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DISTOPIAS GENITAIS

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Distopias genitais 
CONCEITO: 
Tudo e qualquer deslocamento dos órgãos genital, 
desviando-se da posição típica e normal 
ESTÁTICA E DINÂMICA PÉLVICA: 
 Sistema de suspensão 
 Sistema de sustentação 
 Mecanismo valvular 
SISTEMA DE SUSPENSÃO - LIGAMENTOS: 
Anterior: ligamento Pubovesicouterino ou 
Pubocervical ou Vesicovarginal 
Lateral: ligamento Cardinal ou paramétrio lateral ou 
Mackenrodt 
Posterior: ligamento utero-sacro 
Retináculo Pereuterino de Martin: conjunto de 
ligamentos que faz parte do sistema de suspensão 
 
SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO - MÚSCULOS: 
Diafragma pélvico: músculo elevador do ânus* (feixe 
puboretal, pubococcígeo e ileococcígeno) e músculo 
isquiococcígeno 
Diafragma urogenital: transverso do períneo, 
(transverso superficial, transverso profundo) 
isqueocavernoso, bulboesponjoso e esfíncter externo 
do ânus 
Fáscia endopélvica: folheto que se ligam os órgãos 
pélvicos e folheto vesical - recobre os órgãos pélvicos 
(fáscia vesicovaginal e fáscia retovaginal) 
 
 
HIATO GENITAL: falha da musculatura 
 Deslocamento craniocaudal das estruturas 
 Limites: anterior (sínfise púbica), lateral (feixe 
puboretal) e posterior (centro tendíneo 
perineal e esfíncter externo do ânus) 
 Órgãos que atravessam o hiato: uretra, vagina 
e reto 
MECANISMO VALVULAR: 
É o eixo de força sobre o órgão pélvico. Cria um 
mecanismo de válvula. 
→ Anteroversoflexão: maioria da posição dos 
úteros (deitado na bexiga), não passa pelo 
hiato vaginal 
→ Retroversoflexão: maior risco de distopia 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICO: 
Idade: pico mais frequente, 60 – 69 anos 
Paridade: multíparas 
Estado hormonal: pós-menopausa 
Partos vaginais 
Raça: branca = negra 
ETIOPATOGENIA: 
Malformações congênitas – espinha bífida (abertura 
da parte anterior da medula) 
Aumento da pressão abdominal: (obesidade, 
atividade física, DPOC, constipação) 
Deficiência do colágeno: síndrome de Marfan 
(aumento da elasticidade) 
Alterações neurológicas: má inervação 
CLASSIFICAÇÃO: 
Relação do introito vaginal: Grau I (deslocamento da 
estrutura próxima da rima vulvar), II (chegaria a rima 
vulvar ou exteriorizasse parcialmente) e III 
(ultrapassava a estrututa quase que total para fora da 
vagina) - manobra de valsalva 
Baden-Walker: Grau 0 (não saia do local), 1 (não 
chegaria ao introito vaginal), 2 (chegava), 3 
(parcialmente) e 4 (ultrapassava) – com a manobra de 
valsalva 
Retocele: Leve, moderada (tocava ou ultrapassa a rima 
vulvar) e grave (ultrapassava/exteriorizava) – avaliava 
apenas a parede posterior 
POP-Q: mapeamento da região pélvica e quantifica o 
prolapso (quanto se mexe dentro da vagina, quanto se 
exterioriza através de uma régua graduada) 
CLASSIFICAÇÃO – ICS: 
ICS – Sociedade Internacional de Continência. 
Classificação da quantificação do prolapso dos órgãos 
pélvicos – POPQ (Pelvic Organ Prolapse 
Quantification) 
PONTOS DE REFERÊNCIA – POPQ: 
 
 
*Gh tem que ser proporcional ao pb: ruptura perineal 
 
× Se ficou dentro da vagina: usar o “menos” 
× Rima vulvar: “zero” 
× Primeira medida (3cm): a régua não mexeu → 
-3 
× Lado direito do quadro: pct normal 
× Lado esquerdo: prolapso da parede anterior, 
apical e de parede posterior 
× D não anotado: não tem colo 
 
× Primeira pct: prolapso de parede anterior 
(bexiga e uretra está ai atrás), não tem útero 
× Segunda pct: prolapso de parede anterior, 
parede posterior, não tem útero, ruptura 
perineal 
HIPERTROFIA DE COLO: 
D – C > 4cm 
 
ESTADIAMENTO POP q (Bump, 1990): 
× Estágio 0 – Não há prolapso 
× Estágio 1 – O ponto de maior prolapso está 
localizado acima do hímen 
× Estágio 2 – O ponto de maior prolapso está 
localizado entre +1cm / -1cm do hímen 
× Estágio 3 – O ponto de maior prolapso está 
localizado além de +1cm do hímen, porém, não 
mais que CVT – 2cm 
× Estágio 4 – O ponto de maior prolapso está 
localizado além de +1cm do hímen, porém, 
mais que CVT -2cm (inversão total da vagina) 
QUADRO CLÍNICO: 
Dor, desconforto e sensação de peso 
Exteriorização total e parcial do útero ou paredes 
vaginais 
Corrimentos ou sangramentos 
Incontinência ou retenção urinaria 
Dificuldade de evacuar 
DIAGNÓSTICO – CLÍNICO: 
Anamnese: refere o desconforto e afins ↑ 
Exame físico: 
 Inspeção estática e dinâmica: posição 
ginecológica, manobra de valsalva 
 Exame vaginal bimanual 
 Tração do colo uterino 
 Histerometria 
 Alongamento hipertrófico do colo 
 POPQ 
 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Estudo urodinâmico: em todas! 
Ultrassonografia pélvica ou endovaginal: vê o 
deslocamento das estruturas 
Ressonância magnética 
*Nenhum é superior ao exame do POPQ 
TRATAMENTO PROFILÁTICO: 
Evitar fatores predisponentes: 
 Obesidade: perder peso 
 Hipoestrogênismo: estrogênio na vagina 
 Constipação crônica: regular o trânsito 
intestnal 
Exercícios perineais 
Assistência adequada ao parto: evitar/corrigir 
lacerações 
Cesária 
TRATAMENTO CLÍNICO: 
Pessários: mantém as 
estruturas que deslocaram 
no seu local, depende do 
tamanho da vagina, pcts que 
não tem prolapso avançado 
ou em pcts com 
comprometimento de ir 
para a cirurgia ou em pcts 
que não querem operar, pode ter relação sexual 
Exercícios Físicos 
TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
Prolapso de parede anterior: 
× Uretrocele (deslocamento da uretra), cistocele 
(deslocamento da bexiga) e uretrocistocele 
Prolapso apical: 
× Prolapso uterino e prolapso de cúpula vaginal 
Prolapso de parede posterior: 
× Retocele e enterocele (alça intestinal na 
vagina) 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PROLAPSO ANTERIOR: 
Defeito central - defeito da fáscia vesicovaginal 
 Tratamento: colporrafia anterior – Kelly - 
Kennedy 
Defeito lateral* – distensão ou desgarramento da 
fáscia pubovesical do arco tendíneo 
 Tratamento: reinserção da fáscia pubovesical + 
colporrafia anterior 
Defeito transverso – defeito da fáscia no anel 
pericervical 
 Tratamento: reinserção da fáscia posterior 
OBS: Pode fazer uso de telas 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PROLAPSO POSTERIOR: 
Prolapso posterior: Colporrafia posterior 
 Tratamento: Plicatura da fascia retovaginal + 
colporrafia posterior 
Enterocele: 
 Tratamento: Plicatura da fascia retovaginal + 
fixação da cúpula vaginal + colporrafia 
posterior 
OBS: Pode fazer uso de telas 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PROLAPSO APICAL: 
Tratamento do prolapso uterino: 
 Histerectomia vaginal: retirada de útero 
 Cirurgia de Manchester: pct que quer 
engravidar, grau I e II – amputa parcialmente 
colo de útero e fixa no promontório 
 Cirurgia de Lefort (colpocleise): pct sem 
relação sexual, comorbidade cirúrgica – fechar 
a vagina 
 Histeropexia (High Mccool, Sacroespinhoso, 
Promontofixação): grau I e II, fixa o útero no 
ligamento de Mccol (uterosacro) 
Prolapso de cúpula vaginal: 
 Fixação da cúpula ao promontório sacral 
(Promontofixação) 
 Fixação na aponeurose do musculo reto 
abdominal 
 Fixação no ligamento sacroespinhoso 
 Cirurgia de Lefort (colpocleise) 
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HIPERTROFIA DE COLO: 
Tratamento da hipertrofia de colo: 
 Cirurgia de Manchester 
ROTURA PERINEAL: 
Primeiro grau: Laceração da pele e mucosa vaginal 
Segundo grau: Laceração mais profunda, fáscia e 
musculo 
Terceiro grau: Laceração que atinge também o 
esfíncter anal 
Quarto grau: Laceração que lesa a mucosa retal, 
expondo a luz do reto

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