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MISCO I POLITICA NACIONAL BASICA

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Política Nacional de Atenção Básica 
( ) / Estratégia Saúde da Família ( ) 
 
PNAB: Política que trata do nível primário da 
assistência, traz todas as diretrizes, princípios e 
prerrogativas que devemos saber para 
entender a atenção básica do sus; fala das 
configurações das principais equipes que 
trabalham na atenção básica; 
 
- Conferência de Alma Ata (1978): foi a primeira 
conferência internacional de cuidados primários 
em saúde e reforçou, para todos os governos 
(que participaram dessa conferência), aspectos 
básicos que deveriam ser oferecidos no 
sistema de saúde. Aconteceu antes da criação 
do SUS. 
- Reforma Sanitária 
- Criação do SUS: proposta de descentralização 
- Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(1991): a visita domiciliar funciona como uma 
ligação entre a saúde e a população; 
- Programa de saúde da família (1994): Uma 
equipe passou a realizar um trabalho junto à 
população no nível de atenção primário; 
- Estratégia Saúde da Família (2006): foi o 
principal programa que visava a 
descentralização da atenção básica, ou seja, a 
aproximação da saúde na vida da população; a 
principal estratégia do Governo Federal para 
consolidar a atenção básica no Brasil; 
 
A atenção básica caracteriza-se por um 
conjunto de ações de saúde, no âmbito 
individual e coletivo, que abrange: 
 
 
Conjunto amplo de ações que são oferecidas 
nesse nível de atenção 
A atenção básica funciona como a porta de 
entrada preferencial do SUS (UBS) 
 
 
Objetivo: Desenvolver uma atenção integral 
que impacte: na situação de saúde e autonomia 
das pessoas e, consequentemente, nos 
determinantes e condicionantes (lei 8.080: 
habitação, renda, saneamento básico, 
alimentação, educação, segurança...) de saúde 
das coletividades; 
 
_ A atenção básica é exercida por meio do exercício de práticas: 
 
- De cuidado ao indivíduo e gestão 
- Democráticas 
- Participativas (Controle social: Lei 8.080) 
 
 
 
 
 
_ A Atenção Básica é o contato preferencial 
dos usuários com o sistema de saúde 
 
_ Orienta-se por princípios: universalidade, 
acessibilidade, continuidade, integralidade, 
responsabilização, humanização, vínculo, 
equidade e participação social. 
 
_ A APS (Atenção primária de saúde) deve 
considerar o sujeito em sua singularidade, 
complexidade, integralidade e inserção 
sociocultural, e buscar a promoção de sua 
saúde, a prevenção e tratamento de doenças e 
a redução de danos ou de sofrimentos que 
possam comprometer suas possibilidades de 
viver de modo sustentável. 
 
 
Primeiro contato: porta de entrada, primeiro 
recurso a ser buscado quando á uma 
necessidade ou problema de saúde. 
- Pelos quais assume a responsabilidade sanitária, 
considerando a dinamicidade existente no território em que 
vivem essas populações 
 
- Sob a forma de trabalho em equipe, 
- Dirigida à população de territórios definidos 
(cor) 
Componentes: 
➢ Acessibilidade (geográfica e socio-
organizacional); 
- Horas de disponibilidade; arranjos para noite e 
fins de semana; 
- Transporte e distância; 
- Facilidade para marcar consultas, tempo de 
espera; 
- Ausência de barreiras culturais 
➢ Utilização (uso do serviço pela 
população) 
- % de vezes que o serviço foi utilizado como 
primeiro recurso e novos problemas de saúde; 
- Opinião da população sobre os serviços 
➢ Cuidado mais adequado: 
 - Melhor qualidade, no tempo certo – 
especialistas em APS lidam melhor com 
problemas mal definidos; maior possibilidade de 
ver os problemas em suas fases iniciais – “ver 
e esperar”) 
- Mais barato (menos hospitalizações, menos 
tempo de hospitalização, menor uso de 
especialistas, menos cirurgias, menor 
morbidade) 
- Menos consultas para um mesmo problema 
- Menos exames complementares 
- Mais ações de prevenção 
➢ Longitudinalidade: 
- Relação personalizada que se estabelece ao 
longo do tempo entre os profissionais das 
equipes de saúde e o 
paciente/família/comunidade; a equipe é uma 
fonte regular de cuidado; 
- Lugar e equipe, uma fonte regular de 
cuidado: Estabilidade de pessoal e definição da 
população sob responsabilidade da equipe 
- Utilização (uso do serviço pela população): A 
população reconhece e utiliza, seja para novos 
problemas de saúde, seguimento, prevenção 
ou questões administrativas; Opinião da 
população sobre os serviços; 
➢ Integralidade: 
É a capacidade das equipes de saúde em 
identificar o conjunto de 
necessidades/problemas de saúde (da pessoa, 
família ou população) e lidar, seja resolvendo ou 
referindo (encaminhar p/ outro lugar) 
➢ Coordenação: 
A coordenação entre níveis assistenciais pode 
ser definida como a articulação entre os 
diversos serviços e ações de saúde, de forma 
que estejam sincronizados e voltados ao 
alcance de um objeto comum, 
independentemente do local onde estejam 
sendo prestados. É essencial para que se 
cumpram os outros componentes da atenção 
primária: a longitudinalidade, a integralidade e o 
primeiro contato; 
• No Brasil, a atenção primária se 
organizou desde o início da implantação 
do SUS e com o passar do tempo, 
foram criados alguns documentos p/ que 
os estados e municípios pudessem se 
organizar melhor em relação a esse 
nível de atenção: 
• Portaria nº 648 de 2006: Instituiu a 
política nacional de atenção básica no 
Brasil 
• Portaria nº 2.488 de 2011 e 
 
Portaria nº 2.436 de 2017: 
- Aprova a PNAB, no âmbito do Sistema Único 
de Saúde – SUS, estabelecendo as diretrizes 
para a organização do componente Atenção 
Básica, na Rede de Atenção à Saúde – RAS. 
- Parágrafo único: A Política Nacional de 
Atenção Básica considera os termos Atenção 
Básica – AB e Atenção Primária à Saúde – 
APS, nas atuais concepções, como termos 
equivalentes
 
 
 
 
 
 
• Art. 4º A PNAB tem na Saúde da 
Família sua estratégia prioritária para 
 
 
expansão e consolidação da Atenção 
Básica. 
• Art. 5º A integração entre a Vigilância 
em Saúde e Atenção Básica é condição 
essencial para o alcance de resultados 
que atendam às necessidades de saúde 
da população, na ótica da integralidade 
da atenção à saúde e visa estabelecer 
processos de trabalho que considerem 
os determinantes, os riscos e danos à 
saúde, na perspectiva da intra e 
intersetorialidade. 
• Art. 6º Todos os estabelecimentos de 
saúde que prestem ações e serviços de 
Atenção Básica, no âmbito do SUS, de 
acordo com esta portaria serão 
denominados Unidade Básica de Saúde - 
UBS. 
• Parágrafo único. Todas as UBS são 
consideradas potenciais espaços de 
educação, formação de recursos 
humanos, pesquisa, ensino em serviço, 
inovação e avaliação tecnológica para a 
RAS. 
 
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES GERAIS DA 
ATENÇÃO BÁSICA 
I- Planejamento, a programação 
descentralizada e o desenvolvimento 
de ações setoriais e intersetoriais na 
saúde das coletividades que 
constituem aquele território 
 
II- Possibilitar o acesso universal e 
contínuo e serviços de qualidade e 
resolutivos 
 
 
III- Adscrever os usuários e 
desenvolver relações de vínculo 
entre as equipes e a população, 
garantindo a continuidade das ações 
de saúde e a longitudinalidade do 
cuidado 
IV- Coordenar a integralidade em seus 
vários aspectos, ou seja, coordenar 
atendimento e demanda de 
pacientes e funcionários 
 
V- Estimular a participação dos usuários 
como forma de ampliar sua 
autonomia e capacidade na 
construção do cuidado à saúde e das 
pessoas; 
 
INFRAESTRUTURA E FUNCIONALEMENTO DA 
ATENÇÃO BÁSICA: 
São considerados unidades ou equipamentos de 
saúde no âmbito da AB: 
As Unidades Básicas de Saúde 
a) Devem estar cadastradas no sistema de 
cadastro nacional vigente de acordo com as 
normas vigentes 
b) Disponibilizar: 
✓ Consultório médico/enfermagem 
✓ Consultório odontológico 
✓ Sala multiprofissional de acolhimento à 
demanda espontânea 
✓ Sala de administração e gerência 
✓ Sala de atividades coletivas para os 
profissionais da AB 
✓ Salade armazenagem de medicamentos 
(tanto p/ dispensação quanto pra uso na 
unidade) 
✓ Área de recepção 
✓ Local para arquivos e registros 
✓ Sala de procedimentos 
✓ Sala de vacinas 
✓ Área de dispensação de medicamentos 
✓ Sala de inalação coletiva 
✓ Sala de coleta 
✓ Sala de curativos 
✓ Sala de observação 
 
 
Especificidades da equipe de saúde da família 
 
Tipos de equipes: 
✓ Equipe de saúde da família (ESF) 
✓ Equipe de Atenção básica (EAB) 
✓ Equipe de saúde bucal (ESB) 
✓ Núcleo ampliado de saúde da família e 
atenção básica (Nasf-AB) 
✓ Estratégia Agentes comunitários de 
saúde (EACS) 
✓ Equipes de Atenção Básica para 
Populações Específicas 
Equipe de saúde da família ribeirinha 
(eSFR) 
Equipe de saúde da família fluviais 
(eSFF) 
Equipe de consultório na rua (eCR) 
ESF: 
É um tipo de equipe que trabalha na UBS 
• Visa a reorganização da atenção básica 
• Estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da AB 
• Favorecer uma reorientação do 
processo de trabalho com maior 
potencial de aprofundar os princípios, 
diretrizes e fundamentos da AB 
• Amplia a resolutividade e impacto na 
situação de saúde das pessoas 
coletividades 
• Propicia uma importante relação custo-
efetividade 
➢ Especificidades da ESF: 
• Existência de uma equipe 
multiprofissional: Médico generalista ou 
especialista em Saúde da Família ou 
médico de família e comunidade, 
enfermeiro generalista ou especialista 
em SF, auxiliar técnico de enfermagem, 
agente comunitário de saúde (ACS- faz 
a visita domiciliar e funciona como uma 
ponte entre a população e o serviço de 
saúde) e equipe da saúde bucal 
(odontólogo e técnico de saúde bucal) 
• O número de ACS deve ser suficiente 
para cobrir 100% da população 
cadastrada, com um máximo de 750 
pessoas por ACS e de 12 ACS por ESF; 
• Cada eSF deve ser reponsável por 
cerca de 2.000 a 3.500 pessoas, sendo a 
média recomendada de 3.000; 
• Cadastramento de cada profissional de 
saúde em apenas uma eSF (exceto 
médicos, que poderão atuar em, no 
máximo, duas); 
• Carga horária de 40 horas semanais 
para todos os profissionais de saúde e 
membros da eSF (exceto médicos); 
 
➢ Processos de trabalho das eAB 
• São características do processo de 
trabalho das equipes de atenção básica: 
I- Definição do território de atuação 
e de população sob 
responsabilidade das UBS e das 
equipes; 
 
II- Programação e implementação 
das atividades de AS de acordo 
com as necessidades de saúde 
da população, com a priorização 
de intervenções clínicas e 
sanitárias nos problemas de 
saúde segundo critérios de 
frequência, risco, vulnerabilidade 
(violência, lixão, saneamento 
básico...) e resiliência. Inclui-se aqui 
o planejamento e organização da 
agenda de trabalho compartilhado 
de todos os profissionais e 
recomenda-se evitar a divisão de 
agenda segundo critérios de 
problemas de saúde, ciclos de 
vida, sexo e patologias, 
dificultando o acesso dos 
usuários; 
 
 
III- Desenvolver ações que priorizem 
os grupos de risco e os fatores 
de risco clínico-comportamentais, 
alimentares e/ou ambientais, com 
a finalidade de prevenir o 
aparecimento ou a persistência 
de doenças e danos evitáveis; 
 
IV- Realizar o acolhimento com 
escuta qualificada, classificação de 
risco, avaliar a necessidade de 
saúde e analise de vulnerabilidade, 
tendo em vista a responsabilidade 
da assistência resolutiva à 
demanda espontânea e o 
primeiro atendimento às unidades 
 
 
V- Prover ação integral, contínua e 
organizada à população adscrita 
 
VI- Realizar atenção à saúde na UBS, 
no domicílio, em locais do 
território (salões comunitários, 
escolas, creches, praças, etc...) e 
em outros espaços que 
comportem a ação planejada. 
 
 
VII- Desenvolver ações educativas 
que possam interferir no 
processo de saúde-doença da 
população, no desenvolvimento 
de autonomia individual e coletiva, 
e na busca por qualidade de vida 
pelos usuários 
 
VIII- Implementar diretrizes de 
qualificação dos modelos de 
atenção e gestão, tais como a 
participação coletiva nos 
processos de gestão, a 
valorização, fomento à autonomia 
e protagonismo dos diferentes 
sujeitos implicados na produção 
de saúde, o compromisso com a 
ambiência e com as condições de 
trabalho e cuidado, a constituição 
de vínculos solidários, a 
identificação das necessidades 
sociais e organização do serviço 
em função delas, entre outras... 
 
 
IX- Participar do planejamento local 
em saúde, visando a readequação 
do processo de planejamento 
diante das necessidades, 
realidades, dificuldades e 
possibilidades analisadas 
 
X- Desenvolver ações intersetoriais, 
integrando projetos e redes de 
apoio social voltados para o 
desenvolvimento de uma ação 
integral 
 
 
XI- Apoiar as estratégias de 
fortalecimento da gestão local e 
do controle social 
 
XII- Realizar atenção domiciliar 
destinada a usuários que 
possuam problemas de saúde 
controlados/compensados e com 
dificuldades ou impossibilidade 
física de locomoção até uma 
UBS, que necessitem de cuidados 
com menor frequência e menor 
necessidade de recursos de 
saúde e realizar o cuidado 
compartilhado com as equipes de 
atenção domicilias nos demais 
casos 
 
 
 
AÇÕES COMUNS À TODOS OS PROFISSIONAIS E ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO MÉDICO
 
 
 
 
 
EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA PARA 
POPULAÇÕES ESPECÍFICAS: 
Equipes do consultório de rua: 
• Todo profissional do SUS é responsável 
pela saúde da pop de rua, especialmente 
quanto à atenção básica 
• As equipes dps consultórios de rua, que 
são equipes de AB, compostas por 
profissionais de saúde com 
responsabilidade exclusiva de articular e 
prestar atenção integral à saúde das 
pessoas em situação de rua. 
 
• As equipes deverão realizar suas 
atividades de forma itinerante, 
desenvolvendo ações na rua 
• Carga horária mínima de 30h semanais, 
sendo em horário diurno e/ou noturno 
• Em municípios pu áreas que não 
tenham consultórios na rua, o cuidado 
integral das pessoas em situação de rua 
deve seguuir sendo de responsabilidade 
das equipes de atenção básica 
 
 
ESF para Atendimento da população ribeirinha: 
O QUE MUDA NA NOVA PNAB? Atualização 
de 2017 
• Flexibilização do horário dos médicos 
• Opção do usuário em frequentar outra 
UBS fora da sua área de abrangência 
• A ESF deixa de ser a única opção de 
organização da A Primária. Cria-se a 
opção de EAB- Equipe de Atenção 
Básica (médico+enfermeiro+técnico de 
enfermagem) 
• EAB sem a presença de Agentes 
Comunitários de saúde 
• EACS pode ter a figura do agente de 
combate a endemias 
 
 
O PRONTUÁRIO ELETÔNICO SERÁ UNVERSALIZADO (não aconteceu ainda) 
• Todas as UBS do pais até o fim de 2018 deverão ter implantado o PE em toda a rede nacional 
• Agentes receberão tablets ou smartphones para inserção de dados 
• Informação será cadastrada na hora

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