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Semiologia - Coma 1 Semiologia - Coma Definição → Grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência, em que há irresponsividade de um modo que o paciente não desperta mesmo à estimulação externa vigorosa, não faz movimentos voluntários e não tem ciclo sono-vigília → Consciência pode ser definida como estado de percepção de um indivíduo de si mesmo e do meio em que está inserido, incluindo sua capacidade de interação com o mesmo Subdividida em duas dimensões: Cognição (conteúdo): soma das funções mentais e cognitivas e afetivas mediadas a nível cortical e subcortical por redes neuronais distintas → Disfunções em uma destas redes comprometem de forma parcial a consciência, alterando resposta normal a algum tipo específico de estímulo → Geralmente não acarreta em rebaixamento do nível de vigília e de responsividade a estímulos a não ser que uma lesão cortical muito extensa ou difusa ocorra (demência avançada) Ativação (despertar): função primitiva que representa o nível de vigília e responsividade geral a estímulos → Mantido por vias específicas localizadas no tronco encefálico e diencéfalo que regulam a ativação geral das funções corticais e o ciclo sono-vigília → O comprometimento destas vias gera uma queda global no nível de vigília/responsividade e, consequentemente, das demais funções cognitivas Sistema reticular ativador ascendente (SRAAA) Fibras que se originam na formação reticular do tronco encefálico e se projetam para regiões diencefálicas e corticais, com colateralidade de vias sensitivas ascendentes. Alterações no sistema de ativação podem levar a diferentes alterações no nível de consciência. Podemos caracterizar através de escala subjetiva ou objetiva → lembrando que sono é fisiológico Causas de coma Estruturais: muitas vezes com sinais focais localizatórios de lesão, mas pode ocorrer lesão difusa → Trauma – HSA traumática, lesão axonal difusa, herniação de uncos Semiologia - Coma 2 → Cerebrovasculares – AVC isquêmico ou hemorrágico → Infecciosas – meningite, abcesso, romboencefalite → Encefalopatia hipóxico-isquêmica → Hidrocefalia/hipertensão intracraniana Tóxico-metabólicas: geralmente sem sinais localizatórios específicos → Intoxicação exógena – álcool, drogas de abuso, medicamentos → Distúrbios ácido-base → Distúrbio de eletrólitos → Acumulo de metabólitos tóxicos – encefalopatia hepática, encefalopatia urêmica → Hipo/hiperglicemia → Sepse Pseudocoma: (mimetizam coma) → Síndrome do encarceramento (locked-in syndrome) → Estado vegetativo (persistente) → Mutismo acinético/abulia grave → Catatonia → Psicogênico (coma histérico) → Transtorno factício Anamnese → Primeiramente: monitorização e suporte hemodinâmico e respiratório → Extremamente importante: familiares, socorristas, testemunhas, socorristas → Tentar realiza-la vigorosamente → Elucidar as circunstâncias que levaram ao coma e a HMP → Uso de medicação → Etilismo → Uso de drogas → Presença de frascos vazios → Cardiopatia isquêmica → Arritmias → Outros sintomas e doenças específicos Exame clínico Semiologia - Coma 3 → Ectoscopia → Sinais vitais → Cabeça e pescoço → Cardiovascular → Respiratório → Genitourinario → Abdominal/gastrointestinal → Pele/extremidades Exame neurológico 1) Auxiliar na identificação da causa do coma 2) Estabelecer um exame de base para comparação futura 3)Determinar prognostico → Estado de consciência → Padrão respiratório → Avaliação pupilar e resposta fotomotora → Movimentos oculares espontâneos e reflexos → Resposta motora Nível de consciência → Analise descritiva: grau de agitação ou sonolência espontâneos, responsividade a estímulos, abertura ocular, resposta motora, atenção Escala subjetiva: Escala objetiva: escala de coma de Glasgow, FOUR, RASS, Ramsey Semiologia - Coma 4 Avaliação pupilar Escala de Glasgow Semiologia - Coma 5 Semiologia - Coma 6 → Reflexo córneo-palpebral: estimulo tátil na pálpebra com algodão ou gaze úmida: → O impulso aferente desse estímulo vem do ramo oftálmico do nervo trigêmeo, passando pelo gânglio trigeminal e raiz sensitiva do trigêmeo (V); → O impulso eferente, do nervo facial (VII). → Esse reflexo é um mecanismo de defesa contra corpos estranhos que caem no olho, espera-se que os dois olhos se fechem ao estímulo, que é seguido também pelo aumento do lacrimejamento. → Caso haja a abolição desse reflexo é, normalmente, seguido de ulcerações da córnea. Movimentos oculares → Desvio sustentado do olhar conjugado: → Olhar em pingue pongue: disfunção hemisférica bilateral → Mergulho do olhar (dipping): encefalopatia hipóxico- isquêmica/metabólica → Bobbing ocular em gangorra → Manobra oculoencefálica: Semiologia - Coma 7 → Prova calórica (reflexo vestíbulo-ocular): Semiologia - Coma 8 Resposta motora → Tônus muscular → Reflexos tendinosos profundos → Respostas motoras: estímulos verbais, táteis e dolorosos → Sinal de Babinski: Semiologia - Coma 9 Nathália Farias @medicinathy
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