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PROBLEMA 8 - FUNÇÕES

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PROBLEMA 8 – 
OBJETIVO 1 – ENTENDER A ANATOMIA E A 
HISTOLOGIA DOS RINS E SISTEMA URINÁRIO 
RINS 
Os rins excretam os produtos finais do metabolismo e 
o excesso de água. 
Os rins também têm funções endócrinas, produzem e 
liberam eritropoietina, a qual afeta a formação de 
células vermelhas do sangue; renina, que influencia a 
pressão sanguínea; 1,25-di-hidroxicolecalciferol (a 
forma metabolicamente ativa da vitamina D), a qual 
está envolvida no controle da absorção de cálcio e no 
metabolismo mineral; 
No estado fresco, os rins são marrom-avermelhados. 
Eles estão situados posteriormente, atrás do peritônio 
parietal posterior (SÃO RETROPERITONEAIS) e estão 
circundados por tecido adiposo. 
Superiormente está nivelado com a 12 vertebra 
torácica e inferiormente com a 3 vertebra lombar. 
O rim direito é normalmente um pouco mais baixo 
que o rim esquerdo, o que reflete sua relação com o 
fígado. 
Cada rim possui tipicamente 11 cm de comprimento, 
6 cm de largura e 3 cm de dimensão anteroposterior 
(espessura). 
O peso médio é de 150 g em homens e 135 g em 
mulheres. 
A fáscia renal é um denso envoltório de tecido 
conjuntivo elástico que envolve cada rim e a glândula 
suprarrenal a ele associada, juntos com uma camada 
de gordura pararrenal circundante. 
Os polos superiores de ambos os rins são espessos e 
arredondados, e cada um está relacionado com sua 
glândula suprarrenal. 
Os polos inferiores são mais delgados e se encontram 
a aproximadamente 2,5 cm cristas ilíacas. 
 
 
 
O lado medial de cada rim apresenta região indentada 
chamado hilo. Pelo hilo passam a artéria e veia renais, 
vasos linfáticos, suprimento nervoso e o ureter, que 
carreia urina do rim para a bexiga. 
Anatomia interna dos rins 
Um corte frontal através do rim revela duas regiões 
distintas: uma região vermelha clara superficial 
chamada córtex renal e uma região interna mais 
escura castanha avermelhada chamada medula renal. 
A medula renal consiste em várias pirâmides renais 
em forma de cone. A base (extremidade mais larga) 
de cada pirâmide está voltada para o córtex renal, e 
seu ápice (extremidade mais estreita), chamado 
papila renal, está voltado para o hilo renal. 
O córtex renal é a área de textura fina que se estende 
da cápsula fibrosa às bases das pirâmides renais e nos 
espaços entre elas. Ela é dividida em uma zona 
cortical externa e uma zona justamedular interna. As 
partes do córtex renal que se estendem entre as 
pirâmides renais são chamadas colunas renais. 
Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais da medula 
renal constituem o parênquima, ou porção funcional 
do rim. No interior do parênquima estão as unidades 
funcionais dos rins – aproximadamente 1 milhão de 
estruturas microscópicas chamadas néfrons. 
O filtrado formado pelos néfrons é drenado para 
grandes ductos coletores, que se estendem através da 
papila renal das pirâmides. 
Os ductos coletores drenam para estruturas em forma 
de taça chamadas cálices renais maiores e cálices 
renais menores. Cada rim tem de 8 a 18 cálices renais 
menores e 2 ou 3 cálices renais maiores. Um cálice 
renal menor recebe urina dos ductos coletores de 
uma papila renal e a carreia para um cálice renal 
maior. 
Dos cálices renais maiores, a urina flui para uma 
grande cavidade única chamada pelve renal e, em 
seguida, para fora pelo ureter até a bexiga urinária. 
O hilo se expande em uma cavidade no interior do rim 
chamada seio renal, que contém parte da pelve renal, 
os cálices e ramos dos vasos sanguíneos e nervos 
renais. O tecido adiposo ajuda a estabilizar a posição 
destas estruturas no seio renal. 
 
HISTOLOGIA DOS RINS 
1. RINS 
O parênquima é dividido em córtex externo e medula 
interna; 
Cada túbulo urinífero do rim é composto por néfron e 
o tubo coletor; 
O néfron é formado pelo Corpúsculo renal, pelo 
Túbulo Contorcido Proximal, pela alça de Henle e pelo 
Túbulo Contorcido Distal; 
Cada corpúsculo renal tem um glomérulo central de 
vasos e uma cápsula glomerular (de Bowman), do qual 
o túbulo renal se origina. 
O tubo coletor conecta o túbulo contorcido distal ao 
ducto coletor; 
O néfron consite em um corpúsculo renal, relacionado 
com a filtração do plasma, e um túbulo renal, 
relacionado com a reabsorção seletiva do filtrado para 
formar a urina 
2. CORPÚSCULO RENAL 
São encontrados somente no córtex do rim. 
Possui um polo vascular (onde arteríola aferente entra 
e eferente sai) e um Polo Urinário (onde o túbulo 
proximal inicia) 
Cada corpúsculo consiste em uma parte epitelial 
chamada de Capsula de Bowman e uma parte vascular 
formada pelos capilares glomerulares. 
A camada externa da Capsula de Bawman(folheto 
parietal) consiste em um Epitélio Simples 
Pavimentoso. 
A camada mais interna (folheto visceal) consiste em 
células especializadas chamadas de Podócitos. 
 O revestimento dos capilares glomerulares é um 
endotélio com múltiplas fenestras. 
Contém células mesangiais na lâmina basal entre os 
capilares, que possui a função de: Regular o fluxo 
sanguíneo, Proporcionar suporte e Fagocitar. 
 
3. TÚBULOS PROXIMAIS 
São altamente contorcidas no córtex e mais retilíneos 
em direção à medula. 
São mais arredondados. 
Sua parede é formada por Epitélio Simples Cilíndrico; 
Possui muitas mitocôndrias no citoplasma, deixando 
as células com um aspecto granular e altamente 
eosinófilo. 
Apresenta uma borda interna contendo microvilos 
formando uma borda em escova. 
Obs: Túbulos Distais são mais curtos e possui células 
cubicas menores e menos eosinófilos. 
Obs: A alça de Henle possui um Epitélio Simples 
Pavimentoso. 
4. DUCTOS COLETORES 
Inicia-se no córtex e se estende até a medula; 
Apresenta um grande lúmen 
É revestido por um Epitélio Simples que varia de 
Cúbico à Cilíndrico Baixo. 
Possui células Clara (C. Principais) apresentando um 
cílio único. 
Possui células Escuras (C.Intercalada) que atua na 
acidificação, tem mais organelas e mais microvilos. 
URETER 
Os ureteres são dois tubos musculares nos quais 
contrações peristálticas carregam a urina dos rins para 
a bexiga urinária. Cada um mede 25-30 cm de 
comprimento, de paredes espessas e estreitos, são 
contínuos superiormente com a pelve renal em forma 
de funil. 
O diâmetro do ureter é normalmente de 3 mm, mas é 
discretamente menor em sua junção com a pelve 
renal, na borda da pelve menor próximo à margem 
medial do músculo psoas maior e onde corre dentro 
da parede da bexiga urinária, que é sua parte mais 
estreita. 
Estes são os locais mais comuns para a impactação de 
cálculos renais. 
Os ureteres perfuram a face posterior da bexiga e 
correm obliquamente através de sua parede por uma 
distância de 1,5-2,0 cm antes de terminar nos óstios 
dos ureteres. Acredita-se que este arranjo previne o 
refluxo de urina para o ureter, uma vez que os 
segmentos intramurais ficam fechados durante o 
aumento na pressão da bexiga na micção. 
Irrigação: 
O ureter é suprido por ramos das artérias renal, 
gonadal, ilíaca comum, ilíaca interna, vesical e uterina, 
e pela parte abdominal da aorta. 
A drenagem venosa dos ureteres geralmente segue o 
padrão inverso do suprimento arterial 
BEXIGA 
A bexiga urinária é um órgão muscular oco e 
distensível situado na cavidade pélvica 
posteriormente à sínfise púbica. Nos homens, é 
diretamente anterior ao reto; nas mulheres, é anterior 
à vagina e inferior ao útero. 
Pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição. 
Quando ligeiramente distendida em decorrência do 
acúmulo de urina, a bexiga urinária é esférica. Quando 
está vazia, ela se achata. 
A capacidade média da bexiga urinária é de 700 a 800 
mℓ. Ela é menor nas mulheres, porque o 
útero ocupa o espaço imediatamente superior à 
bexiga urinária. 
O músculo liso vesical é chamado músculo detrusor. 
As fibras musculares estendem-se em todas as 
direções e, quando contraídas, podem aumentar a 
pressãono interior da bexiga até 40 a 60 mmHg. 
Assim, a contração do músculo detrusor é a etapa 
principal no esvaziamento da bexiga. 
Na parede posterior da bexiga, situada imediatamente 
acima do colo vesical, existe pequena área triangular, 
chamada trígono. Na porção mais inferior, o ápice do 
trígono, o colo vesical se abre na uretra posterior e os 
dois ureteres entram na bexiga nos ângulos mais 
superiores do trígono. O trígono pode ser identificado 
pelo fato de sua mucosa, o revestimento interno da 
bexiga, ser liso, em contraste com o restante da 
mucosa vesical que é pregueada, formando rugas 
A bexiga é suprida principalmente pelas artérias 
vesicais superior e inferior, derivadas do tronco 
anterior da artéria ilíaca interna. Na mulher, 
ramos adicionais são derivados das artérias uterina e 
vaginal. 
As veias que drenam a bexiga formam um complicado 
plexo venoso nas faces inferolaterais, que passa para 
atrás, nos ligamentos laterais pubovesicais, para 
terminar nas veias ilíacas internas. 
HISTOLOGIA DOS URETERES E BEXIGA 
Os ureteres e a bexiga possuem uma histologia 
comum. 
Formada por 4 camadas: 
1. Urotélio (epitélio de transição): reveste o 
lúmen e tem propriedades expansíveis; 
2. Lâmina própria: tecido conjuntivo frouxo; 
3. Musculo Liso: longitudinal externa e circular 
interna; Na bexiga é o Músculo detrusor liso 
4. Adventícia ou Serosa: tecido conjuntivo 
frouxo; 
URETRA MASCULINA 
A uretra é um pequeno tubo que vai do óstio interno 
da uretra no assoalho da bexiga urinária até o exterior 
do corpo. 
Em homens e mulheres, a uretra é a parte terminal do 
sistema urinário e a via de passagem para a descarga 
de urina do corpo. Nos homens, também libera o 
sêmen (líquido que contém espermatozoides). 
A uretra masculina, que também consiste em uma 
túnica mucosa profunda e uma túnica muscular 
superficial, é subdividida em três regiões anatômicas: 
(1) A parte prostática, que passa através da próstata. 
(2) A parte membranácea, a porção mais curta, que 
atravessa o músculo transverso profundo do períneo. 
(3) A parte esponjosa, a mais longa, que atravessa o 
pênis. 
A parte prostática da uretra contém as aberturas (1) 
dos ductos que transportam secreções da próstata e 
(2) das glândulas seminais e do ducto deferente, que 
liberam os espermatozoides para a uretra e fornecem 
secreções que neutralizam a acidez do sistema genital 
feminino e contribuem para a mobilidade e a 
viabilidade dos espermatozoides. Os ductos das 
glândulas bulbouretrais se abrem na parte esponjosa 
da uretra. Eles liberam uma substância alcalina antes 
da ejaculação, que neutraliza a acidez da uretra. As 
glândulas também secretam muco, que lubrifica a 
extremidade do pênis durante a excitação sexual. Ao 
longo da uretra, mas especialmente na parte 
esponjosa da uretra, as aberturas dos ductos das 
glândulas uretrais liberam muco durante a excitação 
sexual e a ejaculação. 
A artéria uretral origina-se da artéria pudenda interna 
ou da artéria comum do pênis. 
Em adição, a uretra é irrigada pela artéria dorsal do 
pênis, via ramos circunflexos de cada lado; pode ser 
irrigada também de forma retrógrada, através dos 
ramos terminais da glande. 
A drenagem venosa da parte anterior da uretra corre 
para as veias dorsais do pênis e veias pudendas 
internas, que drenam para o plexo venoso prostático. 
A parte posterior da uretra drena para os plexos 
venosos prostático e vesical, que drenam, por sua vez, 
para as veias ilíacas internas. 
HISTOLOGIA DA URETRA MASCULINA 
O epitélio da parte prostática é contínuo com o da 
bexiga urinária e consiste em epitélio de transição, 
que se torna epitélio colunar estratificado ou epitélio 
colunar pseudoestratificado mais distalmente. 
A túnica mucosa da parte membranácea contém 
epitélio colunar estratificado ou epitélio colunar 
pseudoestratificado. 
O epitélio da parte esponjosa é composto por epitélio 
colunar estratificado ou colunar pseudoestratificado, 
exceto perto do óstio externo da uretra. Neste local, 
é composto por epitélio pavimentoso estratificado 
não queratinizado. 
A lâmina própria da uretra masculina é 
composta por tecido conjuntivo areolar, com fibras 
elásticas e um plexo de veias. 
Contém uma camada intermediária de músculo liso 
circular; e um tecido conjuntivo externamente. 
URETRA FEMININA 
Nas mulheres, a uretra encontra se diretamente 
posterior à sínfise púbica; 
A uretra é suprida principalmente pela artéria vaginal, 
mas também recebe suprimento da artéria vesical 
inferior. 
O plexo venoso ao redor da uretra drena para o plexo 
venoso vesical em torno do colo da bexiga urinária, e 
para as veias pudendas internas. 
HISTOLOGIA DA URETRA FEMININA 
A parede da uretra feminina é constituída 
por uma túnica mucosa profunda e uma túnica 
muscular superficial. 
A túnica mucosa é uma membrana mucosa composta 
por epitélio e lâmina própria (tecido conjuntivo 
areolar com fibras elásticas e um plexo de veias). 
Perto da bexiga urinária, a túnica mucosa contém 
epitélio de transição, que é contínuo com o da bexiga 
urinária; perto do óstio externo da uretra, é composto 
por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado. 
Entre estas áreas, a túnica mucosa contém 
epitélio colunar estratificado ou colunar 
pseudoestratificado. 
A túnica muscular consiste em fibras musculares lisas 
dispostas circularmente e é contínua com a da bexiga 
urinária. 
OBJETIVO 2 – COMPREENDER A CIRCULAÇÃO RENAL 
(CARACTERISTICAS ESPECIAIS) 
Visto que os rins removem as escórias metabólicas do 
sangue e regulam o volume e a composição iônica do 
sangue, não é surpreendente que eles sejam 
abundantemente irrigados por vasos sanguíneos. 
Embora os rins constituam menos de 0,5% 
da massa total do corpo, recebem 20 a 25% do débito 
cardíaco de repouso por meio das artérias renais 
direita e esquerda 
No rim, a artéria renal se divide em várias artérias 
segmentares, que irrigam diferentes segmentos do 
rim. Cada artéria segmentar emite vários ramos que 
penetram no parênquima e passam ao longo das 
colunas renais entre os lobos renais como as artérias 
interlobares. 
Nas bases das pirâmides renais, as artérias 
interlobares se arqueiam entre o córtex e a medula 
renais; aqui, são conhecidas como artérias arqueadas. 
As divisões das artérias arqueadas produzem várias 
artérias interlobulares. Estas artérias irradiam para 
fora e entram no córtex renal. Neste local, emitem 
ramos chamados arteríolas glomerulares aferentes. 
Cada néfron recebe uma arteríola glomerular 
aferente, que se divide em um enovelado capilar 
chamado glomérulo. Os glomérulos capilares então se 
reúnem para formar uma arteríola glomerular 
eferente, que leva o sangue para fora do glomérulo. 
As arteríolas eferentes se dividem para formar os 
capilares peritubulares, que circundam as partes 
tubulares do néfron no córtex renal. Estendendose de 
alguns capilares glomerulares eferentes estão 
capilares longos, em forma de alça, chamados 
arteríolas retas, que irrigam porções tubulares do 
néfron na medula renal 
Os capilares peritubulares por fim se unem para 
formar as veias interlobulares, que também recebem 
sangue das arteríolas retas. Em seguida, o sangue flui 
pelas veias arqueadas para as veias interlobares, que 
correm entre as pirâmides renais. O sangue sai do rim 
por uma veia renal única que emerge pelo hilo renal e 
transporta o sangue venoso para a veia cava inferior. 
 
OBJETIVO 3 – DESCREVER O PROCESSO FISICO 
QUIMICO DA FILTRAÇÃO RENAL E SUA REGULAÇÃO. 
O líquido que entra no espaço capsular é chamado 
filtrado glomerular. 
Em média, o volume diário de filtrado glomerular em 
adultos é de 150 ℓ nas mulheres e 180 ℓ em homens. 
 Mais de 99% do filtrado glomerular regressa à 
corrente sanguínea por meio da reabsorção tubular, 
de modo que apenas 1 a 2 ℓ são excretados como 
urina. 
Membrana de filttraçãoJuntos, os capilares glomerulares e os podócitos, que 
circundam completamente os capilares, formam uma 
barreira permeável conhecida como membrana de 
filtração. 
Esta configuração em sanduíche possibilita a filtração 
de água e pequenos solutos, mas impede a filtração 
da maior parte das proteínas plasmáticas, células 
sanguíneas e plaquetas. 
As substâncias filtradas do sangue atravessam três 
barreiras de filtração – a célula endotelial glomerular, 
a lâmina basal e uma fenda de filtração formada por 
um podócito. 
 
As fenestrações permitem que os solutos do plasma 
sanguíneo saiam pelo plasma, mas impede a filtração 
de células sanguíneas e plaquetas. 
Localizadas entre os capilares glomerulares e 
na fenda entre as arteríolas glomerulares aferentes e 
eferentes estão as células mesangiais. Estas 
células contráteis ajudam a regular a filtração 
glomerular. 
Estendendose de cada podócito estão milhares de 
processos em forma de pé denominados pedicelos, 
que envolvem os capilares glomerulares. 
A filtração usa o princípio da pressão para forçar os 
líquidos e solutos através de uma membrana. No 
entanto, o volume do liquido filtrado pelo corpúsculo 
renal é muito maior do que em outros capilares por 3 
motivos: 
1. Os glomérulos capilares apresentam uma 
grande área de superfície para a filtração, 
porque são longos e extensos. As 
células mesangiais regulam a quantidade de 
área de superfície disponível. 
2. A membrana de filtração é fina e porosa. 
Sendo mais permeáveis que os capilares 
sanguíneos devido as suas fenestrações. 
3. A pressão sanguínea capilar glomerular é alta. 
Como a arteríola glomerular eferente tem um 
diâmetro menor do que o da arteríola 
glomerular aferente, a resistência à saída do 
sangue do glomérulo é alta. Como resultado, 
a pressão sanguínea nos capilares 
glomerulares é consideravelmente mais 
elevada do que nos capilares sanguíneos. 
Pressão efetiva de filtração 
A filtração glomerular depende de três pressões 
principais. Uma pressão promove filtração e duas 
pressões se opõem à filtração. 
1. A pressão hidrostática glomerular do sangue 
(PHGS) é a pressão do sangue nos capilares 
glomerulares. Em geral, a PHGS é de 
aproximadamente 55 mmHg. Ela promove a 
filtração, forçando a água e os solutos do 
plasma sanguíneo através da membrana de 
filtração. 
2. A pressão hidrostática capsular (PHC) é a 
pressão hidrostática exercida contra a 
membrana de filtração pelo líquido que já 
está no espaço capsular e no túbulo renal. A 
PHC se opõe à filtração e representa uma 
“pressão de retorno” de aproximadamente 15 
mmHg 
3. A pressão coloidosmótica do sangue (PCOS), 
que é decorrente da presença de proteínas – 
como a albumina, as globulinas, o fibrinogênio 
no plasma e no sangue – também se opõe à 
filtração. A PCOS média nos capilares 
glomerulares é de 30 mmHg. 
 
Taxa de filtração glomerular 
A quantidade de filtrado formado em todos os 
corpúsculos renais de ambos os rins a cada minuto 
determina a taxa de filtração glomerular (TFG). 
Se a TFG for muito elevada, as substâncias passam tão 
rapidamente que algumas não são reabsorvidas e 
perdidas na urina. 
Se a TFG for baixa, quase todo o filtrado pode ser 
reabsorvido e determinadas escórias metabólicas 
podem não ser adequadamente excretadas. 
Três mecanismos controlam a TFG: a autorregulação 
renal, a regulação neural e a regulação hormonal. 
 
 
Autorregulação renal da TFG 
Os rins possui um recurso chamado de autorregulação 
renal, e é composto por dois mecanismos – o 
mecanismo miogênico e o feedback tubuloglomerular. 
O mecanismo miogênico ocorre quando a distensão 
dispara a contração das células musculares lisas das 
paredes das arteríolas glomerulares aferentes. 
Conforme a Pressão Arterial sobe, a TFG aumenta. No 
entanto, a pressão sanguínea elevada distende as 
paredes das aferentes e estas e contraem, diminuindo 
a taxa de filtração. 
Inversamente, quando a pressão arterial diminui, as 
arteríolas eferentes se dilatam, fluxo renal se eleva e 
a TFG aumenta. 
O segundo contribuinte para a autorregulação renal, o 
feedback tubuloglomerular, é assim chamado porque 
parte dos túbulos renais – a mácula densa – fornece 
feedback ao glomérulo. 
Quando a TFG está acima do normal em 
decorrência da pressão arterial sistêmica elevada, o 
líquido filtrado flui mais rapidamente ao longo dos 
túbulos renais. 
Como resultado, o túbulo contorcido proximal e a alça 
de Henle têm menos tempo para reabsorver Na+, Cl– e 
água. Acreditase que as células da mácula densa 
detectem o aumento do aporte de Na+, Cl– e água e 
inibam a liberação de óxido nítrico (NO) das células do 
aparelho justaglomerular (AJG). 
 Como o NO provoca vasodilatação, as arteríolas 
glomerulares aferentes se contraem quando o nível 
de NO diminui. Como resultado, menos sangue flui 
para os capilares glomerulares, e a TFG diminui. 
Regulação neural da TFG 
Como a maior parte dos vasos sanguíneos do corpo, 
os dos rins são inervados por fibras simpáticas do SNA 
que liberam norepinefrina. A norepinefrina causa 
vasoconstrição pela ativação de receptores α1, que 
são abundantes nas arteríolas aferentes. 
Com a estimulação simpática moderada, tanto as 
arteríolas glomerulares aferentes quanto eferentes se 
contraem com a mesma intensidade. 
Regulação hormonal da TFG 
Dois hormônios contribui para a regulação da TFG. A 
angiotensina II reduz a TFG; o peptídio natriurético 
atrial (PNA) aumenta a TFG. 
A angiotensina II é um vasoconstritor muito potente 
que estreita as arteríolas glomerulares aferentes e 
eferentes e reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo 
assim a TFG. 
O PNA aumenta a área de superfície disponível 
para a filtração capilar. A TFG aumenta à medida que 
a área de superfície aumenta.

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