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Efeitos biológicos das Radiações Ionizantes

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS
CURSO DE TECNOLGIA EM RADIOLOGIA
IGOR F. DA SILVA
PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL
LUÍS ALBERTO COIMBRA JUNIOR 
VITOR LEIZICO SOSSAI
JULIANE MAIA
GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA
EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÕES IONIZANTES
BAURU
2018
IGOR F. DA SILVA
PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL
LUÍS ALBERTO COIMBRA JUNIOR 
VITOR LEIZICO SOSSAI
JULIANE MAIA
GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
Projeto Integrado Multidisciplinar- PIM I, apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Profª. Draª. Amanda Bravim de Oliveira.
BAURU
2018
IGOR F. DA SILVA
PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL
LUÍS ALBERTO COIMBRA JUNIOR 
VITOR LEIZICO SOSSAI
JULIANE MAIA
GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA
EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM I, apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Aprovado em: __/__/2017 às ___h___m, com a nota ____ (_________________________)
BANCA EXAMINADORA
_______________________________
Prof. _________________________
Universidade Paulista - UNIP
_______________________________
Prof. _________________________
Universidade Paulista – UNIP
_______________________________
Prof. _________________________
Universidade Paulista – UNIP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
1.1 Mortandade devida a radiação aguda ................................................... 5
2 Período prodromico .................................................................................. 6
3 Efeitos biológicos das radiações ionizantes .......................................... 6
3.1 Efeitos determinísticos ........................................................................... 7
3.2 Efeitos estocásticos ................................................................................ 8
3.2.2 Efeitos agudos ...................................................................................... 8
3.2.3 Efeitos tardios ....................................................................................... 8
3.2.4 Efeitos genéticos .................................................................................. 8
3.2.5 Efeitos somáticos ................................................................................. 9
4 A descoberta de William ............................................................................ 9
5 Biossegurança: Entendendo e se prevenindo da radiação ................... 9
6 Processo e proteção radiológica .............................................................. 12
7 Visita técnica ............................................................................................... 14
8 Conclusão .................................................................................................... 18
9 Referencias Bibliográficas ......................................................................... 19
Resumo
Entre os tipos de radiações existente, uma que usamos frequentemente é a ionizante, uma radiação artificial derivada da reação do catodo ao anodo, usada inicialmente em raio x, hoje em dia em radioterapia e em diversos setores de trabalho, essa radiação se não controlada, pode causas efeitos anormais em células humanas, em tese, ou essa radiação passa direto pelo corpo sem afetar seus átomos, ou afeta seus átomos que por mais que cause mutação não é o suficiente para causar danos irreversíveis, ou seja as células se recuperam sozinhas, ou ocorre uma mutação muitas vezes irreversíveis e danosas ao corpo, e em casos mais drásticos, os átomos são erradicados. Por isso e, além disso, foram criados EPIs e EPCs, instrumentos que ajudam a controlar e barrar esta radiação.
Palavras-chave: radiação ionizante, raio x, EPI’s e EPC’s.
Introdução aos efeitos biológicos 
Wilhen Conrad Rontgen foi um engenheiro e físico alemão que descobriu a radiação x, no ano de 1895 em Wurzburg – Alemanha, por conta desta descoberta, ele ganhou o prêmio Nobel de Física em 1901.
Rontgen publicou no seu primeiro artigo sobre a descrição da descoberta que denominou de raios x, por ser de origem desconhecida. A descoberta começou em base de pesquisas sobre descargas elétricas com tubos de vidro. E Rontgen já tinha o conhecimento que os raios catódicos eram emitidos pelo eletrodo cátodo e produziam luminosidade no interior do tubo, e também que os raios catódicos poderiam ser emitidos de forma direta se o cátodo fosse côncavo.
A primeira radiografia experimental foi na mão de sua esposa Anna Bertha. E o primeiro diagnóstico radiografado, foi uma fratura realizada nos Estados Unidos, em 3 de fevereiro de 1896. E com a inovação desta descoberta, que houve repercussão mundial, o público e os médicos ficaram fascinados, por que até então, as pessoas não sabiam como era o corpo por dentro e que essa radiação, além de ser um grande passo na medicina, poderia ter efeitos curativos em casos intratáveis como o câncer e tuberculose. Porém, ainda não tinham descoberto que a radiação também tem os seus malefícios.
William Rollins, em seus artigos, pediu cuidado extremo, e o uso de protetores contra a radiação, e com o decorrer os anos, os jornais passaram a publicar notas de falecimento dos pioneiros da radiologia associando que os novos raios ajudavam, mas poderiam matar.
Mortandade Devida À Radiação Aguda
Até hoje nenhum caso de morte por exposição imediata à radiação de raios x em radiologia de diagnósticos foi registrada, embora alguns dos primeiros a trabalharem com raios x tenham morrido devida a consequência dos efeitos tardios da exposição aos raios x. Entretanto, em cada um dos casos, a dose total da radiação foi altíssima se comparada com os padrões atuais. 
A Mortandade humana induzida pela radiação aguda tem interesses apenas acadêmicos em Radiobiologia de diagnósticos. Os feixes de Raios x utilizados em diagnósticos não são suficientemente para causar a morte. 
Algumas exposições acidentais de pessoas, devida as armas nucleares e a usinas de energia nuclear, resultaram em morte imediata. Entretanto, o número de tais acidentes é considerado pequeno tendo em vista a duração e a atividade da chamada era atômica. O infortúnio devido ao incidente de Chernobyl, 30 pessoas experimentaram a síndrome aguda da radiação e morreram. Vários efeitos retardados menores foram ainda observados. Ninguém morreu ou foi seriamente exposto no incidente ocorrido em março de 1979, no reator nuclear em Theree, MileIsland, Pensilvânia. O trabalho em usinas nucleares é uma ocupação segura. 
As consequências de eventos que se seguem à exposição à radiação em níveis altos, levando a morte no decorrer de dias, são chamadas de síndrome aguda da radiação. Existem de fato três síndromes distintas que tem relação com doses e seguem direções de respostas clinicas bastante diferente. 
Essas síndromes são conhecidas como morte hematológica, morte gastrointestinal (GI) e a morte do sistema nervoso central (SNC). A morte do SNC requer doses dar radiação acima de 5.000 rad (50 Gy) e resulta na morte em algumas horas. Já a morte hematológica e a morte GI decorrem de exposições menores e requerem tempos maiores para a ocorrência da morte.
Além de ter as três síndromes consideradas letais, dois períodos são associados à letalidade aguda da radiação. Primeiro é o período prodrômico ele consiste em sintomas clínicos agudos que ocorrem em horas e continuam em até um ou dois dias. Depois que o período prodrômico chega ao seu fim, pode haver um período latente, durante o qual não existem efeitos visíveis. 
Período Prodrômico
Os sintomas de mal-estar provocados pela radiação podem surgir em minutos ou horas, para doses acima dede, 100 rad, aplicadas no corpo inteiro. Os sintomas de mal-estar imediato resultante da exposição à radiação assumem, com frequência, a forma de náusea, e muitas vezes vômitos e diarreia, além da redução do número de glóbulos brancos do sangue periférico.
O período de duração (prodrômico) variade algumas horas a cerca de dois dias. A gravidade dos sintomas está relacionada à dose.
Efeitos biológicos das Radiações Ionizantes
O estudo da ação das radiações nos seres vivos é chamado de radiobiologia. Os efeitos biológicos decorrem do dano causado às células por interação com o meio celular. Essa interação ocorre por ação direta, em que um elétron Secundário interagi com o DNA e produz uma alteração, ou por ação indireta, quando um radical hidroxila (OH) que, por sua vez, produz um dano no DNA. Das várias formas de dano que a radiação pode causarás células, o mais importante é o dano do DNA. Danos no DNA podem impedir a sobrevivência ou reprodução da célula, prejudicando o funcionamento normal de órgãos e tecidos, mas frequentemente o dano é reparado por mecanismos naturais de defesa. Se o reparo não é perfeito, pode resultar em uma célula viável, mas modificada. A ocorrência e a proliferação de uma célula modificada podem ser influenciadas por outras mudanças causadas antes ou depois da exposição à radiação. Tais influências são comuns e podem inclinar exposições a outros agentes carcinógenos ou mutagênicos.
Se, em vez de modificada, muitas células em um órgão ou tecido forem mortas ou impedidas de se reproduzirem, haverá perda da função do órgão. A perda da função se tornará mais séria quando o número de células afetadas for grande o suficiente.
3.1 Efeitos determinísticos
Em vários órgãos e tecidos do corpo humano existe um processo continuo de perda e reposição de células. Um acréscimo na taxa de perda (ex., após exposição a radiação) pode ser compensada por um aumento na taxa de reposição, mas haverá temporariamente, ou às vezes permanentemente, uma redução no número de células disponíveis para a manutenção das funções do órgão ou tecido. 
Muitos órgãos e tecidos não são afetados por uma pequena redução da quantidade de células disponíveis; mas, se a redução for muito grande, haverá uma condição patológica observável clinicamente, tal como perda da função do tecido ou uma consequente reação orgânica na tentativa do corpo de reparar o dano. Esse tipo de efeito já foi chamado de efeito imediato, mas atualmente é chamado efeito determinísticos. 
Se o tecido for vital e o dano tiver sido suficientemente extenso, o resultado final poderá ser a morte. Se um indivíduo exposto estiver num estado de saúde que se aproxima de uma condição patológica, ele alcançara esta condição mesmo depois de uma pequena perda de células. 
Para indivíduos saudáveis, probabilidade de dano será zero para doses de até algumas centenas, ou às vezes milhares, de millisieverts, dependendo do tecido, e aumentarão abruptamente para 100% quando for atingindo um nível de dose chamado limiar- mais rigorosamente, o limiar para e feito clínico.
3.2 Efeitos estocásticos
O corre em que a probabilidade de ocorrência é igual à dose de radiação recebida, sem a existência de limite. Isto significa, que doses pequenas, abaixo dos limites estabelecidos por normas e recomendações de radioproteção, podem induzir tais efeitos. Entre estes efeitos, destaca-se o câncer. A probabilidade de ocorrência de um câncer radio induzido depende do número de clones de células modificadas no tecido ou órgão, uma vez que depende da sobrevivência de pelo menos um deles para garantir a progressão. O período de aparecimento (detecção) do câncer após a exposição pode chegar até 40 anos. No caso de leucemia, a frequência passa por um máximo entre 5 e 7 anos, com período de Latência de 2 anos.
3.2.2 Efeitos Agudos
Após a exposição aguda da radiação são observados em horas, dias ou semanas, após a irradiação. Eles podem ser produzidos apenas com uma grande quantidade de radiação, absorvida em uma grande área do corpo e em curto período. O indivíduo irradiado pode sentir náuseas, vômitos, hemorragias, infecções fortes, diarreia, perda de cabelo etc.
3.2.3 Efeitos Tardios
Eles são observados depois de anos, podem ser causados por grandes exposições em curtos espaços de tempo ou por pequenas exposições em longo período. São eles: aumento na incidência de câncer, indução de cataratas, certas anormalidades durante o desenvolvimento do embrião e redução da vida média.
3.2.4 Efeitos Genéticos
Agora os efeitos genéticos são aqueles que podem surgir quando os órgãos genitais (reprodutores) são expostos as radiações ionizantes, afetando as futuras gerações do indivíduo irradiado, isto é, as radiações são absorvidas pelas células dos testículos (espermatozoides) ou dos ovários (óvulo), podendo ocorrer uma alteração da informação genética codificada, tendo como consequência alguma mutação genética.
É importante ressaltar que a radiação age aumentando a taxa de mutação espontânea, mas ela não produz quaisquer novas mutações. Entretanto, uma possível razão em que os efeitos genéticos de baixas taxas de doses não sejam observados é que as células reprodutivas podem espontaneamente absorver ou retirar estas mutações no primeiro estágio de fecundação.
É de grande importância ressaltar que, durante a gravidez, quaisquer dessas consequências vão depender do estágio da gestação quando ocorrer a exposição e da quantidade de radiação recebida. 
3.2.5 Efeitos somáticos 
São alterações provocadas pela interação da radiação ionizante com qualquer célula do organismo exceto as reprodutivas. Se manifestam no próprio individuo irradiado, ou seja, afetam diretamente o individuo exposto a radiação e não são transmitidas as gerações futuras.
Dependem de algumas variáveis, tipo de radiação, energia de radiação e tecido irradiado, tempo de radiação e dose total recebida.
4 A descoberta de William
William Rollins, em seus artigos sobre as luz, pediu cuidado extremo, e o uso de protetores contra a radiação, e com o decorrer os anos, os jornais passaram a publicar notas de falecimento dos pioneiros da radiologia associando que os novos raios ajudavam, mas poderiam matar.
Em 1904, morre Clarence Dally, assistente de Thomas Edison, devido a queimaduras e uma série de amputações. Só depois do ocorrido que os médicos concluíram que os novos raios poderiam ser danosos a saúde humana.
5 Biossegurança: entendendo e se prevenindo da radiação
Devido ao risco dos efeitos biológicos medidas tiveram que ser tomadas, EPIS e EPCS foram introduzidos na rotina de trabalho dos profissionais da radiologia.
 A Biossegurança consiste em um conjunto de ações com o objetivo de prevenir, minimizar ou eliminar riscos, utilizando análises e meios de proteção tem como objetivo preservar a saúde do homem, animais e o meio ambiente, sendo assim, a biossegurança está presente em todas as áreas da vida das pessoas, seja no trabalho, na vida pessoal ou em ocasiões inusitadas.
 O principal assunto dentro da Biossegurança são os riscos, que é a possibilidade de ocorrer algum dano devido a um perigo, e há uma diferença entre os dois, o perigo não pode ser controlado, um exemplo disso é o fogo que é um perigo e ser queimado é um risco, portanto o risco pode ser evitado ou pelo menos minimizado.A Biossegurança atua principalmente visando a saúde das pessoas, sendo muito importante a conscientização de todos em relação a prevenção de todos os riscos.
 Existem 5 tipos, os riscos químicos são substâncias que podem penetrar no organismo pelas vias respiratórias ou por contato direto com a pele causando assim algum tipo de dano, riscos ergonômicos são relativamente novos, a ergonomia estuda as relações do homem com seu ambiente de trabalho visando a eficiência e o bem-estar do trabalhador, entram nesse tipo de risco qualquer fator que comprometa a integridade física do trabalhador podendo lhe causar desconforto ou doença, assim como levantamento de peso, postura inadequada ou esforço repetitivo, existem fatores psicológicos também como situações de estresse que possa causar algum distúrbio.
 Risco de acidente são os fatores que colocam as pessoas em perigo, e possam causar algum dano instantâneo, são diretamente relacionados com o ambiente, riscos biológicos são causados por bactérias, vírus,parasitas, fungos entre outros, os micro-organismos que entram em contato com o ser humano e possa causar alguma doença é considerado risco biológico, são divididos em quatro classes e alguns são quase impossíveis de evitar doenças.
 O risco físico é alguma forma de energia que possa causar dano, como ruído, temperaturas extremas, quente ou fria, vibrações e radiações, que são formas de energia transmitidas por ondas eletromagnéticas e podem ser absorvidas pelo organismo. São dividas em dois tipos, radiações não ionizantes são aquelas que não possuem carga elétrica suficiente para retirar elétrons de um átomo, tais como a radiação ultravioleta, o infravermelho e até a do microondas entre outras.A radiação ionizante é forte suficiente para ejetar elétrons afetando a estrutura de um átomo, ela pode ser de fonte natural gerada a partir do meio ambiente com a decomposição de substâncias radioativas como o gás radônio. A radiação também pode ser gerada por fontes artificiais desenvolvidas pelo ser humano, e utilizada para fins benéficos na saúde e na área industrial, um exemplo disso são os equipamentos de radiodiagnóstico que utilizam o raio x que são gerados dentro do aparelho e sujeitam pacientes a uma breve exposição a essa radiação, após emitida ela penetra no organismo e projeta a imagem que é gravada em um filme sensível utilizado para analisar as estruturas ósseas do corpo e detectar anomalias como fraturas. 
Os profissionais técnicos ou tecnólogos estão sujeitos a uma exposição constante na qual podem sofrer danos se não priorizarem a segurança no trabalho com radiações. Os danos causados pela radiação de baixa dose e exposição por grande período de tempo, são estocástico como o câncer e a mutação no DNA, e os danos causados por alta dose e curto período de tempo são principalmente queimaduras e náuseas. Devido à sensibilidade do corpo humano cada parte tem um efeito diferente, a tireoide tem um alto risco de tumor, hemácias e os intestinos, pode haver sangramentos espontâneos, e a medula óssea pode perder 50% de glóbulos brancos correndo grandes riscos de infecção.
 Efeitos causados no contato direto com alta dose de radiação são muito mais danosos e podem levar a morte, devido a isso todos que tem contato com radiação está sujeito a uso dos equipamentos de proteção individual e os equipamentos de proteção coletiva, que são posicionados no ambiente de trabalho, atuam de modo abrangente visando à proteção do profissional, do paciente e das pessoas em locais próximos, o principal material usado como proteção é o chumbo, que devido a sua estrutura consegue bloquear radiações, um exemplo disso é as paredes da sala de radiodiagnóstico que são revestidas com chumbo. Nenhum equipamento torna nulo o risco da radiação, mas conseguem minimizar a absorção tornando-a menos perigosa, alem desses fatores existem leis que visam reduzir o risco do profissional, segundo o CONTER, a jornada de trabalho de um técnico em radiologia é dividida em 24 horas semanais, geralmente aplicadas em 4 horas por dia, as férias devem ser de 40 dias a cada 12 meses e que o profissional pode se aposentar com 25 anos de trabalho na área de radiologia, entretanto, nem todas as empresas seguem as normas corretamente, grande parte dos funcionários trabalham em dois empregos o que acarreta o dobro de radiação permitida por lei, às férias geralmente não são distribuídas de forma correta, muitos se ausentam por 20 dias distribuídos entre um ano e meio. Além disso, a lei torna obrigatório o uso de equipamentos de segurança no trabalho e é obrigação da empresa fornecer os equipamentos e a manutenção deles, mas da mesma forma o uso desses é muito desconsiderado, sendo assim, o maior fator do risco da radiação é o comportamento dos profissionais que tratam esse problema com descaso, devido a isso atualmente existem algumas campanhas de conscientização ao uso dos equipamentos.
6 Processo e proteção radiológica
 A radiação ionizante é predominante na área da saúde onde se encontra em uso para diagnósticos e tratamentos é alvo de diversas pesquisas para se produzir o maior benefício com a menor taxa de risco possível, em relação à proteção não se pode fazer muito quanto à radiação de origem artificial, porém, a radiação artificial é necessário todo o esforço para diminuir seus efeitos nocivos, o que só pode ser feito a partir da aplicação dos preceitos de proteção radiológica, que segundo o CNEN, “é o conjunto de medidas que visam proteger o homem, seus descendentes e seu meio ambiente contra possíveis efeitos indevidos causados por radiação ionizante proveniente de fontes produzidas pelo homem e de fontes naturais modificadas tecnologicamente”, essas medidas são justificação, otimização e limitação.
 Todas as práticas na Radiologia devem ser justificadas e somente autorizadas se produzir um benefício maior do que o risco para o indivíduo ou para a sociedade, porém deve ser verificada a possibilidade de técnicas alternativas nas quais obtenham o mesmo resultado com menor taxa de risco. Todas as atividades sujeitas à exposição devem se manter com o mais baixo nível de radiação possível, a otimização implica o uso de equipamentos de proteção em todos os casos desde que, os mesmos não reduzam a qualidade da imagem.A limitação de dose não se aplica aos pacientes, mas sim aos trabalhadores, não devem ser maiores que os limites estabelecidos pelas normas de radioproteção.Segundo a Portaria 453:
•”A dose efetiva anual não deve exceder 20msv em um período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50msv em um ano”;
•”Menores de 18 anos não podem trabalhar com raio x diagnóstico exceto em treinamentos onde a dose anual não deve exceder 6msv”
•”mulheres grávidas devem notificar o responsável pelo serviço, e a dose na superfície do abdômen não deve exceder 2msv”
 Para a redução da exposição são aplicadas práticas como, a redução do tempo ao máximo possível desde que, obtenha-se o resultado desejado, os hábitos de trabalho também, assim utilizando técnicas adequadas para cada exame evita sua repetição, diminuindo assim a exposição, sempre se posicionando atrás do biombo, em caso de exame com aparelho móvel sempre utilizar equipamentos de proteção revestidos com chumbo e as portas dos laboratórios devem permanecer fechadas durante as exposições, em todas as instalações é indispensável à apresentação da sinalização com avisos acessíveis a todos. Em salas de UTI é realizado rodízio na equipe durante os procedimentos, em relação aos pacientes, é indispensável o uso do protetor de gônada exceto quando o mesmo interfira na imagem, é necessária a colimação rigorosa da área desejada a fim de evitar a exposição em lugares indesejados e a otimização dos fatores do raio x(kV, mA e tempo).Todas as instalações e equipamentos devem ser mantidas na normas exigidas pelo CONTER.
7 Visita técnica:
Visitamos o CMU – Centro Médico Unimed, em Lençóis Paulista, fundado em 28 de abril de 2001, que conta com setor de raio x, centro cirúrgico amplo com aparelhagem médica adequada para a realização de pequenas e médias cirurgias, 18 leitos de observação, e atendimento Clinica Geral, e Pediatria. 
O primeiro procedimento que é realizado no ato da radiografia é a conversar com o paciente, pedir para tirar os adornos, posiciona-lo e explicar o procedimento perguntar se a possibilidade das mulheres estiver gravidas, independente se forem menores de idade ou não. Para diminuir e barrar os efeitos da radiação os tecnólogos tem que utilizar os equipamentos de proteção os (EPIs), entretanto, o técnico já vai estar protegido atrás do biombo, porém se caso necessário, temos o protetor de tireóide, óculos protetor, avental de chumbo e as luvas plumbíferas. Além do conhecimento da área o essencial para um tecnólogo é a atenção e paciência, principalmente com criança, pois algumas não conseguem ficar imóveis por muito tempo seja pela dor ou hiperatividade, então se aplica uma miliamperagem mais alta e diminui o tempo de exposiçãopara um exame mais rápido. Em caso de urgência a enfermagem estabiliza o paciente, e o coloca na mesa de exames de uma forma que não o prejudique e que ocorra um exame melhor.
Imagem 1 – Avisos de radiação ionizante na sala de raio x.
Fonte: autoria própria.
Imagem 2 - Estativa e o cabeçote do aparelho de raio-x.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 4 – Tecnólogo posicionando a luz de colimação na mesa de exames.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 5 – Revelador digital.
Fonte: autoria própria.
Imagem 6 – Estativa com Bucky lateral.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 7 – Gerador de alta tensão.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 8 – Negatoscópio.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 9 – Painel de comando do aparelho de raio x. 
Fonte: autoria própria. 
Imagem 10 - Dosímetro
Fonte: autoria própria. 
Imagem 11 – Cabeçote do aparelho.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 12 – Óculos plumbifero.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 13 – Equipamentos de proteção individual protetor de tireóide, luvas e avental plumbífero.
Fonte: autoria própria. 
Imagem 14 – Luz de aviso que está sendo realizado algum procedimento com radiação ionizante.
Fonte: autoria própria. 
8 Conclusão
Os indivíduos desse grupo após as pesquisas realizadas chegaram ao entendimento que as radiações ionizantes e não ionizantes estão presentes em nosso cotidiano e a utilização de cada uma delas é cada vez mais abrangente. Encontramos radiação em praticamente tudo ao nosso redor seja pela estabilização de um átomo na natureza ou pela utilização de eletrodomésticos para nossa comodidade ou conforto. O que realmente é importante é determinar até que ponto esta radiação pode ou não interferir negativamente ao nosso estilo de vida ou em nossa saúde, por isso o estudo nessa área esta intensificando com o passar dos anos, pois assim como pode ser muito produtiva, no avanço das finalidades destinadas diagnósticos médicos por radiação também pode ser extremamente destrutiva; as bombas nucleares. Na segurança do trabalho o importante é saber onde a radiação acarretara riscos físicos, e mental ou ocupacional nas pessoas, de modo a prevenir que isto venha acontecer através da sinalização e da educação em saúde.
9. Referencias bibliográficas
(Radiologia 110 anos, Dr. Fabiano Celli Francisco, RJ 2005. Pag. 285. Disponível em: <www.imaginologia.com.br/dow/upload%20historia/Radiologia-110-anos-de-Historia.pdf>. Acesso em 05 mai. 2018.)
 (Teixeira.P.Valle S. Biossegurança uma abordagem multidisciplinar.Fiocruz. 2ed ,2010)
(SAVARIZ, M.C.Manual de produtos perigosos – emergência e transporte.1994)
(Biossegurança em laboratórios de saúde pública. Oda, Leila, Ávila, Suzana. E tal. Brasília. Ministério da saúde, 1998)
(Artigo, os efeitos da radioatividade no corpo humano, M.Tulio, Pires. Revista VEJA, 2011)
(11. Zamata LMA, Ribeiro SB, Adissi PJ. Proteçãoradiológica em procedimentos diagnósticos usando raios x. In: 7º)

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