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Etapas: Inspeção, palpação, percussão e Ausculta. As mãos devem ser lavadas antes e depois do exame físico. O uso de luvas é necessário, uso do jaleco é indispensável, com calçados fechados. Além disso o uso de EPIS é necessário. Inspeção Exploração feita a partir do sentido da visão, investigam-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior. Começa quando entramos em contato com o paciente “inspeção incial”. Pode ser efetuada a olho nu ou com a ajuda de uma lupa. Semiotécnica Exige uma boa iluminação, exposição adequada da região a ser examinada e uso ocasional de instrumentos como lanterna, lupa, otoscópio,oftalmoscópio). A inspeção de cavidades usa-se foco luminoso que pode ser uma lanterna comum com um bom facho de luz. É realizada por partes, desnudando somente a região a ser examinada, sempre respeitando o pudor do paciente. Pode ser realizada olhando de frente para a área a ser examinada. (inspeção frontal). A posição do examinador e do paciente depende das condições clínicas do mesmo, na maioria das vezes o paciente permanece sentado na beira do leito. Palpação Recolhe dados por meio do tato e da pressão, fornece impressões sobre a parte mais superficial e a pressão sobre as mais profundas. Percebe-se modificações de textura, temperatura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza. Semiotécnica Explicar cada etapa do exame ao paciente e a maneira como ele pode cooperar. Recomenda-se que o examinador aqueça as mãos, friccionando uma contra a outra antes de iniciar a palpação. Paciente em decúbito dorsal (Barriga para cima) Digitopressão: realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na compressão de uma área com diferentes objetivos pesquisar dor, avaliar a circulação cutânea, detectar edema. Puntipressão, consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo, usada para avaliar a sensibilidade dolorosa. Vitropressão, feita com auxilio de uma lamina de vidro comprimida na pele Distinção entre eritema e púrpura. Percussão Baseia-se no princípio de golpear um ponto qualquer do corpo, originam-se vibrações que tem características próprias quanto a intensidade, timbre e tonalidade. Semiotécnica Percussão direta: realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região- alvo. Golpe deve ser seco e rápido. Percussão DigitoDigital: Executada golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio. Tipos de Sons obtidos na percussão Maciço: Obtem-se ao percutir uma região com ausência de ar. (Fígado,baço, coração) Submaciço: Existência de ar em quantidade restrita. Timpânico: Se obtem ao percutir o intestino Ausculta Realizada com auxílio do estetoscópio. Semiotécnica Ambiente De Ausculta: Ambiente silencioso, os ruídos cardíacos e broncopulmonares são de pequena intensidade, conversas e barulhos produzidos por veículos ou outras máquinas impossibilitam a realização de uma boa ausculta. Posição do paciente e do examinador: Posição da ausculta cardíaca deve ser em decúbito dorsal com a cabeça apoiada. Ambiente adequado para o exame físico: Sala de exames deve ser tranquila, confortável e bem iluminada com privacidade e temperatura adequada. Exame Físico Geral O paciente deve ser examinado em decúbito, sentado, em pé e caminhando. Primeiramente deve-se examina-lo sentado a beira do leito. Estado Geral: Avaliação com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e interpretados de acordo com a experiência de cada um, é o que aparenta o paciente visto em sua totalidade. Bom estado Geral (BEG), Regular Estado Geral (REG) e Mau estado geral (MEG). Nível de Consciência: A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, resultante da atividade de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema reticular. Estado comatoso: no qual o paciente .erde a capacidade de identificar seu mundo interior e os acontecimentos do meio externo. Obnobilação: Nível de consciência é pouco comprometido, paciente em estado de alerta ainda que diminuído. Sonolência: Paciente facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a dormir. Confusão Mental: perda de atenção, pensamento não é claro, respostas lentas e ausência de percepção temporoespacial normal. Coma Estado de inconsciência, habitualmente prolongado (Horas, dias ou meses), do qual o paciente pode ou não emergir, não pode ser revertido pelos estímulos externos comuns. É a expressão de ausência de funções encefálicas, podendo ser por lesões ao parênquima, disfunções metabólicas e intoxicações exógenas. Escala de Gasglow Fala e Linguagem Desde o primeiro momento de contato com o paciente o examinador deve prestar atenção a fala. Alterações: Disfonia: Alteração no timbre da voz, por problema no aparelho fonador. Dislalia: Alterações menores de fala, como a substituição de letras em palavras por exemplo. Disartria: Alteração no músculo da fonação, com incoordenação cerebral. Disfasia:Minimas alterações há perda total da voz. Indica lesão no hemisfério dominante. Fáscies Conjunto de dados exibidos na face do paciente, resultante de elementos anatômicos associados a expressão. Fácies Normal ou Atipica: Comporta grandes variações, facilmente reconhecida por todos. Fácies Hipocrática: Olhos fundos, parados e inexpressíveis chamam logo a atenção do examinador. Fácies Renal: Elemento característico é o edema na região dos olhos. Com presença de palidez cutânea; Fácies Leonina: Alterações que compõem são produzidas pelas lesões da Hanseníase, a pele espessa contém lepromas de tamanhos variados. Fácies Adenoidiana: Nariz pequeno e afilado com a boca sempre entreaberta. Fácies Parkisoniana: Cabeça um pouco inclinada para frente e imóvel nessa posição. Aparenta ter uma expressão de espanto. Fácies Basedowiana: Olhos salientes (exoftalmia) e brilhantes, o rosto é magro. Fácies Mixedematosa: Rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. Expressão de desânimo. Fácies Acromegálica: proeminência das maças do rosto e maior desenvolvimento maxilar inferior. Fácies Mongoloide: Olhos oblíquos (chineses). Facies Cushgoide: Biótipo Postura Uma postura defeituosa pode ser consequência de hábitos posicionais ou de afecção da coluna vertebral. Boa Postura: Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante. Peito erguido fazendo adiantar ao máximo essa parte do corpo. Postura Sofrível: Cabeça levemente inclinada para diante, peito achatado e abdome protruso. Atitude em Decúbito preferida Posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com objetivo de aliviar a dor. Atitudes voluntárias Ortopneica: Tem como finalidade adotar essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica. Paciente sentado a beira do leito com as mãos apoiadas no colchão. Genupeitoral: Posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax põe-se em contato com o solo. Cocoras: em crianças com cardiopatia congênita cianótica, essa posição proporciona alívio da hipóxia generalizada. Postura Parkinsoniana: Apresenta a cabeça semiflexionada, tronco e membros inferiores, ao caminhar parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. Decúbitos: Posição em que está deitado, indica como o paciente prefere ficar no leito. Decúbito Lateral: é uma posição costuma ser adotada para pacientes com uma dor pleurítica , se deita no lado da dor (reduz a movimentação dos folhetos pleurais) DecúbitoDorsal: Com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia é observado nos processos inflamatórios pelvi-peritoneais. Decúbito Ventral: Comum em portadores de cólica intestinal, o paciente deita-se de bruços com um travesseiro embaixo da barriga. Atitudes Involuntárias Atitude Passiva: Paciente fica em posição que é deixado no leito. Observado em pacientes inconscientes e comatosos. Ortótono: Atitude em que todo tronco e os membros estão rígidos sem se curvarem. Opistótono: Atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, observadas em TÉTANO E MENINGITE. O Corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares. Emprostótono: Observado no Tétano, meningite e raiva, sendo o contrário do Opistótono, o paciete forma uma concavidade voltada para diante. Pleurostótono: Raro, encontrado em pacientes com tétano, raiva e meningite, o corpo se curva lateralmente. Medidas Antropométricas Peso: Soma de todos os componentes da composição corporal, água e tecidos adiposos, muscular e ósseo. Útil para determinar e monitorar o estado nutricional do paciente. Crianças Dobram de peso entre o 4º e 5º mês. Triplicando com 1 ano de idade. E Quadruplicando com 2 anos. Semiotécnica: O paciente deve ser pesado descalço, com a menor quantidade de roupa possível, posicionado no centro da balança com os braços ao longo do corpo. Peso atual : Peso encontrado no momento da consulta; Peso Usual ou Habitual: Usado como referência na avaliação de mudanças recentes de peso e em casos em que não a possibilidade de estimar. Peso Ideal: Calculado levando em consideração alguns parâmetros como idade, biótipo, sexo e altura. Altura² X IMC IMC Homens : 22kg/m² IMC Mulheres: 21 kg/m² Baixo peso- IMC menor que 19,9 kg/m² Normal - IMC 20-24,9 kg/m² Sobrepeso – IMC 25-29,9 kg/m² Obesidade – IMC 30-35 kg/m² Severa - IMC 35-40 kg/m² Obesidade mórbida – IMC acima de 40 kg/m² Altura/Estatura Semiotécnica: Na criança deve ser feita com a mesma deitada, em pacientes que conseguem ficar em pé, é recomendado o uso de balança com estadiômetro ou fita métrica inextensível. Importante que os calcanhares, panturrilhas , glúteos, escápula e ombros estejam próximos a parede. Índice de Massa corporal Peso Atual (kg)/Altura²m Circunferência Da Cintura e Circunferência Abdominal A circunferência da cintura e circunferência abdominal são usadas como equivalentes na prática diária. Semiotécnica: Fita métrica inextensível, graduada em centímetros é posicionada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca sem fazer pressão em plano horizontal. A CC reflete o conteúdo da gordura visceral aderida aos órgãos internos. Homens ≥102cm Mulheres ≥ 88cm Circunferência da Panturrilha É uma medida importante para acompanhar o estado nutricional pois permite avaliar a depleção de massa muscular. Feita com o paciente sentado com os pés a 20cm do corpo. A perna em um ângulo de 90º Avaliação do Estado de Nutrição Visa identificar por meio de sinais e sintomas, alterações do estado nutricional (Desnutrição e Obesidade) Feita por meio de comparação entre os dados obtidos e os padrões de referência. É importante não somente para o diagnóstico nutricional mas também para planejar , instituir e monitorar os cuidados nutricionais. Avaliado de acordo com os seguintes parâmetros: Peso Musculatura Panículo adiposo Desenvolvimento físico Estado geral Pele, pelos e olhos. Estado Normal: Os elementos encontram-se dentro dos limites normais. Excesso de Peso: Quando o peso está acima do normal o panículo adiposo ultrapassa os limites da normalidade e os valores físicos está acima dos valores máximos considerados em relação a etnia, sexo e idade. Obesidade ou Sobrepeso: Designação clínica para o excesso de peso decorrente do acúmulo de gordura. Hiponutrição e Desnutrição: Condição na qual o peso está abaixo dos valores mínimos normais e a musculatura é hipertrófica além de panículo adiposo escasso. Desnutrição Grau 1: Déficit de peso superior a 10% Desnutrição Grau 2: Déficit de peso superior a 20% Desnutrição Grau 3: Déficit de peso superior a 40%. Magreza e Caquexia: O paciente está abaixo do peso mínimo normal em relação a idade e ao sexo, com IMC <18,5 kg/m². Estado de Hidratação Avaliado com relação aos seguintes parâmetros: Alteração abrupta do peso. Alteração da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor. Fontanelas Alteração de mucosas quanto a umidade. Alterações oculares Estado geral. O paciente estará em estado de hidratação normal quando a oferta de líquido e eletrólitos estiver de acordo com as necessidades do organismo e não houver perdas extras (diarreia, vômitos, febre, taquipneia e sudorese excessiva) Desidratação: É a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizado por: Sede Diminuição abrupta de peso. Pele seca com elasticidade e turgor diminuídos. Mucosas secas Olhos afundados. Fontanellas deprimidas no caso de crianças; Estado geral comprometido. Oligúria. TREMORES Pesquisa com mãos estendidas e dedos entreabertos Tremor de repouso- Parkinsonismo( contar dinheiro, enrolar cigarro) Tremor de postura- quando o membro é colocado em posição( flapping, Asterix) Tremor de ação surge na execução do movimento ( doenças cerebelares) Tremor vibratório- hipertireoidismo, alcoolismo,emocional ou familiar MIOCLONIAS Ocorrem contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas Um músculo ou um grupo muscular Choques ou trancos( descargas de neurônios sub corticais epilepsia pequeno mal) ASTERIX - FLAPPING Movimentos rápidos de amplitude variável, segmentos distais Lembram o bater asas das aves Manobra semiológica para diagnóstico de encefalopatia hepática e urêmica. TIQUES Movimentos involuntários Simples- piscamento/abertura da boca Fechamento dos punhos Complexos- contrações faciais bizarras/toca e cheira objetos Tiques vocais- limpar a garganta, estalos com lábios ou língua, repetição da ultima palavra emitida pelo paciente ou ouvida do interlocutor CONVULSÃO Movimentos involuntários súbitos e incoordenados e paroxísticos Generalizados ou focais Tônicos Clônicos ou ambos (descargas bioelétricas) complexos Edema Excesso de líquidos acumulados no espaço intersticial ou no interior das próprias células. Pode ocorrer em qualquer região do organismo. Devem ser analisados os seguintes parâmetros: Localização e Distribuição Intensidade Consistência Elasticidade Temperatura da pele circunjacente Sensibilidade da pele circunjacente Localização e Distribuição A distinção a ser feita é se o edema é localizado ou generalizado. Restringe-se a um segmento do corpo, seja um dos membros inferiores ou superiores. Intensidade Com a popa digital do indicador ou polegar devemos fazer uma compressão firme e sustentada, de encontro a uma estrutura rígida subjacente a área do exame. Ao ser retirado o dedo podemos ver uma depressão chamada Fóvea. A intensidade é graduada pela profundidade da fóvea graduada em cruzes. Consistência A mesma manobra que é realizada para avaliar a intensidade serve para investigar a consistência do edema. Avaliada de acordo com o grau de resistência . Edema Mole: Facilmente depressível, significa apenas que a retenção hídrica é de duração não muito longa e o tecido celular subcutâneo está infiltrado de água. Edema Duro: Encontra-se maior resistência para obter a formação da fóvea. Elasticidade Verifica-se também a elasticidade com a conferência da intensidade e consistência. Observada a volta da pele a posição primitiva quando se termina a compressãoFISIOPATOLOGIA DO EDEMA Forças que atuam na regulação dapassagem de água e eletrólitos no nível dos capilares Pressão hidrostática Pressão oncótica das proteínas Osmolaridade intra e extra vascular Linfático Relacionar causa do edema com mecanismo de formação. Síndrome nefrótica -obesidade Pielonefrite -hipotireoidismo Insuficiência cardíaca - medicamentos(antagonistas do cálcio) Cirrose Desnutrição Edema alérgico Gravidez Toxemia gravídica( pré eclampsia Linfedema Afecções dos linfáticos Edema duro, inelástico, indolor com pele grossa- elefantíase Mixedema -edema generalizado por disfunção tireoideana (deposição de substância mucopolissacarídeo no espaço intersticial) TEMPERATURA CORPORAL Aparelho termorregulador varia 0,6 graus Regulação da temperatura corporal é quase que exclusivamente realizada pelo Hipotálamo, medula e pele Verificação da temperatura: axilar, oral, retal, timpânico.( esofágico, vesical, arterial pulmonar) FEBRE Temperatura acima do normal 36,4 graus Substâncias pirogênicas ( bactérias, tecidos doentes, necrose tecidual, tumores) Regulação da temperatura-requer equilíbrio entre produção e perda de calor SINAL DE ALERTA FORTE Febre e seus aspectos nocivos Acelera o metabolismo Acentua a perda de peso Aumenta o trabalho cardíaco Febre e sudorese agrava a perda de líquidos Provoca cefaleia e fotofobia PATOGENIA E EFEITOS DA FEBRE Febre é manifestação de diversos processos patológicos e infecciosos, o fator comum é a lesão tecidual. Não apresentar febre frente a um quadro de infecção grave é um mau prognóstico Característica semiológica da febre: Início súbito ou gradual Intensidade leve 37,5, moderada até 38,5, elevada acima de 38,5 Duração 1 a 3 semanas (prolongada) Modo de evolução- análise do quadro térmico1ou 2x dia Término abrupto ou gradualmente CAUSAS DA FEBRE Aumento da produção de calor- hipertireoidismo Bloqueio da perda de calor- ICC Lesão de tecidos Infecções bacterianas e virais Lesões mecânicas, cirurgias, esmagamentos Neoplasias Doença linfoproliferativas Afecções vasculares-IAM, TVP, Hemorragias Doença auto- imune, SIDA, doenças reumáticas Doença do sistema nervoso central HIPOTERMIA TEMPERATURA AXILAR ABAIXO DE 35 E RETAL ABAIXO DE 36 GRAUS CIRURGIA CARDÍACA CONGELAMENTO ACIDENTAL COMA DIABÉTICO NEOPLASIAS
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