Prévia do material em texto
SEMIOLOGIA IV – OSTEOARTICULAR URINÁRIO Laura Soares TUDO EM VERDINHO TEM CHANCE DE CAIR! 1 Osteoarticular ANAMNESE Identidade Sexo Mulher: AR, LES Homens: Espondilite anquilosante, gota Artrose primária – variações clínicas Raça AR: mais em brancos que negros Doença de Behçet e Kawasaki: mais comum em amarelos. Kawasaki é uma doença que acomete mais crianças com quadro febril, lindonodomegalia, rash cutâneo e comprometimento vascular coronariano. Behçet também é uma vasculite com comprometimento muco-cutâneo Idade MR: crianças e jovens AR: crianças e adultos EA: jovens Gota: qualquer idade e após menopausa. É mais prevalente no sexo masculino Dermatomiosite: mais severa na criança. Faz parte do complexo das polimiosites Profissão Cotovelo de tenista: epicondilite lateral Epitrocleisite de golfista: epicondilite medial ESP (Esclerose Sistêmica Progressiva): indivíduos que manipulam polivinil Sedentarismo: lombalgia História mórbida atual Dor articular: avaliar intensidade, irradiação, ritmo, localização anatômica, caráter, padrão de envolvimento (número de articulações – mono, pauci/oligo, poliarticular (MR); simetria (AR) ou assimetria (MR); aditividade – várias articulações sendo afetadas, ou migratoriedade – passou de uma articulação para outra e a primeira deixa te ser sintomas) ciclo Edema: artrite (presença de sinais flogísticos), artralgia (dor articular). Ver se é articular ou justa-articular Limitação de movimento: tempo e extensão Rigidez matinal: duração X atividade da doença Fraqueza: miopatia X neuropatia Miopatia: fraqueza proximal; de origem muscular Neuropática: História mórbida pregressa Litíase urinária: gota AVC ou IAM: síndrome ombro-mão Dor de garganta: MR Uretrite blenorrágica: artrite gonocócica História mórbida familiar: nódulos de Heberden (são hipertrofias ósseas das falanges distais que ocorre nas artroses; mais comum em mulheres), EA, LES, MR Outros problemas atuais Psoríase cutânea: artrite psoriática Nódulos: AR Tofos: artrite gotosa Sintomas oculares: secura nos olhos (xeroftalmia), conjuntivite, irite Lesões muco-cutânea 4 ID Sexo Idade HMA Dor articular x extra Aditiva x migratória HMP Litíase urinária: gota Limitação do movimento Mono x poli Aguda x crônica Rigidez matinal tempo Uretrite blenorrágica: artrite gonocócica Raça Profissão Presença de sinais flogísticos Simétrica x assimétrica Mãos e Punho 1.Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manaobras especiais Manobra de Finkelstein + na Tenossinovite De Quervain Manobras de Phalen Sd. do túnel do carpo (mediano) Manobra de Tinnel Sd. do túnel do carpo (mediano) Exame físico - MMSS MÃOS E PUNHOS INSPEÇÃO :Nódulos proximais de Bouchard e Nódulos distais de Heberden presentes na artrose Punho – flexão, extensão, desvio ulnar e PALPAÇÃO: Palpar interfalange proximal e distal. Palpar articulação metacarpofalangeana – edema em artrite reumatóide. Já na artrite reumatóide (AR) observamos artrite em interfalangeanas proximais. MOVIMENTAÇÃO: Flexão, extensão, desvio ulnar e radial, abdução, adução. SINAIS E MANOBRAS: Considere atrofia tênar na compressão do nervo mediano (Sd. Túnel do carpo) Cisto Sinovial = aumento de volume cístico originário da cápsula articular, que ocorre no dorso do punho. Contratura de Dupuytren = aponeurose palmar se torna expessada, promovendo c o n t r a t u r a e m f l e x ã o d a metacarpofalangeana, principalmente no 3º,4º e 5º dedos. Tenossinovite Estenosante (ou de De Quervain) = processo inflamatório do tendão do abdutor longo e extensor curto do polegar, que ocasiona aparecimento de dor junto ao processo estilóide do rádio. É detectado pela Manobra de Finkelstein, na qual o paciente fecha o punho e o examinador procede ao seu desvio ulnar, promovendo o aparecimento de dor sobre o processo estilóide do rádio 5 Cotovelo 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais Cotovelo de golfista (interno) e cotovelo de tenista (externo) EXAME FÍSICO - MMSS INSPEÇÃO:Face extensora da região ulnar – nódulos Reumatóides/Nódulos Subcutâneos PALPAÇÃO: Processo olecraniano – bursite Epicôndilos medial e lateral – epicondilite MOVIMENTAÇÃO: F l e x ã o , e x t e n s ã o , pronação, supinação do antebraço. Peça para flexionar e estender os cotovelos e fazer supinação e pronação do braço 6 EXAME FÍSICO - MMSS Ombro 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais Manobra do Arco Doloroso INSPEÇÃO: Sinal da dragona PALPAÇÃO: Palpar art. acromioclavicular – cruzar os braços – adução. Palpar bursa subacromial e subdeltoide – tracione o ombro posteriormente, palpando região anterior ao acrômio e a Bursa subdeltoide. Manguito rotador – tracione o ombro para trás e palpe a cabeça do úmero na inserção do tendão do SITS MOVIMENTAÇÃO: Flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa. Peça para erguer os braços ao nível do ombro, com as palmas das mãos para baixo – evidencia restrições da art. glenohumeral. Peça para erguer os braços verticalmente acima da cabeça, até as palmas se encostarem. Colocar ambas as mãos atrás do pescoço – abdução e rotação externa – limitação ocorre em artrite e bursite Colocar ambas as mãos em região lombar – adução e rotação interna – limitação ocorre em artrite e bursite – avalie se o paciente consegue erguer e manter o braço ao nível do ombro. Tendão e goteira biciptal – Faça a rotação externa do úmero e palpe a goteira biciptal e o tendão que nela está inserido. MANOBRAS: Manobra do arco doloroso = avalia tendinite do supraespinhoso 7 EXAME FÍSICO - mmii Pés e Tornozelo 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais INSPEÇÃO: Nodulações PALPAÇÃO: Palpar articulação do tornozelo, ligamentos e tendão de Aqui les, ar t iculações metatarsofalangeanas.Esporões = ocorrem na inserção da aponeurose no calcâneo, devido a reações inflamatórias e trauma. MOVIMENTAÇÃO: Art. tibiotalar – flexão dorsal e plantar do pé. Art. subtalar – inversão e eversão do pé. Art. transversa do tarso – inversão e eversão da porção anterior do pé. Art. metatarsofalangianas – flexão dos artelhos em relação ao pé. F l e x ã o e e x t e n s ã o (tornozelo), inversão e eversão (pé). MANOBRAS: SINAIS: Pé chato ou valgo-plantar = ocorre abaixamento do arco longitudinal. Pé cavo = ocorre elevação do arco longitudinalPé equino = contratura do pé em flexão plantar, frequentemente por contratura do tendão de Aquiles. Hallux-valgus ou joanete = desvio anormal lateral do primeiro dedo resultando em uma angulação anormal e em rotação da primeira metatarsofalangiana. Dedo em Martelo = hiperextensão da metatarsofalangiana e flexão da interfalangiana proximal. Neurinoma Interdigital ou de Morton = aumento fusiforme de volume terceiro e quarto metatarsiano, sendo mais comum em mulheres. Síndrome do Túnel Tarsiano = sensação de queimação dos pés e fraqueza da musculatura intrísica dos mesmos. Ocorre por compressão do nervo tibial posterior ao passar sob o retináculo dos flexores, ao nível do maléolo medial. Hallux-valgus ou joanete = desvio anormal lateral do primeiro dedo resultando em uma angulação anormal e em rotação da primeira metatarsofalangiana. Dedo em Martelo = hiperextensão da metatarsofalangiana e flexão da interfalangiana proximal. Neurinoma Interdigital ou de Morton = aumento fusiforme de volume do nervo interdigital com dor em quimação, geralmente entre o terceiro e quarto metatarsiano, sendo mais comum em mulheres. 8 EXAME FÍSICO - mmii Joelho 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais Tecla rotuliana McMurray Gaveta Patrick Joelho Flexão, extensão, rotação interna e externa. Inspecione a marcha, alinhamento dos joelhos e contornos dos joelhos. INSPEÇÃO: edema, cistos, nodulações, desvios - Genu varum e genu valgum (lembre-se: quem é valgo não cavalga!) PALPAÇÃO: palpe a patela (edema da bursitepré-patelar – edema suprapatelar na sinovite e artrite – edema em região infrapatelar na artrite). Inspecione e palpe o côndilo femoral medial (bursite) Inspecione e palpe a superfície poplítea (Cisto de Baker) Palpe o tendão patelar e peça ao paciente para estender a perna (ocorre dor ou incapacidade para estender a perna na lesão do tendão patelar). Pressione a patela contra o fêmur, pedindo ao paciente para contrair o quadríceps (dor e crepitação sugerem desgaste da superfície inferior da patela, que se articula com o fêmur). Joelhos flexionados em 90 graus – palpar meniscos lateral e medial e ligamento colateral medial e colateral lateral. Palpe a bursa suprapatelar em busca de espessamento ou edema. MANOBRAS: Procure por derrame articular – sinal do abaulamento – sinal da tecla rotuliana – rechaço da patela. Ligamento colateral medial – teste de abdução forçada. Ligamento colateral lateral – teste de adução forçada. Ligamento cruzado anterior – sinal da gaveta anterior. Ligamento cruzado posterior – sinal da gaveta posterior Sinal da Gaveta = aparece na ruptura dos ligamentos cruzados, anterior e posterior. Teste de Patrick = com o paciente em decúbito dorsal, posicionar o tornozelo sobre o joelho oposto e movimentar lentamente o joelho testado em direção a superfície da mesa. Teste da Fabere = com os joelhos fletidos a 90º, fazer a abdução e a rotação externa do quadril, bilateralmente, medindo a distância entre os joelhos. Teste de McMurray = em decúbito dorsal, uma mão do examinador fixa o joelho do paciente, fletido a 90º, e a outra prende o tronozelo, realizando rotação interno e externa e movimentação para frente e para trás; a meniscopatia manifesta-se pela dor desencadeada pelo teste. Cisto de Baker = aumento de volume da bursa semimenbranosa medial, que aparece como uma formação globosa na fossa poplítea. O cisto possui comunicação com a articulação do joelho, havendo nesta comunicação uma válvula que permite a passagem de líquido em um único sentido, do joelho para o cisto. 9 Exame físico - mmii Quadril 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais FABERE LASEGUE INSPEÇÃO: Inspecione a marcha observando o apoio dos pés no solo (apóio do calcanhar → a p l a i n ame n t o d o p é → b a l a n ç o intermediário → fase de impulso) e o balanço (quando o pé move-se para a frente e não suporta o peso do corpo). Alargamento da base (doença cerebelar ou problemas nos pés) PALPAÇÃO: Palpe o ligamento inguinal (hérnias, aneurismas) – bursa ileopectínea (lateral ao pulso femoral) – bursa trocantérica (acima do trocanter maior) – Bursa isquioglútea (acima da tuberosidade isquiática). MOVIMENTAÇÃO: flexão – extensão – abdução – adução – rotação interna e externa. “ F A B E R E ” MANOBRAS : Teste do Thomas = com o quadril completamente fletido e a pelve estabilizda, observar se há contratura em flexão do quadril contralateral. Manobra de FABERE = É um teste de triagem para doenças do quadril. O quadril é flexionado, abduzido e rotação externa. Normalmente, a perna lateral deve ser capaz de se apoiar sobre ou próximo a mesa de exame com o cpé contra o joelho oposto. Meralgia Parestésica = neuropatia de compressão do nervo cutâneo lateral da coxa, ao passar pela fascia da porção superior da mesma. Teste de Lasegue = O examinador faz a extensão do membro inferior do paciente, avaliando em qual angulação a dor, irradiada da coluna vertebral para o membro examinado, se inicia. Indica compressão radicular lombar. 10 Exame físico - axial Coluna vertebral 1. Inspeção 2. Palpação 3. Movimentação ativa/ passiva 4. Manobras especiais Spurling – compressão radicular cervical Teste de Schober – EA INSPEÇÃO: cifose, escoliose e lordose.Procure por assimetrias entre os ombros, cristas ilíacas e nádegas. PAPLPAÇÃO: Palpe o processo espinhoso de cada vértebra – articulação sacroilíaca (sacroileíte) – músculos paravertebrais (espasmos na vigência de inflamação, doenças degenerativas e postura anormal) – nervo ciático (entre o trocanter maior e a tuberosidade isquiática). MOVIMENTAÇÃO: movimentos no pescoço e coluna (flexão – extensão – rotação – inclinação lateral). MANOBRAS: Manobra de Spurling = inclina-se a cabeça para o lado dos sintomas, aplicando-se pressão no ápex. Se ocorrer agravamento da cervicobraquialgia, a manobra é positiva. Manobra de Lasègue = testa pinçamento de raiz nervosa em coluna lombar. Fazendo-se a extensão do membro, com o paciente deitado. Teste de Schober = avalia a flexibilidade lombar. São feitas duas marcas verticalmente a partir do bordo superior do sacro, separadas pela distância de 10 cm. O paciente é instruído a inclinar-se Teste de Spurling = O pescoço é extendido e rodado em direção ao o m b r o a f e t a d o enquanto se exerce uma compressão axial na coluna cervical. Indica compressão radicular cervical. 11 Dor articular ou extra-articular? Deformidades Simetria do envolvimento articular – em um ou em ambos os lados do corpo Alterações dos tecidos adjacentes Limitações na amplitude dos movimentos Diminuição de força muscular Sinais de inflamação e artrite – edema, calor, dor e rubor 12 14 ARTRITE AGUDA 1. ARTRITE INFECCIOSA Artrite Séptica Monoartrite + febre (alta; com prostração) joelho, coxofemoral pode evoluir para sepse Germes mais comuns são Gram + : S. aureus, Pneumococo Artrite pós gonocócica Monoartrite Poliartrite migratória Dermatite Perihepatite (síndrome de Fitz-Hugh e Curtis) Artrite por doença infecciosa crônica: Tb, MH ,Brucelose 2. PSEUDOGOTA - cristais diferentes dos cristais da gota Homens idosos após stress agudo Monoartrite (joelho ou podagra) Condições associadas: Hiperparatireodismo, Hipotireoidismo, Hemocromatose, Gota, Doença de Wilson Diagnóstico: líquido sinovial e Rx (condrocalcinose) 15 ARTRITE AGUDA 3. GOTA Depósito tissular de cristais de monourato de sódio ( elevado nível sérico de Ac. Urico) Homens jovens Assintomático/dor intensa, geralmente durante a madrugada, febre Monoarticular metatarso do pé (podagra), joelho (bonagra) ou punho (quinagra) Presença de Tofos acúmuno de monourato na articulação Etiologia: Primária: apresenta componente genético Secundária: alimentação inadequada, estresse, abuso de álcool, linfoma, mielofibrose, hiperurecemia como IR Exames Complementares Cristais no líquido sinovial Ácido úrico sérico-valor limitado RX Erosões ósseas-doença crônica Exclusão de outras doenças-condrocalcinose 16 18 OSTEARTROSE Doença articular Grupo de risco: idosos, obesidade, trauma, atividades ocupacionais repetitivas e história familiar. Acomete Interfalangeanas proximais, distais e primeira carpometacárpica – rizartrose) Características: dor crônica piora na movimentação restrição ao movimento crepitações e instabilidade articular 19 21 MONO/OLIGOARTRITE INFLAMÁTORIA CRÔNICA Assimétrica 1. Artrite psoriática Psoríase cutânea Oligoartrite Assimétrica Poliartrite simétrica Sacroileíte, I.F.D. 2. Artrite reativa ou pós infecção Síndrome de Reiter Se manifesta semanas após uretrite não gonocócica (ex: Chlamydia tracomatis) ou infecção entérica Maioria auto limitada – 6 meses Assimétrica – joelho, tornozelo e pés 3. Espondilite anquilosante Doença AI Homens > mulheres Lombalgia Índice de schober Estão dentro da espondiloartropatia (doenças com sintomas e app comum) / soronegativas Artropatia axial crônica. •Homens>mulheres(3:1) •Quadro Clínico: ✓Dor e rigidez lombar (Doença de Behçe, Doença de Kawasaki, Arterite temporal 3. Dermatomiosite Sinal de Gottron e heliotropo Esclerodermia proximal-dorso das mãos Esclerodactilia Cicatrizes nas polpas digitais Fibrose pulmonar bibasal • S. de Sjögren 24 POLIARTRITE INFLAMATÓRIA CRÔNICA simétrica 4. Síndrome de Sjögren Doença AI Infiltração inflamatória das glândulas exócrinas Glândulas lacrimais (olho seco) Teste de Schimer Glândula salivares (boca seca) Aumento da parótida 5. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) Doença AI Mulheres 9:1 Manifestações extra-articulares: SNC: quadros psicóticos, convulsões, encefalites Cardíaco: pericardite, endocardite subaguda de Libman-Sacks (ocorre por deposição de complexos Ag-Ac nas superfícies valvares, gerando a endocardite) Pulmonar: pleurites, pneumonites, fibrose intersticial pulmonar, derrame pleural Renal: Depósitos de complexos Ag-Ac nos glomérulos biópsia renal Teste de schimer : visa avaliar aprodução normal das glândulas lacrimais, utilizando uma fita que é colocada na pálpebra inferior. Depois de 5 min a parte umedecida do papel é medida 1h Piora com o repouso MICRO FRATURAS Osteoporose Fragilidade óssea Predispondo à fratura de quadril, vértebras e ossos longos Fatores de risco Dieta pobre em cálcio ou doenças disarbsortivas Sedentarismo Menopausa/ gravidez / amenorréia Alcoolismo 32 Osteoporose Normalmente assintomática Dor efeito compressivo em coluna vertebral Deformidades principalmente em coluna vertebral DX exame complementar RX Densitometria Ossea - Escore T: adultos jovens sadios (mais úteis na previsão de risco de fraturas) - Cada 1 desvio padrão da D.M.O. abaixo da média dobra o risco de fratura 33 SINOVITE membran sinovial Entesopatia êntese é a zona de transição anatômica cm que tendões, ligamentos e cápsula 34 DOENÇAS OSTEOARTICULARES 35 ARTRITE MONOATICULAR POLIARTICULAR Aguda Crônica (>6 semanas) Trauma Deposição de cristais Séptica TB/Lyme/ fungos Acometimento sistêmico? Padrão Inflamatório? Doenças difusas do sist.conjuntivo Osteoartrite Acometimento periférico? Artrite reumatoide Acomentimento axial? Artrites soronegativas Urinário 36 Anamnese Manifestações gerais: Astenia, náuseas, vômitos, anorexia, anemia e irritabilidade neuromuscular. Manifestações das doenças do sistema urinário: Alterações da micção e do volume Alterações da cor da urina Dor Edema Febre e calafrios. Uma boa história clínica é a principal chave para o diagnóstico das doenças do sistema urinário. Cumpre ressaltar, de início, que uma parte dos pacientes com lesão renal apresenta queixas que não guardam relação direta com os rins ou com o trato urinário. É o que acontece nas afecções nas quais este órgão vai sendo lesado insidiosamente até surgir grave deterioração da funç.ão renal. Surgem, então, as mais , incluindo Em contrapartida, os pacientes costumam atribuir aos rins sintomas que não decorrem de lesões do sistema urinário, estando nesta situação a dor lombar, por alterações da coluna vertebral; a poliúria, por hiperglicemia; e a hematúria, por distúrbio na coagulação do sangue. 37 Exame físico 1. Inspeção Paciente sentado Abdome, dos flancos e das costas 2. Palpação Decúbito dorsal Bimanual Normalmente não palpável Se palpável adultos ou crianças magros no polo inferior do lado direito ou AUMENTO DE VOLUME RENAL (hidroneforse, neoplasia, cistos) ou DESLOCAMENTO RENAL Sensibilidade dolorosa 3. Percussão “Punho-percussão“ ângulo costo vertebral 4. Ausculta abdominal Sopro estenose de artérias renais A palpação dos rins é feita com o paciente em da seguinte maneira: enquanto uma das mãos procura explorar os quadrantes superiores do abdome, a outra mão, espalmada, "empurra'' o flanco correspondente de baixo para cima, na tentativa de trazer o rim para uma posição mais anterior (palpação l). Em pessoas magras, o polo inferior do rim direito (normal) pode ser palpado na inspiração, o que, geralmente, não acontece com o rim esquerdo. Tendo em conta suas características anatômicas, especialmente sua localização retroperitoneal, é fácil compreender que os rins normais são praticamente inacessíveis à palpação. Entretanto, o polo inferior pode ser palpável em crianças e em adultos magros com musculatura abdominal delgada (Figura 133.4). Quando os rins estão aumentados, é possível palpá-los e, até mesmo, percebê-los à inspeção, se o aumento for muito grande, principalmente em crianças, ou no caso de rins policísticos em adultos. Nestes casos, percebe-se abaulamento do flanco. Rins facilmente palpáveis denotam, em geral, aumento de volume (hidronefrose, neoplasia ou cistos) ou pelo fato de serem anormalmente móveis (ptose renal), ou, ainda, por estarem deslocados por neoplasias retroperitoneais. Em geral, o aumento de ambos os rins decorre de doença policística ou de hidronefrose bilateral. Durante a palpação dos rins, é necessário avaliar a sensibilidade renal. Muitas vezes, a compressão com as pontas dos dedos pode ser suficiente para despertar dor. É necessário lembrar-se de fazer a punho-percussão do ângulo costovertebral, formado pela borda inferior da 12a costela e apófises transversas das vértebras lombares superiores (Figura 133.4). O aparecimento de dor à compressão ou à punho-percussão sugere infecção renal, mas pode ser de origem musculoesquelética. 38 Exame físico Exame dos ureteres Palpação profunda parede abdominalanterior Pontos ureterais Se dolorosos comprometimento do trato urinário alto Superior Inferior Exame da bexiga Palpação Vazia não é palpável hipersensibilidade na área suprapúbica , é possível determinar dois pontos dolorosos quando existe infecção ou obstrução dos ureteres. O superior fica na parte média dos quadrantes superiores direito e esquerdo, e o inferior, nas fossas ilíacas direita e esquerda, próximos à região suprapúbica. A reação dolorosa à palpação profunda destes chamados "pontos ureterais" tem significado diagnóstico, especialmente quando são identificados outros dados sugestivos de comprometimento do trato urinário alto. • Exame da bexiga A bexiga , porém pode haver ao se fazer a palpação. Retenção urinária aguda ou crônica, levando à distensão vesical, pode ser percebida por inspeção, palpação e percussão da região 882 suprapúbica. Se houver retenção urinária, observam-se reação dolorosa intensa e ocorrência de um abaulamento no hipogástrio. Apalpação, observa-se massa lisa e firme na linha média (globo vesical). Em mulheres, o esvaziamento vesical por cateterismo poderá ser necessário para o diagnóstico diferencial com cisto do ovário. 39 ITU Sintomática: ocorre quando o paciente refere algum tipo de sintoma como disúria, polaciúria, urgência miccional, dor suprapúbica. Assintomática: quando ocorre bacteriúria significativa (crescimento de mais de 100.000 UFC/mL), na ausência de sintomas, em pelo menos duas amostras de urina Complicada: associada a alterações estruturais do trato urinário ou infecção urinária na mulher grávida Não-complicada: infecção urinária em mulheres jovens, sem fatores complicantes DX é clínico Exame complementar parcial de Urina e urocultura Leucocitúria Nitrito + > 100.000 UFC/mL ou menor quando associada a sintomas e piúria. quando positivo indica presença de bactérias produtoras de nitrato redutase na urina. 40 itu Baixa Cistite, uretrite, prostatite ou epididimite. Sem repercussão sistêmica Alta Pielonefrite aguda, pielonefrite subaguda e abscessos renais ou perirrenais. Com repercussão sistêmica (febre, comprometimento geral) risco de sepse Hemograma alterado DNE Não cursa com polaciúria 41 Síndromes Nefrítica Hematúria Hipertensão arterial Edema generalizado Cilindros hemáticos e proteinúria Causas: Glomerulonefrite aguda pós-estreptocócica, púrpura de Henoch-Schönlein Nefrótica Proteinúria superior a 3,5 g/dia Hipoalbuminemia: