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CASO CLÍNICO 17.1 – TRAUMATISMO DE FACE Introdução caso clínico 17.1: Fratura do ramo da mandíbula e hemorragia interna por lesão da artéria maxilar esquerda. Estava dispneico, e PA = 80 x 60 mmHG sendo indicada a ligadura da artéria carótida externa esquerda para diminuir o sangramento. Posteriormente foi encaminhado ao cirurgião bucomaxilar. Vascularização de cabeça e pescoço: Dois sistemas são responsáveis pela vascularização da cabeça: sistema vertebro-basilar que é a junção das artérias vertebrais e o sistema carotídeo que começa na carótida comum, porém na altura de C4 ocorre uma bifurcação da artéria carótida comum (gera carótida externa e interna); Vasos arteriais ascendem do vaso da aorta. Tronco braquicefálico que dicotomiza e da origem a subclávia esquerda (membro superior) e a carótida comum esquerda (pescoço) – acontece no lado direito também. Da subclávia direita forma-se a artéria vertebral. A carótida comum direita também dicotomiza formando a carótida externa (vai para face) e a carótida interna (ascendo no crânio). Depois a formação da artéria carótida externa, ocorrem suas ramificações: artéria facial, maxilar, lingual e tireoide superior. A artéria facial é responsável pela vascularização da região superficial da face. Já a maxilar vasculariza a região profunda da face. A artéria maxilar emite vários ramos colaterais e um terminal, supre a irrigação das regiões profundas da face, inclusive dos dentes superiores e inferiores. Desses ramos, 4 são os mais importantes: artéria meníngea média (3 – ascende pela região temporal), artéria alveolar inferior (4 – responsável por vascularizar os dentes e alvéolos dentários mandibulares), artéria infraorbital (13 – ramo de tecidos moles e ramo 14, artéria alveolar superior anterior) e artéria esfeno- palatina (15). Artéria Meníngea Média vai emergir de um espaço delimitado pelo osso temporal e dura- máter. Vasculariza a região temporal e parietal. Emerge pelo PTÉRIO (lateral – ponto de fragilidade óssea junção de 4 ossos). Artéria esfenopalatina percorre um trajeto antes de atingir seu objetivo, ela chega a cavidade nasal através da fossa ptericoidea. Manda um ramo para a região anterior do nariz. Uma continuidade pela passa o forame incisivo e após, juntamente com a artéria palatina maior, ela executa a vascularização do palato duro. Os ramos posteriores da carótida externa são: artéria faríngea ascendente (irriga a faringe), artéria occipital (vascularização do couro cabeludo e de músculos posteriores a região da orelha) e artéria auricular posterior (localizado profundamente a glândula parótida, passa entre a orelha externa e interna, o processo mastoideo, e vasculariza parte da orelha externa, células mastoideas e um ramo parte para contribuir na ATM). A artéria carótida externa termina na artéria temporal superficial. Esta ascende lateralmente até a região superior do crânio. Se divide em ramo frontal e ramo parietal, se direcionando a esses respectivos ossos. Essa artéria também é um local possível de se medir o pulso cardíaco. Todas as artérias possuem uma veia correspondente: veia facial, veia tireóidea superior, veia maxilar, veia occipital... Drenagem venosa não é muito diferente. Veia maxilar, temporal superficial e auricular superior são drenadas para a veia RETRO-MANDIBULAR. A veia facial também se une a essa e forma um tronco levando para a veia JUGULAR INTERNA toda essa drenagem. Já a veia tireoide superior à vai se unir a jugular interna sozinha e posteriormente. Ao lado da jugular interna é possível visualizar a jugular externa. Essa é formada por uma anastomose venosa de duas veias posteriores: ramo da veia auricular posterior com um ramo da reto-mandibular. Depois do conteúdo venoso ser drenado para as jugulares, a externa vai para a subclávia e a interna para a braquiocefálica. Considerações: ESTENOSE/OCLUSÃO CAROTÍDEA acúmulo de placas de ateroma na luz do vaso da carótida, artéria vertebral que vai compensar esse bloqueio da carótida interna, por exemplo. Fluxo de sangue chega pelo sistema vertebro-basilar e não pelo carotídeo. ANASTOMOSE ANGULAR essa é um ponto onde a artéria oftálmica (ramo da carótida interna) e a artéria angular (ramo da carótida externa) passam por uma anastomose. Vasos mais superficiais se comunicam com outros no interior do crânio, assim, ao espremer uma espinha ou cravo, uma substância infectante pode chegar a seios ou meninges e provocar problemas – trígono perigoso.