Questões comentadas Polícia Civil-DF (Alfacon) Direito Penal

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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
Questões ..................................................................................................................................................... 2 
Gabarito .....................................................................................................................................................10 
Questões Comentadas ................................................................................................................................11 
 
 
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QUESTÕES 
1. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida 
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada 
ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
2. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, 
além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento 
pelo cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no 
instituto da retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa 
que a lei Y. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
3. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: Polícia Federal 
Julgue o item subsequente, relativo à aplicação da lei penal e seus princípios. 
 
No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante 
o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporta 
duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
4. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. 
 
A lei penal que, de qualquer modo, beneficia o agente tem, em regra, efeito extra-ativo, ou 
seja, pode retroagir ou avançar no tempo e, assim, aplicar-se ao fato praticado antes de sua 
entrada em vigor, como também seguir regulando, embora revogada, o fato praticado no 
período em que ainda estava vigente. A única exceção a essa regra é a lei penal excepcional ou 
temporária que, sendo favorável ao acusado, terá somente efeito retroativo. 
 
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Certo ( ) Errado ( ) 
 
5. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a 
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O 
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a 
autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado 
inquérito policial. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
 
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua 
a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito penal 
brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
6. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de 
Polícia Federal 
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a 
ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a 
respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e 
arrependimento posterior. 
 
Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse 
tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. 
Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio 
criminis com a edição da nova lei. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
7. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Julgue os itens seguintes, com relação ao tempo, à territorialidade e à extraterritorialidade 
da lei penal. 
 
Suponha que Leôncio tenha praticado crime de estelionato na vigência de lei penal na qual 
fosse prevista, para esse crime, pena mínima de dois anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer 
do processo, no momento da prolação da sentença, tenha entrado em vigor nova lei penal, mais 
gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação da pena mínima prevista para o referido crime. 
Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a ultratividade da lei penal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
8. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. 
 
Considere a seguinte situação hipotética. 
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A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo território argentino, 
Andrés, cidadão guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer 
de uma discussão. Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os tiros 
atingiram Hernando, cidadão venezuelano que também estava a bordo. Nessa situação, em 
decorrência do princípio da territorialidade, aplicar-se-á a lei penal brasileira. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
9. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. Considere a seguinte 
situação hipotética. 
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado 
tráfico internacional de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo 
mesmo crime, também foi condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos 
e dois meses. 
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a 
ser cumprida por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior
que quatro anos e dois meses. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
10. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em 
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para 
fundamentar ou alterar a pena. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
11. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia 
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias 
constitucionais. 
 
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser 
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
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12. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes Contra a Liberdade Pessoal 
Abordado determinado veículo em região de fronteira internacional, os policiais 
rodoviários federais suspeitaram da conduta do motorista: ele conduzia duas adolescentes com 
as quais não tinha nenhum grau de parentesco. Ao ser questionado, o condutor do veículo 
confessou que fora pago para conduzi-las a um país vizinho, onde seriam exploradas 
sexualmente. As adolescentes informaram que estavam sendo transportadas sob grave ameaça 
e que não haviam consentido com a realização da viagem e muito menos com seus propósitos 
finais. 
 
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
 
A conduta do motorista do veículo se amolda ao tipo penal do tráfico de pessoas, em sua 
forma consumada, incidindo, nesse caso, causa de aumento de pena, em razão de as vítimas 
serem adolescentes. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
13. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Delegado da Polícia Federal 
Com relação aos crimes previstos no CP, julgue o item que se segue. 
O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pessoa, constitui 
infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido praticado contra menor de dezoito 
anos de idade qualifica o crime. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
14. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia Assunto: 
Crimes Contra a Vida 
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, 
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua 
residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação 
policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o 
revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da 
arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. 
 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
 
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso 
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e de 
feminicídio não caracterizará bis in idem. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
15. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal 
Federal Assunto: Crimes Contra a Vida 
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após 
ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência policial, um 
familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava que houvesse 
praticado aborto. 
 
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A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, 
bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
16. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
 
Julgue o item a seguir. 
No crime de homicídio, admite-se a incidência concomitante de circunstância 
qualificadora de caráter objetivo referente aos meios e modos de execução com o 
reconhecimento do privilégio, desde que este seja de natureza subjetiva. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
17. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia 
Assunto: Crimes Contra a Inviolabilidade de Segredo 
Com referência à interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes, ao crime de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item. 
 
Situação hipotética: Um hacker invadiu os computadores do SERPRO e transferiu valores 
do Ministério do Planejamento para o seu próprio nome. Assertiva: Nessa situação, o IP para 
apurar a autoria e a materialidade do crime de invasão de dispositivo informático só poderá ser 
instaurado após representação formalizada pelo Ministério do Planejamento ou pelo SERPRO. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
18. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia 
 
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a 
retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja 
cabal e abarque tudo o que o agente imputou à vítima. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
19. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal 
Federal 
 
Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias 
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime de 
apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da empresa 
L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das contribuições antes do 
início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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20. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a 
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O 
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a 
autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado 
inquérito policial. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
 
A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu o 
armamento. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
21. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de 
Polícia Federal Assunto: Crimes contra o patrimônio 
Pedro é o responsável pelo adimplemento das contribuições previdenciárias de uma 
empresa de médio porte. Nos meses de janeiro a junho de 2018, a empresa entregou a Pedro o 
numerário correspondente ao valor das contribuições previdenciárias de seus empregados, 
mas Pedro, com dolo, deixou de repassá-lo à previdência social. Pedro é primário e de bons 
antecedentes. 
 
Nessa situação hipotética, caso o repasse das contribuições previdenciárias ocorra após o 
início da ação fiscal e antes do oferecimento da denúncia, o juiz poderá deixar de aplicar a pena 
ou aplicar apenas a multa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
22. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal Assunto: Crimes contra o patrimônio 
 Com relação a crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a administração 
pública, julgue o item que segue. 
 
Para a configuração do delito de apropriação indébita previdenciária não é necessário que 
haja o dolo específico de ter para si coisa alheia; é bastante para tal a vontade livre e consciente 
de não recolher as importâncias descontadas dos salários dos empregados da empresa pela 
qual responde o agente. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
23. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi 
parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o 
veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência 
estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, 
penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O 
passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de 
fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, 
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alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o 
motorista. 
 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
Caso fique comprovada a participação do servidor público na conduta delituosa, ele 
responderá pelo delito de descaminho em sua forma qualificada: ela tinha o dever funcional de 
prevenir e de reprimir o crime. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
24. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi 
parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o 
veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência 
estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, 
penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O 
passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de 
fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, 
alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o 
motorista. 
 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda 
que não tenha havido constituição definitiva do crédito tributário e a ocorrência de efetivo 
prejuízo ao erário. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
25. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia 
Federal Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, 
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
 
Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino 
para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. Nessa situação, a 
pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
26. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia 
Federal 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, 
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
 
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O crime de contrabando, como o praticado por João e sua organização criminosa, foi 
tipificado no Código Penal brasileiro em decorrência do princípio da continuidade normativo-
típica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
27. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: Perito Criminal Federal 
No que concerne a infração penal, fato típico e seus elementos, formas consumadas e 
tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
 
O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional impróprio ou misto, 
porquanto na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera tipicidade 
relativa, passando a constituir tipo penal diverso. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
28. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia 
No que concerne a crimes, julgue o item a seguir. 
 
O agente de polícia que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a telefone 
celular, permitindo que este mantenha contato com pessoas fora do estabelecimento prisional, 
cometerá o crime de condescendência criminosa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
29. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
A respeito de crimes contra a fé pública e a administração pública, julgue os itens 
subsequentes. 
 
Pratica crime de corrupção passiva o funcionário público que, em razão da função, solicita, 
recebe ou aceita vantagem indevida, ao passo que pratica crime de concussão o funcionário que, 
também em razão da função, impõe, ordena ou exige vantagem indevida. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
30. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
A respeito de crimes contra a fé pública e a administração pública, julgue os itens 
subsequentes. 
 
Não se configura o crime de desobediência se o agente, apesar do dever de cumprir a 
ordem legal emitida por funcionário público, não tiver possibilidade ou condições efetivas de 
cumpri-la. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
1. ERRADO 
2. ERRADO 
3. CERTO 
4. ERRADO 
5. ERRADO 
6. ERRADO 
7. CERTO 
8. ERRADO 
9. ERRADO 
10. ERRADO 
11. ERRADO 
12. CERTO 
13. ERRADO 
14. CERTO 
15. ERRADO 
16. CERTO 
17. ERRADO 
18. ERRADO 
19. CERTO 
20. CERTO 
21. CERTO 
22. CERTO 
23. ERRADO 
24. CERTO 
25. ERRADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
O presidente da República, em caso de extrema relevância e urgência, pode editar medida 
provisória para agravar a pena de determinado crime, desde que a aplicação da pena agravada 
ocorra somente após a aprovação da medida pelo Congresso Nacional. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
Solução 
GABARITA: Errado 
Neste caso, só poderá excepcionalmente em haver Medida Provisória em 
matéria penal quando for em benefício do acusado, não podendo para tipificar 
condutas e agravar penas, conforme é definido no art. 62, da CF/88 “Em caso de 
relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional: § 1º. É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I - 
relativa a: b) direito penal, processual penal e processual civil”, neste sentido, a 
questão está incorreta quando afirma que poderá ter Medida Provisória para agravar 
a pena do acusado. 
Ainda, sobre o assunto em tela: 
“Medida provisória: sua inadmissibilidade em matéria penal, extraída pela 
doutrina consensual da interpretação sistemática da Constituição, não compreende 
a de normas penais benéficas, assim, as que abolem crimes ou lhes restringem o 
alcance, extingam ou abrandem penas ou ampliam os casos de isenção de pena ou 
de extinção de punibilidade”. [RE 254.818, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 8-11-
2000, P, DJ de 19-12-2002.]. 
 
 
2. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
No que se refere à aplicação da lei penal o item abaixo apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada. 
 
Sob a vigência da lei X, Lauro cometeu um delito. Em seguida, passou a viger a lei Y, que, 
além de ser mais gravosa, revogou a lei X. Depois de tais fatos, Lauro foi levado a julgamento 
pelo cometimento do citado delito. Nessa situação, o magistrado terá de se fundamentar no 
instituto da retroatividade em benefício do réu para aplicar a lei X, por ser esta menos rigorosa 
que a lei Y. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
 
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Solução 
GABARITO: Errado 
Não consiste na fundamentação pelo princípio da retroatividade da lei mais 
benéfica, mas sim no sentindo do princípio da ultratividade da lei, “pois aplicam ao 
fato praticado durante sua vigência, embora decorrido o período de sua duração” 
(Masson, 2020). 
 
 
3. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: Polícia Federal 
Julgue o item subsequente, relativo à aplicação da lei penal e seus princípios. 
 
No que diz respeito ao tema lei penal no tempo, a regra é a aplicação da lei apenas durante 
o seu período de vigência; a exceção é a extra-atividade da lei penal mais benéfica, que comporta 
duas espécies: a retroatividade e a ultra-atividade. 
 
Certo ( X ) Errado ( ) 
Solução 
GABARITO: Certo 
Em regra, deve ser aplicado a lei que está em vigor da data da pratica da 
conduta criminosa, mas em casos excepcionais poderá ocorrer o instituto da extra-
atividade da lei, ou seja, aplicação da lei vigente ou da lei já revogada, que consistem 
em duas espécies: a retroatividade da norma, na qual aplica-se a lei penal a fatos 
ocorridos antes da sua vigência, e a ultra-atividade quando é aplicada a lei já 
revogada a fatos ocorridos durante a sua vigência. 
 
 
4. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. 
 
A lei penal que, de qualquer modo, beneficia o agente tem, em regra, efeito extra-ativo, ou 
seja, pode retroagir ou avançar no tempo e, assim, aplicar-se ao fato praticado antes de sua 
entrada em vigor, como também seguir regulando, embora revogada, o fato praticado no 
período em que ainda estava vigente. A única exceção a essa regra é a lei penal excepcional ou 
temporária que, sendo favorável ao acusado, terá somente efeito retroativo. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
De fato, a lei penal que, de qualquer modo, beneficia o agente tem, em regra, 
efeito extra-ativo, ou seja, pode retroagir ou avançar no tempo e, assim, aplicar-se 
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ao fato praticado antes de sua entrada em vigor, como também seguir regulando, 
embora revogada, o fato praticado no período em que ainda estava vigente, nos 
termos do artigo 2º, parágrafo único do Código Penal. 
 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
 
A única exceção a essa regra é a lei penal excepcional ou temporária que, ainda 
que seja desfavorável ao acusado, terá efeito ultrativo. 
 
5. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a 
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O 
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a 
autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado 
inquérito policial. Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
 
Se, durante o processo judicial a que José for submetido, for editada nova lei que diminua 
a pena para o crime de receptação, ele não poderá se beneficiar desse fato, pois o direito penal 
brasileiro norteia-se pelo princípio de aplicação da lei vigente à época do fato. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
Como dito, a lei penal que, de qualquer modo, beneficia o agente tem, em 
regra, efeito extra-ativo, ou seja, pode retroagir (efeito retroativo) ou avançar 
(efeito ultrativo) no tempo e, assim, aplicar-se ao fato praticado antes de sua 
entrada em vigor, como também seguir regulando, embora revogada, o fato 
praticado no período em que ainda estava vigente, nos termos do artigo 2º, parágrafo
único do Código Penal. 
 
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
 
6. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de 
Polícia Federal 
Em cada item a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a 
ser julgada com base na legislação de regência e na jurisprudência dos tribunais superiores a 
respeito de execução penal, lei penal no tempo, concurso de crimes, crime impossível e 
arrependimento posterior. 
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Manoel praticou conduta tipificada como crime. Com a entrada em vigor de nova lei, esse 
tipo penal foi formalmente revogado, mas a conduta de Manoel foi inserida em outro tipo penal. 
Nessa situação, Manoel responderá pelo crime praticado, pois não ocorreu a abolitio 
criminis com a edição da nova lei. 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Certo 
 
Ocorre a abolitio criminis na hipótese de a lei posterior deixa de considerar 
crime fato praticado antes de sua entrada em vigor, nos termos do artigo 2º do 
Código Penal. 
 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 
Veja! No caso proposto, a nova lei não deixou de considerar o fato criminoso, 
mas tão somente alterou sua tipificação, motivo pelo qual não há que se falar em 
abolitio criminis. 
 
7. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia 
Assunto: Lei Penal no Tempo 
Julgue os itens seguintes, com relação ao tempo, à territorialidade e à extraterritorialidade 
da lei penal. 
 
Suponha que Leôncio tenha praticado crime de estelionato na vigência de lei penal na qual 
fosse prevista, para esse crime, pena mínima de dois anos. Suponha, ainda, que, no transcorrer 
do processo, no momento da prolação da sentença, tenha entrado em vigor nova lei penal, mais 
gravosa, na qual fosse estabelecida a duplicação da pena mínima prevista para o referido crime. 
Nesse caso, é correto afirmar que ocorrerá a ultratividade da lei penal.. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
A ultratividade da lei é uma espécie de extra-atividade na qual uma norma é 
aplicável após o fim de sua vigência. De regra, uma lei penal passa a viger da sua 
edição em diante e, em face do princípio da reserva legal, só pode ser revogada por 
outra lei penal. No entanto, pelo princípio da ultratividade da lei mais benéfica, na 
hipótese de uma lei penal ter sido revogada por uma lei penal mais severa que a 
anterior, impõe-se a ultratividade da lei mais favorável ao réu. No caso do enunciado, 
a nova lei revogadora é mais gravosa, devendo a norma anterior aplicar-se de 
ultrativamente. 
 
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8. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. 
 
Considere a seguinte situação hipotética. 
A bordo de um avião da Força Aérea Brasileira, em sobrevoo pelo território argentino, 
Andrés, cidadão guatemalteco, disparou dois tiros contra Daniel, cidadão uruguaio, no decorrer 
de uma discussão. Contudo, em virtude da inabilidade de Andrés no manejo da arma, os tiros 
atingiram Hernando, cidadão venezuelano que também estava a bordo. Nessa situação, em 
decorrência do princípio da territorialidade, aplicar-se-á a lei penal brasileira. 
 
Certo ( ) Errado ( X ) 
Solução 
GABARITO: Errado 
Neste caso, aplica-se o princípio da territorialidade, devendo a lei penal 
Brasileira ser aplicada aos crimes cometidos no território nacional. E, ainda, sendo 
considerado aeronave da Força Aérea Brasileira a extensão do território, ou seja, o 
cometimento do crime dentro do avião da força Brasileira deverá ser julgado pela lei 
Brasileira, nos termos do art. 5 º, § 1º do CP: 
“Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território 
nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço 
do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar”. 
 
 
9. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
Julgue os itens seguintes, relativos à teoria da norma penal, sua aplicação temporal e 
espacial, ao conflito aparente de normas e à pena cumprida no estrangeiro. Considere a seguinte 
situação hipotética. 
 
Jurandir, cidadão brasileiro, foi processado e condenado no exterior por ter praticado 
tráfico internacional de drogas, e ali cumpriu seis anos de pena privativa de liberdade. Pelo 
mesmo crime, também foi condenado, no Brasil, a pena privativa de liberdade igual a dez anos 
e dois meses. 
Nessa situação hipotética, de acordo com o Código Penal, a pena privativa de liberdade a 
ser cumprida por Jurandir, no Brasil, não poderá ser maior que quatro anos e dois meses. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
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No caso proposto, por se tratar de extraterritorialidade condicionada e o 
agente ter cumprido pena no exterior, não poderá mais ser processado no Brasil, nos 
termos do artigo 7º do Código Penal. 
 
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
II - os crimes: 
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
b) praticados por brasileiro; 
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso 
das seguintes condições: 
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a 
pena; 
 
 
10. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
O art. 1.º do Código Penal brasileiro dispõe que “não há crime sem lei anterior que o 
defina. Não há pena sem prévia cominação legal”. 
 
Considerando esse dispositivo legal, bem como os princípios e as repercussões jurídicas 
dele decorrentes, julgue o item que se segue. 
 
A norma penal deve ser instituída por lei em sentido estrito, razão por que é proibida, em 
caráter absoluto, a analogia no direito penal, seja para criar tipo penal incriminador, seja para 
fundamentar ou alterar a pena. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
Solução 
GABARITO: Errado
A analogia não é vedada em caráter absoluto, já que poderá ser aplicada a 
chamada analogia in bonam partem, ou seja, integração das normas aplicando ao 
caso quando for para favorecer o réu, neste sentido pode se utilização o dispositivo. 
O que não pode de forma alguma é utilizar a analogia em desfavor do réu, in mallam 
partem, sobre esse assunto os tribunais são pacíficos. 
 
 
 
11. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia 
Julgue o item seguinte, relativo aos direitos e deveres individuais e coletivos e às garantias 
constitucionais. 
Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser 
feita por meio de lei em sentido material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
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SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
Leis no sentido formal atos normativos produzidos exclusivamente pelo 
Congresso Nacional ou por ele delegados. 
Leis no sentido material, por outro lado, são os demais atos de caráter 
normativo, cuja matéria deveria ser tipicamente tratada em Lei. 
Isto posto, em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta 
como crime deve ser feita tanto por meio de lei em sentido material, quanto 
por meio de lei em sentido formal. 
 
12. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes Contra a Liberdade Pessoal 
Abordado determinado veículo em região de fronteira internacional, os policiais 
rodoviários federais suspeitaram da conduta do motorista: ele conduzia duas adolescentes com 
as quais não tinha nenhum grau de parentesco. Ao ser questionado, o condutor do veículo 
confessou que fora pago para conduzi-las a um país vizinho, onde seriam exploradas 
sexualmente. As adolescentes informaram que estavam sendo transportadas sob grave ameaça 
e que não haviam consentido com a realização da viagem e muito menos com seus propósitos 
finais. 
 
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
 
A conduta do motorista do veículo se amolda ao tipo penal do tráfico de pessoas, em sua 
forma consumada, incidindo, nesse caso, causa de aumento de pena, em razão de as vítimas 
serem adolescentes. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
A questão em comento pretende avaliar a conduta do motorista que 
transportava adolescentes, mediante violência ou grave ameaça, com a finalidade de 
serem exploradas sexualmente. 
Trata-se do crime de tráfico de pessoas (art. 149-A, inciso V, do CP), com a 
incidência da causa de aumento de pena de ser crime cometido contra adolescente 
(art. 149-A, §1°, inciso I, do CP). 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar 
ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com 
a finalidade de: (...) 
V - exploração sexual. 
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: (Incluído pela Lei nº 
13.344, de 2016) (Vigência) 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com 
deficiência; 
 
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13. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: DPF Prova: Delegado da Polícia Federal 
Com relação aos crimes previstos no CP, julgue o item que se segue. 
O delito de sequestro e cárcere privado, inserido entre os crimes contra a pessoa, constitui 
infração penal de ação múltipla, e a circunstância de ter sido praticado contra menor de dezoito 
anos de idade qualifica o crime. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
O crime de sequestro, elencado no art. 148 do Código Penal, prevê apenas uma 
ação: privar alguém de sua liberdade. Não é, portanto de ação múltipla. Possui, no 
entanto, duas formas de privação: o sequestro ou o cárcere privado. 
No entanto, no que tange à qualificadora do crime quando praticado contra 
menor de dezoito anos de idade, o item está correto. 
 
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere 
privado 
Pena - reclusão, de um a três anos. 
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; 
 
14. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: Delegado de Polícia Assunto: 
Crimes Contra a Vida 
Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, 
também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua 
residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação 
policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o 
revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da 
arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. 
 
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
 
Na situação considerada, em que Paula foi vitimada por Carlos por motivação torpe, caso 
haja vínculo familiar entre eles, o reconhecimento das qualificadoras da motivação torpe e de 
feminicídio não caracterizará bis in idem. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
“Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo 
torpe e de feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de 
violência doméstica e familiar. Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora 
de ordem OBJETIVA - vai incidir sempre que o crime estiver atrelado à violência 
doméstica e familiar propriamente dita, enquanto que a torpeza é de cunho subjetivo, 
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ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que levaram um indivíduo a praticar 
o delito.” 
STJ. 6ª Turma. HC 433.898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 
(Info 625). 
 
 
 
Quando há concurso de qualificadoras, o juiz pode aplicar apenas uma delas 
para qualificar o tipo penal (no caso o feminicídio, circunstância objetiva) e a outra 
qualificadora poderá ser usada como agravante genérica ou residualmente, como 
circunstância judicial desfavorável. 
 
 
15. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal 
Federal Assunto: Crimes Contra a Vida 
Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi presa acusada do crime de infanticídio, após 
ter jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia dado à luz. Segundo a ocorrência policial, um 
familiar da suspeita disse que ela havia escondido a gravidez e que negava que houvesse 
praticado aborto. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
A configuração do crime de infanticídio independe da existência de estado puerperal, 
bastando para tal que o sujeito passivo seja uma criança. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Errado 
“A legislação vigente adotou como atenuante no crime de infanticídio a condição 
biopsicossocial do estado puerperal, justificado pelo trauma psicológico, pela pressão 
social e pelas condições do processo fisiológico do parto desassistido – angústia, 
aflição, dores, sangramento e extenuação, cujo resultado traria o estado confusional 
capaz de levar ao gesto criminoso. (...) A caracterização do infanticídio constitui o 
maior de todos os desafios da prática médico-legal pela sua complexidade e pelas 
inúmeras dificuldades de tipificar o crime.
Por isso, foi essa perícia chamada de crucis 
peritorum – a cruz dos peritos. O exame pericial será orientado na busca dos 
elementos constituintes do delito a fim de caracterizar: os estados de natimorto, o 
de feto nascente, o de infante nascido ou o de recém-nascido (diagnóstico do tempo 
de vida); a vida extrauterina (diagnóstico do nascimento com vida); a causa jurídica 
de morte do infante (diagnóstico do mecanismo de morte); o estado psíquico da 
mulher (diagnóstico do chamado “estado puerperal”); e a comprovação do parto 
pregresso (diagnóstico do puerpério ou do parto recente ou antigo da autora). 
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 
2015, p. 790 e 795. 
 
Lembrando que o estado puerperal é circunstância elementar do crime de 
infanticídio, sem ela, haveria no caso homicídio. 
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Art. 123 CP - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, 
durante o parto ou logo após. 
 
16. Ano: 2014 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
 
Julgue o item a seguir. 
No crime de homicídio, admite-se a incidência concomitante de circunstância 
qualificadora de caráter objetivo referente aos meios e modos de execução com o 
reconhecimento do privilégio, desde que este seja de natureza subjetiva. 
 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Certo 
 
É possível a combinação de uma qualificadora objetiva (meios e modos de 
execução) e uma privilegiadora subjetiva (motivacional). O privilégio só é 
incompatível com uma qualificadora de caráter subjetivo. 
Por exemplo, um pai que mata o estuprador de sua filha por asfixia. Utiliza-se 
o privilégio do art. 121, §1º e a qualificadora do art. 121, §2º, inciso III: 
 
Art. 121. Matar alguém: 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social 
ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
(PRIVILEGIADORA) 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio 
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; (QUALIFICADORA) 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
17. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de Polícia 
Assunto: Crimes Contra a Inviolabilidade de Segredo 
Com referência à interceptação de comunicação telefônica, ao crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes, ao crime de lavagem de capitais e a crimes cibernéticos, julgue o seguinte item. 
 
Situação hipotética: Um hacker invadiu os computadores do SERPRO e transferiu valores 
do Ministério do Planejamento para o seu próprio nome. Assertiva: Nessa situação, o IP para 
apurar a autoria e a materialidade do crime de invasão de dispositivo informático só poderá ser 
instaurado após representação formalizada pelo Ministério do Planejamento ou pelo SERPRO. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: ERRADO 
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A conduta descrita no enunciado da questão se subsume ao tipo penal previsto 
no artigo 154 - A do Código Penal, que assim dispõe: "Invadir dispositivo informático 
alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação indevida de 
mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou 
informações sem autorização expressa ou tácita do titular do dispositivo ou instalar 
vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 
(um) ano, e multa". 
O crime foi, conforme narrado, praticado em detrimento da administração 
pública direta (União). Por consequência, o crime praticado é de ação penal pública, 
aplicando-se ao caso o disposto no artigo 154 - B do Código Penal, ou seja, a ação 
penal prescinde de representação do ofendido, senão vejamos: "Nos crimes definidos 
no art. 154-A, somente se procede mediante representação, salvo se o crime é 
cometido contra a administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes 
da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra empresas concessionárias 
de serviços públicos". 
Sendo assim, a assertiva contida na questão é falsa. 
 
18. Ano: 2013 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia 
 
Nos crimes contra a honra — calúnia, difamação e injúria —, o Código Penal admite a 
retratação como causa extintiva de punibilidade, desde que ocorra antes da sentença penal, seja 
cabal e abarque tudo o que o agente imputou à vítima. 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Errado 
 
A retratação se trata de desmentir os fatos imputados à vítima. Como somente 
há imputação de fatos nos crimes de calúnia (imputação de fato certo e determinado 
definido como crime) e difamação (imputação de fato ofensivo, certo e determinado, 
que não é crime à reputação da vítima), a retratação só ocorre nesses dois tipos 
penais. 
Como a injúria consiste em ofensas, xingamentos e acusações vagas, não se 
admite a retratação. 
Ademais, não é necessária a retratação de todos os fatos imputados, sendo 
possível esta abarcar apenas parte dos fatos. 
 
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia 
ou da difamação, fica isento de pena. 
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou 
a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, 
se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. 
 
 
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19. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Perito Criminal 
Federal 
 
Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias 
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime de 
apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da empresa 
L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das contribuições antes do 
início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade. 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Certo 
 
Quando o agente, espontaneamente, confessa e efetua o pagamento das 
contribuições antes do início da ação fiscal, será extinta sua punibilidade. Trata-se 
do disposto no art. 168-A, §2º, do CP: 
 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas 
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, 
confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores 
e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em 
lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
 
 
20. Ano: 2018 Banca: CESPE/CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal 
Depois de adquirir um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José passou a 
portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O 
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina. Sem a 
autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi instaurado 
inquérito policial. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item seguinte. 
 
A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele adquiriu o 
armamento. 
Certo ( ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
 
GABARITO: Certo
O crime de receptação consuma-se quando o agente adquire, recebe, 
transporta, conduz ou oculta coisa que sabe ser produto de crime. No caso acima, 
José, ao saber que a arma era produto de crime e mesmo assim adquiriu-a, praticou 
o crime descrito no art. 180 do Código Penal: 
 
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Art. 180, CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito 
próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que 
terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
21. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Delegado de 
Polícia Federal Assunto: Crimes contra o patrimônio 
Pedro é o responsável pelo adimplemento das contribuições previdenciárias de uma 
empresa de médio porte. Nos meses de janeiro a junho de 2018, a empresa entregou a Pedro o 
numerário correspondente ao valor das contribuições previdenciárias de seus empregados, 
mas Pedro, com dolo, deixou de repassá-lo à previdência social. Pedro é primário e de bons 
antecedentes. 
 
Nessa situação hipotética, caso o repasse das contribuições previdenciárias ocorra após o 
início da ação fiscal e antes do oferecimento da denúncia, o juiz poderá deixar de aplicar a pena 
ou aplicar apenas a multa. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
Assertiva correta. O crime cometido por Pedro é a apropriação indébita 
previdenciária, tipificado no art. 168-A do Código Penal: 
 
 “Apropriação indébita previdenciária 
 Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas 
dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.” 
 
O parágrafo terceiro deste artigo dispõe sobre a possibilidade de aplicação de 
perdão judicial ou apenas aplicação de multa, nos casos em que o réu for primário e 
de bons antecedentes. Além disso, o agente deve ter cumprido uma das duas 
hipóteses dos incisos I e II: 
 
“§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa 
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a 
denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive 
acessórios; ou (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior 
àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o 
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. (Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000)” 
 
Dessa forma, no caso hipotético sugerido pela questão, Pedro, além de ser 
primário e de bons antecedentes, realizou o pagamento das contribuições 
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previdenciárias devidas, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia. 
Assim, Pedro faz jus ao recebimento das benesses do §3º. 
 
22. Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Agente de Polícia 
Federal Assunto: Crimes contra o patrimônio 
 Com relação a crimes contra a pessoa, contra o patrimônio e contra a administração 
pública, julgue o item que segue. 
 
Para a configuração do delito de apropriação indébita previdenciária não é necessário que 
haja o dolo específico de ter para si coisa alheia; é bastante para tal a vontade livre e consciente 
de não recolher as importâncias descontadas dos salários dos empregados da empresa pela 
qual responde o agente. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
Assertiva correta. Conforme o entendimento pacífico, tanto da doutrina como 
da jurisprudência, no crime de apropriação indébita previdenciária, não é 
necessário o dolo específico de reter para si as contribuições previdenciárias. Basta 
tão somente que o agente não repasse à Previdência Social, dentro do prazo e na 
forma da lei, as contribuições recolhidas. 
Sobre essa discussão, vejamos o posicionamento de Fernando Capez: 
“Elemento subjetivo: É o dolo, consistente na vontade livre e consciente de recolher 
as contribuições e não as repassar à Previdência Social. É pacífico o entendimento 
de que o dolo do crime de apropriação indébita previdenciária é a 
consciência e a vontade de não repassar à Previdência, dentro do prazo e na 
forma da lei, as contribuições recolhidas, não se exigindo a demonstração 
de especial fim de agir ou o dolo específico de fraudar a Previdência Social 
como elemento essencial do tipo penal (animus rem sibi habendi).” 
 
 Fonte Bibliográfica: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte especial. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
 
 
23. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi 
parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o 
veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência 
estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, 
penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O 
passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de 
fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, 
alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o 
motorista. 
 
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Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
Caso fique comprovada a participação do servidor público na conduta delituosa, ele 
responderá pelo delito de descaminho em sua forma qualificada: ela tinha o dever funcional de 
prevenir e de reprimir o crime. 
Certo ( ) Errado ( X ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: ERRADO 
Atenção! A questão pede que o candidato analise somente a conduta do 
servidor público alfandegário, e não do motorista do caminhão. 
No caso hipotético apresentado, caso restasse comprovada a participação do 
funcionário público, ele responderia pelo crime do art. 318 do CP: 
 
“Facilitação de contrabando ou descaminho 
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando 
ou descaminho (art. 334): 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.” 
 
Apenas a título de complementação, o motorista não responderia pelo art. 318 
do CP, mas pelo art. 334, que é o próprio crime de descaminho. 
No caso desses delitos, há uma exceção pluralista à teoria monista ou unitária 
adotada pelo CP, conforme ensina Fernando Capez: “Vimos que o art. 318 constitui 
crime próprio, o qual só pode ser praticado pelo funcionário público com dever 
funcional de repressão ao contrabando ou descaminho, por exemplo, o fiscal 
aduaneiro. O dispositivo pune como autor autônomo o funcionário público 
que, em tese, seria mero partícipe dos crimes dos arts. 334 e 334-A do CP” 
 
 Fonte Bibliográfica: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte especial. 19. ed. São 
Paulo: Saraiva Educação, 2019. 
 
 
24. Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: Policial Rodoviário Federal 
Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
Em uma rodovia federal, próxima à fronteira
do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi 
parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o 
veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de procedência 
estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O motorista, 
penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O 
passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no posto de 
fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no território nacional, 
alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que apenas pegou carona com o 
motorista. 
 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
 
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A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda 
que não tenha havido constituição definitiva do crédito tributário e a ocorrência de efetivo 
prejuízo ao erário. 
Certo ( X ) Errado ( ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: CERTO 
Assertiva correta. O que o examinador quer saber nessa questão, é se o crime 
de Descaminho é um delito formal ou material. 
Guilherme Nucci ensina que o Descaminho é um crime “formal (crime que não 
exige, para sua consumação, resultado naturalístico, consistente na produção de 
efetivo dano para a Administração Pública) na forma “iludir o pagamento”. 
Entretanto, nesse caso, o Estado deixa de arrecadar valores importantes para a 
Administração Pública, o que se pode constatar faticamente.” 
Apesar de haver divergências doutrinárias nesse ponto, os tribunais superiores 
adotam esse entendimento, que foi o cobrado pela banca nessa questão. 
 
Fonte Bibliográfica: NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2019 
 
 
25. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de Polícia 
Federal Assunto: Crimes contra a Administração Pública 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, 
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
 
Considere que João e sua organização criminosa utilizem transporte marítimo clandestino 
para fazer ingressarem no território brasileiro os cigarros contrabandeados. Nessa situação, a 
pena pelo crime de contrabando será aumentada pela metade. 
 
Certo ( ) Errado ( X ) 
SOLUÇÃO 
GABARITO: ERRADO 
Assertiva equivocada. O crime praticado por João (sem analisar a questão da 
organização criminosa) é o de Contrabando, que está definido no art. 334-A do 
Código Penal. 
 
“Contrabando 
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.” 
 
O que a questão cobra, é o conhecimento da causa de aumento de pena revista 
no §3º: 
 
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“§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em 
transporte aéreo, marítimo ou fluvial” 
 
Assim, o único erro da assertiva foi afirmar que a pena seria aumentada pela 
metade, quando, na verdade ela será aumentada em dobro. 
 
26. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: Escrivão de 
Polícia Federal 
João integra uma organização criminosa que, além de contrabandear e armazenar, vende, 
clandestinamente, cigarros de origem estrangeira nas ruas de determinada cidade brasileira. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item subsequente. 
 
O crime de contrabando, como o praticado por João e sua organização criminosa, foi 
tipificado no Código Penal brasileiro em decorrência do princípio da continuidade normativo-
típica. 
Certo ( x ) Errado ( ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Certo 
 
Primeiramente, ao se referir sobre o princípio da continuidade normativo-típica, 
vamos relembrar seu conceito. 
 
- Princípio da continuidade normativo-típica: sua aplicação se dará quando 
ocorrer a revogação de uma norma penal, no entanto sua conduta continua valendo 
como crime, o que se altera é que este será em outro dispositivo legal. 
 
Muita atenção para não confundir com o abolitio criminis. 
 
Ocorre que o crime de contrabando, devido a derrogação do artigo 334 do 
Código Penal, no qual abordava em sua tipificação tanto o contrabando quanto o 
descaminho, continuou somente com crime de descaminho, já o crime de 
contrabando, passou a ter tipificação própria, a teor do artigo 334-A do Código 
Penal: 
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
 
 
Portanto, a questão está correta, posto que o crime praticado por João, foi 
tipificado no Código Penal, em decorrência da continuidade normativo-típica, 
conforme apontou em questão. 
 
 
 
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-policia-federal-escrivao-de-policia-federal
http://www.planalto.gov.br/cCivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art334a
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27. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPF Provas: Perito Criminal Federal 
No que concerne a infração penal, fato típico e seus elementos, formas consumadas e 
tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal, julgue o item que se segue. 
 
O peculato é conceituado doutrinariamente como crime funcional impróprio ou misto, 
porquanto na hipótese de não ser praticado por funcionário público, opera tipicidade 
relativa, passando a constituir tipo penal diverso. 
 
Certo ( x ) Errado ( ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Certo 
 
A assertiva abordou o tema referente aos crimes funcionais, visto que 
necessitam do exercício de função ou cargo público por arte do agente. Desse modo, 
se dividem em crime funcional próprio e impróprio. 
 
Crimes Funcionais: 
> Próprio: apenas irá existir quando houver o concurso do funcionário público 
para a concretização do crime, ou seja, ao excluir a qualidade de funcionário público 
torna o fato atípico. 
> Impróprio: aplica-se aos casos em que, ao se excluir a qualidade de 
funcionário público, ocorre a desclassificação para outro crime, ou seja, constituir 
tipo penal diverso. 
 
De acordo com o artigo 312 do Código Penal: 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou 
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
 
Nesse sentido, a teor do artigo mencionado acima, caracteriza hipótese do 
crime de peculato, entretanto caso a apropriação não seja por concurso de 
funcionário público, continuará sendo conduta típica, porém será tipificado como o 
crime de apropriação indébita, conforme o artigo 168, do Código Penal. 
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a 
detenção: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Vale ressaltar que os crimes praticados contra a administração pública não se 
aplicam ao princípio da insignificância. 
 
Logo, a assertiva encontra-se correta. 
 
 
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28. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Agente de Polícia 
No que concerne a crimes, julgue o
item a seguir. 
 
O agente de polícia que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a telefone 
celular, permitindo que este mantenha contato com pessoas fora do estabelecimento prisional, 
cometerá o crime de condescendência criminosa. 
Certo ( ) Errado ( x ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Errado 
 
A assertiva tentou conduzir ao erro, pois não se trata do crime de 
condescendência criminosa, e sim de prevaricação imprópria. 
 
Crime de condescendência criminosa, conforme o artigo 320 do Código Penal: 
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado 
que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não 
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de quinze 
dias a um mês, ou multa. 
 
Já o crime de prevaricação imprópria, deve-se atentar que o Código Penal, 
aborda referente a prevaricação e prevaricação imprópria. 
 
Prevaricação imprópria, nesse sentido, dispõe o artigo 319-A do Código Penal: 
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir 
seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente 
externo: 
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. 
 
Portanto, a alternativa está incorreta, por se tratar do crime de prevaricação 
imprópria. 
 
29. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
A respeito de crimes contra a fé pública e a administração pública, julgue os itens 
subsequentes. 
 
Pratica crime de corrupção passiva o funcionário público que, em razão da função, solicita, 
recebe ou aceita vantagem indevida, ao passo que pratica crime de concussão o funcionário que, 
também em razão da função, impõe, ordena ou exige vantagem indevida. 
 
Certo ( x ) Errado ( ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Certo 
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30 
 
 
No que dispõe aos crimes contra a administração pública, deve-se atentar em 
alguns pontos referentes aos verbos de cada crime, para melhor desempenho nas 
resoluções de exercícios e memorização. 
 
Nesse sentido, os crimes de corrupção passiva, são aqueles praticados por 
agente público, por se tratar de crimes próprios, contra o particular, visto que o 
agente em razão de sua função, solicita, ou recebe, vantagem indevida ou aceita 
promessa de tal vantagem. Conforme dispõe o artigo 317 do Código Penal: 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, 
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem 
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
Contudo, os crimes de concussão, também será praticado por agente público, 
exigindo para si ou para outrem, vantagem indevida. A teor do artigo 316 do Código 
Penal: 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei 
nº 13.964, de 2019) 
 
Ante o exposto, a assertiva trouxe o texto em questão corretamente, conforme 
a redação legal dos respectivos artigos. 
 
 
30. Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-DF Prova: Escrivão de Polícia 
A respeito de crimes contra a fé pública e a administração pública, julgue os itens 
subsequentes. 
 
Não se configura o crime de desobediência se o agente, apesar do dever de cumprir a 
ordem legal emitida por funcionário público, não tiver possibilidade ou condições efetivas de 
cumpri-la. 
Certo ( x ) Errado ( ) 
 
SOLUÇÃO 
GABARITO: Certo 
 
Ao abordar sobre o crime de desobediência, de acordo com o ilustre 
doutrinador Rogério Sanches Cunhas: ”Pune-se a conduta do agente que 
deliberadamente desobedece (descumpre, não atende) a ordem legal de 
funcionário público competente para cumpri-la (resistência pacífica).” (CUNHA, 
Rogério Sanches, Manual de Direito Penal – Parte Especial, Salvador: JusPODIVM, 
2016, p. 796) 
 
Nesse sentido conforme dispõe o artigo 330 do Código Penal: 
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MUDE SUA VIDA! 
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Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. 
 
No entanto, nos casos em que por motivo de força maior ou por ser impossível 
seu cumprimento no momento sobre ordem legal emitida por funcionário público, 
este não se enquadrará nos crimes de desobediência. 
 
Portanto, a assertiva encontra-se correta. 
 
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