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Manejo de Comportamentos Suicidas e de Automutilação na Infância e na Adolescência Discentes: Isamara Sepini Orfão Mislene Coelho Marques Rafaela Apª Fidelis de Macedo Sarah Toti Rocha Thaís Apª da Silva Introdução ❖ Taxas de suicídio têm aumentado consideravelmente. ❖ Poucos estudos nacionais. Comportamentos Suicidas e de AMNS Diferenças entre comportamentos suicidas e de AMNS ❖ Intenção; ❖ Letalidade e métodos utilizados; ❖ Cronicidade; ❖ Cognições ❖ Consequências; ❖ Prevalência ❖ AMNS são fatores de risco ou comorbidade para os de suicídio. Comportamentos Suicidas e de AMNS na infância e na adolescência ❖ Na infância é relativamente incomum os comportamentos suicidas. ❖ Os comportamentos de AMNS são um dos preditores mais significativos de morte por suicídio na adolescência. ➢ AMNS como “porta de entrada” para comportamentos suicidas. ❖ Meninas x Meninos. Fatores associados a comportamentos suicidas e de AMNS na infância e adolescência ❖ Idade; ❖ Sexo; ❖ Problemas psiquiátricos; ❖ Determinados perfis cognitivos; ❖ Aspectos ambientais, familiares e escolares; ❖ Uso de drogas; ❖ Sentimentos de desesperança prevalente; ❖ Impulsividade; ❖ Experiências de bullying ❖ Abuso sexual Manejando comportamentos suicidas e de AMNS ❖ AMNS ❖ Ideação suicida ❖ Correlação entre os dois fatores ❖ Manejo clínico - Possíveis modelos de tratamento para comportamentos suicidas e de AMNS ❖ Falta de comprovação de eficácia de tratamentos O que deu certo até agora: ❖ treinamento de habilidades com familiares ❖ treinamento e psicoeducação dos pais ❖ tratamento de habilidades individuais Tratamentos mais promissores: ❖ TCC ❖ DBT TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) AVALIAÇÃO ❖ estágio que a criança e adolescente se encontra ❖ capacidade de compreensão do tratamento ❖ histórico É importante que o terapeuta avalie de forma direta e confortável para não demonstrar desconforto em relação ao assunto e gerar evitação no paciente. TCC (Terapia Cognitiva Comportamental) Cabe ao psicólogo: ❖ Realizar perguntas diretas ❖ Avaliar a intenção de suicídio e a letalidade dos métodos ❖ Compreender as motivações ❖ Avaliar o nível de autocontrole TCC (Terapia Cognitivo Comportamental) TRATAMENTO Principal meta: garantir a segurança do paciente Envolvimento dos pais: ❖ plano de crises Manejo direto com crianças e adolescentes: ❖ Contrato ❖ Estratégias de solução de problemas - evitação do comportamento ❖ ideia de temporariedade DBT (Teoria Comportamental Dialética) Adaptação da DBT para adultos com TPB (Transtorno de Personalidade Borderline) com comportamentos suicida e AMNS crônico. Adaptações feitas: ❖ aspectos teóricos ❖ entendimento do modelo biossocial ❖ inserção dos dilemas dialéticos ❖ encorajamento para que familiares participem do grupo de habilidades ❖ sessões de DBT para a família Avaliação e intervenção na DBT com crianças e adolescentes com comportamento suicidas e de AMNS O objetivo da DBT Avaliação Inicial na DBT Os cinco domínios relacionados aos comportamentos suicidas e de AMNS ❖ Domínio fisiológico ❖ Domínio emocional ❖ Domínio cognitivo ❖ Domínio social ❖ Disponibilidade de métodos Avaliação e intervenção na DBT com crianças e adolescentes com comportamento suicidas e de AMNS O “Plano Geral de Crises”: ❖ Lista de pessoas ❖ Comportamentos típicos ❖ Fatores que o torna vulnerável ❖ Limite que tolera ❖ Apresentação das estratégias para sobreviver a crises: ❖ Estratégias de modificação da fisiologia da emoção; - distração; - fazer-se um carinho com os cinco sentidos; - melhorar o momento. Caso clínico ❖ 3 sessões; ❖ Terapia Comportamental Dialética ❖ Adolescente de 15 anos; ❖ Natália mora com a mãe desde os 10, quando houve a separação com o pai; ❖ Presenciou situações de violência física do pai com a mãe; ❖ Frequenta o ensino médio e já teve duas reprovações; ❖ Passa o tempo com os amigos e com o “ficante” Gabriel; ❖ Gosta de jogar RPG; Caso clínico ❖ Em uma das partidas é derrotada; ❖ Sente mágoa, tristeza e fica com raiva; ❖ Grita com Gabriel e vai pro quarto onde se corta com uma lâmina; ❖ Após se cortar sente-se mais calma; ❖ Porém, tem pensamentos de inferioridade; ❖ Acha que os amigos não gostam dela; Caso clínico ❖ Nas sessões Natália conta que os pensamentos suicidas vêm logo após se cortar e só nesses momentos; ❖ Diz que não conclui o ato, pois pensa na sua cachorra de estimação. Além de sua mãe que também ficaria mal; ❖ Natália demonstra sentir muita raiva do pai, desejando inclusive que ele estivesse morto; ❖ Pensa em suicídio, mas não como realizá-lo. A sua vontade é movida pelo desespero e o suicídio seria a solução para o sentimento. Caso clínico ❖ Apesar de sentir medo, Natália concorda em trabalhar com a psicóloga em estratégias para não se cortar; ❖ Kit de ferramentas; ❖ Antes, Natália é questionada se consegue distinguir os momentos de crise; ❖ Além disso, a psicóloga pede que Natália cite pessoas de confiança para ajudá-la; ela cita sua mãe e a terapeuta. ❖ A psicóloga orienta sobre o CVV; Caso clínico ❖ Psicóloga questiona quais são os primeiros impulsos ou comportamentos que ela tem quando está em crise. ❖ Gritar e se jogar no chão; ❖ Gatilhos: brigar com Gabriel; com a mãe ou alguma amiga; ❖ Inclui perder no jogo como impulso para se cortar. ❖ A terapeuta pede que Natália se comprometa a deixar seu plano sempre por perto; a paciente diz que deixará sempre ao lado da sua cama e o levará na sua mochila; Caso clínico ❖ Identificação dos sinais que provocam os cortes; aperto no peito; beliscos e arranhões. Pensamentos de que nada vai dar certo, sensação de que tem alguém gritando na sua cabeça; ❖ Terapeuta simula o momento de crise e pede que Natália: ❖ Segure duas pedras de gelo em cada uma de suas mãos; ❖ Que perceba a sensação do gelo nas mãos e na vontade de jogá-los fora; ❖ Depois que respire fundo e continue prestando atenção na sensação dos gelos em suas mãos; Caso clínico ❖ Identificação dos sinais que provocam os cortes; aperto no peito; beliscos e arranhões. Pensamentos de que nada vai dar certo, sensação de que tem alguém gritando na sua cabeça; ❖ Terapeuta simula o momento de crise e pede que Natália: ❖ Segure duas pedras de gelo em cada uma de suas mãos; por dois minutos; ❖ Que perceba a sensação do gelo nas mãos e na vontade de jogá-los fora; por um minuto e meio; ❖ Depois que respire fundo e continue prestando atenção na sensação dos gelos em suas mãos; por um minuto e meio; ❖ Depois de mais um minuto e meio, pode soltar os gelos e abrir e fechar as mãos sem esfregá-las; Caso clínico ❖ Depois disso a terapeuta questiona Natália quais habilidades ela gostaria de usar na escola; ❖ Respiração em quadrado, relaxamento muscular, observar algo e descrevê-lo mentalmente, acariciar as mãos e observar o sentido; se encorajar com pensamentos positivos; Considerações finais ❖ Apesar da TCC e da DBT serem intervenções diferentes, ambas possuem similaridades no tratamento de automutilação e comportamentos suicidas; ❖ A prática de DBT deve ser realizada com profissional devidamente certificado. Referência: DORNELLES, Vinícius; SCHÄFER, Julia Luiza. Manejo de Comportamentos Suicidas e de Automutilação na Infância e na Adolescência. In: CAMINHA, Renato Malato; CAMINHA, Marina Gusmão; DUTRA, Camila Arguello. A Prática Cognitiva na Infância e na Adolescência. Synopses Editora, 2017. cap. 28, p. 557-583.
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