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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 - Halsted introduziu o uso da sutura não- absorvível, com linho - Depois, começou-se a usar fios de seda e algodão, seguidos depois de pouco tempo pelos fios de aço - A partir da década de 40 começou a ter uniformização quanto a preparo e esterilização dos materiais para sutura, surgindo nessa época diversos fios sintéticos - Os fios cirúrgicos são usados durante uma operação com finalidade hemostática (ligadura ou laqueadura dos vasos sanguíneos) e para sutura (em diferentes órgãos e planos anatômicos do corpo) - Chama-se de sutura a união das bordas de uma ferida com fios específicos, de modo a promover melhor e mais rápida cicatrização - Características usadas para classificar os fios cirúrgicos são fatores decisivos na orientação quanto ao tipo de fio que será usado em determinado tecido ou situação: 1. Origem do material para sua fabricação biológicos ou naturais e sintéticos 2. Possibilidade de assimilação pelo organismo absorvíveis e não- absorvíveis 3. Propriedades físicas configuração básica, capilaridade, calibre, força tênsil, força do nó e memória 4. Manuseio flexibilidade, coeficiente de fricção, arrasto tecidual e visibilidade do fio no campo operatório 5. Desencadeamento de reação tecidual reação celular inflamatória e fibrosa, potencial para desenvolvimento de infecção e alergia, e facilidade para esterilização ORIGEM DOS FIOS CIRÚRGICOS: - Os fios naturais eram os mais usados desde a Idade Média, visto a sua adaptação à maioria das necessidades operatórias, porém o desenvolvimento dos fios sintéticos, que geram menor reatividade tecidual, tem favorecido sua maior utilização na atualidade BIOLÓGICOS OU NATURAIS: Oriundos de vegetais algodão e linho Oriundos de animais categute (intestino de ovinos e bovinos), colágeno e seda (casulo das larvas do bicho-da-seda) SINTÉTICOS: Náilon (oriundo da poliamida) Dracon (poliéster) Polipropileno (poliolefina) Ácido poliglicólico (polímero do ácido glicólico) Poliglactina (polímero dos ácidos glicólico e lático) Polidioxanona (polímero da paradioxanona) METÁLICOS: Aço inoxidável ASSIMILAÇÃO PELO ORGANISMO: - Os fios cirúrgicos são divididos em 2 grandes categorias: Fios absorvíveis 1. Curtíssimo espaço de tempo categute simples – 7-10 dias NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 2. Curto espaço de tempo categute cromado – 15-20 dias 3. Médio espaço de tempo ácido poliglicólico e poliglactina 910 – 50-70 dias 4. Moderado espaço de tempo poliglecaprona – 90-120 dias 5. Longo espaço de tempo polidioxanona – 90-180 dias e poligliconato – 150-180 dias Fios não-absorvíveis permanecem indefinidamente nos tecidos, sendo encapsulados, mas não digeridos, embora possam sofrer alterações em sua estrutura 1. Algodão 2. Linho 3. Náilon 4. Polipropileno 5. Seda 6. Aço inoxidável Alguns são biodegradáveis após longo período: 1. Náilon sofre cerca de 20% de degradação enzimática ao ano 2. Seda absorvido por fagocitose em aproximadamente 2 anos CARACTERÍSTICAS DOS FIOS CIRÚRGICOS: PROPRIEDADES FÍSICAS: - É importante para a escolha do material adequado para determinado tecido - As propriedades se inter-relacionam com uma propriedade sendo dependente ou consequente de outra - São de fácil percepção e entendimento, por usarem denominações que podem ser consideradas autoexplicativas ESTRUTURA FÍSICA: - Podem ser: Monofilamentares produzidos com um único filamento sendo menos maleáveis do que os multifilamenteres 1. Categute simples e cromado 2. Polidioxanona 3. Colágeno 4. Seda 5. Náilon 6. Polipropileno 7. Poliéster 8. Aço inoxidável Multifilamentares vários filamentos torcidos ou trançados entrem si, levando a uma maior flexibilidade e mais fácil manuseio Na sua fabricação, essas várias fibras podem se encontrar trançadas e torcidas, ou podem ser recobertas por um fio único, com o objetivo de diminuir a reação tecidual NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 São mais traumatizantes e ásperos ao passarem pelos tecidos, levando a maior arrasto tecidual 1. Algodão 2. Linho 3. Seda 4. Náilon 5. Poliéster 6. Poliéster revestido por teflon ou silicone 7. Aço inoxidável 8. Ácido poliglicólico 9. Poliglactina 10. Poliglactina revestida Existem alguns que se encontram nas duas apresentações - Geralmente, os fios monofilamentares apresentam menor potencial para o desenvolvimento de infecções - Os multifilamentares tendem a ser mais vulneráveis à força de cisalhamento, particularmente em sua forma trançada, e mais suscetível à ruptura - Os monofilamentares podem ser enfraquecidos pela pinça cirúrgica ou outros instrumentos, exigindo manipulação mais cuidadosa ABSORÇÃO DE LÍQUIDOS E CAPILARIDADE: - Essas características podem influir no surgimento de complicações infecciosas - A absorção de líquido é a capacidade que um fio apresenta de reter líquidos - Capilaridade constitui a forma que o líquido absorvido se propaga pela extensão do fio, propiciando o carreamento de microrganismos - Os multifilamentares apresentam maior efeito de capilaridade do que os monofilamentares - O categute é o fio que mais capilaridade proporciona - O poliéster revestido por teflon ou silicone praticamente não exibe esse efeito DIÂMETRO: - Varia entre padrões predeterminados e seguidos pela indústria - Partindo-se de um padrão determinado 0, que apresenta cerca de 0,40mm de diâmetro, temos fios de maior diâmetro (1, 2, 3, 4, 5, 6, sendo este o fio cirúrgico de maior diâmetro) e de menor diâmetro (00 ou 2-0, 000 ou 3-0, 4-0, 5-0, e assim por diante até 12-0, que é o fio cirúrgico de menor diâmetro, oscilando entre 0,001 e 0,01 mm) - Os fios de menor diâmetro são usados em microcirurgia - Os de maior diâmetro são usados para síntese de tecido ósseo - Em um determinado fio, o aumento de seu diâmetro é acompanhado por aumento de sua resistência ou força tênsil - Não há ganho em usar um fio com força tênsil maior do que a necessária para a sutura do tecido que esteja sendo empregado - A escolha do cirurgião deve ser pelo fio de sutura mais fino possível para o tecido em que está trabalhando, sem prejuízo do resultado, de forma a usar a menor quantidade de tecido estranho ao organismo FORÇA OU RESISTÊNCIA TÊNSIL: - Para que a estrutura anatômica suturada resista aos estímulos mecânicos habituais, a força tênsil de um fio tem que ser mantida até se completar o processo de cicatrização - Resistência é a força oposta pelos tecidos à sua junção NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 - Força tênsil é a força que vence a resistência - Quanto maior for a força tênsil de um fio, menor o diâmetro que necessita ser usado, resultando em menor quantidade de corpo estranho nas feridas cirúrgicas - Tecidos compostos por grande quantidade de fibras colágenas, como pele, fáscia, aponeurose e tendões, representam os tecidos mais resistentes, uma vez submetidos à sutura, a recuperação de sua força tênsil é lenta. Para esse tipo de tecido é recomendado o uso de fios que mantenham sua força tênsil por maior tempo, até que tenha recuperação ideal das fibras de colágeno e a cicatriz apresente resistência - Tecidos com grande vascularização e que cicatrizam rapidamente (peritônio, órgãos intra- abdominais, músculo, tecido gorduroso) não necessitam de fios com grande resistência tênsil - Os fios biológicos (categute, algodão, linho e seda) possuem a menor força tênsil - Os fios de aço inoxidável possuem a maior força tênsil - Os fios sintéticos se situam entre os 2 extremos FORÇA E SEGURANÇA DOS NÓS - É a força necessáriapara fazer com que um nó não sofra processo de deslizamento ou de ruptura - Também é conhecida como resistência tênsil efetiva - Quanto menor o coeficiente de fricção apresentado por um fio, maior sua possibilidade de desfazer um nó - Em uma ligadura ou sutura submetida à tensão, a parte mais fraca do fio é representada pelo nó - Os fios não-absorvíveis monofilamentares são aqueles que apresentam o menor coeficiente, exigindo a realização de muitos seminós, o que leva a maior implante de corpo estranho no organismo - Os nós que não são bem fixados permitem o deslizamento, um fenômeno que ocorre em certo grau em todos os nós, mas são mais frequentes em alguns tipos de fios monofilamentares sintéticos - Dentre os fatores que influenciam sua fixação encotra-se: Condição do material Comprimento das extremidades seccionadas Configuração estrutural MEMÓRIA: - É a capacidade inerente de um material para retornar à sua forma original depois de manuseado e deformado - É relacionada com 2 outras características: Plasticidade diz respeito à sua possibilidade de expansão quando submetido à tração para estiramento Quanto mais estirado, menor a tendência ao retorno à forma original Elasticidade se traduz pela capacidade de retornar à forma e comprimento originais, quando estirado - Quanto maior for a memória de um fio, maior a rigidez, mais difícil o manuseio e menor a segurança do nó realizado com ele (mais suscetível de deslizamento) - Fios de polipropileno e náilon monofilamentares são os que exibem mais acentuadamente esse fenômeno. Nesses casos devemos adicionar seminós até conseguir segurança contra deslizamentos Com esses fios, ao menos 5-7 seminós devem ser realizados para não permitir que o nó se desfaça, garantindo segurança para a sutura NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 MANUESEIO: FLEXIBILIDADE E FACILIDADE DE MANUSEIO: - Relacionadas com a rigidez do fio para sutura - O manuseio mais difícil é com o aço inoxidável, que proporciona ferimentos na equipe cirúrgica e no paciente - O manuseio mais fácil é com a seda - Se relacionam diretamente à plasticidade, elasticidade e memória de um fio cirúrgico COEFICIENTE DE FRICÇÃO: - Facilidade com que a sutura desliza através do tecido e dos nós - Quanto maior o coeficiente de fricção de um fio, maior a sua dificuldade em deslizar pelos tecidos, ocasionando maior arrasto tecidual - Quanto menor o coeficiente de fricção, mais o fio sofre deslizamento e maior a instabilidade dos nós - Alguns fios cirúrgicos são revestidos por capa protetora com o intuito de redução do coeficiente de fricção ARRASTO TECIDUAL: - Quanto mais rígido um fio ou quanto maior o seu coeficiente de fricção, maior o arrasto tecidual que irá proporcionar, interferindo com sua capacidade para deslizamento - Um fio que proporciona maior arrasto tecidual pode acarretar maior dano a esse tecido Exemplo: a superfície de um fio multifilamentar trançado é áspera e determina dificuldade para sua passagem pelo tecido, fazendo com que se agarre a ele e o traga junto a si, arrastando-o VISUALIZAÇÃO DO FIO NO CAMPO OPERATÓRIO - Durante o ato operatório, os fios colocados em um determinado tecido podem orientar e mostrar sua exata localização - Fios nas cores verde, lilás, azul e preta podem ser mais facilmente visualizados do que os incolores CARACTERÍSTICAS RELATIVAS À REAÇÃO TECIDUAL: INTENSIDADE DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA TECIDUAL DESENCADEADA - Fios multifilamentares acarretam maior reação tecidual - Inicia-se com a infiltração de leucócitos na área do trauma cirúrgico e com aparecimento de macrófagos e fibroblastos - Ao redor do 7º dia, surge um tecido fibroso com processo inflamatório crônico - Os fios absorvíveis, principalmente os naturais, provocam reações do tipo corpo estranho mais intensas do que os não-absorvíveis - Os fios absorvíveis sintéticos levam à pequena reação tecidual - Dentre os não-absorvíveis, náilo, polipropileno e aço inoxidável levam à mínima reação inflamatória nos tecidos. E é mais acentuada com seda, algodão e linho - A reação persiste até que o fio seja encapsulado (fios não absorvíveis) ou absorvido pelo organismo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 ABSORÇÃO X NÃO-ABSORÇÃO: - Fio absorvível é aquele que se degrada e desaparece no tecido onde foi implantado - Fio não-absorvível é aquele que se mantém no local onde foi usado, mesmo depois da cicatrização tecidual - Um fio para sutura deve manter força têncil suficiente até a cicatrização completa do tecido, a partir daí ele não apresenta mais função e deve ser retirado Se absorvível, assim que ocorrer a sua absorção, ele para de atuar como corpo estranho, cessando sua possibilidade de propiciar multiplicação de microrganismos A absorção pode acontecer por atividade enzimática ou por hidrólise - As suturas não-absorvíveis consistem em feixes de materiais que resistem de modo eficaz à absorção, qualquer que seja o meio - Os materiais não-absorvíveis são encapsulados ou isolados pelos tecidos ao seu redor durante o processo de cicatrização - O náilon e a seda são fios não-absorvíveis biodegradáveis em cerca de 2-3 anos POTENCIAL PARA MULTIPLICAÇÃO BACTERIANA: - Todos os fios cirúrgicos diminuem a eficiência dos mecanismos de defesa humanos contra microrganismos - Os fios multifilamentares permitem o assentamento de bactérias entre seus filamentos e são os que mais propiciam a multiplicação de microrganismos ANTIGENICIDADE E ALERGENICIDADE - Fios cirúrgicos manufaturados a partir de polímeros do ácido glicólico não apresentam proteínas de colágeno, antígenos e pirógenos em sua superfície, e se situam junto ao polipropileno, náilon e aço monofilamentares, como os menos antigênicos e alergênicos - Os mais antigênicos e alergênicos são o categute simples e o categute cromado ESTERILIZAÇÃO: - O fio para sutura deve ser usado dentro do limite estabelecido para a validade e não pode ser reutilizado, sob o risco de transmissão de diversas infecções PRINCIPAIS TIPOS DE FIOS CIRÚRGICOS: FIOS ABSORVÍVEIS: CATEGUTE: - Fio biológico monofilamentar torcido, apresentado sob a forma simples ou sob a forma de cromado (mesmo fio, imerso em soluções com sais de cromo), originalmente formado por fibras colágenas lonitudinais obtidas da submucosa do intestino delgado de ovinos ou da camada serosa intestinal de bovinos - É cortado em fitas, que são lavadas química e fisicamente, e depois selecionadas de acordo com seu diâmetro - Depois sofre processo de esterilização por radiação iônica e é armazenado em embalagem hermeticamente fechada, pronta para uso - No categute cromado, as fitas são tratadas com compostos crômicos, aumentando as ligações intermoleculares, assegurando sua integridade e a manutenção de sua resistência nos estágios iniciais da cicatrização - Seu índice de absorção é influenciado pelo tipo de tecido que entra em contato, assim a absorção em membranas serosas e mucosas é mais veloz do que em tecidos musculares - O categute cromado pode ser usado: No plano total das anastomoses gastrointestinais em 2 planos Na sutura do peritônio Na bolsa escrotal e no períneo Não deve ser usado no plano aponeurótico NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 - O categute simples pode ser usado: Sutura peritoneal Na bolsa escrotal No períneo Na reaproximação do tecido muscular e do tecido celular subcutâneo - Alguns autores preferem o uso do categute para pequenos ferimentos em crianças, por não haver necessidade de sua retirada - Também pode ser usado em ferimentos nas regiões palmares e plantares, com o intuito de orientar a linha de cicatrização - Devidoseu alto conteúdo proteico, o categute simples e o cromado apresentam grande sensibilidade à digestão por enzimas proteolíticas, sendo contraindicados para utilização em anastomoses biliares e pancreáticas, e para sutura de úlceras pépticas duodenais - A resistência tênsil dos fios se esgota totalmente em 7-10 dias (categute simples) e em 15-20 dias (categute cromado), ainda existam resquícios desses fios em até 70-90 dias, respectivamente - As embalagens deles os mantem imersos em solução alcoólica contendo álcool isopropílico (85-90%), dietiletanolamina, benzoato de sódio e água, visto que eles de deterioram se mantidos secos - Devem ser usados logo que retirados da embalagem, com risco de perda de flexibilidade, que pode ser restaurada pela imersão em água destilada estéril ou solução fisiológica - Características indesejáveis: 1. É o fio que provoca mais intensa reação tecidual inflamatória, interferindo no processo de cicatrização (reação maior com o fio simples) 2. Absorção irregular, imprevisível e variável, pois depende da fagocitose pelos neutrófilos e macrófagos, seguida de digestão pelas enzimas proteolíticas dos lisossomos 3. É o fio que tem menor força tênsil, exigindo-se o uso de fios com diâmetros maiores e quando embebido nos líquidos tissulares, sua força tênsil fica ainda menor e devido a isso não deve ser usado em pacientes desnutridos, sob o risco de determinar deiscência da ferida 4. Os nós tendem a afrouxar devido à alta capilaridade que apresenta, além do fato de atrair fluidos para a feridade, a tornando edemaciada 5. Apresenta força tensil e absorção aumentada na presença de infecção - Existe um 3º tipo de categute que possui absorção ainda mais rápida: o categute simples que recebe tratamento sob a forma de calor, que mantem sua força tênsil durante apenas 5-7 dias Idealizado para sutura intradérmica em feridas com baixa tensão e para sutura de enxerto de pele de espessura total e parcial Não se preconiza sua utilização devido à grande reatividade tecidual que pode acarretar ÁCIDO POLIGLICÓLICO: - 1º fio sintético a ser lançado comercialmente - Atualmente só é usado na apresentação multifilamentar - Mais recentemente foi lançado comercialmente em nova apresentação, com um revestimento sintético para favorecer a passagem pelos tecidos e facilitar a realização de nós - É absorvido por hidrólise química entre 50-70 dias, dependente do nível de umidade tecidual, mas apresenta perda completa da resistência tênsil a partir de 4 semanas - Vantagens: 1. Força tênsil inalterada por cerca de 21 dias 2. Pequena capilaridade, baixa memória e segurança regular dos nós 3. Mínima reação inflamatória tecidual, por não conter proteínas do colágeno, antígenos e pirógenos NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 4. Taxa de infecção menor do que os fitos de categute, constituindo o fio de escolha em feridas infectadas - Desvantagens: 1. Flexibilidade regular (apesar de trançado) 2. Custo elevado - Preconizado para uso em sutura em praticamente todos os tipos de tecidos: peritoneal, muscular, aponeurótico, subcutâneo e na pele como sutura contínua intradérmica - Como não tem material proteico, o ácido poliglicólico e a poliglactina 910 não sofrem a ação das enzimas proteolíticas pancreáticas, mas amilase e lipase podem propiciar a sua desintegração, então ambos devem ser evitados em anastomoses sob ação de suco pancreático direto POLIGLACTINA 910: - Manufaturado a partir de 90% de ácido glicólico e 10% de ácido lático - É um fio multifilamentar mais flexível e maleável do que o de ácido poliglicólico - Após 4 semanas, mantém apenas 6% de sua força tênsil - A associação do ácido lático em sua composição dificulta a penetração de fluidos entre os seus filamentos e possivelmente propicia a ocorrência de resistência tênsil aumentada em relação ao fio de ácido poliglicólico - É fabricado nas cores branca e violeta, e a violeta não pode ser empregado na pele devido ao risco de levar a processo indesejado de tatuagem - O fio branco apresenta absorção mais rápida - Pode se desintegral sob a ação de enzimas pancreáticas, como amilase e lipase, devendo evitar seu uso em anastomoses pancreáticas POLIGLECAPRONA: - Fio sintético monofilamentar absorvível em moderado espaço de tempo (90-120 dias) - Manufaturado pela associação de ácido glicólico e épsilon-caprolactona - Fácil manuseio, com pouco arrasto tecidual, força tênsil regular com diminuição progressiva a partir de 3 semanas, pequeno fenômeno de memória, segurança regular dos nós e indução de ínfima reação tecidual - Foi lançado um fio de poliglactina 910 revestido por poliglecaprona, com absorção completa entre 18 e 30 meses e com manutenção da força de tensão em 80%, 60% e 20%, por 3, 6 e 12 meses POLIDIOXANONA: - Fio sintético monofilamentar absorvível em um longo espaço de tempo e com grande e duradoura força tênsil - Manufaturado a partir da polimerização da paradioxanona - Força tênsil menor do que as do ácido poliglicólico e poliglactina, mas se mantem durante mais tempo: Pelo 14º dia de pós operatório 74% de força residual No 28º dia, 58% 6ª semana, 41% - Sua absorção completa ocorre em 180 dias (se inicia a partir de 90 dias) - Pequeno grau de reação tecidual, mesmo em presença de feridas infectadas - É um dos fios que menos interferem na função dos macrófagos - Boa segurança dos nós, memória baixa, mas seu manuseio não é tão fácil quanto com os fios de ácido poliglicólico, poliglactina e poligliconato - Pode ser usado em qualquer tipo de anastomose no sistema digestório, incluindo as pancreáticas POLIGLICONATO: - Fio sintético monofilamentar absorvível por hidrólise em longo espaço de tempo (150-180 dias) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 - É o fio que apresenta melhor e mais duradoura força tênsil e maior segurança em relação aos nós 81% no 14º dia 59% no 28º dia 30% 6 semanas - Manuseio muito fácil, maior segurança dos nós e leva e pequeno fenômeno de memória, em comparação com os de polidiocanona, poliglactina e ácido poliglicólico - Indicado para todos os tipos de tecidos, bem como para fechamentos de parede abdominal - É o fio de mais alto custo - Os fios de poligliconato, poliglecaprona e polidioxanona atravessam os tecidos com mais facilidade, produzindo menor arrasto do que aqueles de ácido poliglicólico e poliglactina, além de apresentarem menor fenômeno de capilaridade FIOS NÃO-ABSORVÍVEIS: SEDA: - Fio biológico multifilamentar trançado não- absorvível fabricado a partir do casulo da larva do bicho-da-seda e corado de preto - Fácil manuseio, flexível, pequena memória e força tênsil que decai muito lentamente (30-40% em 6 meses) - É recoberto por ceras, resinas ou outo revestimento similar, visando a não provocar arrasto e floculação nos tecidos - Seus nós se ajeitam facilmente e são seguros - Possui resistência superior à dos fios de algodão e linhoe mais inferior à dos fios não- absorvíveis sintéticos - Provoca grande reação inflamatória e pode potencializar processos infecciosos - Pode ser usada em suturas gastrointestinais e para ligadura de vasos sanguíneos - Vantagem baixo custo, junto ao linho e algodão, mas o uso desses fios vem diminuindo, dando lugar aos fios sintéticos - Sofre biodegradação em torno de 2 anos ALGODÃO: - Fio biológico multifilamentar torcido não- absorvível fabricado a partir do algodão - Bem flexível - Possui as mesmas características do fio de seda, mas tem menos resistência e maior tendência à floculação - Os fios de algodão e linho ganham 10% de força tênsil quando umedecidos - O algodão leva a grande reação tecidual, porque ao se desfiarem, as fibras separadasaumentam a resposta tecidual global - É de fácil manuseio, seus nós são seguros, propicia baixa memória, mas com grande efeito de capilaridade - É de baixo custo - Usado em vários procedimentos, como anastomoses gastrointestinais realizadas em 2 planos, ligadura de vasos sanguíneos e nas camadas aponeuróticas, mas devido as diversas desvantagens, tende ao desuso NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 - Não deve ser usado em feridas contaminadas por mostrar maior tendência para o desenvolvimento de abcessos pela nidificação de bactérias entre suas fibras LINHO: - Fio biológico multifilamentar não-absorvível - Ganha mais resistência quando umedecidos (como o algodão) com solução fisiológica antes de seu uso, mas com grande efeito de capilaridade - Propicia o assentamento bacteriano e pode formar pequenos focos de abscessos situados superficialmente na ferida, fazendo saliência na pele e formando pequenos seios que não cicatrizarão até que o fio de sutura seja removido - Mesmas vantagens e desvantagens do fio de algodão, tendendo também ao desuso NÁILON: - Fio sintético, polímero de poliamida, monofilamentar ou multifilamentar trançado, não- absorvível - Bem tolerado pelo organismo com pequena reação tecidual - Boa e duradoura força tênsil - Pouca ou nenhuma ação de capilaridade (a forma multifilamentar possui alto efeito de capilaridade) - Apesar de classificado como não-absorvível, sofre degradação e algum grau de absorção em torno de 2 anos, e apresenta força tênsil decrescente a partir de 6 meses - A forma multifilamentar trançada é menos usada do que a monofilamentar. Apesar de ter menor efeito de deslizamento e ser mais maleável, seus nós apresentam tendência a se soltarem - A forma monofilamentar desliza com grande faliciliade pelos tecidos (pequeno arrasto tecidual). Mas entre suas características indesejáveis, destaca-se: 1. É um fio muito escorregadio, com os nós podendo desfazer facilmente, a menos que use muitos seminós para formar os nós, o que aumenta a quantidade de corpo estranho na ferida 2. É rígido, pouco flexível, com alta memória - Pode ser encontrado nas cores preta, verde e azul, além da incolor - Pode ser usado em quase todos os tipos de tecidos POLIPROPILENO: - Fio sintético, fabricado com propileno polimerizado monofilamentar, não-absorvível - Extremamente liso, com coeficiente de atrito muito baixo, o que permite suave passagem pelos tecidos - Pode ser usado mesmo em áreas infectadas - Promove mínima reação tecidual e resistência imutável ao longo dos anos, porém propicia alto fenômeno de memória - Boa plasticidade, mas com elasticidade restrita - Excelente fio para implantes de próteses cardíacas e anastomoses vasculares, mantendo sua força tênsil por tempo indefinido - Encontrado nas cores azul e incolor - Pode ser usado em quase todos os tipos de tecidos, e é considerado ideal para os chuleios intradérmicos - É um fio mais dispendioso do que o náilon monofilamentar, o que deve ser levado em consideração POLIÉSTER: - Fio sintético multifilamentar não-absorvível fabricado com fibras de poliéster trançadas - Pode ser sintetizado sem qualquer revestimento, tendendo a cortar suavemente ao passar pelos tecidos, ou com revestimentos de teflon, silicone e polibutilato (com 1 ou 2 agulhas), que não levariam a esse efeito indesejável - O fio de poliéster é o mais forte de todos os fios, exceto o de aço NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 - Determina pouca reação tecidual - É de excelente escolha para o fechamento de aponeuroses, pela sua resistência e integridade duradouras - Precisa em torno de 5 seminós para os tornar seguros - Média intensidade de fenômeno de memória - Variante monofilamentar de polibutéster, que é escorregadio e plástico como o polipropileno, porém com maior elasticidade, apresenta segurança ruim para os nós, alta memória e induz a baixa reação tecidual inflamatória POLIETRAFLUOROETILENO: - Fio sintético monofilamentar não-absorvível - De uso mais recente devido a mínima reação tecidual que acarreta, levando a bons resultados - Não é muito usado em nosso meio AÇO: - Fio mono ou multifilamentar torcido ou trançado - Fabricado a partir de liga de ferro com carbono - De uso restrito - É o fio de maior força tênsil existente e o que provê menor reação tecidual - É pouco flexível e pouco maleável, sendo desconfortável para o paciente e para o cirurgião, furando seguidamente as luvas cirúrgicas e ocasionando ferimentos - Os nós comuns com esse fio não são possíveis, sendo então fixados por meio de torção longitudinal de suas extremidades com o uso de pinças - Muitas vezes tem que ser retirados por fazer muito volume e causar dor na parede abdominal, incomodando os pacientes. E quando há infecção, também devem ser retirados - Pode ocasionar necrose se o nó estiver muito apertado - Não é muito durável, se fragmentando precocemente nos tecidos - Uma de suas poucas indicações para uso é em algumas operações ortopédicas, pois se dá muito bem para a síntese óssea ESCOLHA DO FIO CIRÚRGICO: - Características ideais: 1. Ser flexível 2. Mostrar grande resistência à tração e à torção 3. Ter fácil manuseio 4. Apresentar calibre fino e regular 5. Proporcionar facilidade para o nó cirúrgico 6. Desencadear pouca reação tecidual 7. Ser facilmente esterilizável 8. Não servir como nicho para o assentamento de infecções 9. Ter baixo custo - O fio considerado ideal ainda não se encontra disponível e não existe fio que seja ideal para todos os tipos de órgãos ou tecidos - Os fios devem ser escolhidos de acordo com cada situação e com as características e propriedades que apresentam - Deve-se escolher um fio que proporcione um apoio mecânico adequado capaz de preservar a força de uma ferida até que tenha suficiente cicatrização para suportar qualquer estresse ou sobrecarga - A escolha do fio é importante para a boa evolução da ferida e deve ser fundamentada nas características físicas e biológicas dos fios e nas NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 propriedades de cicatrização dos tecidos em que são empregados - Devemos sempre ter em mente o grau de força necessário para aquele determinado tecido e por quanto tempo a sutura terá que fornecer força mecânica - Devemos estar atentos para 2 situações principais: 1. Em tecidos que cicatrizam lentamente, como pele, fáscia e tendões, devem ser usados fios não-absorvíveis ou absorvíveis em longo espaço de tempo (até 6 meses) 2. Em tecidos que cicatrizam rapidamente, como estômago, intestino e bexiga, podem ser empregados fios absorvíveis em médio espaço de tempo - Quando o resultado cosmético é importante, 3 aspectos principais devem ser considerados: 1. Usar o fio monofilamentar de menor diâmetro possível, e mais inerte, como o náilon ou polipropileno 2. Quando factível, suturas na pele devem ser evitadas, realizando o fechamento subdérmico, sem exteriorização do fio 3. Quando julgado pertinente, o uso de adesivos tópicos ou fitas deve ser apreciado no lugar do fio cirúrgico - As condições locais das feridas devem ser consideradas - Não se deve implantar mais material estranho do que o estritamente necessário. Qualquer material estranho inserido em tecidos potencialmente contaminados pode convertes uma contaminação discreta em infecção - Suturas em tecidos potencialmente contaminados devem ser realizadas com fios absorvíveis ou não-absorvíveis monofilamentares - Em suturas na presença de fluidos corporais com alta concentração de cristaloides e em locais em que possa ocorrer a litogênese, como nos tratos urinário e biliar, deve-se optar pelo uso de material absorvível em médio espaço de tempo, como os fios deácido poliglicólico ou poliglactina 910, e nunca usar fios não-absorvíveis que possam atuar como nicho para precipitação de cristaloides e formação de cálculos - O melhor fio é aquele que: Apresenta maior força tênsil, permitindo que seja usado com menor diâmetro Propricia menor arrasto tecidual Permite nós cirúrgicos seguros, com mínimo fenômeno de deslizamento e memória Produz menor grau de reação inflamatória tecidual Propicia menor multiplicação de microrganismos É o de mais baixo custo FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS FIOS DE SUTURA: - Todos os fios de sutura são acondicionados em um duplo envelope, confeccionado a partir de material apropriado à esterilização por óxido de etileno ou radiação gama - Esse duplo envelope (estéril internamente) contém um invólucro interno (estéril por dentro e por fora), dentro do qual estão o fio e agulha - O envelope externo deve ser aberto pelo circulante de sala e ser passado ao instrumentador, ou diretamente ao cirurgião, a partir de uma de suas extremidades onde existem 2 pontas soltas do papel da embalagem que, tracionadas em sentido contrário, permitem a exposição do invólucro interno (estéril) - O envelope interno contém um detalhe que permite sua fácil abertura, com retirada do fio e agulha - Recomenda-se o uso do porta-agulha para pegar a agulha ainda dentro da embalagem, e a partir dela retirar o fio - Os fios podem ser agulhados (fios sertix) ou não Os não-agulhados podem ser apresentados como um fio contínuo longo, enrolado ao redor de um pequeno tubo plástico ou como diversos fios pré- cortados (sutupak) NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 Alguns fios agulhados permitem que, após passagem pelo tecido, as agulhas sejam facilmente destacáveis dos fios por uma leve tração, facilitando o nó cirúrgico e dando maior dinamismo para o ato operatório - Uma outra forma de apresentação é aquela em que no mesmo invólucro se encontra um conjunto de fios destinados à prática de determinado procedimento cirúrgico (kit) PADRONIZAÇÃO DE CORES PARA EMBALAGENS DE FIOS CIRÚRGICOS: - A condificação universal para referência visual é aplicada tanto aos invólucros internos quanto nas caixas que os contém para rápida identificação entre os diversos fios cirúrgicos - Observar essa prática nos protege de eventual desperdício de material considerado de elevado custo para nossa realidade FITAS DE ALGODÃO: - Apesar de não fazerem parte dos fios para sutura, são demonstradas junto a eles - São conhecidas como fitas cardíacas - São usadas para o reparo de alguma estrutura, seja um órgão ou um vaso sanguíneo - São de cor branca e de grande valia quando isolamos alguma estrutura importante que desejamos que permaneça em evidência durante alguma etapa do ato cirúrgico AGULHAS CIRÚRGICAS: - As mais resistentes são fabricadas com puro aço inoxidável de alta qualidade, afiadas o bastante para penetrarem no tecido com trauma mínimo, e rígidas o suficiente para resistirem à curvatura. Também devem apresentam maleabilidade que permita seu arqueamento antes de quebrarem - A escolha da agulha deve levar em consideração a espessura e tipo de tecido em que será usada, a localização, o tamanho da sutura, a acessibilidade e a preferência do cirurgião Aponeurose e pele agulas muito mais robustas do que o peritônio e o tecido muscular - Variações: 1. Terminação 2. O corpo 3. A ponta - As agulhas usadas atualmente são de uso único, vindas das fábricas já com os fios forjados ou encastoados em sua terminação (sertix) - O uso de fios agulhados apesar de importar algum gasto adicional, também é favorecido pelo fato de que as agulhas nuas se constituem fonte constante de acidentes para toda a equipe cirúrgica, além do fato de promoverem maior traumatismo tecidual - As agulhas podem apresentar braço único (uma única agulha no fio) ou duplo (duas agulhas no fio, uma em cada extremidade) - As duplas são usadas principalmente para anastomoses vasculares HASTES OU CORPOS DAS AGULHAS: - As agulhas podem ser retas ou curvas e o seu corpo pode ser arredondado, triangular ou achatado - Dentre as curvas, com regra geral, seguem a circunferência de um círculo e podem se NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 constituir em apenas um pequeno arco ou mais da metade da circunferência São disponibilizadas em 4 modelos diferentes conforme a intensidade de sua curvatura: 1. 5/8 de círculo – 225° 2. ½ de círculo – 180° 3. 3/8 de círculo – 135° 4. ¼ de círculo – 90° - A agulha reta somente é usada na pele, sendo segura por 3 dedos (dedos indicador e médio de um lado e polegar do outro) - Há um 3º tipo de agulha, chamada mista ou semicurva, que apresenta uma haste reta com extremidade curva - As agulhas curvas substituíram as retas (somente usadas na pele) porque permitem maior controle de sua passagem pelo tecido, principalmente em áreas de difícil acesso - Dentre as curvaturas, a escolha deve ser daquela que permite maior acessibilidade em um determinado campo operatório 1/4 e 3/8 de círculo são usadas para procedimentos operatórios superficiais ½ e 5/8 de círculo se prestam à profundidade das feridas e das cavidades corpóreas por permitirem, por movimentos de pronação do punho, rotação mais fácil e segura do porta-agulhas - O corpo da agulha deve ter diâmetro aproximado do fio que carreia, para não ter dano tecidual desnecessário - Em alguns casos, o corpo pode ser estriado para melhorar o contato com o porta-agulha - O tamanho de uma agulha curva é fornecido pela mensuração de todo o seu comprimento, quando tornado reto PONTAS DAS AGULHAS: - Existem vários tipos de ponta para agulhas ditas atraumáticas para uso nos diferentes tipos de tecido - Comumente são apresentadas em 8 tipos diferentes: 1. Cortante 2. Cortante convencional ou triangular 3. Cortante invertida ou triangular inversa 4. Espatular ou hexagonal 5. Romba 6. Afilada ou cilíndrica 7. Em lanceta 8. Com ponta de precisão ou de diamente - Quanto ao formato de seu corpo e ponta, os tipos mais usados são: 1. Cilíndricas ou redondas com secção circular – penetram nos tecidos por divulsão, de forma atraumática; são usadas em suturas delicadas como no tubo digestório e vasos sanguíneos 2. Triangulares e espatuladas com arestas cortantes e que ao penetrarem nos tecidos seccionam suas fibras; são NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 15 empregadas em estruturas mais resistentes, como aponeurose e pele 3. Mistas com corpo cilíndrico e ponta triangular ORIFÍCIOS OU OLHOS DAS AGULHAS: - Presentes nas agulhas reutilizáveis - Podem ser únicos ou duplos, com 3 tipos principais: 1. Elíptico 2. Quadrado 3. Francês - Os fios são montados nessas agulhas levando a maior traumatismo tecidual - Um 4º tipo de orifício é usado nas agulhas de uso único e é dito atraumático - Algumas agulhas apresentam o princípio da liberação controlada, que facilita a sua separação do fio quando desejada. Sem alterar as propriedades de preensão, uma discreta e firme pressão em sentido reto no porta-agulha irá promover a liberação do fio Essa característica permite a realização de uma extensa linha de sutura interrompida, com mais rapidez e sem perda da qualidade AGULHA DE DESCHAMPS: - É uma agulha acoplada a uma haste, com pontas relativamente rombas, em que o fio é posicionado em sua extremidade, passado sob a estrutura desejada e depois retirado da agulha, para que se realize o nó cirúrgico - São apresentados com extremidades curvas para a direita e para a esquerda, conforme o que se deseja realizar, sendo usados durante procedimentos operatórios em diversas especialidades - São muito uteis na confecçãode nós provisórios, temporários ou falsos, como nas ligaduras temporárias das artérias tireóideas inferiores, durante uma tireoidectomia subtotal
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