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Parasitose intestinal na criança

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Medicina de Família e Comunidade I - Dra Camila Braga
Parasitose intestinal na criança
→ As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância, principalmente em pré-escolares e escolares - é uma
idade em que a criança não tem hábitos de higiene bem sedimentados, ainda depende muito dos pais para lavar a
mão, etc;
→ Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades - pode ser transmitido através de
água contaminada, exposição de lixo, alimentos contaminados por moscas, etc
→ Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no desenvolvimento físico e cognitivo e desnutrição,
tanto da criança em si, como de pais e cuidadores; dificuldade de acesso a alimentos também contribui
→ Grande parte dos casos de enteroparasitoses não são diagnosticados, visto serem muitas vezes assintomáticos, o que
dificulta a determinação de sua prevalência e o controle de sua transmissão; não é necessário resultado de exames
para que se inicie o tratamento
→ O principal determinante para a presença de parasitose são as condições de higiene e saneamento básico, bem como
os níveis socioeconômico e de escolaridade da população
→ Os parasitas mais comumente encontrados nas crianças pré-escolares:
- Giardia lamblia (giardíase)
- Ascaris lumbricoides
- Trichuris trichiura (helmintíases)
- Ancylostomas duodenalis, como a mais comum das ancilostomíases
No ciclo de vida de Ascaris sp, Trichuris sp e Ancylostomas sp, o parasita adulto habita o TGI, local em que há produção
de ovos, eliminados por meio das fezes para o meio ambiente, onde requerem período de maturação para se tornarem
infectantes.
Sua transmissão pode ocorrer por meio de alimentos, vegetais mal lavados (hortaliças), terra contaminada e água não
tratada (ausÊncia de rede de distribuição e de coleta), dentre outros fatores em que ocorra exposição ao meio
ambiente contaminado
Ciclo oral-fecal
No caso de giardíase o ciclo ocorre pela eliminação do parasita infectante desde o momento de eliminação das fezes, o
que permite sua transmissão por meio do contato entre humanos (Fecal-oral), mesmo em ambientes saneados,
também podendo ocorrer por meio de água contaminada
● Manifestações clínicas
Os sintomas na maioria das vezes são vaos e inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico clínico, salvo exceções como
prurido anal em cass de enterobíase (oxiuríase), quando há eliminação de vermes na ascaridíase, ou quando evoluem
para suas complicações, com manifestações clínicas mais específicas
Diarreia pode ou não estar presente (aquosa, mucóide, aguda, persistente, intermitente), dor abdominal, dispepsia,
anorexia, astenia, emagrecimento e distensão abdominal
● Diagnóstico das parasitoses
- Para ascaridíase, tricuríase e ancilostomíase, se faz a partir da contagem de ovos no exame parasitológico de fezes
→ A presença de qualquer contagem significa a possibilidade de eliminação de parasitas, necessitando de tratamento
(Em exames de urina, precisamos de uma quantidade X para considerar uma infecção, mas no caso dessas 3 doenças,
apenas a presença de ovos, já começamos o tratamento)
- Para giardíase é feito por meio do parasitológico, com identificação de ovos e/ou trofozoítos nas fezes
Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período
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Medicina de Família e Comunidade I - Dra Camila Braga
→ Para valor diagnóstico considera-se a presença do protozoário para descartar o diagnóstico;
- O exame de uma única amostra pode não ser suficiente para descartar o diagnóstico; desta forma, são recomendadas
3 coletas seriadas semanais
- Amostra positiva é diagnóstica; porém, casos negativos não significam ausência do parasita (geralmente, quando
diagnostica uma criança, também é feito o tratamento dos pais)
● Tratamento
Mebendazol e albendazol é sempre o carro chefe; o albendazol acaba sendo muito escolhido por possuir um valor
baixo
● Controle das parasitoses na comunidade
- medidas de educação para saúde (às vezes coisas que são óbvias para os profissionais de saúde e maioria da
população, não é bem esclarecido para pessoas em fragilidade)
- melhoria das condições de higiene individual e comunitária
- uso periódico de antiparasitários para enteroparasitoses mais prevalentes
→ Não é necessário exame parasitológico de rotina, mas o tratamento independentemente do status de infestação de
cada indivíduo
→ Esta medida, além de segura, também é mais econômica
Gabriela de Oliveira | T3 | 5º período
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