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Taquipneia Transitória do Recém-nascido (TTRN)

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LARISSA DE CAMARGO SUBTIL | ATM 2024/2 
 
ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA 
 Apresentação comum em doenças respiratórias no RN 
 Observação e investigação 
 
Sinais físicos 
 
 Taquipneia (FR > 60mr/min) 
 Cianose 
 Retrações subcostais 
 Batimentos de asa de nariz (BAN) 
 Gemência 
Causas 
 Obstrução de vias aéreas: atresia de coanas, estridor 
congênito 
 Distúrbios pulmonares: DMH (síndrome da angústia 
respiratória), TTRN, PN congênita, apneia, síndrome da 
aspiração, HPP, PnTx, malformações congênitas (hérnia 
diafragmática, hipoplasia pulmonar, enfisema lobar 
congênito, e fístula traqueoesofágica), atelectasia, 
hemorragia pulmonar e DBP 
 Causas não-pulmonares: doença cardíaca, acidose 
metabólica, distúrbios do SNC, hipotermia e hipertermia 
 
TAQUIPNEIA TRANSITÓRIA DO RECÉM-
NASCIDO (TTRN) 
 Também denominada: pulmão úmido-molhado ou 
Síndrome de Angústia Respiratória Tipo II 
 Distúrbio relativamente leve, autolimitado e não infeccioso 
 Afeta RN a termo ou pré-termo tardio 
 
 Fisiopatologia 
 
 O pulmão fetal é repleto de líquido (produzido 
pelo epitélio pulmonar, a partir da 17º semana de 
gestação). Esse líquido fará pressão de distensão 
sobre as vias aéreas, estimulando o 
desenvolvimento pulmonar. 
 
Trabalho de parto desencadeado 
 
 
Canais de sódio são ativados e o líquido começa a 
se movimentar para fora dos alvéolos (70% é 
reabsorvido antes do nascimento) 
 
 
Compressão torácica decorrente da passagem pelo 
canal de parto, a ventilação pulmonar e captação 
linfática contribuem para remoção do líquido ao 
nascimento (apesar deste processo só ser finalizar 
totalmente aproximadamente 2 horas após o parto) 
 
Na TTRN, há um edema pulmonar transitório 
(devido ao retardo na absorção do líquido 
pulmonar fetal) 
 
 
Diminuição da complacência pulmonar, devido à 
obstrução respiratória com retenção de ar e 
desequilíbrio V/P 
 
 
Taquipneia 
 
Fatores de risco 
 
 Asfixia perinatal 
 Diabetes 
 Policitemia 
 Partos prematuros 
 Cesáreas eletivas: ausência da compressão 
torácica que ocorre no parto normal 
 
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LARISSA DE CAMARGO SUBTIL | ATM 2024/2 
 Retardo do clampeamento do cordão ou ordenha do 
cordão  transfusão placenta  feto  aumento da PVC 
 Sexo masculino 
 Asma brônquica materna: alteração da sensibilidade às 
catecolaminas que atuam na eliminação do líquido 
pulmonar 
 Macrossomia, gestações múltiplas, excessiva sedação 
materna, trabalho de parto prolongado, DM materno 
 
Clínica 
 Sinal clínico mais importante é a taquipneia (diferente da 
SDR, o desconforto da TTRN melhora a partir de 24-48h) 
 Inicia nas primeiras 6 horas de vida 
 Dificuldade respiratória leve-moderada: taquipneia, 
cianose, retrações SC, BAN e aumento do diâmetro 
anteroposterior do tórax (retenção de ar), gemidos 
respiratórios 
 AP: boa entrada de ar com ou sem crepitações 
 Podem apresentar aumento do diâmetro anteroposterior 
do tórax devido a hiper insuflação (tórax em barril) 
 Persiste por 12-25h nos casos leves e 2-5 dias nos casos 
graves 
 
Diagnóstico diferencial 
 PN / sepse / SAM 
 Hipertensão pulmonar 
 Cardiopatia congênita cianótica 
 DMH 
 Enfisema lobar congênito 
 Hipoplasia pulmonar 
 Pneumomediastino e pneumotórax 
 
Diagnóstico 
 Laboratoriais 
 Hemograma (excluir sepse) 
 Hemocultura 
 G.A. (acidose respiratória e hipoxemia discreta) 
 
 
Apresentação radiológica 
Rx tórax: pulmão bem ventilado com um padrão 
estriado irradiando-se a partir dos hilos (explosão 
estelar) e pequenas quantidades de líquidos nas 
fissuras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A: 1º dia de vida – infiltrado difuso 
B: Sem alterações 
Tratamento 
 Sintomático/suporte 
 UCI (por vezes UTI neo) 
 O2 suplementar (FiO2 <40%) para manter 
saturação >90% ou pO2 60-70mmHg por ON ou 
CPAP 
 Conforme FR  alimentar VO ou SOG (pode se 
engasgar ou aspirar o pulmão) 
 Sem necessidade de antibióticos 
 Prognóstico: processo autolimitado e de 
excelente prognóstico 
 
 
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LARISSA DE CAMARGO SUBTIL | ATM 2024/2 
APNEIA 
 Definida como a suspensão do fluxo de ar e pausa 
respiratória de mais que 20seg, associada à cianose ou 
bradicardia (FC <100bpm) 
 Comum em prematuros (quanto menor a IG, mais imaturo 
o centro da respiração e, portanto, mais apneias): 
25%  <2500g 
50%  <1500g 
84%  <1000g 
Praticamente 100% em <28 semanas 
 Menores de 34 semanas tem, pelo menos, 1 episódio de 
apneia 
 Apneia diminui com aumento da IG e começa a 
desaparecer com 35-36 semanas 
 
Classificação 
 Apneia central  10-25%, não há esforços respiratórios 
 Apneia obstrutiva  10-20% persistem esforços 
respiratórios e há obstrução de vias aéreas 
 Apneia mista  50-70%, apresenta tanto central, como 
obstrutiva 
 
Etiologia 
 PMT (imaturidade central do desenvolvimento do impulso 
respiratório) 
 Distúrbios do SNC  HIV 
 Distúrbios cardiorrespiratórios  DMH, DBP, PCA 
 Distúrbios metabólicos  hipoglicemia, alteração 
eletrolítica, EIM 
 Distúrbios hematológicos  Anemia 
 Infecções 
 Anemia 
 Convulsões 
 Parto traumático / asfixia perinatal 
 Distúrbios gastrointestinais ➔ ECN, RGE 
 Medicamentos 
 Obstrução de vias aéreas 
 Alterações da temperatura 
A respiração é fortemente relacionada ao estado do 
sono do RN. O sono REM predomina nos neonatos 
prematuros, e os episódios de apneia são mais 
frequentes nesse estado do que no estado não-
REM (sono profundo) 
 
Está relacionado a irregularidade do volume 
corrente e da frequência respiratória que ocorre no 
sono ativo ou com movimentos oculares rápidos 
(REM) 
Diagnóstico 
Em todos RN de risco: 
 Monitorização cardíaca e torácica (todos RN 
menores <35 semanas na primeira semana) 
 Oximetria de pulso 
 Investigação de sepse, alteração de eletrólitos e 
glicose 
 Gasometria arterial 
 Ecografia cerebral (melhor maneira de avaliar os 
ventrículos e verificar se há HIV sem expor à 
radiação) 
Tratamento 
 A maioria responde a estimulação tátil ➔ se 
persistir apneia ➔ ventilar com balão auto 
inflável com FiO2 ➔evitar queda de TA 
Medidas gerais: 
1. Verificar e tratar a causa subjacente 
2. Manter saturação de O2 88-92% e, se necessário, 
utilizar O2 suplementar 
3. Evitar aspiração da faringe e alimentação VO: para 
não fazer estímulo vagal e fazer outra apneia 
4. Evitar posições de flexão ou extensão extrema do 
pescoço 
5. Evitar oscilações de temperatura 
6. Transfusão de concentrado de hemácias (caso Ht 
< 25%) 
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LARISSA DE CAMARGO SUBTIL | ATM 2024/2 
 
 CPAP nasal ➔ com PEEP 4 – 6 cm H2O ➔ reduz apneias 
obstrutiva e mistas. Útil em PMT < 32-34 semanas 
 VM 
 Antibióticos, se infecção 
 Metilxantinas: diminui episódios de apneia e a 
necessidade de VM. Causa irritabilidade, dependência de 
uso de O2 e inibe a suprarrenal. Por isso, não são mais 
utilizadas. Age estimulando o centro respiratório, é 
antagonista da adenosina (neurotransmissor que causa 
depressão respiratória) e melhora a contratilidade 
diafragmática. 
 Citrato de cafeína: seu uso diminui a taxa de DBP, iniciar 
sempre nos RN menores que 1250g logo após o parto! A 
cafeína é menos tóxica, tem meia vida maior, e menos 
efeitos colaterais, comparada com a aminofilina.