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2 1 Relatório de Microbiologia e Parasitologia ALUNO: Gerson A.Santana RA 18.634 RELATORIO DE AULAS PRATICAS 1. INTRODUÇÃO A aula prática foi realizada no dia 04/05/2021 onde foi observado 2 amostras de fezes, através dos métodos de Hoffmann, Pons e Janer (sedimentação espontânea), e Willis (Flutuação). 1. Técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz Princípio: Detecção de ovos pesados de helmintos Fundamento: Sedimentação espontânea Utilização: inquéritos epidemiológicos, principalmente em áreas esquistossomóticas. A técnica de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação espontânea consiste basicamente na mistura das fezes com água, sua filtração por uma gaze cirúrgica (ou parasitofiltro) e manutenção em repouso, formando uma consistente sedimentação dos restos fecais ao fundo do cálice. Uma pequena amostra em microlitro é pipetada sobre lâmina, é feito um esfregaço e observado em microscópio. Este método detecta a presença de ovos nas fezes, principalmente os pesados, após coloração com lugol. Diversas variações são realizadas nessa técnica a fim de promover a visualização de mais formas evolutivas, dada a praticidade da técnica. Após 24 horas de sedimentação, cistos de protozoários e larvas de helmintos também podem ser encontradas com maior facilidade. Essa é a técnica mais utilizada rotineiramente em laboratórios clínicos. Materiais: - Cálice de sedimentação - Parasitofiltro - Palito de madeira - Frasco de borrel - Lâmina e lamínula - Pipetas Pasteur - Lugol. Técnica: 1) Tomamos 2 a 4 gramas de fezes e desmanchamos em frasco de borrel contendo água com auxílio de um palito de madeira; 2) Coamos a emulsão por meio do parasitofiltro, para dentro de um cálice de sedimentação cônico; 3) Completamos o volume do cálice acrescentando mais água e misturando bem o conteúdo; 4) Deixamos sedimentar por quase 1 hora; 5) Com uma pipeta Pasteur, retiramos uma pequena amostra de sedimento do fundo do cálice, colocamos sobre uma lâmina e cobrimos com uma lamínula. Como o interesse era visualizar ovos e cistos de protozoários, juntamos um pouco de lugol. 2. Técnica de Willis Princípio: Detecção de ovos leves de helmintos Fundamento: Flutuação Substância enriquecedora: Cloreto de sódio (Sal) A técnica de Willis baseia-se em duas características dos ovos a serem analisados. A primeira é a densidade, pois corpos menos densos tendem a flutuar sobre uma solução salina densa. Sendo assim, quanto menos densos os ovos, melhor sua separação por meio dessa técnica, que utiliza uma solução saturada de cloreto de sódio de densidade alta para induzir a flutuação dos ovos até a superfície. Os ovos na superfície entrarão em contato com a face inferior de uma lâmina de vidro, devido a outra característica desses ovos, o tigmotropismo. Corpos com esta propriedade tendem a aderir a superfícies sólidas após um contato físico com elas. Juntando essas duas características a técnica de Willis permite fixar ovos pouco densos de uma amostra fecal em uma lâmina, por meio de sua flutuação sobre uma solução muito densa. Esses ovos são então observados microscopicamente. É um método de grande eficiência, que por conta da purificação facilita a observação ao microscópio. Pode ser utilizado para observar qualquer estrutura pouco densa, podendo-se fazer modificações no método de forma a deixar a solução mais ou menos densa, para que ele se torne mais específico ou abrangente. Deve-se ter o cuidado ao escolher essa solução para que ela não prejudique os ovos que se deseja observar, alterando-os morfologicamente. Materiais: - Frasco de borrel - Cloreto de sódio (NaCl) sal - Palito de madeira - Pipetas Pasteur - Lâmina e lamínula - Lugol. Técnica: 1- Tomamos 2 a 4 gramas de fezes e desmanchamos em frasco de borrel contendo água com auxílio de um palito de madeira. 2- Homogeneizamos com um pouco de sal (Na Cl). 3- Completamos o volume com um pouco mais de água. 4-Deixamos em repouso por quase 1 hora. 5- Findo esse tempo, com uma pipeta Pasteur, retiramos uma pequena amostra da superfície, colocamos sobre uma lâmina e cobrimos com uma lamínula. Como o interesse era visualizar ovos e cistos de protozoários, juntamos um pouco de lugol. Ler no microscópio na objetiva de 10x e confirmar a morfologia dos parasitos na de 40x Resultado: Na imagem 1, usando esses métodos foi possível observar o cisto de Giardia, em diplobacilos (amarelo) e Estreptococos (verde), em amostras de fezes humana. Imagem 1 Na imagem 2, foi possível observar o cisto de Entamoeba sp., em amostras de fezes humana. Imagem 2 Na imagem 3, foi possível observar o ovo de Enterobius vermicularis, em amostras de fezes humana. Imagem 3 Na imagem 4, foi possível observar fibra vegetal em amostras de fezes humana, pelo método de Hoffman. Imagem 4 Na imagem 5, foi possível observar leveduras em amostras de fezes humana, pelo método de Willis. Imagem 5 Na imagem 6, foi possível observar ovo de Ascaris Lumbricoides, em amostras de fezes humana. Imagem 6 Na imagem 7, foi possível observar proteína animal, em amostras de fezes humana, pelo método de Hoffman. Imagem 7 Na imagem 8, foi possível observar resíduo vegetal, em amostras de fezes humana, pelo método de Hoffman. Imagem 8 Conclusão: Os experimentos realizados no laboratório foram maravilhosos, achei bem fácil, porém, exige bastante atenção ao aplicar a técnica. A leitura no microscópio ainda é um tanto difícil para identificar os microrganismos, sendo necessário praticar várias vezes.