutâneo.
Fratura aberta —> ocorre dano tecidual, mas o tecido ósseo não é exposto ao meio
ambiente.
Fratura exposta —> além de perfurar a pele subcutânea, o tecido ósseo se expõe no meio
ambiente.
Tipos de traços:
Fundamental para a estabilização do foco de fratura. O que cura uma fratura é ela estar
imóvel. Para que haja o processo cicatricial, precisamos ter um periósteo em contato.
1. Transverso ou horizontal: menor gravidade, mais simples. Trauma em angulação
geram esses tipos de traços, sendo um traço estável.
2. Oblíquo: também causado por um trauma em angulação, mas de maior intensidade.
Mais instável do que o transverso; maior cuidado no tratamento, além de mais tempo.
3. Espiralada: trauma em rotação. Mecanismo rotacional de trauma gera esse tipo de
fratura instável e com grande possibilidade de desvio.
4. Compressiva: trauma em ossos esponjosos - flexão brusca do tronco onde a vértebra
superior e inferior causam compressão da vértebra intermediária. Ocorrem principalmente
nos corpos vertebrais, quando apenas ele é afetado, não há risco de deslocamento. Em
geral, são fraturas estáveis.
5. Cominutiva: mais graves e sempre instáveis - nessas fraturas, sempre temos mais de
um traço; vários fragmentos. Quando temos mais de dois fragmentos ósseos temos esse
tipo de fratura.
6. Subperiostal (galho verde): acomete um único periósteo; típicos em crianças. Ossos
mais flexíveis e estáticos
Diagnóstico:
• Questionar a história do trauma (trauma direto ou indireto? o que aconteceu?)
• Exame físico: tríade clássica —> dor, sangramento e impotência funcional.
• Ferimentos na pele
• Estado circulatório: cor, temperatura, pulsos arteriais, retorno capilar
• Lesão neurológica
• Lesão visceral (fratura de costelas podendo romper um órgão importante).
Diagnóstico definitivo é por exame de imagem: raio-X sendo o padrão ouro; sempre
utilizado na confirmação do diagnóstico. Podemos usar também a tomografia
computadorizada.
Para casos de micro fraturas por estresse —> ressonância magnética e cintilografia óssea.
CONSOLIDAÇÃO - FASES
1. Hematoma: os vasos são rompidos gerando um sangramento local, contido pelo
periósteo. Sangue se deposita ao redor do foco de fratura —> funciona como elemento de
imobilização, tentativa de diminuir a mobilidade local, formando um tampão. Ocorre no
período imediato à fratura. Uma segunda função desse sangue local é aumentar a pressão
—> pequenos vasos vão colabando, se estreitando, levando a diminuição da circulação
natural do tecido por conta do aumento de pressão —> necrose tecidual. Quando temos
fraturas, temos pontas ósseas irregulares e essa necrose tecidual destrói essas pontas e
torna os fragmentos ósseos com uma melhor relação anatômica.
2. Proliferação Celular: células vão começar a ser produzidas - células jovens, precursoras
dos osteoblastos (células subperiosteais e subendostal) formando uma ponte celular.
Paralelamente, como vai sendo formada uma ponte celular, o hematoma deixa de ter sua
função primordial de tampão —> sangue do hematoma começa a ser absorvido por essas
células.
3. Calo ósseo: células primárias se transformam em osteoblastos através da deposição de
minerais sobre as células precursoras, fazendo com que elas se transformem em
osteoblasto. Calo ósseo é um tecido ainda irregular, sendo o osteoblasto com os minerais
que se depositam em torno do foco de fratura. Nesta fase conseguimos identificar a fratura
pelo raio-X; se observarmos o calo ósseo no raio-X, temos a segurança de manipulação.
4. Consolidação: osteoblastos se transformam em osteócitos. Osso vai se tornando
novamente aquele tecido pré-fratura. A tendência é que o tecido adquira a mesma estrutura
anatômica e fisiológica que ele tinha antes. Em uma criança, por exemplo, isso ocorre de
uma maneira muito mais bem sucedida. Já em adultos, idosos, iremos sempre ver o traço
de fratura.
Quanto mais velhos ficamos, mais devagar é a remodelação óssea —> metabolismo ósseo
de grande importância na consolidação.
5. Remodelação: atividade osteoclástica que apara tudo que está fora das linhas de osso
para trazer de volta a anatomia original.
Quanto melhor a condição do foco de fratura em relação a estabilidade, nutrição do
paciente, estado de saúde etc, mais rápida será a consolidação da fratura.
Tratamento
Trazer de volta a anatomia do osso:
1. Redução: fechada - fazer tração externa / aberta - através de cirurgia.
2. Imobilização:
(1) gesso e órteses pré-fabricadas (muito cuidado com elas, pois são fáceis de tirar)
(2) fixação interna (material para fixar o foco de fratura sendo geralmente um material
metálico chamado de osteossíntese —> indicado quando o traço de fratura se encontra
instável)
(3) fixação externa —> altamente eficazes, dolorosos (perfura a pele, subcutâneo),
apresentando grande vantagem de fixar a fratura a distância (não passamos nenhum metal
no foco de fratura), sendo indicados nas fraturas mais graves! Usados em uma primeira
fase, menos chances de infecção.
Reabilitação
Começa na etapa do calo ósseo.
Complicações
• Infecção
• Retardo de consolidação (não há sinal radiológico)
• Não consolidação – pseudoartrose
• Consolidação viciosa (grande desvio = grande calor; quando a consolidação ocorre de
maneira grosseira não respeitando as linhas anatômicas originais)
• Necrose avascular (ossos mal vascularizados - cabeça femoral, escafoide, tálus etc)
• Encurtamento
• Lesões de grandes vasos, nervosas, viscerais
• Embolia
• Calcificação ectópica
• Atrofia de Sudeck - resposta anormal do sistema nervoso simpático (sudorese fria, palidez,
dor etc), tendo muito a ver com o aspecto emocional
• Osteomielite - infecção no tecido ósseo
• Osteoartrite ou osteoartrose

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