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Diencéfalo/ Tálamo/ Hipotálamo/ Epitálamo/ Subtálamo

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PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
TUTORIA 6 – PROBLEMA 5 
 
OBJETIVOS 
1. DESCREVER A ANATOMIA (MACRO E MICROSCOPICAMENTE) DO DIENCÉFALO. 
2. EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO DIENCÉFALO 
3. EXPLICAR AS LESÕES QUE ACOMETEM O DIENCÉFALO RELACIONADAS COM AS MANIFESTAÇÕES DO CASO 
(PRESSÃO INTRACRANIANA, MOVIMENTO DOS OLHOS). 
4. EXPLICAR AS PRINCIPAIS SÍNDROMES RELACIONADAS AO DIENCÉFALO (HIPOTÁLAMO, EPITÁLAMO, 
TÁLAMO, SUBTÁLAMO). 
DESCREVER A ANATOMIA (MACRO E MICROSCOPICAMENTE) DO DIENCÉFALO. 
DIENCÉFALO 
O Diencéfalo compreende as seguintes partes: Tálamo, 
Hipotálamo, Epitálamo e Subtálamo, todas em relação 
com o III ventrículo, por essa causa, convenha-se 
descrever inicialmente o III ventrículo. 
 
III VENTRÍCULO 
 
 Constitui a cavidade do diencéfalo 
 AQUEDUTO CEREBRAL: comunicação com o IV 
ventrículo 
 FORAMES INTERVENTRICULARES (de MONRO) 
comunicação com os ventrículos laterais 
 SULCO HIPOTALÂMICO: se estende do aqueduto 
cerebral até o forame interventricular. 
o Paredes acima do sulco: TÁLAMO 
o Paredes abaixo: HIPOTÁLAMO 
 ADERÊNCIA INTERTALÂMICA: trave de substancia 
cinzenta que atravessa em ponte a cavidade 
ventricular, unindo os dois tálamos. 
 ASSOALHO: QUIASMA ÓPTICO, INFUNDÍBULO, 
TÚBER CINÉREO e CORPOS MAMILARES (do 
hipotálamo) 
 PAREDE POSTERIOR: formado pelo EPITÁLAMO. 
 PAREDE LATERAL: formado pelas ESTRIAS 
MEDULARES DO TÁLAMO (um feixe de fibras 
nervosas onde se insere a TELA CORIOIDE que 
forma o teto do III ventrículo. A partir dela 
invaginam-se na luz ventricular os PLEXOS 
CORIOIDES dos ventrículos laterais). 
 PAREDE ANTERIOR: formado por uma lâmina de 
tecido nervoso denominada LÂMINA TERMINAL 
(une os dois hemisférios e se dispõe entre o 
quiasma óptico e a comissura anterior) 
 LUZ: evagina, formando: 
o RECESSO DO INFUNDÍBULO: na região do 
infundíbulo 
o RECESSO ÓPTICO: acima do quiasma optico 
o RECESSO PINEAL: haste da glândula pineal 
o RECESSO SUPRAPINEAL: acima do corpo pineal 
 
 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
 
 
 
 
 
 
TÁLAMO 
São duas massas volumosas de substância cinzenta, de 
forma ovoide, dispostas uma de cada lado na porção 
laterodorsal do diencéfalo. 
MACROSCOPICAMENTE 
LIMITES 
 LATERAL SUPERIOR = assoalho do ventrículo lateral 
 SUPEIROR: ASSOALHO DA FISSURA TRANSVERSA 
DO CÉREBRO, cujo teto é constituído pelo FÓRNIX 
e pelo CORPO CALOSO (estruturas telencefálicas). 
 INFERIOR: hipotálamo e subtálamo. 
ESTRUTURA 
 ADERÊNCIA INTERTALÂMICA: união das 2 porções 
do tálamo. 
 TUBÉRCULO ANTERIOR DO TÁLAMO: extremidade 
anterior/ delimitação do forame interventricular. 
 PULVINAR DO TÁLAMO: extremidade posterior 
que se projeta sobre os corpos geniculados 
maedial e lateral (METATÁLAMO). 
 Fundamentalmente constituído de substancia 
cinzenta na qual se distinguem vários núcleos. 
 LÂMINA MEDULAR INTERNA: revestimento de 
substancia branca que constitui o EXTRATO ZONAL 
que forma um septo dividindo o tálamo em 5 
porções. Se bifurca em Y na extremidade anterior. 
MICROSCOPICAMENTE 
O Tálamo é constituído de substância cinzenta, onde 
encontra-se vários núcleos. Sua superfície dorsal é 
revestida por uma lâmina de substância branca 
denominada LÂMINA MEDULAR EXTERNA. 
Internamente, o extrato zonal penetra o tálamo 
formando um septo denominado LÂMINA MEDULAR 
INTERNA. 
 
 
NÚCLEOS DO TÁLAMO 
São divididos em 5 grupos: anterior, posterior, 
mediano, medial e lateral. 
GRUPO ANTERIOR: situados no tubérculo anterior do 
tálamo limitados pelo “y” da lâmina medular interna. 
Estes núcleos recebem fibras pelo FASCÍCULO 
MAMILOTALÂMICO e relacionam-se com a MEMÓRIA. 
GRUPO POSTERIOR: compreende a parte pulvinar e os 
corpos geniculados medial e lateral. 
o Parte Pulvinar: possui conexões reciprocas 
com áreas de associação temporo-parietal do 
córtex cerebral. Funções desconhecidas. 
o Corpo Geniculado Lateral: é formado de 
camadas concêntricas de substância branca e 
cinzenta. Recebe pelo trato óptico fibras 
provenientes da retina e posteriormente 
projeta fibras pelo trato genículo-calcário para 
a área visual primária do córtex. Compõe a via 
óptica. 
o Corpo Geniculado Medial: recebe pelo braço 
do colículo inferior fibras provenientes do 
colículo inferior ou diretamente do lemnisco 
lateral. Projeta fibras para a área auditiva do 
córtex cerebral no giro temporal transverso 
anterior. Compõe a via auditiva. 
GRUPO LATERAL: núcleos localizados lateralmente à 
lâmina medular interna. São divididos em dois 
subgrupos: Ventral e Dorsal, sendo o Ventral o mais 
importante. 
a) NÚCLEO VENTRAL ANTERIOR: recebe fibras do 
GLOBO PÁLIDO. Projeta-se para as áreas motoras do 
córtex cerebral com função ligada à MOTRICIDADE 
SOMÁTICA. 
b) NÚCLEO VENTRAL LATERAL: recebe fibras do 
cerebelo e projeta-se para áreas motoras do córtex. 
Integra a via CEREBELO-TÁLAMO-CORTICAL, associada 
à COORDENAÇÃO DOS MOVIMENTOS. 
c) NÚCLEO VENTRAL PÓSTERO-LATERAL: NÚCLEO RELÉ 
DAS VIAS SENSITIVAS. Recebe fibras do LEMNISCO 
MEDIAL (TATO EPICRÍTICO e PROPRIOCEPÇÃO 
CONSCIENTE dos núcleos grácil e cuneiforme) e do 
LEMNISCO ESPINHAL (união dos tratos 
espinotalâmicos lateral e anterior, transportando 
impulsos de TEMPERADUTA, PRESSÃO, DOR, PRESSÃO 
e TATO PROTOPÁTICO). Projeta fibras para o córtex do 
giro pós central, onde localiza a área somestésica. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
d) NÚCLEO VENTRAL PÓSTERO-MEDIAL: NÚCLEO RELÉ 
DAS VIAS SENSITIVAS. Recebe fibras dos LEMNISCO 
TRIGEMINAL (SENSIBILIDADE SOMÁTICA GERAL DA 
CABEÇA) e fibras GUSTATIVAS provenientes do 
NÚCLEO DO TRATO SOLITÁRIO. Projeta fibras para a 
área somestésica situada no giro pós-central e para a 
área gustativa situada na parte posterior da medula. 
E) NÚCLEO RETICULAR: 
GRUPO MEDIANO: localizados próximos ao plano 
sagital mediano na aderência intertalâmica. Conexões 
principalmente com o hipotálamo e provavelmente 
estão relacionados com funções VISCERAIS. 
GRUPO MEDIAL: compreende os núcleos localizados 
dentro da lâmina medular interna (núcleos 
intralaminares) e o núcleo dorsomedial. 
a) NÚCLEO INTERLAMINAR: destaca-se o NÚCLEO 
DORSOMEDIAL recebem fibras das formações 
reticulares e tem papel ATIVADOR SOBRE O CORTEX 
CEREBRAL, integrando o Sistema Ativador Reticular 
Ascendente (SARA). 
b) NÚCLEO DORSOMEDIAL: recebe fibras do CORPO 
AMIGDALOIDE e do HIPOTÁLAMO e tem conexões 
reciprocas com a ÁREA DE ASSOCIAÇÃO PRÉ-FRONTAL 
do lobo frontal, COM FUNÇÕES EMOCIONAIS. 
METATÁLAMO 
Divisão na parte posterior do tálamo, que constitui: 
 CORPOS GENICULADOS LATERAIS: PARTE DAS 
VIAS ÓPTICAS. Camadas concêntricas de 
substancia branca e cinzenta. Recebe pelo 
TRATO ÓPTICO fibras da RETINA. Projeta fibras 
pelo TRATOGENICULO-CALCARIANO para 
áreas da visão do córtex situadas nas bordas do 
SULCO CALCARIANO. 
 CORPOGENICULADO MEDIAL: RELÉ DA VIA 
AUDITIVA. Recebe pelo braço do colículo 
inferior fibras provenientes do COLÍCULO 
INFERIOR ou diretamente do LEMNISCO 
LATERAL. Projeta fibras para a ÁREA AUDITIVA 
DO CÓRTEX. 
HIPOTÁLAMO 
É uma área pequena do diencéfalo, situado abaixo do 
tálamo, apresenta funções relacionadas com o 
controle da atividade visceral. 
LIMITES 
 ANTERIOR: Lâmina terminal 
 POSTERIOR: Mesencéfalo 
 LATERAL: Subtálamo 
Compreende estruturas de formação do assoalho do III 
ventrículo. Dentre essas estruturas encontra-se: 
a) CORPOS MAMILARES: duas eminencias 
arredondadas de substância cinzenta na parte anterior 
da fossa interpeduncular. Relé transmitindo impulsos 
provenientes da amígdala cerebelosa e do hipocampo, 
através do trato mamilo-talâmico, para o tálamo. 
Memorias espaciais, episódicas e ligadas à emoções. 
b) QUIASMA ÓPTICO: recebe as fibras mielínicas dos 
NERVOS ÓPTICOS que aí CRUZAM em parte e 
constituem os TRATOS ÓPTICOS que se dirigem aos 
CORPOS GENICULADOS LATERAIS. 
c)TÚBER CINÉREO: área ligeiramente cinzenta atrás do 
quiasma e dostratos ópticos entre estes e os corpos 
mamilares. Nele, a hipófise se prende por meio do 
infundíbulo. 
d)INFUNDÍBULO: forma de funil. Se prende ao túber 
cinéreo contendo um prolongamento da cavidade 
ventricular: RECESSO DO INFUNDÍBULO. O infundíbulo 
dilata-se em sua porção superior para constituir a 
EMINÊNCIA MÉDIANA DO TÚBER CINÉREO e 
inferiormente continua com processo infundibular, ou 
LOBO NERVOSO da HIPÓFISE. 
MACROSCOPICAMENTE - DIVISÕES DO HIPOTÁLAMO: 
FÓRNIX: feixe de fibras nervosas que leva sinais do 
hipocampo para o hipotálamo nos corpos mamilares. 
DIVIDE O HIPOTÁLAMO EM: 
a) ÁREA MEDIAL: entre fórnix e as paredes do III 
ventrículo. Contém substância cinzenta e os principais 
núcleos hipotalâmicos. 
b) ÁREA LATERAL: lateralmente ao fórnix. 
Predominância de fibras longitudinais. 
O hipotálamo pode ainda ser divido por três planos 
frontais em hipotálamo supraóptico, tuberal e 
mamilar: 
a) HIPOTÁLAMO SUPRA-ÓPTICO: compreende o 
quiasma óptico e a área acima dele até o sulco 
hipotalâmico. 
b) HIPOTÁLAMO TUBERAL: compreende o túber 
cinéreo e área acima dele até o sulco hipotalâmico. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
c) HIPOTÁLAMO MAMILAR: compreende os corpos 
mamilares e área acima deles até o sulco hipotalâmico. 
CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO 
O hipotálamo apresenta conexões com diversas 
regiões do sistema nervoso central, e conexões intra-
hipotalâmicas entre alguns de seus diferentes núcleos. 
O hipotálamo recebe sinais das vias sensoriais, de 
várias áreas do SNC e tem eferências que, como 
resultado final, contribuirão para a regulação da 
homeostase. 
Segue-se as conexões do hipotálamo. 
CONEXÕES COM O SISTEMA LIMBICO: 
Sistema Limbico compreende estruturas relacionadas 
principalmente com a regulação do comportamento 
emocional e da memória. Dentre as estruturas têm o 
hipocampo, o corpo amigdaloide e a área septal. 
a) HIPOCAMPO: Conecta-se pelo fórnix aos núcleos 
mamilares do hipotálamo, de onde os impulsos 
nervosos seguem para o núcleo anterior do tálamo 
através do FASCÍCULO MAMILOTALÂMICO. Faz 
parte do CIRCUITO DE PAPEZ. Dos núcleos 
mamilares, os impulsos também chegam à 
formação reticular do mesencéfalo pelo fascículo 
mamilotegmentar. 
b) CORPO AMIGDALOIDE: Originam fibras nos 
núcleos do corpo amigdaloide que chegam ao 
hipotálamo através da estria terminal. 
c) ÁREA SEPTAL: liga-se ao hipotálamo através de 
fibras que percorrem o feixe prosencefálico 
medial. 
CONEXÕES COM ÁREA PRÉ-FRONTAL 
A área pré-frontal mantém conexões com o 
hipotálamo diretamente ou através do núcleo 
dorsomedial do tálamo. 
CONEXÕES VISCERAIS 
Para atuar no papel de modulador das funções 
viscerais, o hipotálamo apresenta conexões aferentes 
e ferentes com os neurônios da medula e do tronco 
encefálico relacionados com essas funções. 
 CONEXÕES VISCERAIS AFERENTES: Recebe 
informações sobre a atividade das vísceras através 
das conexões com o trato solitário (fibras solitário-
hipotalâmicas). Esse núcleo recebe toda a 
sensibilidade visceral, tanto geral como especial 
(gustação), que entra no sistema nervoso pelos 
nervos facial, glossofaríngeo e vago. 
 CONEXÕES VISCERAIS EFERENTES: Controla o 
sistema nervoso autônomo de forma direta ou 
indireta sobre os neurônios pré-ganglionares dos 
sistemas simpático e parassimpático. Emergem 
fibras dos núcleos do hipotálamo que terminam 
nos núcleos da coluna eferente visceral geral do 
tronco encefálico, ou na coluna lateral da medula 
(fibras hipotálamo-espinhais). As conexões 
indiretas se dão através da formação reticular e 
tratos reticulosespinhais. 
CONEXÕES COM A HIPÓFISE 
Possui somente conexões eferentes com a hipófise, 
realizados através dos TRATOS HIPOTÁLAMO-
HIPOFISÁRIO e TÚBERO-INFUNDIBULAR. 
A) TRATO HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIO: Fibras 
originadas nos neurônios grandes (magnocelulares) 
dos núcleos supraóptico e paraventricular e terminam 
na neuro-hipófise. As fibras são ricas em 
neurossecreção, transportando os hormônios 
vasopressina e ocitocina. 
B) TRATO TÚBERO-INFUNDIBULAR: Fibras originadas 
em neurônios pequenos (parvicelulares) do núcleo 
arqueado e em áreas vizinhas do hipotálamo tuberal e 
terminam na eminência mediana e na haste 
infundibular. Essas fibras transportam os hormônios 
que ativam ou inibem as secreções dos hormônios da 
adeno-hipófise. 
CONEXÕES SENSORIAIS 
O hipotálamo recebe informações sensoriais das áreas 
erógenas, como os mamilos e órgãos genitais, 
importantes para o fenômeno da ereção. 
Existem também conexões diretas do córtex olfatório 
e da retina com o hipotálamo através do trato retino-
hipotalâmico que termina no núcleo pré-óptico 
ventrolateral relacionadas ao ritmo circadianos como o 
ciclo claro-escuro. 
EPITÁLAMO 
Limita-se posteriormente pelo III ventrículo, acima do 
sulco hipotalâmico na transição com o mesencéfalo. 
Contém formações importantes como a Habênula e a 
Glândula Pineal. 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
FORMAÇÃO ENDÓCRINA 
GLÂNDULA PINEAL ou EPÍFISE: Seu elemento mais 
evidente. Repousa sobre o teto do mesencéfalo, acima 
dos colículos superiores. Responsável pela secreção do 
hormônio MELATONINA que regula os CICLOS 
CIRCADIANOS e também por controlar uma AÇÃO 
ANTIGONADOTRÓFICA, que regula o crescimento das 
gônadas. 
SUBTÁLAMO 
É uma zona de transição entre o diencéfalo e o 
tegmento do mesencéfalo. 
 Localiza-se abaixo do tálamo, limitado 
lateralmente pela capsula interna e medialmente 
pelo hipotálamo. 
 NÚCLEO SUBTALÂMICO: é o elemento mais 
evidente. Este núcleo tem conexões nos dois 
sentidos com o GLOBO PÁLIDO, através do circuito 
PÁLIDO-SUBTÁLAMO-PALIDAL, importante para a 
regulação da MOTRICIDADE SOMÁTICA. 
 
 
 
EXPLICAR A NEUROFISIOLOGIA DO DIENCÉFALO 
TÁLAMO 
FUNÇÕES 
 MOTRICIDADE 
Através dos núcleos ventral anterior e ventral lateral, 
interpostos, respectivamente, em circuitos 
palidocorticais e cerebelocorticais. 
 SENSIBILIDADE 
Todos os impulsos sensitivos, antes de chegarem ao 
córtex, param em um núcleo talâmico, com exceção de 
impulsos olfatórios. Nesse sentido, o tálamo tem o 
papel de distribuir às áreas específicas do córtex 
impulsos que recebe das vias sensoriais. 
 COMPORTAMENTO EMOCIONAL 
Através do núcleo dorsomedial com suas conexões 
com a área pré-frontal 
 MEMÓRIA 
Através do grupo anterior e suas conexões com os 
núcleos mamilares do hipotálamo. 
 ATIVAÇÃO DO CÓRTEX 
Através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas 
conexões com a formação reticular fazendo parte do 
Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). 
HIPOTÁLAMO 
FUNÇÕES 
Introdução: O hipotálamo atua integrando o sistema 
nervoso autônomo com o sistema endócrino de forma 
que esteja vinculado às necessidades do dia-a-dia. 
Controla processos motivacionais como fome, sede e 
sexo. Processos motivacionais são impulsos internos 
que levam à realização de comportamentos específicos 
e de ajustes corporais. 
Ex: A sensação de calor leva a um desconforto que fará 
com que sejam disparados mecanismos internos 
inconscientes para dissipá-lo como a sudorese e o 
comportamento de procura de local fresco. 
 CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO 
AUTÔNOMO 
Estimulações elétricas em áreas específicas do 
hipotálamo desencadeiam respostas nos sistemas 
simpático e parassimpático. 
Estimulações no hipotálamo anterior desencadeiam 
aumento do peristaltismo gastrintestinal, contração da 
bexiga, diminuição do ritmo cardíaco e da pressão 
sanguínea, constrição da pupila (miose). 
Estimulações no hipotálamo posterior geram respostas 
opostas a essas, porque controla principalmente o 
sistema simpático. 
 REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL 
O Hipotálamo pode ser caracterizado como o 
Termostato corporal. Encontra-se nele 
termorreceptores periféricos e neurônios que 
funcionam como termorreceptores sendo capaz de 
detectar as variações de temperatura do sangue que 
por ele passa e ativar osmecanismos de perda ou de 
conservação do calor necessário à manutenção da 
temperatura normal. 
Existe dois centros: 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
o Centro da perda do calor: Hipotálamo anterior (ou 
pré-óptico). Função de vasodilatação periférica e 
sudorese que resultam em perda de calor. 
o Centro da conservação do calor: Hipotálamo 
posterior. Função de vasoconstrição periférica, 
tremores musculares (calafrios) e liberação do 
hormônio tireoidiano que aumenta o metabolismo 
basal gerando calor. 
Lesões no centro da perda do calor, como 
consequência p.ex., traumatismo craniano, ocasionam 
elevação incontrolável da temperatura (FEBRE 
CENTRAL), quase sempre fatal. Pode ocorrer em 
procedimento de HIPOFISECTOMIA. 
Acredita-se que o hipotálamo ativa regiões corticais 
que determinam comportamentos motivacionais para 
busca de abrigo, agalho para o frio ou lugares frescos. 
 REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO 
EMOCIONAL 
O hipotálamo compartilha áreas com o sistema límbico 
e possui papel importante na regulação dos processos 
emocionais. 
 REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO HIDROSSALINO E 
DA PRESSÃO ARTERIAL 
O hipotálamo atua na liberação da Vasopressina, 
através dos neurônios dos núcleos supraóptico e 
paraventricular, que está intimamente relacionada ao 
controle do equilíbrio hidrossalino, que, por sua vez, 
está relacionada a volemia e osmolaridade, 
representada principalmente pela concentração 
extracelular de Na+. 
O hipotálamo recebe aferências de dois órgãos: órgão 
vascular da lâmina terminal e o órgão sunfornicial. Em 
ambos não existe barreira hematoencefálica, o que 
permite detectar, no caso do órgão vascular, a 
osmolaridade do sangue, e no caso do órgão 
subfornicial, os níveis circulantes de Angiotensina 2. 
Outro mecanismo regulador da ingestão de água e sal, 
que mantém a volemia e a concentração de sódio 
dentro de valores normais, tem como base receptores 
periféricos de pressão (barorreceptores) localizados 
nas paredes dos grandes vasos e no seio carotídeo. 
Estes receptores percebem alterações da PA e 
transmitem aos núcleos do trato solitário pelo Nervo 
Vago. Este núcleo conecta-se com os núcleos 
paraventricular e supra óptico e com neurônios 
receptores na área pré-óptica. Quando o sinal 
detectado é hipovolemia, secreta-se a vasopressina; se 
for detectada Hiponatremia, é liberado pela hipófise o 
ACTH, que estimula a secreção de aldosterona pela 
suprarrenal, reabsorvendo sódio. 
O hipotálamo também possui a capacidade de ativar a 
ingestão de água e sal, despertando ou não a sensação 
de sede e o desejo de ingestão de alimentos salgados. 
A estimulação de uma área do hipotálamo lateral 
denominada de centro da sede aumenta a sede que 
pode ocasionar morte por hiperhidratação. A lesão 
desta área faz com que o organismo perca a sede, 
podendo morrer desidratado. 
 REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS 
Centro da Fome: situado no hipotálamo lateral. Faz 
com que o organismo sinta necessidade de se 
alimentar. Lesões nessa área ocasionam ausência 
completa do desejo de alimentar-se (ANOREXIA), 
acarretando em inanição. 
Centro da Saciedade: corresponde ao núcleo 
ventromedial. Faz com que o organismo tenha 
saciedade. Lesões nessa área ocasiona alimentação 
exagerada (HIPERFAGIA), tornando-se extremamente 
obseo. 
 
 REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO 
o Relações do hipotálamo com a neuro-hipófise 
O ADH é sintetizado por neurônios supraóptico e 
paraventricular no hipotálamo, e a seguir, é 
transportado por fibras do trato hipotálamo-
hipofisário até a neuro-hipófise. O ADH e também a 
Ocitocina é transportado acoplado a uma proteína 
transportadora (NEUROFISINA). Na neuro-hipófise, as 
fibras do trato hipotálamo-hipofisário terminam em 
relação com os vasos situados em septos conjuntivos, 
propiciando a liberação dos hormônios na corrente 
sanguínea. Essa liberação é facilitada pelo fato de que 
os capilares possuírem fenestras, não existindo assim, 
a barreira hematoencefálica. 
o Relações do hipotálamo com a adeno-hipófise 
O hipotálamo regula a liberação dos hormônios da 
adeno-hipófise por um mecanismo entre uma conexão 
nervosa e outra vascular. 
Através da conexão nervosa, neurônios 
neurossecretores localizados no núcleo arqueado e em 
áreas vizinhas do hipotálamo tuberal secretam 
substâncias ativas que descem pelas fibras do trato 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
túbero-infundibular e são liberadas em capilares 
situados na eminência mediana e na haste 
infundibular. 
Através da conexão vascular, por meio do sistema 
porta-hipofisário, descem da eminência mediana e 
haste infundibular, passam através do sistema porta à 
segunda rede capilar localizada na adeno-hipófise, 
onde atuam na regulação da liberação dos hormônios. 
 GERAÇÃO E REGULAÇÃO DE RITMOS 
CIRCADIANOS 
O termo circadiano de origem latim circa(cerca) e dies 
(dia), ou seja, de aproximadamente um dia, está 
relacionada ao ciclo biológico de quase todos os seres 
vivos em que é gerado em marca-passos ou relógios 
biológicos. 
O principal marca-passo localiza-se no NÚCLEO 
SUPRAQUIASMÁTICO do hipotálamo. A destruição do 
núcleo supraquiasmático abole a maioria dos ritmos 
circadianos, incluindo o de vigília-sono. O núcleo 
supraquiasmático recebe informações acerca da 
luminosidade do meio ambiente através do TRATO 
RETINO-HIPOTÁLAMO o que lhe permite sincronizar 
com o ritmo natural de dia e noite todos os ritmos 
circadianos de todos os relógios biológicos inclusive 
fora do sistema nervoso central. 
No sistema nervoso central também se encontra 
relógios biológicos que geram ritmos circadianos 
independentes do núcleo supraquiasmático, como por 
exemplo nos NÚCLEOS SUPRAÓPTICO e ARQUEADO, 
responsáveis pelos ritmos circadianos dos hormônios 
hipofisários. 
Fora do sistema nervoso, encontra-se a presença de 
outros relógios biológicos, localizado nos 
HEPATÓCITOS, onde são responsáveis pelos ritmos 
circadianos de substâncias associadas as funções 
hepáticas. 
 REGULAÇÃO DO SONO E VIGILIA 
A geração desse ritmo é gerada no núcleo 
supraquiasmático e é repassado ao núcleo pré-óptico 
ventrolateral e a um grupo de neurônios do 
hipotálamo lateral que possui como neurônio 
neurotransmissor o peptídeo orexina (ou hipocretina). 
Os neurônios do núcleo pré-óptico ventrolateral 
inibem os neurônios monoaminérgicos do sistema 
ativador ascendente que resulta em sono. Ao final do 
período de sono sob ação do núcleo supraquiasmático 
essa inibição cessa e começa a ação excitatório do 
neurônio orexinérgico sobre os neurônios do sistema e 
inicia a vigília. Os neurônios orexinérgicos possuem 
também ação inibitória sobre os neurônios colinérgicos 
do núcleo pedúnculo-pontino responsáveis pelo sono. 
Lesões dos neurônios orexinérgicos, que ocorrem no 
transtorno do sono denomiado NARCOLEPSIA, fazem 
com que o quadro de vigília seja interrompido por 
súbita crises de sono REM podendo haver também 
perda total do tônus, levando a uma súbita queda, 
quadro clínico denominado CATAPLEXIA. 
 INTEGRAÇÃO DO COMPORTAMENTO SEXUAL 
O hipotálamo apresenta conexões com regiões que 
estão intimamente relacionadas com sinais neurais e 
químicos provenientes de todo o corpo, gerados ao 
comportamento sexual. 
No hipotálamo, a excitação está ligada diretamente 
aos dois núcleos pré-ópticos. 
A ereção e a ejaculação dependem do sistema nervoso 
autônomo que, por sua vez, é regulado pelo 
hipotálamo. 
EPITÁLAMO 
FUNÇÕES 
 GLÂNDULA PINEAL 
Glândula endócrina ricamente vascularizada, não 
possui barreira hematoencefálica, e contendo 
neuróglia e células secretoras denominadas 
pinealócitos. Essas células possuem um conteúdo 
abundante em Serotonina que é precursor para a 
síntese da Melatonina. 
Possui inervação de fibras Simpáticas pós-ganglionares 
oriundas do gânglio cervical superior. 
SECREÇÃO DE MELATONINA. RITMO CIRCADIANO 
A Melatonina é sintetizadapelas células pinealócitos 
encontradas na glândula pineal, a partir da serotonina. 
O processo de síntese é ativado pela noradrenalina 
liberada pelas fibras simpáticas. 
Durante o dia, essas fibras apresentam pouca atividade 
e os níveis de melatonina na pineal e na circulação são 
muito baixos. Entretanto, durante a noite, a inervação 
simpática da pineal é ativada, liberando noradrenalina, 
e os níveis circulantes de Melatonina aumentam. Dessa 
forma, conclui-se que os níveis de melatonina 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
circulante obedece um ritmo circadiano atingindo o 
pico máximo no período da noite. 
Entretanto, este ritmo não é intrinseco a pineal, pois 
depende da atividade do núcleo supraquiasmático do 
hipotálamo, transmitida à pineal através da inervação 
simpática. 
 FUNÇÕES DA PINEAL: 
 FUNÇÃO ANTIGONADOTRÓPICA 
Estudo em animais demonstraram que a glândula 
pineal tem um efeito inibidor sobre os testículos, 
causando atrofia. Na natureza, as gônadas atrofiam 
principalmente quando entra no inverno e o animal 
inicia seu período de hivbernação. No homem, as 
evidências ainda são pequenas. 
 SINCRONIZAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO E 
VIGÍLIA-SONO 
A melatonina tem uma ação sincronizadora 
suplementar sobre o ritmo vigília-sono agindo 
diretamente sobre os neurônios do núcleo 
supraquiasmático que têm receptores para 
melatonina. Esta ação é especialmente importante 
quando há mudanças acentuadas no ciclo natural de 
dia-noite. Por exemplo em vôos intercontinentais em 
aviões a jato, quando de repente o indivíduo é 
deslocado para uma região onde é dia quando seu 
ritmo circadiano está em fase de sono. 
 REGULAÇÃO DA GLICEMIA 
Possui o efeito de inibir a secreção de insulina nas 
células BETA das ilhotas pancreáticas. Como os 
pinealócitos têm receptores de insulina, postulou-se a 
existência de uma alça retroalimentação entre 
pinealócitos e células-beta. 
 REGULAÇÃO DA MORTE CELULAR POR 
APOPTOSE 
A melatonina inibe o aparecimento de células em 
apoptose, ao contrário dos corticoides que ativam esse 
processo. Esse fator é importante, ao contrário do que 
ocorre em células normais, nas células cancerosas a 
melatonina aumenta a apoptose, contribuindo para a 
regressão de certos tipos de tumores. 
 AÇÃO ANTIOXIDANTE 
Possui grande efeito antioxidante, de forma superior 
que os antioxidantes tradicionais como as vitaminas A, 
C, E. Remove radicais livres e aumenta a capacidade 
antioxidante das células. 
 REGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNITÁRIO 
A Melatonina age sobre células do baço, timo, medula 
óssea, macrófagos, neutrófilos e células T 
proporcionando um aumento nas respostas 
imunitárias. 
SUBTÁLAMO 
EXPLICAR AS LESÕES QUE ACOMETEM O DIENCÉFALO RELACIONADAS COM AS 
MANIFESTAÇÕES DO CASO (PRESSÃO INTRACRANIANA, MOVIMENTO DOS OLHOS) 
Geralmente, as hemorragias intracranianas provocam 
sinais/sintomas de elevação da pressão intracraniana, 
tais como cefaleia, náuseas, vômitos e redução do nível 
de consciência. A elevação da pressão intracraniana 
também pode resultar em síndromes de herniação, por 
exemplo, herniação do unco do lobo límbico que 
resulta em compressão do nervo craniano oculomotor 
(NC III) ipsolateral e midríase ipsolateral com desvio 
lateral e inferior do olho. A elevação da pressão 
intracraniana também pode provocar paralisia do 
nervo abducente (NC VI) em decorrência do 
deslocamento para baixo do tronco encefálico cin 
tração sobre o compoenente fascicular do NC VI. Isso 
resulta em desvio medial do olho. 
Pode ocorrer perda dos reflexos do tronco encefálico, 
inclusive os reflexos oculocefálico, corneano e 
faríngeo. 
 
 
EXPLICAR AS PRINCIPAIS SÍNDROMES RELACIONADAS AO DIENCÉFALO (HIPOTÁLAMO, 
EPITÁLAMO, TÁLAMO, SUBTÁLAMO). 
Síndrome de Dejerine Roussy 
A Síndrome de Déjérine-Roussy, também conhecida 
como Síndrome talâmica de Dejerine-Roussy, trata-se 
de uma condição que surge após o derrame talâmico 
(um acidente vascular cerebral – AVC/AVE - que causa 
danos ao tálamo). Não é bem uma síndrome do tronco 
PEDRO SANTOS – MEDICINA 2021.1 
 
porque na verdade acomete o Tálamo. É uma síndrome 
dolorosa. 
Quando o tálamo é lesado junto com o córtex, a perda 
da função cerebral é muito maior que quando apenas 
o córtex é lesado, pois é necessária a excitação 
talâmica para quase toda atividade cortical. A 
síndrome talâmica é um bom exemplo da 
complexidade das funções do tálamo. O núcleo ventral 
póstero-lateral (pequena estrutura do tálamo) é a 
conexão talâmica para as vias que conduzem as 
sensibilidades tátil, térmica e dolorosa e profunda 
consciente. Sua lesão, por isquemia, infecções ou 
trauma produz uma série de sinais e sintomas 
interpretados como Síndrome Talâmica de Déjerine-
Roussy. 
O indivíduo irá apresentar-se: 
 Anestesia - de todas as formas de sensibilidade no 
hemicorpo contralateral à área lesada. 
 Dor talâmica* - dor severa (forte, intensa) na 
presença de pouco ou nenhum estímulo*** 
 Hemiparesia contralateral, com déficit motor 
discreto 
 Hemianestesia superficial - não tem sensibilidade, 
porém sente dores que são espontâneas. 
 Estereognosia - perde a capacidade de identificar a 
natureza, forma e propriedades físicas de objetos 
apenas com o tato (percepção tátil) 
 Ataxia e tremor contralateral 
 Hemianopsia homônima – quando a lesão 
compromete os núcleos posteriores do tálamo e 
 Hemiplegia contralateral 
Dor talâmica é intensa e não melhora com analgésico. 
As dores podem ser espontâneas ou surgir a partir de 
estímulos não lesivos, entretanto nas duas formas de 
surgimento ela é de intensidade muito forte. 
Dor severa e crônica, desproporcional a um estímulo 
ambiental, também conhecida como disestenia (dor 
talâmica) ou alodinia (hipersensibilidade a sensações 
relacionadas a um estímulo que comumente não gera 
dor, como por exemplo, um algodão ser passado no 
braço e o indivíduo gritar de dor); 
O diagnóstico é feito por meio da evidenciação em 
exames imagiológicos do cérebro de infarto ou tumor 
no tálamo. O tratamento pode incluir uso de 
medicamentos e terapias de estimulação. O primeiro 
inclui o piáceos, antidepressivos e anticonvulsivos. A 
segunda forma de tratamento engloba fisioterapia, 
estimulação elétrica do cérebro e da medula espinhal 
e uso de fontes de calor. 
Síndrome Adiposogenital De Frohlich 
Ocorre predominantemente em TUMORES 
SUPRASSELARES e resultam em um quadro de 
obesidade frequentemente acompanhado de 
hipogonadismo, por causa da interferência com os 
mecanismos hipotalâmicos de controle da secreção 
dos hormônios gonadotrópicos. Neste caso, tem-se a 
SÍNDROME ADIPOSOGENITAL DE FROHLICH. 
Síndrome do Hemibalismo 
Lesões no núcleo subtalâmico provocam uma 
síndrome conhecida como hemibalismo, caracterizada 
por movimentos violentos anormais das extremidades.

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