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– 14/09/2020 Política Nacional de Atenção Básica NASF e PSE NASF – AB: NÚCLEO AMPLIADO DE SAÚDE DA FAMÍLIA E ATENÇÃO BÁSICA ▪Constitui uma equipe multiprofissional e interdisciplinar composta por categorias de profissionais da saúde, complementar às equipes que atuam na Atenção Básica. ▪É formada por diferentes ocupações (profissões e especialidades) da área da saúde, atuando de maneira integrada para dar suporte (clínico, sanitário e pedagógico) aos profissionais das equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica (eAB). ▪ Deve estabelecer seu processo de trabalho a partir de problemas, demandas e necessidades de saúde de pessoas e grupos sociais em seus territórios, bem como a partir de dificuldades dos profissionais de todos os tipos de equipes que atuam na Atenção Básica em suas análises e manejos. Para tanto, faz-se necessário o compartilhamento de saberes, práticas intersetoriais e de gestão do cuidado em rede e a realização de educação permanente e gestão de coletivos nos territórios sob responsabilidade destas equipes. OBJETIVOS: ❖Apoiar a inserção da Estratégia da Saúde da Família na rede de serviços ❖Ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção Básica ❖Aumentar a resolutividade da ESF, reforçando os processos de territorialização e regionalização em saúde ❖ APOIAR, AMPLIAR, APERFEIÇOAR, a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica\Saúde da Família DIRETRIZES: ❖Integralidade ❖Território ❖Educação popular em saúde ❖Interdisciplinaridade ❖Participação social ❖Intersetorialidade ❖Educação permanente em saúde ❖Humanização ❖Promoção da saúde Compete à equipe do Nasf-AB: - Participar do planejamento conjunto com as equipes que atuam na Atenção Básica à que estão vinculadas; - Contribuir para a integralidade do cuidado aos usuários do SIS principalmente por intermédio da ampliação da clínica; - Realizar discussão de casos, atendimento individual, compartilhado, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais de todos os ciclos de vida, e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes, dentre outros... Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. Foram reorganizados pela portaria nº 2.436 de 21 de setembro de 2017, que aprovou a nova PNAB. MODALIDADES: ACADEMIA DA SAÚDE: • Lançado em 2011, o programa Academia da Saúde é uma estratégia de promoção e produção do cuidado com a saúde, a partir da implantação de espaços públicos. Conhecidos como polos do Programa Academia da Saúde, eles contam com infraestrutura apropriada, equipamentos e profissionais qualificados • Cada NASF pode ser vinculado a, no máximo, 3 polos do Programa Academia da Saúde • 1 profissional de nível superior com CH de 40 hs/sem ou 2 de 20 hs/sem COMPOSIÇÃO: - Poderão compor o NASF as seguintes ocupações do Código Brasileiro de Ocupações (CBO): A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas. PROCESSO DE TRABALHO: - Além do compartilhamento de responsabilidades e práticas, busca-se um processo de trabalho interdisciplinar e multiprofissional - Apoio matricial: um novo modo de organização e funcionamento, no qual duas ou mais equipes distintas se unem para trabalhar e executar as operações necessárias de forma colaborativa, possibilitando uma maior capacidade de cuidado - Estratégias utilizadas: - Trabalho em grupo - Projeto terapêutico singular - Genograma - Ecomapa - Atendimento domiciliar, individual compartilhado e individual específico - Clínica ampliada: uma clínica capaz de lidar com a singularidade sem abrir mão da atenção às doenças, suas possibilidades de diagnóstico e intervenção. Envolve a compreensão ampliada do processo saúde-doença do caso, a construção compartilhada de diagnósticos e terapêuticas; a ampliação do objeto de trabalho na intervenção; a transformação dos meios ou objetos de trabalho de maneira integrada e o suporte para os profissionais de saúde das diversas áreas; Programa Saúde na Escola (PSE) ▪ Definições: Programa Saúde na Escola (PSE), do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, foi instituído em 2007 pelo Decreto Presidencial nº 6.286. Fruto do esforço do governo federal em construir políticas intersetoriais para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira. ▪ Objetivo: contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. ▪ A partir de 2013 podem fazer parte do PSE: • Creches, incluindo as conveniadas • Pré-escolas • Ensino fundamental • Ensino médio • Educação de jovens e adultos ▪ O Programa Saúde na Escola (PSE) vem contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do desenvolvimento integral e proporcionar à comunidade escolar a participação em programas e projetos que articulem saúde e educação, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros. ▪ Desse modo, profissionais de saúde e de educação devem assumir uma atitude permanente de empoderamento dos princípios básicos de promoção da saúde por parte dos educandos, professores e funcionários das escolas. DIRETRIZES DO PSE: ▪I. Descentralização e respeito à autonomia federativa ▪II. Integração e articulação das redes públicas de ensino e de saúde ▪III. Territorialidade, respeitando as realidades e as diversidades existentes no espaço sob responsabilidade compartilhada ▪IV. Interdisciplinaridade e intersetorialidade ▪ V. Integralidade ▪ VI. Cuidado ao longo do tempo ▪ VII. Controle social ▪ VIII. Monitoramento e avaliação permanentes A GESTÃO NO PSE: ▪É feita por meio dos Grupos de Trabalho Intersetoriais (GTIs) ▪Centrada na gestão compartilhada, em que tanto o planejamento quanto a execução das ações são realizadas coletivamente a fim de atender às demandas locais ▪Decisões distribuídas por meio de análises e avaliações intersetoriais ▪O trabalho no GTI pressupõe interação com troca de saberes e de poderes entre os profissionais da saúde e da educação, educandos, comunidade e demais redes sociais ▪A articulação intersetorial das redes públicas de saúde e educação envolve mais que ofertas de serviço em um mesmo território ▪ Na instância federal, as equipes dos Ministérios da Educação e da Saúde compõem o Grupo de Trabalho Intersetorial Federal (GTI- F), instituída a Comissão Intersetorial de Educação e Saúde na Escola (Ciese) ▪ A intersetorialidade entre a Atenção Básica e as equipes escolares visa abrir as escolas para os projetos de saúde, determinando os passos em busca dos saberes educacionais, da valorização humana e da compreensão da importância da relação entre educação e saúde ▪No PSE, as atividades em Saúde devem ser parte do projeto político-pedagógico escolar ▪As temáticas a serem abordadas devem ser debatidas em sala de aula pelos professores, orientados pelos profissionais de saúde ▪A comunidade escolar analisa a dinâmica do ambiente escolar, considerando sua estrutura, condições, coerência pedagógicae necessidades da escola ou dos educandos MODOS DE AÇÃO DO PSE: ▪ Dar visibilidade aos fatores que colocam a saúde em risco e desenvolver estratégias para superar os problemas e as adversidades identificados e vivenciados pela comunidade são propostas de ações em Saúde ▪ Com a adesão do município ao PSE cada escola indicada passa a ter uma equipe de saúde da Atenção Básica de referência para executar conjuntamente as ações ▪ O PSE se dá com a interação dessas equipes de saúde da AB com as equipes de educação, no planejamento, execução e monitoramento de ações de prevenção, promoção e avaliação das condições de saúde dos educandos AÇÕES PREVISTAS: As ações previstas variam de acordo com o nível de ensino e estão compreendidas em três componentes: • Componente I: Avaliação das condições de saúde • Componente II: Promoção da saúde e prevenção das doenças e agravos • Componente III: Capacitação permanente dos profissionais de saúde e educação COMPONENTE I AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SAÚDE: • Saúde nutricional • Saúde ocular • Saúde bucal • Saúde auditiva • Saúde clínica (situação vacinal e doenças) • Saúde psicossocial COMPONENTE II PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E AGRAVOS: • Alimentação saudável • Prática corporal • Saúde sexual e reprodutiva • Prevenção ao uso de drogas • Cultura da paz • Saúde mental • Saúde ambiental • Desenvolvimento sustentável COMPONENTE III CAPACITAÇÃO PERMANENTE DOS PROFISSIONAIS: • Qualificações dos profissionais para abordagem das temáticas dos componentes I e II
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