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Regulação Da Temperatura Corporal e Febre

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Regulação Da Temperatura Corporal e Febre
		Aula 5- Fisiologia
Sem a regulação da temperatura, as reações no nosso corpo não serão realizadas. Quando citamos a teoria da entropia, quremos dizer que a temperatura é importante para as reações aconteçam. Com temperaturas mais elevadas, as proteínas perdem as funções, por exemplo.
Calor= Energia cinética devido grau de agitação das moléculas. 
Nós somos compostos por átomos, onde existe o núcleo, com elétrons e eletrosfera. O nível de agitação de certas moléculas de determinadas substancias são o calor dessas substancias. Ou seja, quanto maior o nível de agitação das moléculas, quanto maior o nível de energia cinética, de determinada substância, maior será a temperatura. Quanto menor for o nível de agitação das moléculas, menor será a temperatura.
NOTA: Não existe condição de existir 0 kelvin, pois as moléculas nunca ficam parados.
A temperatura central (interna) e a externa são diferentes, e existem mecanismos no nosso corpo que tentam controlar essas temperaturas, apesar das mudanças climáticas. A temperatura interna muitas vezes aumenta pode ser devido trabalho do nosso organismo, como por exemplo o catabolismo. Conclui-se que a alteração da temperatura, não necessariamente é considerado febre.
O organismo vai tentar manter a temperatura central e se essa temperatura central estiver muito elevada, o corpo vai organizar mecanismos para manutenção desta temperatura, como a vasodilatação das veias a nível de pele, que dissipa o calor do canal central para o exterior, e da mesma forma, quando a temperatura externa cai demais, ocorre uma vasoconstrição.
· Temperaturas corporais normais
A temperatura dos tecidos profundos do corpo o “centro” do corpo, em geral permanece em níveis bastantes constantes, dentro de mais ou menos 0,6 graus celsius , dia após dia, exceto quando a pessoa desenvolve doença febril. Na verdade, a pessoa nua pode ser exposta a temperaturas que variam de 13 á 70°c, no ar seco, e ainda manter sua temperatura central quase constante. A temperatura da pele em contraste com a temperatura central eleva-se e diminui de acordo com a temperatura ao seu redor. A temperatura da pele é importante quando nos referimos a capacidade de a pessoa perder calor para o ambiente.
	Nenhuma temperatura central pode ser considerada normal, pois as medidas feitas em várias pessoas saudáveis demostrarão variação das temperaturas normais aferidas na boca, de menos de (36°c) até temperaturas superiores á (37,5°c). A temperatura central média normal medida por via oral é, aproximadamente, 0,6°c mais alta quando medida por via retal.
A temperatura corporal se eleva durante o exercício e varia com as temperaturas extremas do ambiente, porque os mecanismos regulatórios da temperatura não são perfeitos. Quando calor excessivo é produzido no corpo pelo exercício vigoroso, a temperatura pode se elevar temporariamente para até 38,3° á 40°c. De forma inversa, quando o corpo é exposto a frio intenso, a temperatura, em geral, pode cair até valores abaixo de 36,6°c.
Existe uma dissociação de acordo com o local onde está se verificando a temperatura corporal. Considera-se febre > de 37,5, mas é necessária uma análise individual de cada paciente. O paciente pode apresentar-se com temperatura um pouco elevada, mas é portador de hipertireoidismo por exemplo.
· A Temperatura Corporal
Quando a intensidade/velocidade da produção de calor no corpo é superior a da perda de calor, o calor se acumula no corpo e a temperatura corporal se eleva. Inversamente, quando a perda de calor é maior, tanto o calor corporal como a temperatura corporal diminuem.
· Produção de Calor
Os fatores envolvidos mais importantes são novamente listados aqui: 
1. Intensidade do metabolismo basal de todas as células do corpo;
2. Intensidade extra do metabolismo causada pela atividade muscular, incluindo as contrações musculares causadas pelo calafrio;
3. Metabolismo extra causado pelo efeito da tiroxina (e, em menor grau, por outros hormônios, como o hormônio do crescimento e a testosterona) sobre as células;
4. Metabolismo extra causado pelo efeito epinefrina, norepinefrina e pela estimulação simpática sobre as células;
5. Metabolismo extra provocado pelo aumento da atividade química das células, em especial, quando a temperatura da célula se eleva;
6. Metabolismo extra necessário para digestão, absorção e armazenagem de alimentos (efeito termogênico dos alimentos).
· Perda de calor
Grande parte do calor produzida pelo corpo é gerada nos órgãos profundos, especialmente, no fígado, no cérebro e no coração, bem como nos músculos esqueléticos durante o exercício. A seguir esse calor é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é perdido para o ar e para o meio ambiente. Portanto, a velocidade da perda de calor é determinada quase completamente por dois fatores:
1. A velocidade de condução do calor de onde ele é produzido no centro do corpo até a pele;
2. A velocidade de transferência do calor entre a pele e o meio ambiente.
· Sistema de isolamento do corpo
A pele, os tecidos subcutâneos e, em especial, o tecido adiposo, atuam em conjunto como isolantes do corpo. O tecido adiposo é importante, porque conduz apenas um terço do calor conduzido pelos outros tecidos.
O isolamento debaixo da pele é meio eficiente de manter a temperatura central interna normal, mesmo que a temperatura de pele se aproxime da temperatura do ambiente.
· Fluxo Sanguíneo e Temperatura
Vaso sanguíneos estão profusamente distribuídos por baixo da pele. Especialmente importante é o plexo venoso contínuo, suprido pelo influxo de sangue dos capilares da pele. Nas áreas mais expostas do corpo, mãos, pés e orelhas, o sangue também é suprido por anastomoses arteriovenosas.
A velocidade do fluxo sanguíneo no plexo venoso da pele pode variar imensamente, de valores próximos a 0 até cerca de 30% do debito cárdico. A alta velocidade do fluxo na pele faz com que o calor seja conduzido do centro do corpo para a pele com grande eficiência, enquanto a redução da velocidade do fluxo para a pele pode diminuir a condução do calor do centro do corpo até valores bastante baixos. Portanto, a pele se constitui em sistema controlado de “radiador de calor” eficiente e o fluxo de sangue para a pele é o mecanismo mais eficaz de transferência de calor do centro do corpo para a pele.
· Temperatura e SN Simpático
A condução de calor para a pele pelo sangue é controlada pelo grau de vasoconstrição das arteríolas e das anastomoses arteriovenosas que suprem sangue para os plexos venosos da pele. Essa vasoconstrição é controlada quase completamente pelo sistema nervoso simpático, em resposta às alterações da temperatura central do corpo e alterações da temperatura ambiente.
O corpo humano tanto perde calor por radiação quanto recebe. 
Temos mecanismos do SNC, que vão agir via SN autônomo para manter a nossa temperatura (vasodilatação ou vaso constrição)
· Física Básica de Como o Calor é perdido pela superfície da Pele
Os diversos métodos pelos quais o calor é perdido pela pele para o meio ambiente. Eles incluem a radiação, a condução e a evaporação. A Radiação Provoca Perda de Calor em Forma de Raios Infravermelhos.
Em pessoa desnuda sentada dentro da sala com temperatura normal , aproximadamente 60% da perda total de calor se dão por radiação. O corpo humano irradia os raios de calor em todas as direções. Os raios de calor também são irradiados pelas paredes e por outros objetos na sala, na direção do corpo. Se a temperatura do corpo é maior do que a temperatura do ambiente, maior quantidade de calor é irradiada pelo corpo do que a que é irradiada para o corpo.
A perda de calor por Condução (conduzir calor de um corpo para o outro)
A pele quando exposta ao ar, faz uma transferência de calor. A temperatura realiza o mesmo mecanismo de igualdade da pressão, tendência a se igualar.
Nota: não existe frio, existe ausência de calor.
Aproximadamente 3% são perdidas pelo corpo por condução direta a partir da superfície corporal para objetos sólidos, comouma cadeira ou uma cama. A perda de calor pela condução para o ar , entretanto, representa proporção considerável da perda de calor do corpo ( em torno de 15%), mesmo em condições normais.
Deve ser lembrado que o calor , na verdade, é a energia cinética do movimento molecular e que as moléculas da pele são submetidas a movimento vibratório continuo. Grande parte da energia desse movimento pode ser transferida para o ar se este for mais frio do que a pele, aumentando, dessa forma, a velocidade do movimento das moléculas do ar.
Assim que a temperatura do ar adjacente à pele se iguala à temperatura da pele, não ocorre mais perda de calor por esse mecanismo, pois agora a quantidade igual de calor é conduzida do ar para o corpo. Portanto, a condução de calor do corpo para o ar é autolimitada, a menos que o ar aquecido se mova para longe da pele, de modo que novo ar não aquecido seja continuamente trazido para o contato com a pele , fenômeno denominado convecção do ar.
· A perda de Calor por Convecção
O calor da pele é conduzido primeiro pelo ar e depois é removido pela convecção das correntes de ar. Pequena quantidade de convecção quase sempre ocorre ao redor do corpo , devido à tendência de o ar adjacente à pele ascender quando aquecido. Portanto , na pessoa desnuda sentada em sala confortável sem movimento acentuado de ar, aproximadamente 15% de sua perda total de calor ocorrem pela condução para o ar e depois pela convecção do ar para longe do corpo.
· Efeito Resfriador do Vento
Quando o corpo é exposto ao vento , a camada de ar, imediatamente adjacente à pele, é substituída por ar novo com velocidade muito maior do que a normal e a perda de calor por convecção aumenta proporcionalmente.
· Mecanismo da Secreção do Suor.
Também perdemos calor pela forma de evaporação. Quando respiramos, ocorre uma transferência de calor. O SN estimula as glândulas sudoríparas que vão eliminar suor na pele e essa agua vai roubar calor e evaporar, e reduzir a temperatura. 
Piloereção (calafrio): Contração importante dos músculos, e esse processo de contração aumenta a produção de calor.
A glândula sudorípora é mostrada como estrutura tubular que consiste em duas partes:
Uma porção enovelada subdérmica profunda que secreta o suor;
Um ducto que passa através da derme e da epiderme da pele.
Assim outras glândulas, a porção secretória da glândula sudorípora secreta liquido chamado secreção primária ou secreção precursora; as concentrações dos constituintes do líquido são modificadas durante sua passagem pelo ducto.
Fibras nervosas simpáticas colinérgicas que terminam sobre ou próximo as células da glândula desencadeiam a secreção. 
· Mecanismo da Secreção do Suor.
Existe uma substancia pré-secretada, muito parecida com o plasma,
A composição da secreção precursora (substancia pre-secretada) é similar à do plasma, exceto por não conter proteínas plasmáticas. A concentração de sódio é de aproximadamente 142 mEq/L e a de cloreto é cerca de 104 mEq/L, com concentrações muito menores dos outros solutos do plasma. Conforme essa solução precursora flui pelo ducto da glândula, ela é modificada pela reabsorção de grande parte de íons sódio e dos íons cloreto. A intensidade dessa reabsorção depende da sudorese. Quando as glândulas sudoríparas são fracamente estimuladas, o líquido precursor passa lentamente pelo ducto.
Nesses casos, essencialmente todos os íons sódio e íons cloreto são reabsorvidos e a concentração de cada um desses constituintes cai para aproximadamente 5 mEq/L. Esse processo reduz a pressão osmótica do suor para nível em que grande parte da água também é reabsorvida, concentrando ainda mais os outros constituintes. Portanto, em baixos índices de sudorese constituintes como ureia, acido lático e íons potássio, em geral, estão bastante concentrados.
Ocorre perda significativa de cloreto de sódio no suor de pessoa não aclimatada ao calor. Ocorre perda muito menor de eletrólitos, a despeito da maior capacidade da sudorese, depois que a pessoa está aclimatada (adaptação, ajustamento).
Aclimatação e Aldosterona
Apesar de a pessoa normal não aclimatada raramente produzir mais de 1 litro de suor por hora, quando essa pessoa é exposta a tempo quente durante 1 a 6 semanas, ela começa a suar de modo mais profuso, em geral, aumentando a produção de suor para 2 a 3 L/hora. 
A evaporação dessa quantidade de suor pode remover o calor do corpo com velocidade mais de 10 vezes superior à intensidade basal normal da produção de calor. 
Também associada à aclimatação é a diminuição adicional da concentração de cloreto de sódio no suor, o que permite conservação progressivamente melhor do sal corporal. Grande parte desse efeito é ocasionada pela secreção aumentada de aldosterona pelas glândulas adrenocorticais, o que resulta de discreta diminuição da concentração de cloreto de sódio no líquido extracelular e no plasma. A pessoa não aclimatada, que sua profusamente , em geral, perde de 15 a 30 gramas de sal a cada dia durante os primeiros dias. Depois de 4 a 6 semanas de aclimatação, a perda costuma ser de 3 a 5 g/dia. 
A temperatura do corpo é regulada quase inteiramente por mecanismos de feedback neurais e quase todos esses mecanismos operam por meio de centros regulatórios da temperatura, localizados no hipotálamo.
· Área pré-óptica-hipotalâmica
A área hipotalâmica anterior pré-óptica contém grande número de neurônios sensíveis ao calor , bem como cerca de um terço de neurônios sensíveis ao frio. Acredita-se que esses neurônios atuem como sensores de temperatura corporal. Os neurônios sensíveis ao calor aumentam sua atividade por duas e 10 vezes, em resposta a aumento de 10ºC da temperatura corporal. Os neurônios sensíveis ao frio, por sua vez, aumentam sua atividade quando a temperatura corporal cai.
· O papel da área pré-óptica-hipotalâmica
Quando a área pré-óptica é aquecida, a pele de todo o corpo imediatamente produz sudorese profusa, enquanto os vasos sanguíneos da pele de todo o corpo, ficam muito dilatados. Essa reposta é uma reação imediata que causa perda de calor, ajudando a temperatura corporal a retornar aos níveis normais.
· Detecção da temperatura por receptores na pele e nos tecidos corporais profundos. 
A pele é dotada de receptores para o frio e para o calor. A pele apresenta muito mais receptores para o frio do que para o calor.
Quando a pele é resfriada em todo o corpo, efeitos reflexos imediatos são evocados e começam a aumentar a temperatura corporal de várias formas:
1. Gerando forte estímulo para causar calafrios com aumento resultante da produção de calor corporal;
2. Pela inibição do processo de sudorese, se estiver ocorrendo;
3. Promovendo a vasoconstrição da pele para diminuir a perda de calor corporal pela pele.
Os receptores corporais profundos são encontrados principalmente na medula espinal, nas vísceras abdominais e dentro ou ao redor das grandes veias na região superior do abdome e do tórax. Esses receptores profundos atuam diretamente dos receptores centrais do corpo, em vez da temperatura da superfície corporal.
É provável que tanto os receptores da pele como os receptores profundos do corpo se destinem à prevenção da hipotermia , ou seja, impedir a baixa temperatura corporal. 
· O hipotálamo posterior
Mesmo que muitos dos sinais sensoriais para a temperatura surjam nos receptores periféricos, esses sinais contribuem para o controle da temperatura corporal, principalmente por meio do hipotálamo. A área do hipotálamo que eles estimulam esta localizada bilateralmente no hipotálamo posterior , aproximadamente no nível dos corpos mamilares.
· Mecanismos de diminuição da temperatura quando o corpo está muito quente.
O sistema de controle da temperatura utiliza três mecanismo importantes para reduzir o calor do corpo , quando a temperatura corporal é muito elevada.
1) Vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos. Em quase todas as áreas do corpo, os vasos sanguíneos da pele se dilatam intensamente. Essa dilatação é causada pela inibição dos centros simpáticos no hipotálamo posterior que causam vasoconstrição.A dilatação total pode aumentar a transferência de calor para a pele por até oito vezes.
2) Sudorese. Aumento adicional de 1ºC na temperatura corporal causa sudorese suficiente para remover por 10 vezes a intensidade basal da produção de calor pelo corpo.
3)Diminuição da produção de calor. Os mecanismos que causam o excesso de produção de calor, como os calafrios e a termogênese química, são intensamente inibidos.
Quando o corpo está muito frio, os sistema de controle de temperatura institui procedimentos exatamente opostos. São eles:
1)Vasoconstriçao da pele por todo o corpo. Essa vasoconstrição é causada pela estimulação dos centros simpáticos hipotalâmicos posteriores.
2)Piloereção. Piloeração significa “pelos eriçados”. O estímulo simpático faz com que os músculos eretores dos pelos presos aos folículos pilosos se contraiam, colocando os pelos na posição vertical.
 3)Aumento na termogênese (produção de calor). A produção de calor pelos sistemas metabólicos é aumentada pela promoção de calafrios, excitação simpática da produção de calor e secreção de tiroxina.
· Estimulação hipotalâmica dos Calafrios.
Localizada na porção dorsomedial do hipotálamo posterior, próximo à parede do terceiro ventrículo, encontra-se a área chamada centro motor primário para os calafrios. Essa área normalmente é inibida pelos sinais oriundos do centro do calor na área hipotalâmica anterior pré-óptica, mas é excitada por sinais de frio, oriundos da pela e da medula espinal. 
Esses sinais não são rítmicos e não causam real contração muscular. Em vez disso, eles aumentam o tônus dos músculos esqueléticos por todo o corpo, pela facilitação da atividade dos neurônios motores. Quando o tônus se eleva cima de certo nível crítico, os calafrios começam.
· Excitação “Química” Simpática de Produção de Calor.
Um aumento na estimulação simpática ou na circulação de norepinefrina e epinefrina no sangue pode causar elevação imediata do metabolismo celular. Esse efeito é chamado termogênese química ou termogênese sem calafrios.
· Aumento da secreção de tiroxina com causa da produção elevada de calor de longa duração.
O resfriamento da área hipotalâmica anterior pré-óptica também aumenta a produção do hormônio liberador de tireotropina pelo hipotálamo. Esse hormônio é levado pelas veias portas hipotalâmicas para a hipófise anterior, onde estimula a secreção do hormônio estimulador da tireoide.
O hormônio estimulador da tireoide, por sua vez, estimula o aumento da secreção de tiroxina pela glândula tireoide. A elevação dos níveis de tiroxina ativa a proteína desacopladora e aumenta o metabolismo celular em todo o corpo, que é outro mecanismo da termogênese química. Essa elevação do metabolismo não ocorre imediatamente, mas requer exposição de várias semanas ao frio para causar hipertofria da glândula tireoide e para que ela atinja seu novo nível de secreção de tiroxina.
· “Ponto de ajuste” para o controle da temperatura.
37,1ºC. Todos os mecanismos de controle da temperatura tentam continuamente trazer a temperatura corporal para o nível desse ponto critico de ajuste. 
· Controle comportamental da temperatura corporal
Além dos mecanismos subconscientes para o controle da temperatura corporal, o corpo tem outro mecanismo de controle de temperatura ainda mais potente: o controle comportamental da temperatura.
A pessoa faz os ajustes ambientais apropriados para restabelecer o conforto , como sair de ambiente quente ou o uso de roupas bem isoladas em tempos frios. 
· A regulação da temperatura interna do corpo é prejudicada pela secção da medula espinal.
Após a lesão da medula espinal nas regiões cervicais, ou seja, acima de emergência dos neurônios pre-ganglionares simpáticos na medula espinal, a regulação da temperatura corporal fica extremamente deficiente, porque o hipotálamo não mais consegue controlar o fluxo sanguíneo para a pele ou grau de sudorese, em qualquer lugar do corpo.
Nas pessoas com essa condição, a temperatura corporal deve ser regulada, principalmentepela resposta psíquica do paciente às sensações de frio e calor na região da cabeça. 
· Febre
Febre, que significa temperatura corporal acima da faixa normal de variação, pode ser provocada por anormalidades no cérebro ou por substâncias toxicas que afetam os centros reguladores da temperatura. Algumas causas de febre incluem doenças bacterianas ou víricas, tumores cerebrais e condições ambientais que podem resultar em uma internação.
· Reajuste do centro de Regulação Hipotalâmico da Temperatura nas Doenças Febris – Efeito dos Pirogênios
Muitas proteínas, produtos da degradação das proteínas e algumas outras substâncias, especialmente toxinas de lipossacarídeos oriundas das membranas celulares de bactérias, podem fazer com que o ponto de ajuste do termostato hipotálamo de eleve. As substâncias que causam esse efeito são chamadas pirogênios.
Os pirogênios liberados por bactérias toxicas ou os liberados por tecidos corporais em degeneração, causam febre durante condições patalógicas.
· Citocinas na febre
Quando as bactérias ou os produtos da degradação das bactérias estão nos tecidos ou no sangue, eles são fagocitados pelos leucócitos do sangue, pelos macrófagos teciduais e pelos grandes linfócitos “Killers” granulares. Essas células liberam citocinas, sendo que a interleucina-1, chega ao hipotálamo ativa os processo produtores de febre. IL-1 produz febre através da produção de Prostaglandinas. Aspirina: impede a formação de PGDs.
· Febre causada por lesões Cerebrais
Podem causar febre: cirurgia no hipotálamo, tumor cerebral comprimindo o hipotálamo, AVE, etc.
· Intermação
Quando a temperatura corporal se eleva além de temperatura crítica, na variação entre 40,5 e 42,2 C, a pessoa provavelmente desenvolverá intermação 
Sintomas: desorientação, desconforto abdominal, vômitos, delírios, perda da consciência se a temperatura corporal não for rapidamente diminuída. 
Tratamento: Resfriamento do paciente. Banho gelado? Esponja ou borrifos de água gelada?
· Aclimatação ao calor
De 1 a 3 semanas, indivíduo exposto ao calor por várias horas durante o dia, realizando trabalho relativamente pesado. Aumento na sudorese, aumento do volume plasmático, diminuição da perda de sais no suor e na urina.
· Exposição ao frio extremo
A menos que seja tratada imediatamente, a pessoa exposta a água gelada durante 20 a 30 inutos, em geral morrre por parada cardiorrespiratória ou fibrilação. A temperatura interna do corpo cai para aproximadamente 25 C. Se aquecido rapidamente, a pessoa pode ser salva. Quando a temperatura corporal cai abaixo de 29,4 graus Celsius, o hipotálamo perde sua capacidade de regular a temperatura; essa capacidade fica seriamente deteriorada quando a temperatura cai abaixo de 34,4 graus Celsius.
Em parte, o motivo dessa diminuição da regulação da temperatura se dá pela diminuição dos índices da produção química de calor em cada célula; para cada diminuição de 5,5 graus Celsius na temperatura corporal, a capacidade de produção de calor da célula cai por duas vezes. O estado de sonolência (seguido de coma) deprime a atividade dos mecanismos de controle de calor que ocorrem no SNC, impedindo os calafrios.

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