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Aula 3 – Saúde da Família I Modelo da História Natural da Doença / Ecológico · Modelo de transição epidemiológica, pós-Guerra: diminuição das doenças infecto-parasitárias (devido ao modelo biomédico) e aumento das doenças crônicas não transmissíveis · A teoria da unicausalidade passa a não ser capaz de explicar todas as doenças · Passa-se a analisar a história por trás do adoecimento, a linha do tempo · Natural = todos passam pelo processo de adoecimento · Transição do “apenas tratar doenças” para “como intervir no adoecimento das pessoas” · Conceito mais ampliado de saúde: “saúde não é só ausência de doença, mas o completo bem estar físico, mental, moral e social do indivíduo.” (OMS – 1948) · Retorno ao conceito mais antigo, da época de Hipócrates - Século XX · Modelo processual – História Natural da Doença · Construções biologicistas multicausais: agente + ambiente + indivíduo (Tríade ecológica) · Década de 20: equilíbrio entre fatores múltiplos · Década de 40: homem é um ser psico-social – produção social, relações sociais · Doenças infecciosas se assemelham a um iceberg = há uma base grande por trás · O ambiente é o estímulo para o processo da doença (reação do hospedeiro frente a ameaça) - Linha do tempo do processo doença · Fase suscetível (exposição, interação entre estímulo e hospedeiro) · Fase subclínica (alterações patológicas a nível tecidual) · Fase clínica (sintomas, geralmente quando há o diagnóstico) · Fase de recuperação, incapacidade ou morte *Quanto mais cedo na linha do tempo ocorrer a interrupção do processo de doença, melhor >>>> prevenção! Exemplo: Bacilo de Koch + má nutrição + moradia insalubre doente, mas ainda sem sintomas, perceptível por meio de exames tosse produtiva, febre, inapetência perda de parte do pulmão - Diferentes formas de progressão das doenças · Evolução aguda e rapidamente fatal (raiva/meningite) · Evolução aguda e rápida recuperação (virose respiratória) · Evolução sem alcançar o limiar clínico, não manifesta sintomas (hepatite anictéria/dengue clássica) · Evolução crônica que progride para óbito (hipertensão, diabetes...) · Evolução crônica que intercala períodos assintomáticos com períodos de exacerbação (doenças psiquiátricas) *As doenças crônicas demoram mais a apresentar sintomas clínicos, evolução mais lenta (até para o óbito) - Níveis de prevenção na História Natural da Doença · Prevenção primária pré-patogênese. Promoção de saúde (ex: estar num ambiente saudável) ou proteção específica (ex: vacina) · Prevenção secundária diagnóstico precoce e tratamento imediato, limitação do dano · Prevenção terciária reabilitação do paciente · Prevenção quaternária não está relacionada ao risco de doenças. Consiste na preocupação do risco iatrogênico (efeitos adversos ou complicações resultantes do tratamento médico), do excesso de intervencionismo diagnóstico e terapêutico e da medicalização desnecessária. Permeia todos os níveis de prevenção de saúde. · O nível de prevenção depende do nível de evolução da doença - Fatores de risco · Sociais: desigualdades sociais/ de cobertura dos serviços de saúde · Ambientais: ambiente físico, moradia, urbanização, poluição... · Individuais: hábitos de vida, fatores genéticos - Prevenção primordial · Dever do Estado · Gerar uma boa qualidade de vida para as pessoas de modo a evitar o aparecimento de doenças · Vem antes de todos os outros níveis de prevenção
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