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Aldillany Maria Fundamentos da semiologia dos MMSS OBJETIVOS DE ESTUDO 1. Reconhecer as principais características clínicas para o diagnóstico da Síndrome do Impacto do Ombro. 2. Observar a diferença de complexidade da articulação entre o ombro e o cotovelo. Como reconhecer a Epicondilite? 3. Reconhecer os aspectos clínicos para diagnósticos da Síndrome do Túnel do Carpo. 4. Observar a riqueza de informações que a inspeção e palpação das mãos trazem para as afecções nessa região. 5. Saber reconhecer as diferenças entre Artrite e Artrose. Síndrome do Impacto do Ombro - principais características para o diagnóstico Definição Também conhecida como síndrome subacromial, ela é uma patologia causada pela compressão prolongada gerando inflamação ou degeneração na região de estruturas do ombro, sendo as estruturas mais afetadas o tendão supraespinhal, tendão do bíceps, a bursa subacromial e articulação acromioclavicular. Se não tratada, essa inflamação pode evoluir para fibrose e até rompimento de um ou mais tendões. Sinais e sintomas: Dor persistente na região. Limitação do movimento (sobretudo quando o paciente tenta fazer o movimento de “coçar a escápula”). Essa dor pode ser espontânea, ou ela pode se manifestar após a realização de algum esforço com o membro, ao elevar o braço, por exemplo. Ela acomete principalmente: Indivíduos que realizam movimentos repetitivos nessa região do ombro. Atletas (tenistas). Pessoas na terceira idade. Testes para analisar o impacto subacromial. Teste de Neer (músculo supraespinal) O examinador se posiciona posteriormente ao paciente, estabilizando com uma das mãos a escápula do paciente, para que ela não se mova (e não haja elevação do acrômio), elevando passivamente e rapidamente o braço do paciente no plano da escápula. O teste é positivo quando ao realizar essa elevação o paciente refere dor. Aldillany Maria Teste de Jobe (músculo supraespinal) Com os polegares voltados para baixo em ambos os braços, pede-se para o paciente não deixar o examinador levar os braços dele para baixo, sendo um teste de resistência. O teste é positivo quando o paciente refere dor. Pode ser realizado também pedindo para o paciente levantar o braço contra resistência da sua mão. Em rotação medial, braço a 90º. Teste de Patte (músculo infraespinal) Deve-se abduzir o ombro do paciente a 90° e realizar uma flexão do cotovelo também a 90°. O examinador realiza uma resistência na região de dorso de mão e antebraço do paciente, para que ele realize uma rotação externa*****. Teste de Gerber (músculo subescapular) Com o paciente em posição ortostática (em pé), solicita-se a ele que apoie a região de dorso da mão na região lombar. Em seguida, o paciente, nessa posição, realiza o movimento para tentar afastar a mão dele do tronco, afastando-a o máximo possível e depois retornando. O teste é positivo quando o paciente refere dor na região da articulação do ombro. Aldillany Maria Teste de Yokum X Ele é realizado ativamente pelo paciente. Solicita-se que o paciente cruze o braço, com a mão no ombro contralateral e que ele eleve esse braço ativamente e bruscamente. O teste é positivo quando o paciente refere dor ao realizar essa manobra. Teste de Hawkins-Kennedy X O examinador coloca um braço sobre o ombro do paciente, cruzando o antebraço dele pela frente (pela região anterior) e realiza-se uma rotação medial. Articulação do ombro e articulação do cotovelo: diferenças Articulação do ombro Trata-se da articulação mais flexível de todo o corpo humano. Formada pela união do úmero, da escápula (ou da omoplata) e da clavícula e comumente considerada como uma única articulação, o ombro é na verdade composto de duas articulações separadas – as articulações gleno-umeral e acromioclavicular. Estas duas articulações trabalham juntas para permitir que o braço possa girar em um grande círculo em torno de seu eixo. Articulação do cotovelo O cotovelo é uma complexa articulação entre o braço e o antebraço e liga apenas três ossos, o úmero à ulna e ao rádio. A ligação do úmero à ulna (ou cúbito), na parte posterior e externa do braço, funciona como uma dobradiça; a ligação ao rádio, do lado interno, funciona como um pivot, permitindo a rotação do antebraço. A complexa articulação do cotovelo é formada entre a extremidade distal do úmero no braço superior e as extremidades proximais do ulna e do rádio no antebraço. Ela permite a flexão e extensão do antebraço em relação ao braço, bem como a rotação do antebraço e pulso. Aldillany Maria Como reconhecer a epicondilite? A epicondilite lateral ou “tendinite do tenista” é um tipo de Tendinite do cotovelo. Ela está relacionada com profissões e com práticas desportivas (dentistas, operadores de máquinas pneumáticas e arremessadores de peso). Idosos e a população em geral. Uma anamnese detalhada é a base para o correto diagnóstico da patologia. Sinais e sintomas Dor ou sensibilidade sobre o epicôndilo lateral, que se irradiam ao longo dos músculos extensores, podendo ser insidiosa ou repentina, a depender do estímulo causal. Dor que se agrava aos pequenos movimentos do cotovelo, podendo incomodar e prejudicar a realização de atividades comuns, como escovar os dentes, abrir uma porta, escrever, levantar um copo cheio, fazer a barba. Exame físico O paciente apresenta uma dor localizada à palpação da origem dos extensores. Teste de Cozen O teste é realizado com o cotovelo fletido em 90º e o antebraço em pronação. Pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho, contra a resistência do examinador. O Teste positivo: quando o paciente refere dor no epicôndilo lateral. Teste de Mill É realizada uma flexão de cotovelo a 90° e uma flexão da articulação do punho, com a extensão das falanges. Feito isso, realiza-se uma resistência, para que o paciente realize a extensão. O teste é positivo quando o paciente refere dor na região do epicôndilo lateral. Aldillany Maria Teste para epicondilite medial O paciente mantém o cotovelo fletido a 90 graus e o antebraço em supinação. Solicita-se a realização da flexão do punho contra a resistência exercida pelo examinador enquanto palpa-se o epicôndilo medial. O teste é positivo quando o paciente refere dor em epicôndilo medial. Síndrome do Túnel do Carpo: diagnósticos clínicos A STC é a mais frequente das síndromes compressivas e é definida pela compressão e/ou tração do nervo mediano ao nível do punho. Etiologia Na grande maioria dos casos, a STC é dita idiopática. Podem estar associadas às atividades laborais. Sinais e sintomas Os sinais e sintomas podem variar, porém, na maioria dos casos tem início insidioso, ou seja, são negligenciados pelo paciente Parestesia (sensação de formigamento). A dor se agrava no período noturno, chegando a ser insuportável em alguns casos. Exame físico Teste de Tinel É realizada a percurssão dos três nervos (N. mediano, N. Ulnar, N. radial), percute-se o nervo do mais distal para o proximal. O teste é positivo quando desencadeia sensação desagradável de choque, formigamento, irradiado distalmente. Teste de Phalen O examinador solicita ao paciente que este realize uma compressão carpal, mantendo os punhos fletidos por 1 minuto. O sinal é positivo quando há sensação de formigamento ou dor. Teste de Phalen invertido O paciente aproxima as palmas das mãos. Aldillany Maria Inspeção e palpação das mãos – identificação das principais afecções dessa região Inspeção Observe a posição das mãos em movimento e verifique se os movimentos são uniformes e naturais. Os dedos devem estar discretamente flexionados. As bordas das unhas devem estar em paralelo, quando emrepouso. Inspecione cuidadosamente as superfícies palmar e dorsal do punho e da mão à procura de edema supraarticular (ARTRITE). Verifique se existe alguma deformidade do punho, da mão ou dos ossos dos dedos, assim como qualquer angulação. Observe os contornos da palma da mão, a saber, as eminências tenar e hipotênar (S TÚNEL do CARPo). Verifique se existe espessamento dos tendões flexores ou contraturas em flexão nos dedos das mãos. Aumentos de volume nessa região (tumores e tumorações); Coloração da pele, cicatrizes, hematomas, equimoses, flictenas, ferimentos. Palpação Palpe no punho as partes distais do rádio e da ulna, nas superfícies lateral e medial. Depois, palpe o sulco de cada articulação do punho mantendo os seus polegares no dorso do punho e os outros dedos por baixo dele. Verifique se há edema, empastamento ou hipersensibilidade. Palpe o processo estiloide do rádio e a tabaqueira anatômica, uma depressão imediatamente distal ao processo estiloide do rádio, formada pelos músculos abdutores e extensores do polegar. Palpe os oito ossos do carpo, os cinco metacarpos e as falanges proximal, média e distal. Palpe qualquer região suspeita de anormalidade. Palpe as faces medial e lateral de cada articulação interfalangiana proximal - IFP entre seu polegar e indicador, procurando tumefação, empastamento, hipertrofia óssea e dor à palpação. Região do processo estilóide do rádio (tendões abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar). Região lateral ao tubérculo de Lister do rádio (tendões extensor radial longo e curto do carpo). Borda ulnar da tabaqueira anatômica (extensor longo do polegar). Ulnar ao compartimento 3 e imediatamente radial à articulação. Radioulnar (extensor comum dos dedos e o extensor próprio do indicador). Região da articulação radioulnar distal (tendão extensor próprio do dedo mínimo) medialmente à articulação radioulnar distal, posterior à cabeça da ulna (tendão extensor ulnar do carpo). Na região ventral, avaliar o: flexor ulnar do carpo, flexor radial do carpo (com contra-resistência), palmar longo, eminência tenar e hipotenar e túnel do carpo. Na palpação óssea o no rádio: processo estilóide, tubérculo de lister e tabaqueira anatômica; o na ulna: processo estilóide; o ossos do carpo, metacarpo e falanges Aldillany Maria Artrite e artrose: como diferenciá-las? Artrose e artrite acometem mais adultos com mais de 65 anos (idosos), mas também pode se desenvolver em crianças, adolescentes e adultos mais jovens. Também são mais comuns em mulheres do que em homens e afetam mais aqueles que estão acima do peso. Questões genéticas também estão relacionadas. Artrose: articulação mais degenerada, mais desgastada, devido à perda de algumas substâncias presentes na cartilagem, como a água e o colágeno. Artro: vem de articulação. Ose: vem de degeneração. O desgaste normal da cartilagem causa a Artrose (Osteoartrite – OA). Com o passar da idade, ela é mais frequente na mão, no joelho, na coluna e no quadril. Artrite: causa inflamação na articulação, tornando-a mais inchada (edema), mais vermelha e mais quente. Artro: vem de articulação. Ite: vem de inflamação. Uma redução na quantidade normal da cartilagem causa algumas formas de artrite. Traumas, infecção, lúpus, gota e artrose (a causa mais comum de artrite). Artrite vs artrose nas mãos Artrite Artrose A rigidez é mais persistente. Há inflamação. Associada aos sinais flogísticos: dor, calor e edema, rubor. Desvio cubital. Afeta múltiplas articulações. A dor ocorre principalmente nas articulações interfalangianas distais (mais próximas das unhas). Nódulos de Heberden. Nódulos de Bouchad (nódulos nas articulações interfalangianas proximais). Rigidez fugaz, mais frequente pela manhã (após repouso). A artrose afeta freqüentemente as articulações dos dedos e o polegar, bem como os joelhos. Aldillany Maria
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