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Histologia do sistema digestório

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HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
- Todos componentes do sistema digestório apresenta 
características estruturais em comum: Tubo oco 
composto por lúmen cujo o diâmetro é variado 
- O tubo oco é circundado por quatro principais 
camadas: 
1. Mucosa 
2. Submucosa 
3. Muscular 
4. Serosa 
 
Mucosa: 
o Revestimento epitelial (camada interna) 
o Lâmina própria (camada intermediaria) – 
Tecido conjuntivo frouxo rico em vasos 
sanguíneos, vasos linfáticos e células 
musculares lisas, e além disso também podem 
ter glândulas e tecido linfoide 
o Camada muscular (externa) – Separa a 
mucosa da submucosa, sendo compostas por 
duas camadas de musculo liso delgadas: 
Circular interna e uma longitudinal externa 
- Essas subcamadas promovem o movimento da 
camada mucosa, independentemente de outros 
movimentos do sistema digestório, aumentando o 
contato da mucosa com o alimento 
 
Submucosa: 
o Composta por tecido conjuntivo 
o Possui muitos vasos sanguíneos e linfáticos 
o Possui o plexo nervoso submucoso (PLEXO DE 
MEISSNER) 
o Pode conter glândulas e tecido linfoide 
 
Camada muscular: 
o Compostas por células musculares lisas 
orientadas em espiral 
o São divididas em duas subcamadas, de acordo 
com o direcionamento principal: Camada 
circular (INTERNA) e Camada longitudinal 
(EXTERNA) 
o O plexo nervoso mioentérico (plexo de 
Auerbech) fica entre essas duas camadas de 
musculo → Os plexos são compostos por 
neurônios viscerais multipolares que formam 
pequenos gânglios parassimpáticos, no qual 
se comunicam com uma rica rede de fibras pré 
e pós-ganglionares do sistema nervoso 
autônomo 
 
Serosa: 
o Formada por uma camada delgada de tecido 
conjuntivo frouxo 
o Revestido por MESÓTELIO (tecido epitelial 
pavimentoso simples) 
o Na cavidade abdominal, a camada serosa 
responsável por revestir os órgãos é 
denominada PERITÔNIO VISCERAL 
o A camada de peritônio visceral é continua 
com o MESENTÉRIO → Membrana delgada 
revestida por mesotelio nos dois lados, que 
suporta os intestinos 
o O peritônio visceral também é continuo com 
o PERITÔNIO PARIETAL que é uma membrana 
serosa que reveste a parede da cavidade 
abdominal 
Em locais em que há união do órgão digestivo com 
outros órgãos ou estruturas, a camada serosa é 
substituída por uma camada adventícia espessa que 
consiste em tecido conjuntivo e adiposo com vasos e 
nervos, sem o mesotélio 
 
Funções do revestimento epitelial da mucosa do 
sistema digestório: 
o Criar uma barreira seletivamente permeável 
entre o conteúdo do lúmen e os tecidos do 
organismo 
o Facilitar o transporte e a digestão de alimento 
o Promover a absorção dos produtos dessa 
digestão 
o Produzir hormônios que regulem a atividade 
do sistema digestório 
o Possui células secretoras de muco 
- A lâmina própria, localizada abaixo do epitélio, é 
uma zona rica em macrófagos e células linfoides que 
produzem anticorpos IgA que é secretado ao lúmen → 
Esses anticorpos são secretados para o lúmen ligada a 
uma proteína produzida pelas células epiteliais de 
revestimento intestinal 
- O complexo sIgA protege de invasão contra bactérias 
e vírus, também sendo resistentes a enzimas 
proteolíticas podendo coexistir com proteases do 
lúmen 
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Algumas células de defesa dispersas no tecido, também 
tem nódulos linfoides na lamina própria e na camada 
submucosa que protege o organismo junto com o epitélio 
A necessidade do suporte imunológico é necessária pois a 
maior parte do sistema digestório é revestido por um 
epitélio pavimentoso simples – exceto: Boca, esôfago e 
canal anal) 
 
CAVIDADE ORAL 
- Revestida por epitélio pavimentoso estratificado 
que dependendo da região pode ser queratinizado ou 
não queratinizado: 
o Camada queratinizada: Gengiva e palato duro 
o Camada não-queratinizada: Palato mole, 
lábios, bochechas e assoalho da boca 
 
- O epitélio queratinizado fornece proteção mecânica 
a mucosa, durante o processo de mastigação 
- A lamina própria das regiões queratinizadas contém 
varias papilas e repousa diretamente no periósteo 
- A lamina própria do epitélio não-queratinizado 
possui papilares similares a da derme, sendo continua 
com a submucosa que contém glândulas salivares 
menores que são distribuídas difusamente 
- Nos lábios observa-se uma transição do epitélio oral 
não queratinizado para o queratinizado da pele 
- O palato mole contém, no seu centro, musculo 
estriado esquelético e várias glândulas mucosas e 
nódulos linfoides na submucosa 
 
A cavidade bucal é dividida em duas regiões: 
1. Vestíbulo da boca – Espaço situado entre os 
lábios, bochechas e dentes 
2. Cavidade própria da boca – Atrás dos dentes, 
formada superiormente pelos palatos duro e 
mole, inferiormente pela língua e assoalho da 
boca e posteriormente pela entrada da 
orofaringe 
 
GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES: 
 
GLÂNDULA PARÓTIDA: 
o Maior das três glândulas 
o Localizadas na região infratemporal da 
cabeça 
o Seu ducto excretor é o DUCTO PAROTÍDEO de 
Stensen) → Abre-se na papila do ducto 
parotídeo, uma pequena elevação na 
superfície mucosa da bochecha em oposição 
ao segundo molar superior 
 
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR: 
o Localizada no triangulo submandibular do 
pescoço 
o Seu ducto excretor é o DUCTO 
SUBMANDIBULAR (de Wharton) → Abre-se 
em uma pequena proeminência carnuda que 
se abre de cada lado do frênulo da língua, no 
assoalho da cavidade oral denominada 
CARÚNCULA SUBLINGUAL 
 
GLÂNDULA SUBLINGUAL: 
o Situada inferiormente a língua, dentro das 
pegas sublinguais no assoalho da cavidade 
oral 
o Apresentam vários ductos excretores, nos 
quais desembocam no ducto submandibular e 
também individualmente na cavidade oral 
- As glândulas parótidas e submandibulares possui 
ductos longos, que se estende da porção secretora da 
glândula até a cavidade oral, enquanto os ductos 
sublinguais são relativamente curtos 
 
GLANDULAS SALIVARES MENORES 
- Estão localizada na submucosa da cavidade oral 
- As glândulas desembocam diretamente na cavidade 
oral por meio de curtos ductos 
- Recebem seu nome de acordo com a sua localização: 
Glândulas da bochecha, labiais, linguais e palatinas 
 
 
 
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TONSILAS 
- São agregações de nódulos linfáticos que estão 
agrupados ao redor da abertura posterior das 
cavidades oral e nasais 
- O tecido linfoide se organiza em um ANEL LINFÁTICO 
DA FARINGE (anel de Waldeyer) de proteção 
imunológica → Se localiza na entrada compartilhada 
dos tratos digestivo e respiratório 
- O tecido linfoide circunda o orifício posterior das 
cavidades oral e sanais, contém agregados de 
nódulos: 
o Tonsilas palatinas (TONSILAS) – Se localizam 
em cada um dos lados da entrada da 
orofaringe, netre os arcos palatofaríngeo e 
palatoglosso 
o Tonsilas tubárias – Localizadas nas paredes 
laterais da nasofaringe, posteriormente a 
abertura da tuba auditiva 
o Tonsila faríngea (ADENOIDE) – Localizada no 
teto da nasofaringe 
o Tonsila lingual – Localizada na base da língua 
em sua superfície superior 
 
MUCOSA ORAL 
- Reveste a cavidade oral, sendo dividida em: mucosa 
mastigatória, mucosa de revestimento e mucosa 
especializada 
 
Mucosa mastigatória: 
o Encontrada na gengiva e no palato duro 
o Apresenta epitélio estratificado pavimentoso 
queratinizado, sendo algumas áreas 
paraqueratinizados → O epitélioparaqueratinizado é semelhante o 
queratinizado, a diferença é que as células 
superficiais NÃO perdem o núcleo (Picnóticos 
– são altamente condensados) e o citoplasma 
não exibe coloração intensa a eosina 
o O epitélio queratinizado da mucosa 
mastigatória assemelha-se ao da pele, porém 
é desprovido de estrato lucido 
o Lâmina própria subjacente consistem uma 
camada papilar espessa de tecido conjuntivo 
denso frouxo, que contém vasos e nervos → 
Os nervos enviam terminações axônicas 
desnudas até o epitélio, atuando como 
receptores sensitivos enquanto outros 
terminam nos CORPUSCULOS DE MEISSNER 
o Abaixo da lamina própria, encontra-se uma 
camada reticular de tecido conjuntivo mais 
denso 
 
- A profundidade e o numero de papilas de tecido 
conjuntivo contribuem para a imobilidade da mucosa 
mastigatória, que a protege do estresse de atrito e 
cisalhamento 
- Na rafe do palato a mucosa se adere ao osso 
subjacente → Camada reticular da lamina se funde 
com o periósteo, não existindo submucosa nessa 
região 
 
 
 
- No local em que há submucosa subjacente a lamina 
própria no palato duro, ela contém: 
o Porção anterior (ZONA ADIPOSA) – Contém 
tecido adiposo 
o Porção posterior (ZONA GLANDULAR) – 
Contém glândulas mucosas que são continuas 
com a do palato mole 
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Nas regiões submucosas, feixes espessos de colágeno 
se estendem da mucosa até o osso 
 
 
 
Mucosa de revestimento: 
o Encontrada nos lábios, bochechas, superfície 
mucosa alveolar, assoalho da boca, 
superfícies inferiores da língua e palato mole 
o Cobre o musculo estriado (lábios, bochechas e 
língua), o osso (mucosa alveolar) e as 
glândulas (palato mole, bochechas, superfície 
inferior da língua) 
o Apresenta papilas mais curtas e em menor 
quantidade, possibilitando que a mucosa se 
ajuste ao movimento dos músculos 
subjacentes 
o O epitélio da mucosa de revestimento, de 
maneira geral, NÃO é queratinizado 
▪ Exceto em alguns locais que possa ser 
queratinizado 
▪ O epitélio do vermelhão do lábio 
(parte avermelhada entre a superfície 
interna úmida e a pele da face) é 
queratinizado 
o O epitélio de revestimento NÃO 
queratinizado é mais espesso que o epitélio 
queratinizado e consiste em três camadas: 
1. Estrato basal – Única camada de 
células que repousa sobre a lamina 
basal 
2. Estrato espinhoso – Composta por 
várias células 
3. Estrato superficial – Camada mais 
superficial de células, também 
referidas como camada superficial da 
mucosa 
o As células do epitélio mucoso assemelham-se 
aquelas da epiderme da pele e incluem 
queratinócitos, células de langerhans, 
melanócitos e células de merkel 
 
Uma submucosa distinta é encontrada subjacente a 
mucosa de revestimento, exceto na superfície inferior 
da língua → Essa camada contém feixes de fibras 
colágenas e elásticas que ligam a mucosa ao musculo 
subjacente; contém glândulas salivares MENORES dos 
lábios, língua e bochechas 
A submucosa contém grandes vasos sanguíneos, 
nervos e vasos linfáticos que suprem as redes 
neurovasculares subepiteliais na lamina própria de 
toda a cavidade oral 
 
 
LÍNGUA 
- A língua é um órgão muscular que se projeta dentro 
da cavidade oral a partir da sua superfície interior 
- A língua contém tanto músculos extrínsecos quanto 
intrínsecos 
- O musculo estriado da língua é compostos por feixes, 
que seguem seu percurso em três planos, com cada 
um deles disposto em ângulos retos ao outros dois → 
Esse arranjo das fibras possibilita uma enorme 
flexibilidade e precisão para os movimentos da língua, 
e essa forma é apenas encontrada na língua 
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Macroscopicamente a língua é dividida em 2/3 
anteriores e 1/3 posterior, pelo SULCO TERMINAL DA 
LINGUA (Depressão em formato de V) → O ápice do V 
aponta pra a região posterior e constitui o FORMA 
CEGO (é o remanescente do ponto a partir do qual 
ocorre a evaginação do assoalho da faringe 
embrionária para formar a glândula tireoide) 
 
PAPILAS 
- Numerosas irregularidades e elevações mucosa, que 
cobrem a superfície dorsal da língua na porção 
anterior ao suco terminal da língua 
- As papilas linguais e seus botões gustativos 
associados constituem a MUCOSA ESPECIALZIADA 
DA CAVIDADE ORAL 
 
São constituídos em quatro papilas: 
Papilares filiformes: 
o Menores e mais numerosas nos humanos 
o São projeções cônicas e alongadas de TECIDO 
CONJUNTIVO, que são recobertas por epitélio 
estratificado pavimentoso altamente 
queratinizado 
o O epitélio que o recobre é desprovido de 
botões gustativos 
o Possui apenas um papel mecânico 
o São distribuídas por toda a superfície dorsal 
da língua, com suas extremidades apontando 
para trás 
o Formam fileiras que divergem para esquerda 
e direita, a partir da linha media e seguem um 
curso plano aos braços do sulco terminal da 
língua 
 
Papilares fungiformes: 
o Projeções em formato de cogumelo, 
localizadas na superfície dorsal da língua 
o Projetam-se acima das papilas filiformes, 
entre as quais e são dispersas e são visíveis a 
olho nu como pontinhos 
o São mais numerosas nas proximidades da 
ponta da língua 
o O epitélio estratificado pavimentoso da 
superfície dorsal da papila é composto por 
botões gustativos 
 
Papilas folhadas: 
o Consistem em cristas baixas paralelas, 
intercaladas por fendas mucosas profundas 
alinhadas em ângulos retos ao eixo longo da 
língua 
o Ocorrem na margem lateral na língua, sendo 
mais facilmente encontrada em jovens do que 
idosos 
o São encontradas na superfície lateral 
posterior da língua e contém botões 
gustativos no epitélio das paredes das papilas 
vizinhas 
o Pequenas glândulas serosas desembocam 
dentro das fendas 
 
Papilas circunvaladas: 
o Estruturas em formato de cúpula, 
encontradas na mucosa imediatamente 
anterior ao sulco terminal da língua 
o A língua humana contém de 8 a 12 dessas 
papilas 
o Cada papila é circundada por uma 
invaginação semelhante a uma vala que é 
revestida por epitélio pavimentoso 
estratificado, e que contém numerosos 
botões gustativos 
o Os ductos das glândulas salivares linguais (de 
von Ebner) liberam SECREÇÕES SEROSAS 
nessas fendas/valas → Essa secreção da 
glândula elimina o material da vala pra possibilitar 
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que os botões gustativos respondam a altas 
mudanças de estímulos 
 
 
 
 
BOTÕES GUSTATIVOS 
- São encontradas nas papilares fungiformes, 
circunvalhada e folhada 
- São corpúsculos ovais de coloração pálida que se 
estendem pela espessura do epitélio 
- Possui uma pequena abertura na superfície epitelial 
no ápice do botão gustativo denominado PORO 
GUSTATIVO 
 
 
 
 
 
São encontrados três tipos de células nos botões: 
o CÉLULAS NEUROEPITELIAIS (SENSITIVAS) – 
Células que se alongam a partir da lamina 
basal do epitélio até o poro gustativo, 
emitindo microvilosidades na superfície 
apical. 
▪ São as células mais numerosas no 
botão gustativo 
▪ Próximo da superfície apical, se unem 
a células neuroepiteliais ou células de 
sustentação unidas por zonulas de 
oclusão 
▪ Sua base formam uma sinapse com 
prolongamentos de neurônios 
sensitivos aferentes dos nervos facial 
(VII), glossofaríngeo (IX) ou vago (X) 
▪ Tempo de renovação é cerca de 10 
dias 
 
o Células de sustentação – Também se alongam 
da lâmina basal até o poro gustativo, 
emitindo microvilosidadesem superfície 
apical e zônulas de oclusão, mas NÃO FAZEM 
SINAPSE com outras células nervosas 
▪ Tempo de renovação é de 
aproximadamente de 10 dias 
 
o Células basais – Células tronco que dão 
origem as células de sustentação e 
neuroepiteliais, são pequenas e se localizam 
na porção basal do botão gustativo 
Os botões gustativos também são encontrados no arco 
palatoglosso, no palato mole, na superfície posterior 
da epiglote e na parede posterior da faringe até o nível 
da cartilagem cricoidea 
 
 
 
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GLANDULAS SALIVARES 
- As glândulas salivares maiores consistem nas 
glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais 
- As glândulas parótidas e a submandibular são 
glândulas que estão FORA da cavidade bucal e a 
alcança por meio de ductos, enquanto a glândula 
sublingual está localizado DENTRO da cavidade bucal 
- A glândula parótida tem localização cutânea, abaixo 
e na frente da orelha no espaço entre o ramo da 
mandíbula e o processo estiloide do temporal 
- A glândula submandibular se localiza sob o assoalho 
da boca, no TRIANGULO SUBMANDIBULAR DO 
PESCOÇO 
- A glândula sublingual está localizada no assoalho da 
boca, anteriormente a glândula submandibular 
- As glândulas salivares maior se localizam na 
SUBMUCOSA de diferentes partes da cavidade oral, e 
inclui as glândulas: linguais, labiais, da bochecha, 
molares e palatinas 
 
Cada glândula salivar se origina do epitélio da 
cavidade oral em desenvolvimento: 
o No inicio, a glândula assume um formato de 
cordão solido de células que penetra o 
mesênquima 
o As proliferações das células epiteliais produz 
cordões epiteliais altamente ramificados com 
extremidades bulbosas 
o A degeneração de células mais internas dos 
cordões e das extremidades bulbosas leva a 
sua canalização 
o Os cordões transformam-se em ductos, 
enquanto as extremidades bulbosas tornam-
se ácinos secretores 
 
ÁCINOS SECRETORES 
- A unidade básica secretora das glândulas salivares é 
denominada SALIVON 
- O salivon é formado por: Ácino, ducto intercalar e 
ducto excretor 
- O ácino é um saco em fundo cego composto de 
células secretores: 
o Célula serosa – Secretoras de proteína 
o Célula mucosa – Secretoras de mucina 
o Células mista – Secreta ambos 
 
- As frequências relativas dos três tipos de ácino, é 
uma característica que distingue as glândulas 
salivares maiores → Os ácinos podem ser divididos 
em ÁCINOS SEROSOS, MUCOSOS E MISTOS 
 
 
Células serosas: 
o Exibem um formato piramidal 
o Possui uma superfície basal larga que é voltada 
para lamina basal, e uma superfície apical estreita 
que é voltada para o lúmen do ácino 
o As células serosas contém grandes quantidades de 
RER, ribossomos livres, complexo de Golgi 
proeminente e numerosos grânulos secretores 
esféricos 
o São observados no citoplasma apical GRÂNULOS 
DE ZIMOGÊNIO que é um local de armazenamento 
de secreções, enquanto as outras organelas se 
localizam no citoplasma basal ou perinuclear 
o O citoplasma basal da célula é corada pela 
HEMATOXILINA (devido ao RER e os ribossomos 
livres), enquanto sua superfície apical é corado 
pela EOSINA (devido seus grânulos secretores) 
 
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Células mucosas: 
o As células mucosas dos ácinos salivares 
mucosos sofrem atividade cíclica 
o Grânulos de mucinogênio armazenam o 
muco, e o liberam após a estimulação 
hormonal ou oral e então a célula passa a 
ressintetizar o muco 
o A maioria possui os grânulos de mucinogênio 
na parte APICAL da célula, e após a sua 
liberação a sua porção apical aparece vazia 
o Na região basal se encontra o núcleo 
achatado contra a base da célula, bem como 
as organelas 
o As células mucosas contém complexos 
juncionais apicais que são idênticos ao 
observados entre as células serosas 
 
 
Células mioepiteliais: 
o Células contrateis com numerosos 
prolongamentos 
o Se localizam entre a membrana plasmática basal 
das células epiteliais e a lamina basal do epitélio 
o São encontradas também subjacentes as células 
da porção proximal do sistema ductal 
o As células mioepiteliais, em ambos os locais, são 
fundamentais para mobilização dos produtos 
secretores em direção ao ducto excretor 
 
o O seu núcleo é observado como um pequeno perfil 
redondo próximo da membrana basal, e o seus 
filamentos contrateis são reconhecidos como 
uma fina faixa eosinofilia adjacente a 
membrana basal 
 
 
ÁCINOS MISTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO: 
 
 
DUCTOS SALIVARES 
- O lúmen dos ácino salivar é continuo com o distema 
ductal e pode apresentar três segmentos sequencias: 
o Ducto escalar – Parte do lúmen do ácino 
o Ducto estriado – Possui existências de 
“estriações” que correspondem a invaginações da 
membrana plasmática basal das células colunares 
que formam o ducto 
o Ductos excretores – São ductos maiores que 
desembocam na cavidade oral 
 
- O grau de desenvolvimento dos ductos intercalares 
e dos ductos estriados varia dependendo da natureza 
da secreção acinosa: 
o Glândulas serosas – Apresentam ductos 
intercalares e estriados bem desenvolvidos, que 
modificam a secreção serosa por meio de 
componentes específicos da secreção e pela 
secreção de componentes adicionais, formando 
um produto final 
o Glândulas mucosas – Sua secreção NÃO é 
modificada, portanto possui um ducto intercalar 
muito pouco desenvolvido (não podem ser 
reconhecidos em cortes corados por H-E) e não 
exibem ductos estriados 
 
Ductos intercalares: 
o Revestidos por células cuboides baixas 
o Possui a função de conduto 
o As células dos ductos intercalares possuem 
ANIDRASE CARBONICA → Nas glândulas serosas e 
mistas, os ductos secretam BICARBONATO e 
absorvem CLORETO a partir do ducto acinoso 
o São mais proeminentes nas glândulas salvares que 
produzem secreção serosa aquosa 
o Nas glândulas secretoras de muco, os ductos 
intercalares são curtos e difíceis de serem 
identificados 
 
Ducto estriado: 
o Revestidos por epitélio simples cuboide, que se 
torna COLUNAR á medida em que se aproximam 
do ducto excretor 
o Possui invaginações em sua membrana 
plasmática, identificadas como ESTRIAÇÕES no 
corte histológico 
o Mitocondrias alongadas e de orientação 
longitudinal são envolvidas por invaginações da 
membrana → As invaginações basais em 
associação a mitocôndrias alongadas constituem 
um especialização morfológica associada a 
reabsorção de líquidos e eletrólitos 
o As células dos ductos estriados apresentam 
numerosas pregas basolaterais que são 
interdigitadas com as células adjacentes 
o O diâmetro dos ductos estriados frequentemente 
ultrapassa o do ácino secretor 
o Os ductos estriados são localizados no parênquima 
das glândulas (são ductos intralobulares) mas 
podem ser circundados por pequenas quantidades 
de tecido conjuntivo no qual possui vasos 
sanguíneos e nervos que seguem um percurso 
paralelo com o ducto 
 
Ductos excretores: 
o Constituem os principais ductos de cada uma das 
glândulas maiores 
o Os ductos conectam-se com a cavidade oral 
o Possui epitélio simples cuboide que se modifica 
em PSEUDOESTRATIFICADO COLUNAR ou 
ESTRATIFICADO CUBOIDE → A medida em que o 
diâmetro do ducto aumenta, o epitélio 
estratificado colunar é observado e a medida em 
que se aproximal do epitélio oral pode haver o 
epitélio estratificado pavimentoso 
o O ductoda glândula parótida (de Stensen) e o 
ducto da glândula submandibular (de Wharton) 
seguem seu trajeto pelo tecido conjuntivo da face 
(parótida) do pescoço (submandibular), por uma 
pequena distancia da glândula antes de penetrar 
na mucosa oral 
 
 
 
 
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GLANDULAS SALIVARES MAIORES 
 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
- São glândulas são totalmente SEROSAS, e portanto a 
unidade secretora são ácinos serosos 
- O ducto parotídeo (de Stensen) seguem seu trajeto 
a partir da glândula, localizada abaixo e em frente a 
orelha, até a cavidade oral no lado oposto do segundo 
dente molar 
- As unidades secretoras são serosas e circundam 
numerosos ductos intercalares longos e estreitos 
- Possui ductos estriados grandes e evidentes 
- Com frequencia, ocorre grandes quantidades de 
tecido adiposo na glândula parótida 
 
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR 
- As glândulas submandibulares são grandes e 
MISTAS, localizadas sob cada um dos lados do 
assoalho da boca, próximo a mandíbula 
- Um ducto de cada uma segue um trajeto para frente 
e medialmente até uma papila que se localiza no 
assoalho da boca, imediatamente lateral ao frênulo 
da língua 
- Encontram-se ácinos mucosos cobertos por MEIA-
LUA serosas 
- Os ductos intercalares são menos extensos que os da 
glândula parotida 
 
GLÂNDULA SUBLINGUAL 
- São as menores glandulas salivares em pares, são 
mistas mais são princiaplemnte SECRETORAS DE 
MUCO 
- Localizadas no assoalho da boca, anteriormente as 
glândulas submandibulares 
- Possui multiplos ductos sublinguais pequenos que 
desembocam no ducto submandibular, e também 
diretamente no assoalho da boca 
- Alguns dos ácinos mucosos predominantes exibem 
meias-lulas serosoas mas raramente se observa a 
existencia de acinos puramentes serosos 
 
 
TRATO GASTROINTESTINAL 
 
 
 
 
 
 
 
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ESÔFAGO 
- Passa Pelo pescoço e mediastino que está ancorado 
a estruturas adjacentes por tecido conjuntivo 
- Quando entra na cavidade abdominal permanece 
livre por uma curta distancia de aproximadamente de 
1 a 2 cm 
- Em corte transversal o lúmen é observado colabado 
e exibe um aspecto ramificado em virtude das pregas 
longitudinais 
- Quando o bolo alimentar atravessa o esôfago, o 
lúmen se expande sem causar lesão na mucosa 
 
Mucosa: 
o Epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado → As células superficiais 
podem exibir grânulos de querato-hialina, 
mas geralmente NÃO OCORRE 
QUERATINIZAÇÃO 
o Possui uma lâmina própria adjacente que é 
semelhante a lâmina própria das demais 
regiões do trato 
o O tecido linfático difuso encontra-se disperso 
por todo o tubo 
o Observa-se existência de nódulos linfáticos 
em proximidade ao ductos das glândulas 
mucosas esofágicas 
o A camada profunda da mucosa consistem em 
musculo liso longitudinal que se inicia 
próximo ao nível da cartilagem cricoidea 
o A camada muscular é mais espessa na porção 
proximal que a porção distal, para auxiliar no 
processo de deglutição 
 
Submucosa: 
o Consiste em tecido conjuntivo denso não 
modelado, contendo grandes vasos sanguíneos e 
linfáticos, fibras nervosas e células ganglionares 
o As fibras nervosas e as células ganglionares 
constituem o PLEXO SUBMUCOSO (PLEXO DE 
MEISSNER) 
o Observa-se a existência de glândulas 
o Tecido linfático difuso e nódulos linfáticos se 
encontram principalmente nas porções superior e 
inferior do esôfago, em que as glândulas 
submucosas são mais prevalentes 
 
Musculatura externa: 
o Consiste em duas camadas musculares: Camada 
circular interna e camada longitudinal externa 
o A camada muscular externa se difere das camadas 
musculares de outras regiões do trato intestinal, 
devido a presença de musculatura esquelética: 
▪ Terço superior do esôfago - Musculo 
esquelético, continuação do musculo 
da faringe 
▪ Terço médio do esôfago – Contém 
fibras de músculos esqueléticos 
entrelaçados com musculo liso 
▪ Terço inferior do esôfago – Contém 
apenas musculo liso, como no resto 
do trato gastrointestinal 
 
o O PLEXO MIOENTÉRICO (PLEXO DE 
AUERBACH) – Se localiza entre as camadas 
muscular externa e interna, inerva a 
musculatura externa e produz atividade 
peristáltica 
o O esôfago se fixa a estruturas adjacentes na 
maior parte de sua extensão pela CAMADA 
ADVENTICIA (tecido conjuntivo), mas após 
entrar na cavidade abdominal a parte 
restante curta do tubo passa a ser coberta 
pela CAMADA SEROSA (PERITÔNIO 
VISCERAL) 
 
 
GLÂNDULAS DO ESÔFAGO 
- As glândulas na parede do esôfago são divididas em 
dois tipos, sendo ambas secretoras de muco, se 
diferenciando pela sua localização 
 
 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
Glândulas esofágicas próprias (SUBMUCOSA): 
o Se localizam na submucosa e estão dispersas 
ao longo de toda extensão do esôfago 
o São mais concentradas na metade superior do 
esôfago 
o São pequenas glândulas tubuloalveolares 
compostas 
o O ducto excretor da glândula é composto de 
epitélio estratificado pavimentoso, sendo 
evidente no corte histológico devido ao seu 
lúmen dilatado 
 
Glândulas cárdicas esofágicas (LÂMINA PRÓPRIA): 
o Localizadas na lamina própria 
o São semelhantes as glândulas cárdicas do 
estomago 
o Estão presentes na parte terminal do esôfago 
e com frequência também na porção inicial do 
esôfago 
- O muco produzido pelas glândulas esofágicas 
próprias é ligeiramente ácido e lubrifica a parede 
luminal, enquanto as glândulas cárdicas produzem 
um pH neutro 
- É possível observar cistos transitórios nos ductos, 
pelo fato de a secreção ser relativamente viscosa 
 
ESTÔMAGO 
- Parte expandida do tubo digestivo, localizado abaixo 
do diafragma 
- Recebe o bolo alimentar macerado do esôfago, e 
após a mistura e a digestão do alimento pelas suas 
secreções, produz o quimo 
 
Histologicamente, o estomago é dividido em três 
regiões de acordo com o tipo de glândula presente na 
mucosa gástrica: 
o Região cárdica (CARDIA) – Parte próxima ao óstio 
cárdico (orifício esofágico), contém as GLANDULAS 
CÁRDICAS 
o Região pilórica (PILORO) – Parte proximal ao 
esfíncter pilórico, contém as GLANDULAS 
PILÓRICAS 
o Região fúndica (FUNDO) – Maior parte do 
estomago, localizado entre a cárdia e o piloro, 
contém as GLÂNDULAS GÁSTRICAS OU FÚNDICAS 
 
MUCOSA GÁSTRICA 
- O estomago apresenta o mesmo plano estrutural em 
toda a sua extensão: Mucosa, submucosa, muscular 
externa e serosa 
Internamente o estômago conta com as estruturas: 
o PREGAS GÁSTRICAS – São pregas na superfície 
interna do estomago, mais proeminentes nas 
regiões estreitas e pouco desenvolvidas na porção 
superior, que ajuda na expansão e o enchimento 
do estômago 
▪ Obs: Essas pregas NÃO servem para 
aumentar a superfície de contato! 
o ÁREAS MAMILARES – Áreas irregulares abauladas, 
divididas por sulcos, que proporcionam uma área 
ligeiramente aumentada de superfície para a 
secreção 
o FOVÉOLAS GÁSTRICAS ou CRIPTAS GÁSTRICAS – 
Aberturas na superfície da mucosa do estomago, 
com sua base contendo a abertura das glândulas 
gástricas 
 
 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
Epitélio de revestimento: 
o A superfície da mucosa e as fovéolas gástricas são 
recobertas por um EPITÉLIO COLUNARSIMPLES 
denominadas CÉLULAS MUCOSAS DA SUPERFICIE 
o Cada célula apical apresenta um formato de um 
grande cálice preenchido com grânulos de 
mucinogênio, criando um folheto de células 
glandulares 
o O cálice mucoso ocupa a maior parte do 
citoplasma dessas células, e o seu núcleo e o golgi 
se localiza abaixo do cálice mucoso 
o Na parte basal da célula há pequena quantidade 
de RER, conferindo uma pequena basofilia ao 
citoplasma 
 
Muco: 
o Secreção mucosa das células mucosas de 
superfície 
o Forma uma cobertura gelatinosa espessa e viscosa 
que adere a superfície epitelial 
o Serve como proteção para a célula, contra a 
abrasão dos componentes mais ásperos do quimo 
o Possui alta concentração de bicarbonato que 
protege o epitélio contra o suco gástrico → 
Produzido pelas células superficiais 
o As prostaglandinas (PGE2) estimulação a secreção 
de bicarbonato e aumenta a espessura da camada 
de muco pela vasodilatação da lamina própria 
 
GLÂNDULAS FUNDICAS (GLÂNDULAS GÁSTRICAS) 
- Encontrada em toda a mucosa, exceto na região ocupada 
pelas glândulas cárdicas e pilóricas 
- São glândulas tubulares simples e ramificadas que se 
estendem da base das fovéolas gástricas até a muscular da 
mucosa 
- Entre a foveola gástrica e a glândula subjacente, há um 
curto espaço denominado ISTMO: 
o Esse espaço é o local em que estão as células 
tronco, que se diferenciam em células mucosas da 
superfície ou do epitélio glandular fúndico 
o As células que se diferenciam em CÉLULAS 
MUCOSAS, migram para cima nas fovéolas 
gástricas 
o As outras células que migram para baixo, mantem 
a população do EPITÉLIO GLANDULAR FÚNDICO 
 
- Em geral, várias glândulas se abrem em uma única fovéola 
gástrica 
- As células das glândulas gástricas são responsáveis pela 
produção do suco gástrico, que contém uma variedade de 
substancias: 
o Ácido clorídrico (CÉLULAS PARIETAIS) – Iniciam a 
digestão de proteínas, promovendo a hidrolise 
ácida dos substratos, converte o pepsinogênio em 
pepsina e destrói bactérias 
o Pepsina – Enzima proteolítica, responsável pela 
hidrolise de proteínas em pequenos peptídeos 
no qual serão digeridos em aminoácidos e 
absorvidos no intestino delgado 
o Muco – Atua como um revestimento contra o 
ácido para o estomago, ficando retido junto com 
o bicarbonato dentro de uma camada mucosa 
com um pH neutro 
o Fator intrínseco (CÉLULAS PARIETAIS) – 
Glicoproteínas que se liga a Vitamina B12, sendo 
essencial para absorção dela na porção distal no 
íleo 
o Gastrina e outros hormônios – Produzidas por 
células enteroendócrinas nas glândulas gástricas 
e secretados na lamina própria 
 
As glândulas fúndicas são compostas por quatro tipos 
de células funcionalmente diferentes: 
o Células mucosas do cólon – Secreções mucosas 
solúveis e pouco alcalinas 
o Células principais – Secretam o pepsinogenio que 
em contato com o pH ácido, é convertido em 
pepsina 
o Células parietais (OXÍNTICAS) – Responsável pela 
produção de HCL no lúmen do sistema canalicular 
intracelular 
o Células enteroendócrinas – Produzem gastrina e 
motilina 
o Células-tronco adultas indiferenciadas – 
Precursoras de todas as células na glândula fúngica 
e se localização na região do colo da glândula 
 
GLÂNDULAS CÁRDICAS DA MUCOSA GÁSTRICA 
- São delimitadas pela cardia, região que circunda o 
orifício esofágico 
- A sua secreção, em conjunto com a das glândulas 
cárdicas esofágicas, contribui para a composição do 
suco gástrico e ajuda a proteger o epitélio esofágico 
contra o refluxo gástrico 
- As glândulas são tubulares, ligeiramente tortuosas e 
podem ser ramificadas 
- São compostas principalmente por células 
secretoras de muco, entremeadas ocasionalmente 
com células enteroendócrinas 
- A morfologia das células secretoras de muco 
assemelha-se com a das células das glândulas cárdicas 
esofágicas 
- As células possuem um núcleo basal achatado e um 
citoplasma apical, que geralmente é preenchido com 
grânulos de mucina 
- Um segmento ductal curto contendo células 
colunares com núcleos alongados é interposto entre a 
porção secretora da glândula e as criptas superficiais 
dentro das quais as glândulas secretam seu produto 
- O segmento ductal constitui o local em que as células 
mucosas de superfície e as células glandulares são 
produzidas 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
 
 
GLÂNDULAS PILÓRICAS DA MUCOSA GÁSTRICA 
- Se localizam no antro pilórico, região do estomago 
entre o fundo gástrico e o piloro 
- São glândulas tubulares espiraladas e ramificadas 
- O lúmen é relativamente amplo, e as células 
secretoras são morfologicamente semelhantes às 
células mucosas de superfície, produzindo uma 
secreção relativamente viscosa 
- As células enteroendócrinas são encontradas 
entremeadas no epitélio glandular, juntamente com 
algumas células parietais esparsas 
- Glândulas abrem-se nas fovéolas gástricas profundas 
que ocupam cerca de metade da espessura da mucosa 
 
LÂMINA PRÓPRIA E MUSCULAR DA MUCOSA 
- Lâmina própria do estomago é relativamente 
escassa e restrita aos espaços que circundam as 
fovéolas gástricas e glândulas gástricas 
- O estroma é formado por fibras reticulares, 
fibroblastos, células musculares lisas e componentes 
do sistema imune (leucócitos) 
- A muscular da mucosa é composta por duas camadas 
finas, dispostas em uma camada circular interna e 
uma longitudinal externa, também podendo haver 
uma terceira camada que tende a ser circular 
- Finos prolongamentos de células musculares lisas 
estendem-se na lamina própria a partir da camada 
interna da muscular da mucosa em direção a 
superfície 
 
SUBMUCOSA GÁSTRICA 
- Composta de tecido conjuntivo denso, com 
quantidades variáveis de tecido adiposo e vasos 
sanguíneos 
- Possuem fibras nervosas e células ganglionares que 
formam o plexo submucoso 
- O plexo submucoso (de Meissner) inerva os vasos da 
submucosa e o musculo liso da muscular da mucosa 
 
INTESTINO DELGADO 
- Componente mais longo do trato gastrointestinal, 
medindo mais de 6m e dividido em três partes 
anatômicas: 
o DUODENO (25cm) – Primeira porção, iniciando no 
piloro e terminando na junção duodenojejunal, é 
a porção mais curta e larga do intestino delgado 
o JEJUNO (2,5M) – Inicia-se na junção 
duodenojejunal, constituindo os dois quintos 
superiores do intestino delgado, se altera 
morfologicamente até ser reconhecido como o 
íleo 
o ÍLEO (3,5M) – Continuação do jejuno, consitui os 
três quintos inferiores e termina na junção 
ileocecal 
 
- A área da superfície de contato é amplificada por 
especializações teciduais e celulares da submucosa e 
da mucosa: 
o Pregas circulares (VALVAS DE KERCRING) – 
Pregas transversais permanentes que contém 
um eixo da submucosa 
o Vilosidades – Projeções digitiformes que se 
estendem dentro do lúmen, a partir da 
superfície mucosa 
o Microvilosidades – Aparece na região apical 
dos ENTERÓCITOS como a BORDA ESTRIADA, 
são as principais estruturas responsáveis pela 
amplificação da superfície luminal 
 
TIPOS DE CÉLULAS DA MUCOSA INTESTINAL 
Enterócitos: 
o Células colunares altas com núcleo basal 
o Possui microvilosidades que aumentam a sua 
área de superfície apical, sendo reconhecidas 
como BORDA ESTRIADA na superfície luminal 
o Possuem a função secretora de síntese de 
glicoproteínas que serão inseridas na 
membrana plasmática apical → Pequenas 
vesículas secretoras contendo glicoproteínas 
destinadas à superfície celular estão 
localizadas no citoplasma apical, logo abaixo 
da trama terminal, e ao longo da membrana 
plasmática lateral 
 
 
HISTOLOGIA Weslley JonathanP2 
 
 
Células caliciformes: 
o Produtoras de muco 
o A quantidade de células caliciformes aumenta 
a partir do duodeno até a parte terminal do 
íleo 
o No microscópio eletrônico observasse 
GRÂNULOS DE MUCINOGÊNIO no citoplasma 
apical, que distende o ápice da celular e 
distorce o formato das células vizinhas 
o A porção basal da célula é semelhante a uma 
“haste fina” devido ao granulo de 
mucinogênio na porção apical → A porção 
basal é intensamente basófilo nas 
preparações histológicas em consequência da 
existência de núcleo heterocromático 
associado a extensão do RER e de ribossomos 
livres 
o As microvilosidades finas das células 
caliciformes circundam a porção apicolateral 
dos grânulos de mucinogênio. 
 
 
Células de paneth: 
o Encontradas nas bases das glândulas intestinais 
o Possui o citoplasma na parte basal basófilo 
o A região supranuclear é ocupada pelo golgi e 
grandes vesiculares secretoras: 
▪ Essas vesículas secretam a enzima 
antibacteriana lisozima, alfa-defensinas, 
outras glicoproteínas, proteínas rica em 
arginina e zinco 
▪ A lisozima digere as paredes celulares de 
certos grupos de bactérias. 
▪ As α-defensinas são homólogas dos 
peptídios que atuam como mediadores 
nos linfócitos T CD8+ citotóxicos. 
▪ A sua ação antibacteriana e a capacidade 
de fagocitar certas bactérias e 
protozoários sugerem que as células de 
Paneth participam na regulação da flora 
bacteriana do intestino delgado. 
 
 
Células enteroendócrinas: 
o As células enteroendócrinas do intestino delgado 
assemelham-se àquelas que ocorrem no estômago 
o Produzem COLECISTOCININA (CCK) e 
SECRETINA 
o As “células fechadas” estão concentradas na 
porção inferior da glândula intestinal, enquanto as 
“células abertas” podem ser encontradas em 
todos os níveis das vilosidades. 
o Quase todos os mesmos hormônios peptídicos 
identificados nesse tipo celular no estômago 
podem ser demonstrados nas células 
enteroendócrinas do intestino 
o As células enteroendócrinas também produzem 
pelo menos dois hormônios – a SOMATOSTATINA 
e a ESTATINA – que atuam como hormônios 
parácrinos 
o Vários peptídios são secretados pelas células 
nervosas localizadas na submucosa e na muscular 
externa. Esses peptídios, denominados hormônios 
neurócrinos, são representados pelo VIP, pela 
bombesina e pelas encefalinas. 
 
Células M: 
o As células M são células epiteliais que se localizam 
sobre as placas de Peyer e outros nódulos 
linfáticos grandes; diferem significativamente das 
células epiteliais intestinais circundante 
o as células M atuam como CÉLULAS 
TRANSPORTADORAS DE ANTÍGENOS altamente 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
especializadas, que transferem antígenos intactos 
do lúmen intestinal através da barreira epitelial 
o Os antígenos que alcançam as células imunes 
estimulam uma resposta no GALT 
 
SUBMUCOSA 
- Consiste em um tecido conjuntivo denso que contém 
agregados localizados de células adiposas. 
- Uma característica evidente do duodeno é a 
existência de glândulas submucosas, também 
denominadas GLÂNDULAS DE BRUNNER. 
- As glândulas submucosas tubulares e ramificadas do 
duodeno apresentam células secretoras com 
características mistas de células secretoras de 
zimogênio e secretoras de muco 
- A secreção dessas glândulas apresenta um pH de 8,1 
a 9,3 e contém glicoproteínas neutras e alcalinas e 
íons bicarbonato 
- Essa secreção altamente alcalina protege a parte 
proximal do intestino delgado pela sua capacidade de 
neutralizar o quimo contendo ácido ali liberado. Além 
disso, aproxima o conteúdo intestinal do pH ideal 
para a ação das enzimas pancreáticas que também 
são lançadas no duodeno. 
 
 
 
 
 
 
 
MUSCULAR EXTERNA 
- A muscular externa consiste em uma camada interna 
de células musculares lisas de disposição circular e em 
uma camada externa de células musculares lisas 
dispostas longitudinalmente 
- Os principais componentes do plexo mioentérico 
(plexo de Auerbach) estão localizados entre essas 
duas camadas 
Ocorrem dois tipos de contração muscular no 
intestino delgado: 
o As contrações locais que deslocam o conteúdo 
intestinal tanto proximal quanto distalmente são 
denominadas segmentação → Essas contrações 
envolvem principalmente a camada de músculo 
circular; promovem a movimentação do quimo, 
possibilitando que este seja misturado com sucos 
digestivos. Além disso, promovem o movimento 
necessário para que o quimo entre em contato e, 
em seguida, seja absorvido pela mucosa 
o O peristaltismo, o segundo tipo de contração, 
move o conteúdo intestinal distalmente. Para isso, 
é necessária a ação coordenada de ambas as 
camadas musculares: circular e longitudinal. 
 
 
INTESTINO GROSSO 
- O intestino grosso compreende: 
o Ceco com seu apêndice vermiforme; 
o Cólon – O colón ainda é subdividido em: 
▪ Cólon ascendente 
▪ Cólon transverso 
▪ Cólon descendente 
▪ Cólon sigmoide 
o reto 
o canal anal 
 
- O intestino grosso possui as quatro camadas 
características do canal alimentar, que estão 
presentes em toda sua extensão, possuindo algumas 
características distintas: 
o TÊNIAS DO CÓLON – São três faixas 
espaçadas, espessas e estreitas da camada 
longitudinal externa da camada muscular 
externa, sendo presentes no CECO E NO 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
CÓLON, enquanto estão ausentes no reto, 
canal anal e no apêndice vermiforme 
o SACULAÇÕES DO CÓLON – Dilatações visíveis 
entre as tênias na superfície externa do ceco 
e do cólon 
o APÊNDICES OMENTAIS DO CÓLON – 
Consistem em pequenas projeções adiposas 
da serosa, observadas na superfície externa 
do cólon 
 
MUCOSA 
- Apresenta uma superfície lisa desprovida de pregas 
circulares e vilosidades 
- Composto por um EPITÉLIO COLUNAR SIMPLES 
- Contém GLÂNDULAS INTESTINAIS TUBULARES 
RETAS (CRIPTAS DE LIEBERKÜHN) → Se estendem 
através de toda a espessura da mucosa, e consiste em 
um EPITÉLIO COLUNAS SIMPLES pois se invaginou a 
partir da mucosa 
 
Funções: 
o A função do intestino grosso de reabsorção de 
água e eletrólitos, é desempenhado pelas 
CÉLULAS ABSORTIVAS COLUNARES 
o A morfologia das células colunares absortivas 
é idêntica a dos enterócitos no intestino 
delgado → A reabsorção é realizado pelo 
mesmo sistema de transporte pela bomba de 
sódio e potássio, ativado por ATP 
o Grande quantidade de muco é secretada para 
auxiliar na eliminação de resíduos 
semissólidos e sólidos → As células 
caliciformes do intestino grosso são mais 
abundantes do que no intestino delgado, 
sendo o muco secretado continuamente para 
lubrificar o intestino 
 
Células da mucosa: 
o Contém os mesmos tipos de células do 
intestino delgado, com exceção das células de 
PANNETH que são ausentes em humanos 
o As células absortivas colunares predominam 
em relação as células caliciformes na maior 
parte do cólon e essa proporção diminui 
próximo do reto, onde as células caliciformes 
se tornam mais abundantes 
o As células caliciformes podem tornar-se 
maduras na glândula intestinal, mesmo 
aquelas situadas na zona de proliferação 
o Quando alcança a superfície luminal, as 
células caliciformes se tornam “EXAURIDAS” 
→ Na superfície a taxa de secreção supera a 
taxa de síntese, e então se tornam exauridas 
o As células caliciformes “exauridas” são altas e 
delgadas, apresentando um pequeno numero 
de grânulos de mucinogênio no citoplasma 
apical central 
 
Renovação das células epiteliais: 
o Todas as células epiteliais do intestino grosso 
se originam de uma pequena população de 
células tronco localizados na base da glândula 
intestinal 
o O terço inferior da glândulaconstitui o nicho 
de células tronco intestinais → As células 
recém produzidas passam por 2 a 3 divisões 
adicionais quando migram pra superfície 
luminal, onde descamam cerca de 5 dias 
depois 
o Os tipos celulares intermediários encontrados 
no terço interior da glândula intestinal são 
idênticos aos observados no intestino 
delgado 
o O tempo de renovação das células epiteliais 
do intestino grosso se assemelham a do 
intestino delgado → Em torno de 6 dias para 
as absortivas e caliciformes, e até 4 semanas 
para as enteroendócrinas 
o As células epiteliais velhas sofrem apoptose e 
são descamadas no lúmen, nos intervalos 
entre duas glândulas intestinais adjacentes 
 
LÂMINA PRÓPRIA 
- Contém os mesmos componentes básicos do restnte 
do trato gastrointestinal, porém exibe características 
estruturais adicionais e maior desenvolvimento que 
as de outros locais: 
o CAMADA DE COLÁGENO – Espessa camada de 
colágeno e proteoglicanos entre a lamina basal do 
epitélio e a dos capilares venosos absortivos 
frenestrados, que participa da regulação do 
transporte de água e eletrólitos do 
compartimento intercelular do epitélio para o 
comprimento vascular 
o BAINHA DE FIBROBLASTOS PERICRIPTAIS – 
Constitui uma população de fibroblastos bem 
desenvolvidos, que forem mitose abaixo da base 
da glândula intestinal, adjacente as células tronco 
encontrados no epitélio 
o GALT – Continuo com o do íleo terminal, é mais 
desenvolvido no intestino grosso 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
 
MUSCULAR EXTERNA 
- No ceco e no cólon (ascendente, transverso, 
descendente e sigmoide) a camada externa da 
camada muscular externa está parcialmente 
condensada em faixas longitudinais proeminentes de 
musculo, denominadas TÊNIAS DO CÓLON 
- Entre as tênias, a camada longitudinal forma um 
folheto extremamente fino 
- No reto, canal anal e no apêndice vermiforme, a 
camada longitudinal externa consiste em uma 
camada de musculo liso uniformemente espessa, 
similar ao do intestino delgado 
- Ao longo da extensão e da circunferência do cólon, 
feixes de musculo das tênias penetram na camada 
circular interna do musculo → Essas descontinuidades 
na musculatura externa possibilita a contração 
independente de segmentos do cólon, promovendo a 
formação de saculações do cólon na parede colônica 
- A musculatura externa do intestino grosso produz 
dois tipos principais de contração: 
o SEGMENTAÇÃO – Ocorre localmente, não 
promovendo a propulsão do conteúdo 
o PERISTALTISMO – Promove o movimento da 
massa distal do conteúdo, promovendo o 
esvaziamento do cólon 
 
SUBMUCOSA E SEROSA 
- Similar a do resto do trato gastrointestinal 
- Em contato com outras estruturas, como ocorre 
principalmente na sua superfície posterior, sua 
camada é formada por uma adventícia enquanto em 
outros locais é uma camada serosa típica 
 
 
 
CECO E APÊNDICE 
- Forma uma bolsa em fundo cego em posição 
imediatamente distal à papila ileal 
- O apêndice é uma extensão digitiforme fina de bolsa 
- A histologia do ceco é semelhante a do restante do 
cólon 
- A diferença do apêndice para o cólon, é a existência 
de uma camada uniforme de musculo na musculatura 
externa 
- A característica mais proeminente do apêndice é o 
grande numero de nódulos linfáticos que se estendem 
na submucosa 
 
 
RETO E CANAL ANAL 
- Reto é a porção distal dilatada do canal alimentar 
- Sua porção superior distingue-se do restante do 
intestino grosso pela existência de pregas → PREGAS 
TRANSVERSAS DO RETO 
- A mucosa do reto é semelhar a do restante do cólon 
distal e apresenta glândulas intestinais tubulares 
retas com numerosas células caliciformes 
HISTOLOGIA Weslley Jonathan P2 
 
 
- O CANAL ANAL é porção mais distal do canal 
alimentar, se estendendo da face superior do 
diafragma pélvico até o ânus 
- A parte superior do canal anal possui pregas 
longitudinais, denominadas COLUNAS ANAIS 
- As depressões entre as colunas anais são 
denominadas SEIOS ANAIS 
 
O canal anal é dividido em três zonas, de acordo com 
as características do revestimento epitelial: 
o ZONA COLORRETAL – Formado por epitélio 
simples colunar, encontrada no terço superior 
do canal anal 
o ZONA ANAL DE TRANSIÇÃO (ZAT) – Ocupa o 
terço médio do canal anal, tem um epitélio 
estratificado colunar interposto entre o 
epitélio simples colunar e o epitélio 
pavimentoso estratificado que se estende até 
a zona cutânea do canal anal 
o ZONA PAVIMENTOSA – Encontrada no terço 
inferior do canal anal, revestida por epitélio 
estratificado pavimentoso continuo com o da 
pele perianal 
- No canal anal, as glândulas anais estendem-se para 
dentro da submucosa e até mesmo na muscular 
externa 
- As glândulas tubulares retas e ramificadas secretam 
muco na superfície anal através de ductos revestidos 
por epitélio estratificado colunar 
- Na pele que circunda o anus são encontradas 
glândulas apócrinas grandes → GLANDULAS CIRCUM-
ANAIS 
- Não há tênias do cólon no reto, a camada 
longitudinal muscular externa forma um folheto 
uniforme 
- A muscular da mucosa desaparece no nível na zona 
de transição (ZAT), enquanto a camada muscular 
externa sofre espessamento e forma o MUSCULO 
ESFÍNCTER INTERNO DO ANUS 
- O músculo esfíncter EXTERNO do ânus é formado por 
MUSCULO ESTRIADO DO ASSOALHO PÉLVICO

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