Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PÓS-GRADUAÇÃO MBA GESTÃO EM SAÚDE PÚBLICA EDVÂNIA APARECIDA DA SILVA A TRAJETÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL São Paulo 2019 2 EDVÂNIA APARECIDA DA SILVA A TRAJETÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL Artigo apresentado à Faculdade USCS como exigência parcial à obtenção do título de Especialista em MBA em Gestão de Saúde Pública. São Paulo 2019 3 A trajetória da saúde publica no Brasil Resumo O Brasil ao longo do tempo passou por acontecimentos históricos no setor da saúde, abrangendo contexto político e social. Com o surgimento do movimento Sanitarista em prol de uma reforma sanitária, com proposta de abertura política do país, lutando por um sistema de saúde publico, de acesso universal, diminuindo as injustiças na saúde, com um sistema igualitário. Impulsionado por esse movimento, foi desencadeado a VIII Conferência Nacional de Saúde que propôs a criação do Sistema Único de Saúde. Concretizado na Constituição Federal de 1988, instituindo que “a saúde é um direito de todos e dever do Estado”. O artigo tem como objetivo conhecer a história da Saúde Publica no Brasil desde sua colonização até os dias atuais. A metodologia foi baseada em artigos científicos nas bases de dados: Scielo, Lilacs e Pubmed com as seguintes palavras – chave: Saúde Publica; Sistema Único de Saúde, Políticas de Saúde no Brasil. A pesquisa se expandiu através de livros, revistas e apostilas que retratassem o assunto. Com revisão de literatura foi possível o concluir que Saúde Publica no Brasil passou por vários momentos difíceis em sua trajetória, mas com a consolidação do Sistema Único de Saúde, conseguiu uma mudança significantemente na história com vários avanços na Saúde Publica. Palavras – chave: Saúde Pública, Sistema Único de Saúde, Política de Saúde no Brasil. 4 Abstract Over time, Brazil has experienced historical events in the health sector, encompassing political and social context. With the emergence of the Sanitarian movement for health reform, with the proposal of political opening of the country, fighting for a public health system, universal access, reducing injustices in health, with an egalitarian system. Driven by this movement, the VIII National Health Conference was launched, which proposed the creation of the Unified Health System. Embodied in the Federal Constitution of 1988, establishing that “health is a right of all and a duty of the State”. The article aims to know the history of Public Health in Brazil from its colonization to the present day. The methodology was based on scientific articles in the databases: Scielo, Lilacs and Pubmed with the following keywords: Public Health; Unified Health System, Health Policies in Brazil. The research expanded through books, magazines, and handouts that portrayed the subject. With a literature review it was possible to conclude that Public Health in Brazil has gone through several difficult times in its path, but with the consolidation of the Unified Health System, achieved a significant change in history with several advances in Public Health. Keywords: Public Health, Unified Health System, Health Policy in Brazil. 5 Conteúdo Introdução .................................................................................................................................. 6 Período Colonial ao Período Imperial (1500 – 1822/1889) ............................................. 7 República Velha a Era Vargas (1889 – 1930/1945) ........................................................... 7 Desenvolvimentista Populista ao Golpe de 64 (1946 – 1964/1984) ........................... 11 Nova República a Atualidade (1985 – Até Hoje). ............................................................ 14 Considerações Finais ........................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS: ....................................................................................................................... 20 6 Introdução O Brasil ao longo do tempo passou por fatos históricos no setor da saúde que abrangem o contexto político-social (POLIGNANO, 1998). O movimento de reforma sanitária contribuiu enfaticamente para a inclusão na Constituição de 1988, o reconhecimento da saúde como um direito de todo cidadão e um dever do Estado, bem como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), fundado na ideologia de solidariedade e universalidade (COMISSÃO NACIONAL SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE, 2008). Almejando a construção de uma sociedade saudável, foi instituído que a saúde é um direito fundamental e igualitário a todos os cidadãos (marques, 2008). Esta pesquisa foi realizada através de revisão de literatura e com objetivo conhecer a trajetória da Saúde Pública no Brasil, percorrendo fatos que marcaram o desenvolvimento da Saúde Pública, desde sua colonização aos dias atuais. Foi realizada uma busca por artigos científicos nas bases de dados: Scielo,Lilacs, Pubmed, sendo utilizado também livros, apostilas e revistas que retratassem o assunto. 7 Período Colonial ao Período Imperial (1500 – 1822/1889) A imagem de beleza e grandiosidade das paisagens, as riquezas da alimentação, a pureza das águas e o clima ameno combinavam com a saúde dos habitantes da nova terra aos olhos europeus, chamando a atenção no início do descobrimento. Aos poucos essas imagens transformaram-se no oposto. E no século XVII foi considerado um “inferno”, com vários problemas, como os conflitos indígenas, dificuldades materiais e, sobretudo as múltiplas e frequentes enfermidades (BERTOLLI FILHO, 2004). No período colonial a saúde pública era inexistente, os índios que manipulavam seus próprios remédios (ervas) e os boticários que eram uma espécie de farmacêuticos, viajavam por toda a colônia manipulando fórmulas de medicamentos (MARQUES, 2008). Após a chegada da corte portuguesa ao Brasil em 1808, foi necessário fazer mudanças na administração pública colonial, inclusive na área da saúde e para um atendimento mais constante e organizado das questões sanitárias, foi criado centros de formação de médicos: academias médicos-cirúrgicos do Rio de Janeiro (1813) e da Bahia (1815), transformadas nas duas primeiras escolas de medicina do país (BERTOLLI FILHO, 2004). Ainda no século XIX em meio às várias epidemias houve uma reformulação dos serviços de saúde, sendo centralizadas e ficando estabelecida de Junta Central de Higiene Pública. Passando a coordenar a inspetoria der saúde dos portos, as observações das atividades de política sanitária, vacinação antivaríola e a fiscalização do exercício da medicina (ESCOREL e TEIXEIRA, 2008). República Velha a Era Vargas (1889 – 1930/1945) No período da Republica Velha que vai de 1889 até 1930, os oligarquias dos estados mais ricos que governavam o país – as de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A cafeicultura foi o principal setor da economia gerando lucros altíssimos aos fazendeiros (BERTOLLI FILHO, 2004). Com a promulgação da Constituição em 1891 estabeleceu-se a transferência dos serviços de saúde para os, municípios e estados, sendo assim o governo central assume a 8 responsabilidade da vigilância sanitária dos portos (ESCOREL e TEIXEIRA, 2008). O século XIX chega ao fim e com eles os graves problemas de saúde pública como um lugar extremamente insalubre, onde a vida se encontrava em risco constante, com péssimas condições sanitáriasde seus centros urbanos e os constantes surtos epidêmicos que costumavam atingir a população. Com a ausência de infraestrutura básica, de legislação e de fiscalização aliados ao processo de urbanização e o crescimento populacional, agravavam ainda mais os problemas resultantes da falta de condições de higiene observadas nas cidades da velha colônia portuguesa (CHAULHOUB, 1996). O então presidente do Brasil Rodrigues Alves nomeou o médico sanitarista Oswaldo Cruz como Diretor de Departamento de Saúde Pública que teve como propósito a erradicação da febre amarela no Rio de Janeiro (PONTE, 1999). Foram muitos protestos populares contra as desapropriações e as demolições para abertura de largas avenidas proibição por parte do código de postura municipal, uma série de atividades que até então eram comuns – como criar porcos nos quintais e a venda de miúdos nas ruas das cidades – somando a vacinação contra varíola proposto por Oswaldo Cruz. Com a obrigatoriedade da vacina em nove de novembro de 1904, o motim se espalhou pela cidade, tendo a rebelião por cerca de seis dias e por fim é decretado estado de sítio no dia 16 de novembro deixando um saldo de destruição, mortos, feridos, presos e deportados para os seringais do Acre – a vacinação tornou-se opcional e em 1907 a 1908, a varíola voltou com muita força e quem foi atrás da vacina dessa vez foi a população (SEVCENTO, 1993). Com relatórios feitos pelos médicos Belisário Penna e Arthur Neiva através do Instituto Oswaldo Cruz que organizou as expedições cientificas, contribuíram para a transformação dos registros feitos em debate público na grande imprensa, sendo intensificada com a publicação de novembro de 1916 a janeiro de 1917, no jornal Correio da Manhã, conclamando o país a participar de uma campanha pelo saneamento do Brasil baseado numa série de artigos de Belisário Penna (BOMFIM, 1993). Portanto a mobilização do saneamento enfatizava recuperar e integrar o país e o homem do interior. Reunindo importantes setores das elites intelectuais e política que participaram da criação da Liga Pró-Saneamento do Brasil em 9 fevereiro de 1918. Foi dirigida por Belisário Penna, conduzindo a uma ampla reforma dos serviços sanitários (HOCHMAN, 1998). A economia do Brasil dependia quase que exclusivamente do comércio externo, agravando ainda mais p seu quadro sanitário, pois muitas companhias de navegação se recusavam a estabelecer rotas que passassem em portos brasileiros. O país também encontrava dificuldades para atrair os imigrantes para as fazendas de café, carentes de mão de obra desde o fim da escravidão. Frente a esta situação o Brasil se via de frente ao desafio de promover medidas que alterassem as condições de saúde e que acabassem com as epidemias (PONTE, 1999). No entanto o Brasil intensificou os cuidados com a população devido aos problemas que são gerados à economia cafeeira. O Estado deu prioridade às doenças transmissíveis, principalmente de manifestação epidêmica, capazes de ceifar grande numero de vidas e comprometer a ordem econômica (HOCHMAN, 1998). Porem com o acumulo do capital estrangeiro para o Brasil o processo da industrialização foi expandindo-se principalmente no eixo Rio –São Paulo. Com esse processo a urbanização e utilização da mão de obra do imigrante, principalmente o europeu foi crescente, os imigrantes já tinha experiência na indústria, pois a Europa já tinha passado por grandes transformações no setor da industrialização. O Brasil tinha péssimas condições de trabalho e não garantiam os direitos trabalhistas aos funcionários, com isso os imigrantes que já passaram por essas conquistas, começaram a reivindicar, mobilizaram e organizaram os operários brasileiros em prol da luta dos direitos trabalhistas. Em 1917 e 1919 foram realizadas duas greves gerais organizadas pelo movimento operário (POLOGNANO, 1998). Com a criação em 1920 do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNS), que visava o preenchimento de funções de uma organização sanitária nacional devido à proliferação da gripe espanhola no país (AMORIM e PERILLO, 2006). Entretanto as doenças transmissíveis tiveram destaque para o Estado e as crônico-degenerativas ficaram em segundo plano, a partir da segunda década do século XX foram incorporadas as reivindicações dos trabalhadores em prol da instituição de mecanismos de seguridade social, como aposentadorias e pensões que foram incorporadas na agenda de negociações à atenção a saúde 10 entre patrões e empregados configurando-se uma nova vertente de assistência médica no Brasil, desta vez associada ao complexo previdenciário que começava a se constituir (PONTE, 1999). Em 1923 surge no Brasil a Previdência Social com o Decreto Legislativo que ficou conhecido como Lei Eloy Chaves, criando as CAPs (BRASIL, 2003; BUSS, 1995). Eram organizadas pelas empresas e ofertavam assistência médica, medicamentos, aposentadorias e pensões (BELINATO, 1994), sendo constituído como seguro social (BERTOLOZZI e GRECO, 1996). Eram voltadas para a assistência dos trabalhadores das estradas de ferro e seus familiares (AMORIM e PERILLO, 2006). Era recolhido do empregado cerca de 3% do salário, do empregador 1% da renda bruta das empresas da União e 1,5% das tarifas dos serviços prestados pelas empresas e depositado num fundo (CORDEIRO, 1981). Embora a Liga Pro-Saneamento do Brasil não ter obtido a tão sonhada criação do ministério para a área da saúde, porém contribuiu de maneira decisiva para incluir esta questão na agenda de discussão do novo papel do Estado no contexto da revolução de 1930, com a vitória sobre as oligarquias que comandavam na República Velha, a liderança do movimento revolucionário institui, em meio a uma série de medidas de intervenção nos estados, o Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública (decreto nº 19.402, de 14 de novembro de 1930) (PONTE, 1999). Com o conjunto de reformas Getúlio Vargas incluiu na área sanitária em novembro de 1930 um ministério próprio, o Ministério da Educação e da Saúde, que passou por uma nova reestruturação, controlando os serviços prestados (BERTOLLI FILHO, 2004). Em 1933 surge os Institutos de Aposentadorias e Pensões que abrangem os trabalhadores por ramos de atividades (PAULUS JÚNIOR e CORDONI JÚNIOR, 2006). Getúlio Vargas que cria os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), era um seguro social com desconto no salário mensal do trabalhador criando um fundo para pagar as aposentadorias e pensões, tinha um representante dos trabalhadores em sua administração, sendo organizada por categoria profissional, garantindo o direito à assistência médica e aposentadoria após 30 anos de contribuição, com financiamento do Estado, dos trabalhadores e empresas (AMORIM E PERILLO, 2006; MARQUES, 2008). 11 Quando Vargas volta ao poder em 1934 através de uma eleição indireta, o Ministério que passou a chamar-se Ministério da Educação e Saúde (MÊS), se constitucionalizou, ampliando o setor de saúde – foi criado delegacias federais de saúde para colaborar com os serviços locais de saúde e a criação das Conferências Nacionais de Saúde que são realizadas nacionalmente com reuniões dirigentes do setor com cunho administrativo (ESCOREL e Teixeira, 2008). Em 1939 é regulamentada a justiça do trabalho e em 1943 é homologada a consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que tem como objetivo estabelecer um contrato capital-trabalho garantindo direitos sociais ao trabalhador (MARQUES, 2008). A II Guerra Mundial é deflagrada, com isso o Brasil assina um acordo com Estados Unidos devido à necessidade de materiais estratégicos para o esforço bélico dos países aliados, formando um Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) que tinha convênio com órgãos americanos e sob patrocínio da Fundação Rockefeller (BRAVO, 2000). Desenvolvimentista Populista ao Golpede 64 (1946 – 1964/1984) O presidente Eurico Gaspar Dutra assumiu o governo em 1946 priorizando a organização racional dos serviços públicos, mas a ineficiência burocrática herdada do governo anterior, as disputas de diferentes grupos políticos não concretizaram as reformas desejadas pelo governo e exigidas pela sociedade. O plano Salte tinha como proposta o melhoramento dos sistemas de saúde, alimentação, transporte e energia que não foram colocadas em pratica totalmente. Já na década de 50 foram marcadas por muitas manifestações nacionalistas buscando a potência para o desenvolvimento do país. Não cedendo às pressões internacionais e principalmente do império norte- americano, nesse mesmo momento ocorre um forte crescimento da entrada de capital estrangeiro na economia nacional em consequência a proposta desenvolvimentista: o Estado liderava uma modernização econômica e institucional, tendo como principal personagem o presidente Juscelino Kubitschek que governou o país de 1956 a 1961(BERTOLLI FILHO, 2004). 12 Já em 1953 é criado o Ministério da Saúde, dessa forma o Estado passou a dar maior atenção à saúde pública, havendo uma maior organização dos serviços e criando departamentos para cada finalidade (BRAGA e PAULA, 1981), havia como proposta os postos de saúde e as campanhas de saúde publica (AMORIM e PERILLO, 2006). Com o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), sendo criado em 1956 com intuito de coordenar os vários órgãos envolvidos no combate e erradicação de doenças específicas (ESCOREL e TEIXEIRA, 2008). Através de um Golpe de Estado liberado pelos chefes das Forças Armadas em 31 de março de 1964, colocou fim à populista com o intuito de combater o avanço do comunismo e da corrupção, garantir a segurança nacional, punindo todos os indivíduos ou instituições que se colocassem contrárias ao movimento, autoproclamado Revolução de 64 (BERTOLLI FILHO, 2004). Suspenderam as garantias constitucionais, cassaram mandatos e suspenderam direitos políticos, sendo extintos organizações que exigiam reformas de base, como o Comando Geral dos Trabalhadores e as Ligas Camponesas (ALENCAR et al, 1985). Sendo assim o espaço da Universidade passou a ser palco das contestações contra a pratica do regime militar, emergindo o movimento sanitarista como consequência dos trabalhadores e técnicos não participarem do processo decisório das políticas publicas de saúde, as quais eram beneficiadas apenas aos governos autoritários (TEIXEIRA, 1989). O GOVERNO CRIOU EM 1966 O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), subordinado ao Ministério do Trabalho que unificava todos os órgãos de previdência que funcionava desde 1930, sendo comandado pelos técnicos e políticos vinculados ao governo e subordinados ao Ministério do Trabalho, aproveitando-se das dificuldades das antigas caixas e instituições de aposentadoria e pensões (BERTOLLI FILHO, 2004). A Lei Orgânica da Previdência Social priorizou os direitos, ampliando a assistência médica, efetivando se em 1967 com a criação do INPS, Juntando seis institutos de aposentadorias e pensões e o Serviço de Assistência Médica e Domiciliar de Urgência (SAMDU) (AMORIM e PERILLO,2006). Expande o INPS, firmando convênios com hospitais e o setor privado para atender a massa trabalhadora. Devido aos preços baixos pagos pelos serviços 13 médico-hospitalares e a demora do repasse das verbas do INPS para as entidades conveniadas, determinou a fragilidade do sistema de atendimento à população. Enquanto isso, as redes conveniadas, os hospitais e as clinicas fraudavam guias de internação, cirurgias desnecessárias e a prática de cesariana em vez de parto normal, assim o INPS sofrendo grandes prejuízos materiais. Nesse momento surgiu a medicina de grupo, com o objetivo de oferecer melhor atendimento aos trabalhadores e reduzir os longos períodos de licença. As grandes e médias empresas firmaram contratos com grupos médicos em substituição aos serviços prestados pelo INPS, em decorrência a esses acordos, as empresas deixaram de pagar a cota previdenciária ao governo e ao mesmo tempo recebiam do próprio governo subsídios, sucumbindo o INPS, devido a sua incapacidade gerencial (BERTOLLI filho, 2004). Foi criado em 1974 o Ministério da Previdência Social, centralizando e reforçando o modelo clinico assistencial e curativista (BERTOLOZZI e GRECCO, 1996). Ao mesmo tempo foi criado o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social (FAZ) em 1974, sendo administrada pela Caixa Econômica Federal e constituída com recursos da Loteria Esportiva, tendo rendimento até 1979 de sete bilhões de cruzeiros para a saúde e cerca de 70% foi investido em hospitais particulares situados no eixo RIO – São Paulo. As empresas de medicina passaram a contar com o financiamento desse novo órgão para construção, ampliação e compra de equipamentos (CORDEIRO,1983). Também surge o Plano de Pronta Ação (PPA), que era um conjunto de ações que possibilitava o atendimento de urgência ao segurado e a população com atendimento ambulatorial em casos de urgência, esse foi o marco de referência ao surgimento da universalização do atendimento (PAULUS JÚNIOR e CORDONI JÚNIOR, 2006). A Lei 6.229 de 17 de julho de 1975 regulamentada após a V Conferência Nacional da Saúde em 1975, sendo criado o Sistema Nacional de Saúde o qual legitimava e constitucionalizava a pluralidade institucional no setor. Através dessa lei que são definidas as responsabilidades de cada instituição, sendo que a Previdência Social ficou com a assistência individual e curativa e o 14 Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde com o cuidado preventivo e de alcance coletivo (BERTOLOZZI e GRECCO, 1996). Em 1976 é criado o Programa Nacional de Serviços Básicos de Saúde (Previ Saúde), que tinha uma estrutura semelhante ao que seria o futuro SUS com financiamento proveniente da Previdência Social (AMORIM e PERILLO, 2006). No entanto seus objetivos gerais era a reestruturação e ampliação dos serviços de saúde, saneamento e habitação e como pressuposto básico a hierarquização das formas de atendimento e que a atenção básica fosse à porta de entrada da população ao sistema de saúde. Fazendo parte também como pressuposto básico para a participação comunitária, a integração dos serviços públicos e privados existentes e a regionalização definida por área e população (BERTOLOZZO e GRECO, 1996). Logo após, o INPS passou a ser denominado de Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), sendo uma autarquia do Ministério da Previdência e Assistência Social. Com a responsabilidade de prestar assistência à saúde de seus associados, que são os trabalhadores da economia formal e seus dependentes, ou seja, não tinha caráter universal que é um dos princípios fundamentais do SUS (BRASIL, 2002). Destaca se a declaração de Alma- Ata em 1978, sendo um evento importante para a saúde pública mundial. Foi proposto um sistema de atenção primária à saúde, com ação integral no sistema de saúde nacional, com desenvolvimento social, com tratamento de baixo custo, favorecendo os de baia renda. Teve como foco principal a educação em saúde e os cuidados primários em saúde nos países em desenvolvimento (GROISMAN, MORAIS e CHAGAS, 2005). Nova República a Atualidade (1985 – Até Hoje). O período da Nova República foi marcado por movimentos em prol das eleições diretas para presidente. As forças políticas se reorganizaram, surgindo a Aliança Democrática que impediu as eleições diretas, elegendo através da Câmara um novo presidente – Tancredo Neves, tendo como vice José Ribamar Sarney que mais tarde 15 assumiria a presidência devido à morte precoce de Tancredo, dando inicio a “NOVA REPÚBLICA” (BERTOLOZZI e Greco, 1996). Portanto o sistema de saúde brasileiro foi palco de muitos embatescom valores políticos ideológicos opostos. Nas últimas décadas do século XX, foram travadas disputas no campo teórico e político institucional com a finalidade de construir um sistema de saúde que fosse próximo dos seus interesses, nessa disputa prevalecia às ideias de dois projetos diferentes entre si: o projeto da reforma sanitária brasileira e o projeto neoliberal (MENDES, 1995). Com o projeto da reforma brasileira, influenciado pelo movimento sanitário que tinha como proposta a abertura política do país e pela meta “Saúde Para Todos até o ano 2000”, lutava por um sistema de saúde publico, de caráter universal, diminuindo as injustiças na saúde. Esse projeto defendia a participação do Estado à execução do financiamento, a regulamentação e a prestação dos serviços de saúde. Por outro lado tinha o projeto neoliberal que era influenciado pelos ajustes econômicos através dos governos de Margareth Tacher e Ronald Regan que defendia um sistema de saúde regulamentado pelo mercado e com forte presença do setor privado (BISPO JÚNIOR e MESSIAS, 2005). Em 19882 é elaborado pelo Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária, conhecido como Plano CONASP com objetivo de racionalizar as ações de saúde proposta pelo Prev – Saúde, uma vez que a mesma foi rejeitada por considerar suas propostas um tanto “progressistas”, para que fossem reduzidos os custos da assistência medica. É um Conselho que não visava à participação expressiva dos trabalhadores da saúde e da comunidade (BRASIL, 1981; BRASIL, 1982). Porém com o Plano CONASP tinham como meta conseguir uma maior e melhor utilização da rede pública de serviços básicos, com isso foi firmado convênios trilaterais em 1982 envolvendo os Ministérios da Previdência Social, Saúde e Secretarias do Estado da Saúde, sendo posteriormente substituídas pelas Ações Integradas (AIS), essas tinham como objetivo a universalização da acessibilidade da população aos serviços de saúde, abrindo a possibilidade da participação dos estados e municípios na política nacional de saúde (GOULART, 1996). Segundo Cohn e Elias(1996) e Mendes ( 1993), a implementação das AIS (Ações Integradas de Saúde) representou o passo inicial para o processo de descentralização na saúde. 16 Sendo que os serviços estaduais e municipais foram incorporados através das AIS, as redes de serviços pagos pelo INAMPS integrando as esferas do governo em comissões interinstitucionais de saúde (PAULUS JÚNIOR e CORDONI JÚNIOR, 2006). A instituição realizou muitos convênios em diversas esferas do governo e sob a responsabilidade dos municípios como porta de entrada do sistema (CORDONI JÚNIOR, 1986). A VIII Conferência Nacional de Saúde foi impulsionada pelo processo de reforma sanitária que foi desencadeado por intelectuais e profissionais do Movimento Sanitário, em decorrência desse processo o Ministério da Saúde o Ministério da Saúde em 1986 convoca a VIII Conferência Nacional da Saúde que na sua realização, nova na temática – Direito, Saúde e Financiamento – teve a participação da sociedade civil envolvendo profissionais da saúde no processo preparatório, intelectuais, usuários, membros de partidos políticos e sindicatos (Brasil, 1986), propondo, a criação do SUS, representando um avanço técnico e um pacto político, tendo como diretrizes: a universalidade, a integralidade das ações e a participação social, ampliando o conceito de saúde, colocando o como direito dos cidadãos e dever do Estado (BERTOLOZZI e GRECO, 1996). Segundo Mendes (1993), o Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), foi criado paralelo às discussões da VIIi Conferência Nacional da Saúde, marcando o crescente projeto de Reforma Sanitária. Antecedendo o Sistema Único de Saúde (SUS), o SUDS surgiu sob forma de convênios do INAMPS com as Secretarias Estaduais de Saúde, porém esses convênios tornaram um forte instrumento político, o governo não assinava o convênio com alguns municípios pelo mais variados motivos políticos (COHN e ELIAS, 1996). Com a realização da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), foi dada nova forma à saúde no Brasil, estabelecendo como direito universal. Portanto a saúde passou a ser dever constitucional de todas as esferas de governo, sendo que antes era apenas da União e do trabalhador segurado. O conceito de saúde foi ampliado e vinculado às políticas sociais econômicas. Sendo que a assistência é garantida de forma integral (preventiva e curativa) (PAULUS JÚNIOR e CORDONI JÚNIOR, 2006). Sendo sancionada a Lei Orgânica da Saúde em 19 de setembro de 1990 (lei n. 8080/90) com vetos do presidente Collor (CUNHA, 2001). Disponibiliza 17 principalmente sobre a organização e regulamentação das ações e serviços em todo território nacional, dando condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e a lei n. 8.142/90, de 28 de dezembro de 1990, estabelece a participação da população na gestão do SUS, disponibilizando as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde (BRASIL, 1990; MARQUES, 2008). De acordo com Fontinelle ( 2003), com as experiências vindas de países como Cuba, Inglaterra e Canadá, onde a Saúde alcançou resultados interessantes de qualidade de vida, o Brasil se espelhou nesses modelos, criando na década de 90, precisamente em 1994 o Programa Saúde da Família, sendo precedido pelo Programa de Agente de Saúde (PAS) e pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Um novo modelo assistencial foi proposto com a finalidade voltada para a coletividade (TRAD ET AL,1998). O Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) foi iniciado em 1991, antecedendo o Programa Saúde da Família (PSF) que é fortalecido em 1994, onde o governo estende o programa para todo o país (VIANA e POZ, 2005). No entanto o Ministério da Saúde lançou em 1999 um documento que estabelece sete competências para o agente de saúde que são: levar informações a população promovendo o trabalho em equipe; visita domiciliar; planejamento das ações de saúde; promoção da saúde; prevenção e monitoramento de grupos específicos; prevenção e monitoramento das doenças prevalentes; acompanhamento e avaliação das ações de saúde (BRASIL, 1999). Riveiro (2003) diz que os primeiros cuidados a população deve ser recebido no lugar onde vivem; no meio urbano ou rural, perto de casa ou de seu trabalho. Sendo que a Unidade de Saúde de Família (USF) é a reestruturação da Unidade Básica de Saúde, onde o usuário tem i primeiro contato com o sistema de saúde através do Programa Saúde da Família que estabelece um vínculo de responsabilidade entre as famílias e os profissionais de saúde, a aproximação favorece uma assistência contínua, evitando complicações e as frequentes idas aos especialistas sem necessidade. O SF atua nos domicílios, em creches, locais de trabalho e nas escolas. Com intuito de realizar ações de promoção da 18 saúde, prevenção, diagnósticos precoces e tratamentos mais complexos é que servem as visitas nos domicílios (PRETTO, 1999). No Governo Lula trouxe esperanças ao modelo de desenvolvimento e de proteção social, nos anos de 2003 e 2008 houve uma redução da pobreza, contribuindo para redução da desigualdade social e de renda no país. Referente ao gasto social federal a educação e saúde apresentaram oscilações, mesmo assim a saúde representa o segundo maior orçamento da área social (MACHADO, BAPTISTA e NOGUEIRA, 2011). Com a consolidação do SUS a Saúde Publica teve grandes avanços. Depois da promulgação da Constituição Federal em 1988 aconteceram muitas notificações e todos passaram a lutar pelo direito à saúde (MAQUES, 2008). 19 Considerações Finais No entanto conclui-se que conforme artigo apresentado a Saúde Pública do Brasil passou por vários momentos difíceis ao decorrerde sua trajetória política e social. A população não tinha acesso à saúde publica, sendo atendido por hospitais filantrópicos e em santas casas. No decorrer desse processo é que se da inicio as mobilizações a favor dos direitos à saúde, através do movimento sanitário que exigia dos órgãos a reforma sanitária com direitos igualitários, universal, descentralizados, garantindo assistência integral de forma preventiva e curativa. Sendo que na Constituição Federal de 1988 levou a essa conquista, conceituando que “a saúde é um direito de todos e dever do Estado”. Determinando a universalidade da cobertura, garantindo a assistência integral e gratuita para toda população. Com a consolidação do SUS a história da Saúde Pública no Brasil passou por vários avanços significativos mudando a historia. Mas apesar do grande avanço conquistado pelo SUS, a saúde no Brasil necessita avançar muito mais. Precisam tirar do papel todos os benefícios que a população conquistou com a constituição. Necessita universalizar de verdade o atendimento, garantindo assistência a todos sendo eles pobres ou ricos, com qualidade e com profissionais que realmente se preocupem com a população. 20 REFERÊNCIAS: ALENCAR F. et al. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico S.A., 1985. AMORIM, M. C. S.; PERILLO, E.B.F. Para entender a saúde no Brasil. LCTE, 2006. BERTOLLI FILHO, C. História da saúde pública no Brasil. 4. ed. São Paulo: Ática, 2004. BELINATI, W. Avaliação crítica do aumento da capacidade operativa dos serviços de saúde ao nível primário Londrina, 1994. BERTOLOZZI, M. R.; GRECO, R. M. As políticas de saúde no Brasil: reconstrução histórica e perspectivas atuais. Rev. Esc. Enf. USP, v.30, n.3, p.380-98, dez. 1996. BISPO JÚNIOR, J. P.; MESSIAS, K. L. M. Sistemas de serviços de saúde: principais tipologias e suas relações com o sistema de saúde brasileiro. Ver. Saúde e Com. 1(1): 79-89, 2005. BOMFIM, M. (1905) América Latina. Seus Males de Origem. Rio de Janeiro: top-books, 1993. BRAGA, J. C. S.; PAULA, S. G. Saúde e Previdência: estudos de política social. São Paulo: Cebes; Hucitec, 1981. BRASIL. Decreto n. 86.329, de 2 de setembro de 1981. Institui o Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdenciário – CONASP. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 de set. de 1981. Brasil Portaria nº 3.062, de 23 de agosto de 1982. Aprova o Plano de Reorientação da Assistência à Saúde no âmbito da Previdência Social – CONASP. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil] 23 ago 1982; Seção I, pt. I, p. 15829. BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 set. 1990. BRASIL, Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 29 dez. 1990. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório final da VIII Conferência Nacional de Saúde. Brasília, 1986. 21 BRASIL, Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Desenvolvimento de Recursos Humanos para o SUS/SPS/MS. Coordenação de Atenção Básica/SAS/MS. Diretrizes para elaboração de programas de qualificação e requalificação dos Agentes Comunitários de Saúde. Brasília, 1999. BRASIL 1988. Constituição da república Federativa do Brasil. Senado, Brasília, DF. BRASIL. Ministério da saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: MS, 2002. Disponível em: WWW.saude.gov.br/bvs/conf-tratados.html. BRASIL. Ministério da Saúde. Política de Educação e Desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde/pólos de educação permanente em saúde. Brasília: MS: 2003. BRAVO, M.I.S. As políticas brasileiras de seguridade social: Saúde. In; CFESS/CEAD. Capacitação em Serviços Social e Política Social. Módulo III: Política Social. Brasília: UnB – CEAD/CFESS, 2000. BUSS, P.M. Saúde e desigualdade: o caso do Brasil. In: BUSS, P.M.; LABRA, M.E. (org.). Sistemas de Saúde: v.2, n.1, p.9-24, 1995. CHALHOUB, S. Cidade Febril. Cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Cia das Letras, 1996. COHN, A.; ELIAS, P.E. Saúde no Brasil: políticas e organização dos serviços. São Paulo: Cortez, 1996. COMISSÃO NACIONAL SOBRE DETERMINANTES SOCIAIS NO BRASIL. As causas sociais das iniqüidades em Saúde no Brasil. 22 ed., 220 p. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008. CORDEIRO, H.A. As empresas médicas: um estudo sobre as transformações capitalistas da prática médica no Brasil. São Paulo, 1981. f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo CORDEIRO, Hésio. Políticas de saúde no Brasil. In: Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Saúde e trabalho no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1983. Cordoni Júnior L. Serviços municipais de saúde no Paraná: tendências e perspectivas. [Tese de Doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo; 1986 ESCORES, S.; TEIXEIRA, L.A. História das políticas de saúde no Brasil de 1822 a 1963: do império ao desenvolvimento populista. In: GIOVANELLA, L. et al. (org.), Políticas e sistemas de saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008. 333-384p. file:///C:/Users/infradu/Downloads/WWW.saude.gov.br/bvs/conf-tratados.html 22 FONTINELLE JÚNIOR, K. Programa Saúde da Família – PSF Comentado. Ed. AB, 2003. GOULART, F.A.A. Municipalização: veredas caminhos do movimento municipalista da saúde no Brasil: Rio de Janeiro: ABRASCO, 1996. GROISMA, S.; MORAIS, N. M.; CHAGAS, L. de D. A evolução da atenção à saúde no Brasil: o contexto da saúde bucal. Cadernos da ABOPREV: Rio de Janeiro, 2005. HOCHMAN, G. A era do saneamento: as bases da política de Saúde Pública no Brasil. São Paulo: Hucitec/ANPOCS, 1998. MACHADO, C. V.; BAPTISTA, T.W. de F.; NOGUEIRA, C. de O. Políticas de saúde no Brasil nos anos 2000: a agenda federal de prioridades. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 27(3): 521 – 532, mar, 2011. MARQUES, L.S. A saúde pública e o Direito Constitucional brasileiro. Disponível em:. Acesso em 10 de julho de 2011. MENDES, E.V.Distrito sanitário: o processo social de mudanças das práticas sanitárias do sistema de saúde. São Paulo: HUCITEC/ABRASCO, 1993. MENDES, E.V. Distrito Sanitário: o processo social de mudanças das práticas sanitárias do SUS. Rio de Janeiro: Abrasco/hucitec, 1995. PAULUS JÚNIOR, Aylton; CORDONI JÚNIOR, Luiz. Políticas públicas de Saúde no Brasil. Rev Espaço para a Saúde, v.8, n.1, p.13-19, 2006. POLIGNANO, M.V. História das Políticas de Saúde no Brasil. Belo Horizonte: Coopmed, 1998. 161p. PONTE, C.F. Médicos, psicanalistas e loucos: uma contribuição à história da psicanálise no Brasil. 1999. f. Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. PRETTO, S.M.; FRANCO, F. Visitas Domiciliares como Estratégia de Educação em Saúde – Relato de uma experiência. Ação Coletiva: vol.II(3), jul./set., 1999. RIVEIRO, D.A.T. Alma Ata: 25 anos después. Revista Perspectivas de Salud. La Revista de la Organizacion Panmerican de la Salud. v.8, n.1, 2003. TEIXEIRA, S.F. Reflexões teóricas sobre democracia e reforma sanitária. In: (org.). Reforma sanitária em busca de uma teoria. São Paulo: Cortez, 1989. TRAD, L.A. et al. O impacto sócio-cultural do Programa Saúde da Família: uma proposta de avaliação. Caderno de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.14, n.2, abr./jun. 1998.
Compartilhar