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25 - DigestArio baixo


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ANATOMIA DO TRATO 
DIGESTÓRIO BAIXO
INTESTINO DELGADO
- Formado pelo duodeno, jejuno e íleo;
- Principal local de absorção de nutrientes.
FUNÇÕES:
- Digestão química do quimo;
- Transformação em quilo;
- Absorção de nutrientes;
- Produção de hormônios;
- Produção do suco entérico.
DUODENO:
- Aproximadamente 25cm;
- Trajeto em formato de C ao redor da cabeça do 
pâncreas;
- Início no piloro e fim na flexura duodenojejunal;
- Rico em pregas circulares largas e numerosas;
- A maior parte do duodeno está fixada pelo peritônio a
estruturas na parede posterior do abdome, e é
considerado parcialmente retroperitoneal.
DIVISÃO DO DUODENO:
• SUPERIOR:
• Não possui pregas;
• Presença da ampola duodenal: neutraliza o pH do quimo;
• Ligamento hepatoduodenal: fixa-o superiormente ao 
omento menor;
• Fixado ao omento maior inferiormente.
• DESCENDENTE:
• Porção onde chegam os ductos colédoco, pancreático e 
pancreático acessório;
• Ampola hepatopancreática (de Vater);
• Papila maior: colédoco e pancreático;
• Papila menor: pancreático acessório;
• Totalmente retroperitoneal.
• HORIZONTAL/INFERIOR:
• Segue transversalmente para a esquerda;
• ASCENDENTE:
• Une-se ao jejuno pela flexura duodeno jejunal.
JEJUNO:
• Ocupa a área central média do abdome;
• Comprimento total de 2,5m;
• Suspenso no abdome pelo mesentério;
• Pregas circulares estreitas e abundantes;
• Começa na flexura duodenojejunal, onde o
sistema digestório volta a ser
intraperitoneal.
ÍLEO:
• Ocupa a área central inferior do abdome;
• Alça de transição e papila ileal;
• 3,5m;
• Suspenso no abdome pelo mesentério;
• Pregas circulares largas, rasas e escassas;
• Local de absorção dos sais biliares.
INTESTINO GROSSO
- Local de absorção da água e dos resíduos 
indigeríveis do quimo líquido;
- Formação de fezes semissólidas, armazenadas e 
acumuladas;
- Formado por ceco, apêndice vermiforme, cólons, 
reto e canal anal.
Diferenças anatômicas entre Intestinos Grosso e
Delgado:
- HAUSTROS: dilatações que formam as curvaturas
do intestino grosso;
- APÊNDICES OMENTAIS ou EPIPLOICOS: projeções
pequenas, adiposas, semelhantes ao omento, cujas 
funções são apenas de proteção e reserva de 
energia;
- TÊNIAS DO COLO: faixas longitudinais de músculo 
liso;
- DIÂMETRO: é maior no intestino grosso.
- Os haustros e as tênias estão diretamente
relacionados com uma maior mobilidade do 
intestino grosso.
CECO:
- Primeira parte do intestino grosso;
- Contínuo com o colo ascendente;
- Fossa ilíaca do quadrante inferior direito;
- Não possui mesentério;
- Apresenta a papila ileal: válvula unidirecional que 
impede o refluxo do ceco para o íleo.
APÊNDICE VERMIFORME:
- Divertículo intestinal cego;
- Contém massa de tecido linfoide;
- Fixado pelo mesoapêndice;
- Geralmente é retrocecal.
COLOS:
- Dividido em 4 partes que se sucedem formando 
um arco;
- Circunda o intestino delgado;
- Transforma o quilo em fezes.
1) COLO ASCENDENTE:
- Segue para cima na margem abdominal direita;
- Até a FLEXURA DIREITA (HEPÁTICA);
2) COLO TRANSVERSO:
- Parte mais longa e mais móvel do intestino 
grosso;
- Vai até a FLEXURA ESQUERDA (ESPLÊNICA);
- Fixo pelo mesocolo transverso;
- Posição variável, geralmente pendendo até o 
nível do umbigo (em altos e magros, pode 
estender-se até a pelve).
3) COLO DESCENDENTE:
- Parcialmente retroperitoneal;
- Contínuo com o colo sigmoide.
4) COLO SIGMOIDE:
- Une o colo descendente ao reto;
- Fixado pelo mesocolo sigmoide.
RETO:
- Parte terminal fixa do intestino grosso;
- Posição retroperitoneal e subperitoneal;
- Localização: região posterior da pelve;
- Função: retenção e eliminação das fezes;
PÂNCREAS
- É uma glândula acessória da digestão;
- Posição retroperitoneal;
- Situa-se atrás do estômago, entre o 
duodeno à direita e o baço à esquerda;
- Secreção endócrina: insulina e glucagon;
- Secreção exócrina: suco pancreático.
CABEÇA: circundada pela curvatura em C do 
duodeno;
COLO: face anterior é adjacente ao piloro;
CORPO: prosseguimento do colo;
CAUDA: relacionada ao baço.
DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL:
- Íntima relação com o colédoco;
- Formação da Ampola de Vater.
DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO:
- Abre-se na papila menor do duodeno;
- Em geral, comunica-se com o principal.
HISTOLOGIA DO TRATO 
DIGESTÓRIO BAIXO
DIGESTÃO DOS 
MACRONUTRIENTES NO 
TRATO DIGESTÓRIO BAIXO
CARBOIDRATOS
INTESTINO DELGADO (DUODENO)
- Com o suco pancreático e seu bicarbonato de sódio, o conteúdo vindo do estômago é neutralizado e a alfa amilase 
pancreática volta a atuar;
INTESTINO DELGADO (JEJUNO)
- Fim da digestão ocorre no epitélio mucoso do jejuno superior;
- Ação de dissacaridases e oligossacaridases;
• MALTASE rompe a MALTOSE liberando GLICOSE;
• SACARASE hidrolisa a SACAROSE liberando GLICOSE E FRUTOSE;
• LACTASE hidrolisa a LACTOSE liberando GLICOSE E GALACTOSE;
- Essas enzimas são produzidas pelas células da mucosa intestinal.
TRÊS PRODUTOS FINAIS DA DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS: GLICOSE, GALACTOSE E FRUTOSE – TODOS ABSORVÍVEIS 
PELAS CÉLULAS EPITELIAIS INTESTINAIS.
- Os monossacarídeos são absorvidos pelas células da mucosa intestinal;
- Duodeno e jejuno superior absorvem a maior parte dos carboidratos;
CARBOIDRATOS NÃO-DIGERIDOS:
- Amidos com porcentagem mais alta de amilose ou com menor hidratação (grãos desidratados) e fibras dietéticas;
- São resistentes à digestão e passam ao cólon;
- No cólon, são metabolizados pela flora bacteriana, formando gases, ácidos graxos de cadeia curta e lactato;
- Os ácidos são absorvidos pelas células e podem ser usados como fonte de energia;
- Também há formação de gases: hidrogênio, dióxido de carbono e metano.
FIBRAS DIETÉTICAS:
- Porção da dieta resistente à digestão pelas enzimas digestivas humanas;
- Entre 19 a 38 g/dia, dependendo da idade e do sexo do indivíduo.
- Benéficas na doença diverticular;
- Pectina é benéfica para diabéticos, pois diminui a velocidade de absorção dos carboidratos, evitando o aumento súbito 
da glicemia; 
PROTEÍNAS
INTESTINO DELGADO:
- Os polipeptideos clivados no estômago são reduzidos a oligopeptideos e aminoácidos pelas proteases pancreáticas;
- Cada uma dessas proteases são específicas e, assim como a pepsina, são liberadas na forma de zimogênios inativos;
- A liberação e ativação dos zimogênios são reguladas pela colecistocinina e secretina;
- O intestino contém a enzima aminopeptidase, que cliva oligopeptideos liberando aminoácidos e outros menores
GORDURAS
- EMULSIFICAÇÃO ocorre principalmente no duodeno;
• Aumenta a área de superfície das gotículas de lipídio hidrofóbicos;
• Garante uma ação mais eficiente das enzimas;
• Propriedades detergentes dos sais biliares + mistura mecânica devido ao peristaltismo;
o SAIS BILIARES E LECITINA: produzidos no fígado, armazenados na vesícula biliar e advindos do 
colesterol.
- Ação das enzimas pancreáticas
• TRIACIGLICERÓIS:
o Atacadas pela lipase pancreática (monoacilglicerois + ácidos graxos livres])
o Também pela colipase (pancreática), se liga tanto a gordura da dieta quanto a lipase.
• COLESTEROL:
o Enxima: hidrolase dos ésteres de colesterol ou colesterol-esterase
o Ação aumentada na presença de sais biliares;
• FOSFOLIPÍDEOS:
o Fosfolipase A2 (ativada pela tripsina e necessita de sair biliares)
CONTROLE HORMONAL:
- Secreção pancreática regulada hormonalmente;
- Células do jejuno e duodeno inferior produzem a colecistocinina;
• Resposta À presença de proteínas e lipídeos não digeridos completamente no duodeno superior
• Age sobre a vesícula biliar e células exócrinas do pâncreas;
• Diminui a motilidade gástrica;
- Outras células intestinais produzem a secretina:
• Resposta ao baixo pH do quimo ao entrar no intestino;
• Induz pâncreas e fígado a liberarem soluções aquosas ricas em bicarbonato de sódio; 
- Os sais biliares não são absorvidos pelos enterócitos – permanecem no intestino, vão para a 
parte mais baixa – reabsorvidos e levados de volta ao fígado pela circulação enterro-hepática.
- Os enterócitos produzem novamente os triacigliceróise os enviam para a linfa na forma de 
quilomícrons¸para então seres
utilizados pelos tecidos.
- Os quilomícron começam a entrar no sangue entre 1 a 2 horas após uma refeição;
- - Quando recebem proteínas da HDL, viram quilomícron maduros;
SECREÇÕES
SECREÇÃO PANCREÁTICA
- Pâncreas exócrino secreta 1L de líquido por dia;
- Componente aquoso com altos níveis de bicarbonato de sódio e enzimas;
- O bicarbonato neutraliza o H+ vindo do estômago;
- Estimulada pela atividade parassimpática e inibida pela atividade simpática;
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO PANCREÁTICA:
- A secreção aquosa é estimulada pela chegada de H+ ao duodeno;
- A porção enzimática é estimulada pelos produtos da digestão proteica;
- Também dividida nas fases cefálica, gástrica e intestinal;
- A intestinal é a mais importante, 80% do suco;
- Células acinares possuem receptores para a colecistocinina (produzidas pelas células I do duodeno), e, então, produzem a
secreção enzimática.
- Células ductais possuem receptores para a secretina (produzidas pelas células S do duodeno), e, então, produzem a 
secreção aquosa rica em bicarbonato.
SECREÇÃO BILIAR
- Digestão e absorção dos lipídios no intestino delgado;
- Bile = sais biliares + pigmentos biliares + colesterol;
- Produzida e secretada pelo fígado / Armazenada na vesícula biliar até o estímulo para sua liberação no intestino delgado;
- Ações da colecistocinina é estimular a contração da vesícula biliar;
COMPOSIÇÃO DA BILE:
- Sais biliares:
• 50% da bile;
• Sintetizados pelos hepatócitos;
• São anfipáticos – auxiliam na dissolução dos lipídios em meio aquoso;
- Fosfolipídios e colesterol:
• Também são anfipáticos e auxiliam na formação das micelas
- Bilirrubina:
• Principal pigmento da bile;
VESÍCULA BILIAR:
- Armazenamento da bile com o esfíncter de Oddi fechado;
- Concentração da bile;
- Ejeção da bile 30 minutos após a ingestão de alimentos;
• Estimulo da CCK;
• Contração da vesícula e relaxamento do esfíncter de oddi;
• Ejetada em surtos pulsáteis.
DOENÇA CELÍACA
GLÚTEN
- Proteína presente em alguns cereais, como trigo, centeia e cevada (confere elasticidade na receita de diversos alimentos);
- O glúten é composto por dois grupos de proteínas: as GLIADINAS e as GLUTENINAS.
- Digerida com dificuldade na parte alta do trato gastrointestinal
- Prejudicial para quem tem doença celíaca, síndrome do intestino irritável e sensibilidade ao glúten não celíaca.
- Nas pessoas sensíveis, elas desenvolvem uma resposta inflamatória no intestino delgado (perde as vilosidades, os 
alimentos passam rápido = diarreia) à presença de uma proteína presente no glúten, a gliadina, que ativa glóbulos brancos 
provocando uma reação inflamatória na mucosa;
- Doença celíaca: flatulência, diarreia, obstipação, cólicas, lesões de pele, emagrecimento e fadiga, entre outros sintomas.
• Uma das poucas doenças autoimunes em que o agente precipitante é conhecido.

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