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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP BAURU GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA GABRIELLE LETICIA ANDRADE DE MORAES LUIS ALBERTO COIMBRA JUNIOR PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL THALYA BERNARDI VITOR LEIZICO SOSSAI POSICIONAMENTO DE MEMBROS SUPERIORES (MÃO) BAURU 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP BAURU GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA GABRIELLE LETICIA ANDRADE DE MORAES LUIS ALBERTO COIMBRA JUNIOR PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL THALYA BERNARDI VITOR LEIZICO SOSSAI POSICIONAMENTO DE MEMBROS SUPERIORES (MÃO) Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em (nome do curso) apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientadora: Prof. Drª. Caroline Rodrigues Basso BAURU 2019 GABRIELA DE OLIVEIRA SILVA GABRIELLE LETICIA ANDRADE DE MORAES LUIS ALBERTO COIMBRA JUNIOR PEDRO HENRIQUE DE PAULA TARARATAL THALYA BERNARDI VITOR LEIZICO SOSSAI POSICIONAMENTO DE MEMBROS SUPERIORES (MÃO) Trabalho apresentado junto ao Curso de Tecnologia em Radiologia do Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Paulista, Campus Bauru, como parte da nota das disciplinas cursadas no semestre. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _______________________________________/____/_____ Prof. Drª. Caroline Rodrigues Basso Universidade Paulista – UNIP _______________________________________/____/_____ Prof. Susy Morais Campos Universidade Paulista – UNIP _______________________________________/____/_____ Prof. Fernando Toledo de Oliveira Universidade Paulista – UNIP RESUMO Em 1985 o engenheiro e físico alemão Wilhen Conrad Röntgen no decorrer de seus experimentos com raios catódicos descobriu ao acaso uma nova forma de energia, que por não conhecê-la deu o nome de radiação X. Com a inovação desta descoberta, que houve repercussão mundial, o público e os médicos ficaram fascinados, porque até então, as pessoas não sabiam como era o corpo por dentro e que essa radiação além de ser um grande passo na medicina, poderia ter efeitos curativos em casos intratáveis como o câncer e tuberculose. Com o advento da tecnologia e a inovação nos equipamentos de raios X presentes hoje no mercado, é possível o diagnóstico rápido e seguro de patologias presentes em diferentes regiões do corpo. Em especial, imagens da estrutura óssea do corpo humano são demonstradas com perfeição em uma radiografia, evidenciando principalmente fraturas.Este trabalho teve por objetivo demonstrar a anatomia da mão e do punho, bem como as incidências realizadas para o diagnóstico de diversas patologias que acometem essas estruturas e o correto posicionamento do paciente. Palavras-chave: Mão; Posicionamento; Radiologia Convencional. ABSTRACT In 1985 the German engineer and physicist Wilhelm Conrad Röntgen in the course of his experiments with cathode rays discovered at random a new form of energy. Which by not knowing it gave the name of X radiation. With the innovation of this discovery that there was worldwide repercussion, the public and doctors were fascinated because until then, people did not know what the body was like inside. And that this radiation besides being a great step in medicine could have curative effects in intractable cases like cancer and tuberculosis. With the advent of technology and the innovation in X-ray equipment present on the market, it is possible to quickly and safely diagnose pathologies present in different regions of the body. In particular, images of the bone structure of the human body are perfectly demonstrated on an X-ray, mainly showing fractures. The objective of this study was to demonstrate the anatomy of the hand and wrist, as well as the incidences performed for the diagnosis of several pathologies that affect these structures and the correct positioning of the patient. Keywords:hand, positioning and conventional radiology. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7 2. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 7 2.1. Produção dos raios x ................................................................................... 7 3. EQUIPAMENTO DE RAIOS X E SEUS COMPONENTES ............................... 9 4. POSIÇÃO ANATÔMICA PADRÃO ................................................................. 11 5. ANATOMIA DO MEMBRO SUPERIOR (MÃOS E PUNHOS) ........................ 12 5.1. Incidência póstero-anterior (PA) ............................................................... 12 5.2. Obliqua póstero-anterior ........................................................................... 13 5.3. Perfil látero-medial (perfil interno) com extensão dos dedos ................ 14 6. INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES ............................................................. 14 6.1. Incidência Lateral em Leque ..................................................................... 14 6.2. Incidência de Brewerton ............................................................................ 15 6.3. Incidência de Norgaard .............................................................................. 16 7. VISITA TÉCNICA ......................................................................................... 16 8. CONCLUSÃO ................................................................................................. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 20 7 1. INTRODUÇÃO Em 1895 o engenheiro e físico alemão, Wilhelm Conrad Röntgen, descobriu os Raios X, em Wuzburg – Alemanha, a descoberta ocorreu acidentalmente onde ele testava os raios catódicos se podiam passar através do vidro. Röntgen notou um brilho vindo de uma tela revestida quimicamente, que estava próxima. Ele nomeou os raios que causaram este brilho como X, por ser de natureza desconhecida. Os raios X são ondas eletromagnéticas que agem de forma semelhante aos raios de luz, mas em comprimentos de onda cerca de mil vezes menor do que os da luz. Devido a esta descoberta ele ganhou o prêmio Nobel de física em 1901.[1] A primeira radiografia experimental realizada foi na mão de sua esposa Anna Bertha. E o primeiro diagnóstico radiografado, foi de uma fratura realizada nos Estados Unidos, em 3 de fevereiro de 1896. Com a inovação desta descoberta, que houve repercussão mundial, o público e os médicos ficaram fascinados, porque até então, as pessoas não sabiam como era o corpo por dentro e que essa radiação além de ser um grande passo na medicina, poderia ter efeitos curativos em casos intratáveis como o câncer e tuberculose. Porém, o conhecimento sobre os malefícios da radiação ainda não haviam sido descobertos. [1] No final de 1896, Elihu Thomson induziu uma dermatite em seu próprio dedo, e deduziu que os raios X que tinham causado. William Rollins em sua série sobre a luz X declarou cuidados extremo e o uso de protetores necessários para a sua utilização. [1] 2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Produção dos raios x Os raios x são produzidos no tubo de Coolidge (ampola) onde se encontram o cátodo (pólo negativo) e o ânodo (pólo positivo), o processo inicia-se quando a corrente elétrica denominada miliamperagem (mA) passa pelo cátodo aquecendo o filamento de tungstênio à uma temperatura de aproximadamente 2200 ºC efeito conhecido como emissão termoiônica, liberando assim uma nuvem de elétrons. Essa corrente é responsável pela intensidade da radiação final. Após a emissão da nuvem de elétrons é adicionado umadiferença de potencial denominada 8 kilovoltagem (kV) que acelera os elétrons em direção ao alvo no ânodo também feito de tungstênio,quando atingem o ponto focal os raios x são produzidos podendo ser de duas maneiras diferentes, denominado de radiação de freamento e radiação característica. [5] Os raios x de freamento são produzidos quando os elétrons vindos do cátodo são desacelerados e passam próximos aos núcleos positivos dos átomos do alvo sendo desviados, e isso causa a perda de energia dos átomos gerando assim a radiação eletromagnética com diferentes comprimentos de onda e energia, produzindo apenas 1% de raios x e 99% de calor que se dissipa pelo ânodo. A radiação característica é correspondida por um espectro de raios x contínuos acompanhados por uma série de linhas isoladas são produzidos pela transição dos elétrons no material do alvo, sendo das camadas mais externas para mais internas com o intuito de substituir os elétrons retirados dos átomos essa transição gera a radiação característica. [5] No cátodo há dois tipos de filamentos chamados de foco fino e foco grosso que diferenciam o “borramento” da imagem, quanto menor a área focal melhor à qualidade da imagem e também, maior é a dissipação do calor, além dos filamentos há também uma capa focalizadora feita de molibdênio para evitar que os elétrons da emissão termiônica se separem pela natureza negativa deles, para ajudar a direcioná-los para o alvo. O ânodo também pode ser de dois tipos, sendo fixo para aparelhos de baixa corrente e giratório para aparelhos de alta corrente, devido a sua capacidade de resistir a uma maior corrente mA e assim produzir feixes mais intensos, o alvo giratório faz com que o feixe de elétrons acerte vários pontos aumentando a vida útil do ânodo, além dessas características há também o efeito anódico muito utilizado na radiologia convencional. [5] O efeito anódico é o afeito causado pela diferença na intensidade da radiação ao ser emitida no ânodo, onde a radiação é mais intensa na extremidade mais próxima do cátodo do que na extremidade anódico, isso ocorre devido à angulação da face do ânodo causando maior atenuação dos raios x no lado oposto do cátodo, o efeito anódico causa uma variedade espacial na intensidade do feixe de luz que provoca uma variação na densidade óptica na imagem formada no filme radiográfico, dessa forma é utilizado o efeito anódico a favor do exame, direcionando as estruturas mais densas do paciente para o lado do ânodo. Ainda assim, os principais fatores que influenciam na produção dos raios x controlados pelo 9 tecnólogo são a mA, o kV e o tempo. O mA define a intensidade da radiação, ou seja, quanto maior o mA maior a intensidade e consequentemente maior a dose na qual o paciente é exposto. O tempo é período em que o paciente ficará exposto à radiação, quanto menor melhor será. Já o kV afeta a força cinética dos elétrons direcionando-os, definindo a penetrabilidade dos raios x, dessa forma é utilizado a prática de aumentar o kV e diminuir a mA com intuito de diminuir a dose no paciente. [5]. 3. EQUIPAMENTO DE RAIOS X E SEUS COMPONENTES A ampola de raios X fica localizada no cabeçote do aparelho, constituída de vidro temperado e a vácuo para ajudar a conter a alta temperatura que está sujeita, tem a função de abrigar os componentes para a produção dos raios X. A ampola ou tubo abriga dois eletrodos o cátodo e o ânodo. [6] No tubo de raios X também se encontram componentes que auxiliam na redução da radiação como, o diafragma de abertura que são tiras de chumbo alocadas próxima a janela que servem para filtrar a radiação e o colimador que é colocado no tubo abaixo da janela que saem os raios X, constituídos de chumbo que ajudam a modelar o feixe. Tudo isso fica dentro do cabeçote envolto por uma camada de óleo que ajuda a conter o calor emitido da ampola. [6] Outra parte do equipamento é a mesa de exame, suporte este onde são realizados os exames radiográficos e onde o paciente será posicionado. Tem a capacidade de se mover para direita e esquerda e algumas tem a capacidade de erguer um lado para ficar na posição vertical. Abaixo da mesa de exames está localizada a grade antidifusora, inventada por Gustav Bucky em 1913 a grade é composta por tirar de um material radiopaco, normalmente chumbo, intercalada com um material radio transparente denominado interstício e pode ser de alumínio ou de fibra plástica, essas tiras são responsáveis por filtrar a radiação secundária emitidas após entrar em contato com o paciente impedindo que essa radiação cause alguma divergência na imagem radiográfica. A grade antidifusora fica entre o paciente e a gaveta. [6] A gaveta ou Bucky é o porta-chassi que segura o filme de raios X, e também tem a função de movimentar as tiras da grade antidifusora para que elas não apareçam na imagem radiográfica, é apropriada para segurar todos os tamanhos de chassis possíveis. Consequentemente, o chassi radiográfico é o porta-filme que 10 impede que ele seja exposto ou “queimado” pela luz devendo ser completamente vedado. O chassi possui dois lados, um anterior sendo o lado voltado para o feixe de raios x geralmente feito de material radiotransparente para minimizar a absorção dos raios e o lado posterior que é por onde o chassi é aberto e o filme manuseado. Ele também tem duas faces, uma externa e outra interna. A face externa é a parte posterior do chassi no qual estão as presilhas que o fecham e a face interna sendo a parte de dentro do chassi, ela segura uma folha de chumbo muito fina que ajuda a absorver a radiação secundária originada na parte posterior, junto a esta folha de chumbo esta aderida uma camada de um material flexível como uma espuma que facilita o contato do filme com a tela intensificadora. [6] A tela intensificadora ou écran é um dispositivo capaz de converter fótons de raios X em luz visível que sensibiliza o filme e forma uma imagem latente. O écran é posicionado entre o chassi e o filme e é composto por uma camada protetora, fósforo e uma camada refletora. [6] Por último, dentro do chassi se encontra o filme radiográfico que é onde a imagem será formada. O filme é dividido em duas partes chamadas base e emulsão, porém entre elas há uma camada adesiva bem fina que garante a adesão entre elas e uma gelatinosa camada de recobrimento sobre a emulsão que a protege de agressões externas. A base tem a função de manter a estrutura do filme e manter a estabilidade dimensional na imagem, já a emulsão é camada que interagem com os fótons de raios X e a luz da tela intensificadora e é feita de uma mistura de gelatina com haleto de prata, o filme é extremamente sensível a luz e por isso só deve ser manuseado em sala escura. [6] Além destes componentes que atuam mais próximos do paciente há também outros dispositivos mais indiretos como o transformador de alta tensão, dispositivo responsável por transmitir a energia elétrica entre os circuitos e é divido em dois lados, sendo o primário com menos rolamentos do que o lado secundário, diferenciando-se na amplitude das ondas onde as primárias são medidas em volts(V) e a secundária em quilovolts (kV). A sala de exames também apresenta um biombo que é a parede revestida de chumbo para proteger o tecnólogo, pois, atrás do mesmo há o console de operações. O console ou mesa de comando é o componente geralmente mais vistos pelos pacientes, se trata de um painel de comando com a função de controlar a corrente do tubo que é a mA e a tensão do equipamento ou kV, e alguns equipamentos modificam o tempo enquanto outros o 11 determinam junto com a mA se tornando, mAs. O console é basicamente dividido em cinco componentes, sendo eles o temporizador de exposição, fonte de tensão, fonte de corrente, autotransformador e compensador de linha. [6] 4. POSIÇÃO ANATÔMICA PADRÃOPara um melhor exame radiológico é necessário ter conhecimento da posição anatômica padrão, que se referente à posição do corpo mais adequada para visualizar todas as estruturas. Nessa posição, o individuo deve estar em ortostático com sua face voltada para frente, olhar direcionado para o horizonte, os membros superiores e inferiores estendidos e as palmas das mãos voltadas para frente assim como os dedos e os pés (figura 1). [7] Figura 1 - Posição anatômica do corpo humano. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 A posição anatômica é a base para formação de todos os exames de imagem. Em radiologia convencional, a incidência dos raios X, bem como o correto posicionamento do paciente é justificado pela posição anatômica. Os raios X utilizados para formação de radiografias demonstram patologias em diferentes regiões do corpo, em especial a ocorrência de fraturas nos membros. [7] 12 5. ANATOMIA DO MEMBRO SUPERIOR (MÃOS E PUNHOS) As mãos são formadas pelo carpo, metacarpo, falanges proximais, mediais e as distais, sendo as falanges distais longe do punho nos finais dos dedos, as mediais entre as distais e as proximais próximas ao metacarpo. Os ossos que compões o carpo são denominados de trapézio, trapezóide, capitato, hamato, pisiforme, piramidal, semilunar e o escafóide. (figura 2). Nos serviços de rotina para realização de radiografias, o correto posicionamento do paciente, garante o diagnóstico preciso da equipe médica, uma vez que na imagem são demonstrados todos os ossos dessa região sem sobreposições. [7] Figura 2 - Ossos da mão e do carpo Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 5.1. Incidência póstero-anterior (PA) Os principais motivos para se realizar uma radiografia de mão são para cunho investigativo de fraturas, luxações e corpos estranhos. Antes de realizar o exame é necessária uma preparação para realizar a radiografia, posicionando o paciente em frente à mesa, tirando os demais adornos metálicos, o cotovelo deve formar um ângulo de 90º uma abdução leve dos dedos, a mão planada sobre o chassi e 13 alinhada ao antebraço. O raio central deve estar perpendicular ao centro do 3º metacarpo, sendo está uma posição de mão póstero-anterior PA verdadeira. (figura 3A). Nessa incidência, a mão é visualizada por inteira, incluindo as falanges e os ossos dos metacarpos (figura 3B). [2] Figura 3 - Incidência póstero-anterior (PA). (A) Posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 5.2. Obliqua póstero-anterior O paciente deve ser posicionado próximo a mesa, com o cotovelo flexionado no ângulo de 90°, apoiando o antebraço na mesa.Deve-se posicionar a mão do paciente com a superfície anterior apoiado sobre o chassi, gira-la lateralmente até que se torne uma obliqua. Os dedos do paciente devem ser estendidos e separados.[2] O raio central deve incidir perpendicularmente ao filme radiográfico, entrando na 3° articulação metacarpo falangiana (figura 4A). A imagem radiográfica demonstra toda mão do paciente e os ossos do carpo (figura 4B). [2] Figura 4 - Incidência Obliqua póstero-anterior (A) Posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 A B A B A 14 5.3. Perfil látero-medial (perfil interno) com extensão dos dedos O paciente deve ser posicionado próximo a mesa, com o cotovelo flexionado no ângulo de 90°, apoiando o antebraço na mesa. A mão do paciente deve estar posicionada perfilada e totalmente alinhada com o antebraço, com todos os dedos estendidos, totalmente alinhados e superpostos. O 5° dedo deve estar em contato com o chassi e o 1° deve ser posicionado paralelo ao 2°. [2] O raio central deve incidir perpendicularmente ao filme, entrando na direção da 3° articulação metacarpo falangiana (Figura 5A). E a imagem radiografada demonstra toda mão do paciente e os ossos do carpo. (Figura 5B). [2] Figura 5 – Posicionamento perfil látero-medial (A) Posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 6. INCIDÊNCIAS COMPLEMENTARES Além das incidências de rotina descritas acima, existem outras incidências complementares usadas para determinadas patologias. [2] 6.1. Incidência Lateral em Leque O paciente deve ser posicionado sentado na cadeira na extremidade da mesa com o cotovelo fletido no ângulo de 90º, de modo que a mão e o antebraço fiquem apoiados na mesa. Girar a mão e o punho para a posição lateral, com o polegar para cima. O RC deve ser perpendicular ao filmedirecionado à segunda articulação metacarpo falangiana (figura 6A). A imagem radiográfica demonstra toda mão do paciente em perfil com alguma sobreposição. (figura 6B). [2] A B 15 Figura 6 - Incidência Obliqua de mão (A) Posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 6.2. Incidência de Brewerton É realizada para mostrar a erosão na cabeça do metacarpo, inserção óssea dos ligamentos metacarpofalângicos, ou detalhe das cabeças dos metacarpos, como pequenas fraturas. O dorso dos dedos estendidos deve estar posicionado paralelo ao chassi radiográfico, com as articulações metacarpofalângicos fletidas aproximadamente 65°. O raio central deve incidir de 15° a 20° da ulnar para o radio (figura 7A). A imagem radiográfica demonstra as ligações dos ossos dos metacarpos com as falanges. (figura 7B). [3] Figura 7 – Incidência de Brewerton. (A) Posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 B A A B A B A 16 6.3. Incidência de Norgaard O paciente deve ser posicionado paralelamente à extremidade da mesa, com a mão em rotação de 30º, e o braço em extensão completa. O raio central deve incidir perpendicularmente entre ambas as mãos na região das articulações metacarpo falangianas (figura 8A). A imagem radiográfica demonstra as duas mãos do paciente e os ossos do carpo. (Figura 8B). [2] Figura 8 - Incidência de Norgaard (A) posicionamento do paciente e (B) imagem radiográfica. Fonte: BONTRAGER, Kenneth L; LAMPIGNANO, John P. 2015 7. VISITA TÉCNICA A visita técnica foi realizada no dia 07 de maio de 2019, no Hospital de Base, especificamente no setor de raios X, que está localizado na Rua Monsenhor Claro, quadra 8-88. Centro de Bauru. Conversamos com a técnica Raquel Cristina para saber qual a maior dificuldade de tirar uma radiografia de mão, se tem um valor especifico usado para KV e mAs em uma incidência AP. Ela nos informou que a maior dificuldade é com pacientes e crianças com fraturas, pois sentem bastante dor, onde não deixam posicionar o membro na posição correta. Sobre o KV e mAs não tem um valor correto, pois depende muito do biótipo do paciente, quanto mais adiposo o paciente for, maior será do KV e o mAs, mas geralmente o raio-x de mão é de 40-60 KV e 4-6 mAs são utilizados em crianças e adultos, pacientes com talas aumenta o valor do KV para 10. A técnica disse também que dependendo de alguns pacientes, é preciso utilizar objetos improvisados (lençol, livro, agenda telefônica), pois não conseguem ficar com a mão na posição correta. Perguntamos também se é preciso tirar todos os adornos na hora do exame em pacientes com fraturas, qual chassi usado com mais frequência e quais incidências mais utilizado em radiografia da mão. Ela nos esclareceu que mesmo B A 17 que os pacientes tenham fratura, é preciso retirar os adornos, pois dá artefato na imagem, fazendo com que o médico não consiga elaborar um diagnóstico mais preciso. Sobre o chassi, o mais utilizado é o de tamanho pequeno (18x24 cm) para uma mão, se for necessário radiografar as duas, é usado o de tamanhomédio (24x30 cm). As incidências de mais realizadas para visualização da mão é PA e oblíqua. As indicações para realização de radiografias de mão se da para pacientes que estão com suspeita de fratura, lesões tumorais, quando existe dor ou algum outro tipo de trauma. Figura 9: Chassi 18x24 e 24x30 Fonte: Autoria própria. Figura 10: Chassi 18x24 e 24x30 Fonte: Autoria própria. 18 Figura 11: Sala de raios X Fonte: Autoria própria. Figura 12: Aparelho de comando Fonte: Autoria própria. Figura 13 - Biombo de chumbo e aparelho de comando. Fonte: Autoria própria. 19 8. CONCLUSÃO Através dos avanços da tecnologia, podemos concluir que as invenções do físico Wilhen Conrad Röntgen ajudaram a diagnosticar problemas no qual antes era necessária uma intervenção cirurgia invasiva. Com o passar do tempo, foram adquiridas técnicas para um melhor exame, tanto para o paciente quanto para o tecnólogo e assim resultando em uma imagem melhor. O aprimoramento de novos equipamentos de raios X, junto da inserção de novas incidências radiográficas possibilitou o diagnóstico mais rápido e preciso de diversas regiões do corpo, em especial dos membros superiores. As obtenções de radiografias das mãos e dos ossos do carpo possibilitaram a aquisição de imagens que podem demonstrar fraturas, luxações, corpos estranhos e tumores, caso estejam presentes, não necessitando mais de intervenções antes invasivas. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. FRANCISCO, Fabiano C. et al. Radiologia 110 anos. Rev Imagem. V, 24, p,281-6. 2005. 2. PIRES, E. Membros superiores incidência de dedos da mão PA e AP. Ednelson Pires radiologia médica. 2014. Disponível em:<https://ednelsonpires.wordpress.com/membros-superiores/>. Acesso em: 10 maio de 2019). 3. Severo, A. Osvandré L. Diagnóstico por imagem nos Traumatismos da Mão e Punho. 2008; Disponível em: <http://www.antoniosevero.com.br/artigos/down_192.pdf>. Acesso em: 05 abril de 2019). 4. BIASSOLI, A. Manual de posicionamento radiográfico. 4ª Edição; Rubio; 2017. 5. HAMANN, J. Entenda como funciona a produção dos raios-x. CONTER Conselho Nacional de Tecnologia em Radiologia. 2016; Disponível em: <http://www.conter.gov.br/site/noticia/ampola>. Acesso em: 22 maio de 2019). 6. BUSHONG, S. Ciência Radiológica para tecnólogos. 9ª Edição; Mosby; 2010. 7. BONTRAGER, Kenneth L. et al; Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada. 8ª Edição; Elsevier Brasil, 2015.
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