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Em 1971, Philip Zimbardo (1933-) fez um estudo sobre como as pessoas se comportam quando ocupam um posto de autoridade e tem poderes ilimitados, foi ele quem conduziu o famoso experimento da Prisão de Stanford. O experimento era realizado da seguinte maneira, 24 universitários americanos da classe media, previamente testados para estabelecer sua saúde mental, foram sorteados para assumirem papeis de “guardas” ou “prisioneiros”. Então em uma manha de domingo, os prisioneiros foram presos em suas casas, fichados em uma delegacia policial de verdade e levados ao porão do departamento de psicologia da Universidade de Stanford, transformada em uma prisão falsa. O experimento teve a carga psicológica mais real possível, os prisioneiros tiveram que ser despidos, revistados e vestir uniformes, já os guardas, portavam chaves, apitos, algemas, cassetetes e vestiam uniformes e óculos de sol para não ter contato visual direto com os presos. Para o espanto dos pesquisadores, o ambiente se tornou perigoso tão rapidamente, que o estudo teve que ser finalizado após seis dias de início. Os guardas foram todos autoritários, abusaram do seu poder, humilharam e usaram os prisioneiros como brinquedos. Alguns dos prisioneiros apresentaram grandes sintomas de angustia, um deles ate teve que ser libertado após 36 horas de experimento. O resultado do estudo revelou que o poder das forças sociais e institucionais podem fazer homens bons praticarem atos cruéis, afirma Zimbardo, e que: “qualquer ato praticado por um ser humano, por mais horrível que seja, pode ser cometido por qualquer um de nós – se estivermos pressionados pela situação, seja ela boa ou ruim”. O estudo teve como foco a conformidade, afinal, as pessoas que estão em posição de poder usam e abusam do poder que tem, e as que estão e posição de subordinadas submetem-se a autoridade, mas não é a disposição das pessoas que gera o comportamento cruel, e sim as “situações extremas” que são submetidas.
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