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Teoria do crime - AV2 - 12021.1

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01. Raul sempre pratica corrida na praça próxima a sua residência. Ocorre que, um dia, quando ele estava correndo, um cachorro bravio começou a correr em sua direção. Raul tentou fugir do animal, mas ele o alcançou e começou a mordê-lo a ponto de tirar-lhe sangue Raul, então, defendeu-se estrangulando o animal. Aparentemente, o cão havia sofrido muitas violências por parte do dono, o que o fez agir desse modo. O dono do cão, Carlos, ao saber do ocorrido, foi à Delegacia e denunciou Raul por ter assassinado seu cachorro. Nessa situação, poderá Raul ser responsabilizado criminalmente pela morte do cachorro? O que a defesa de Raul deverá alegar para evitar eventual condenação?
02. Januário recebe um tiro de revólver de Jessé e, após encaminhado ao hospital, já em recuperação, vem a falecer por força do desabamento de uma parede de gesso situada em seu leito. Jessé deverá responder por homicídio? Consumado ou tentado? Justifique com base nas teorias do nexo de causalidade.
03. Considere que Samuel, ao praticar um crime de estupro, no momento da consumação do delito, tenha sido agredido pela vítima que antes tentara subjugar. A vítima, então, de posse de uma faca, fere e imobiliza Samuel, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reação, infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situação, 
a) não é cabível a Samuel invocar legítima defesa em relação à vítima da tentativa de estupro, porquanto aquele que deu causa aos acontecimentos não pode valer-se da excludente, mesmo contra o excesso.
b) Está presente o instituto da legítima defesa recíproca, uma vez que tanto a ação de Samuel quanto a da vítima consistiram em agressões injustas.
c) Samuel poderá alegar legítima defesa do excesso de legítima defesa doloso praticado pela vítima, que se excedeu com intenção de lesioná-lo.
d) Samuel poderá alegar legítima defesa do excesso de legítima defesa culposo praticado pela vítima, que se excedeu por acreditar que ainda estava sob ataque.
e) Considerando que não existe legítima defesa recíproca, Samuel poderá alegar estado de necessidade, pois tinha o direito de se defender do perigo atual provocado pela vítima a partir do excesso de sua ação defensiva.
04. Carlos Eduardo esgotou seu potencial lesivo ao atirar 12 vezes, com sua pistola, contra Pedro Luís. Este, atingido por seis projéteis, foi internado em um hospital e submetido a uma cirurgia. A morte, porém, ocorreu por força de uma infecção causada por uma bactéria alojada em um dos projéteis. No caso, 
a) Carlos Eduardo deve responder, tão somente, por tentativa de homicídio, uma vez que houve causa superveniente relativamente independente que por si só produziu o resultado. 
b) tendo em vista que a morte ocorreu por circunstância acidental, Carlos Eduardo deve responder por homicídio culposo. 
c) tipificou-se, no caso apresentado, o delito de lesão corporal seguida de morte.
d) tipificou-se o delito de lesões corporais pela verificação da desistência voluntária.
e) Carlos Eduardo deve responder por homicídio doloso.
05. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Apresenta-se como causa excludente de ilicitude _____.
a) o exercício regular de direito
b) a inimputabilidade
c) a coação moral irresistível
d) a obediência hierárquica
e) o erro sobre a ilicitude do fato
06. Carmen vinha dirigindo seu carro quando, em uma descida, percebeu que vinha em sua direção, na traseira de seu veículo, um enorme caminhão desgovernado, em face de ter perdido a capacidade de frenagem. Para salvar a sua vida, Carmen jogou o seu automóvel para o acostamento, colidindo com uma condução escolar, que estava estacionada aguardando uma criança. Logo, a conduta de Carmen frente à colisão com o veículo estacionado constituiu:
a) estado de necessidade defensivo.
b) estado de necessidade agressivo.
c) legítima defesa real.
d) legítima defesa putativa.
e) exercício regular do direito.
07. Observada a doutrina majoritária brasileira no estudo da teoria do crime, analise as afirmativas a seguir.
I. O fato típico é composto da conduta humana dolosa ou culposa, resultado, nexo causal e tipicidade.
II. A força irresistível, o movimento reflexo e a coação moral irresistível, são hipóteses de ausência de conduta.
III. A força física absoluta que exclui a conduta pode ser proveniente da natureza ou da ação de um terceiro.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
08. Raimundo, com 27 anos de idade, pratica conjunção carnal com Sheila, jovem saudável com 16 anos de idade, na residência desta, que consente com o ato. Na mesma data e também na mesma residência, a irmã de Sheila, de nome Marta, com 18 anos, permite que seu namorado Joaci quebre todos os porta-retratos que estão com as fotos de seu ex-namorado.
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Raimundo pelo crime de estupro. Marta, após o fim da relação, ofereceu queixa pela prática de dano por Joaci.
casos.
Os réus contrataram o mesmo advogado, que deverá alegar que não foram praticados crimes, pois, em relação às condutas de Raimundo e Joaci, respectivamente, estamos diante de
a) causa supralegal excludente da ilicitude e causa supralegal de excludente da culpabilidade.
b) causa excludente da tipicidade, em ambos os casos.
c) causa excludente da tipicidade e causa supralegal de excludente da ilicitude.
d) causa supralegal de excludente da ilicitude, em ambos os casos.

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