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Escarlatina: doença exantemática causada por bactéria

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Escarlatina:
-> É a única dentre as doenças exantemáticas típicas da infância causada por uma bactéria. 
Epidemiologia: acomete principalmente escolares, entre 3 a 15 anos de idade. 
Agente etiológico: estreptococo grupo A, β-hemolítico, que é o Streptococcus pyogenes.
A manifestação clínica da escarlatina só existe quando o estreptococo está infectado por um bacteriófago (vírus que se multiplica no interior de bactérias) capaz de produzir toxina eritrogênica. Existem três tipos de toxina eritrogênica, e é por isso que posso ter escarlatina por 3 vezes na vida.
 Esses estreptococos circulam principalmente nos meses de inverno e da primavera e a transmissão ocorre por meio de gotículas. 
Quadro Clínico: tudo começa quando a criança se infecta pelo Streptococcus pyogenes na garganta. Inicialmente tenho uma Faringite, ou faringoamigdalite, com febre alta, dor de garganta, cefaleia, mal-estar, anorexia, dor abdominal e até vômitos.
Após 24 a 48h do quadro inicial, aparece o exantema. 
Começa com dor de garganta, 1 ou 2 dias depois, aparece um exantema, que tem uma série de características típicas.
Características do Exantema:
Exantema micropapular – aspecto de lixa (áspero ao passar a mão)
Exantema vermelho brilhante que se inicia ao redor do pescoço e se espalha para tronco e membros, sempre poupando as palmas das mãos e plantas dos pés. 
Linhas de Pastia: a imagem à esquerda revela acentuação da prega da região anterior ao cotovelo. As linhas de pastia consistem em hiperemia acentuada nas regiões de pregas.
- O exantema dura de 3 a 4 dias
- Resolve com descamação (é furfurácea no tronco e laminar ao redor dos dedos)
· Outras características semiológicas na Escarlatina: 
Face esbofeteada (eritema malar, com palidez perioral – que é o sinal de Filatov)
Língua em framboesa (decorrente do edema das papilar linguais, uma boca bem avermelhada) 
-> A língua em framboesa trata-se de um enantema na língua com papilas hipertróficas. Inicialmente com exsudato branco de permeio (em morango branco) e após isso intenso brilho (morango vermelho).
Diagnóstico da Escarlatina: é clínico, mas também deve-se procurar o agente etiológico.
Padrão ouro de diagnóstico etiológico: Cultura de Orofaringe
A cultura de orofaringe tem sensibilidade de 95% mas demora cerca de 2 a 3 dias pra sair o resultado, por isso pode-se fazer o Strep Test, que é um teste rápido feito também com swab de orofaringe, mas dá o resultado na hora. O Strep Test tem uma sensibilidade de 80 a 90%. 
Outra alternativa para diagnóstico etiológico é a sorologia, com a identificação dos anticorpos anti-estreptococos, como o ASLO (antiestreptolisina O) e o anti-DNAse B. Nesse caso, para fazer o diagnóstico deve haver o aumento dos títulos na segunda amostra (a partir de duas amostras pareadas). 
Tratamento: 
O exantema da escarlatina é autolimitado e resolve mesmo sem tratamento algum. Na fase aguda seria possível usar apenas antitérmicos. 
Entretanto, sempre é indicado para o tratamento de escarlatina uso de antibióticos. Esses antibióticos servem para encurtar o curso da doença, e também para erradicar essa bactéria e evitar as complicações.
Antibiótico: Penicilina Benzatina IM, em doce única (Benzetacil) 
ou Amoxicilina, via oral, por 10 dias.
Complicações do S. pyogenes:
· Complicações Supurativas (que são decorrentes da infecção aguda): 
· Linfadenite Cervical
· Abcesso Peritonsilar
· Complicações Não-Supurativas:
· Febre Reumática
· Glomerulonefrite Pós-Estreptocócica (não prevenível)
Nota: Tanto a febre reumática quanto as complicações supurativas são preveníveis com o uso de antibiótico. Devo utilizar antibioticoterapia precocemente, nos primeiros 9 dias de doença, para conseguir evitar essas complicações. 
Entretanto, existe uma complicação não supurativa que não é prevenível com antibióticos, que é a Glomerulonefrite pós-estreptocócica. Essa doença pode ocorrer quando há uma infecção por S. pyogenes de cepa nefritogênica.

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