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Fios para sutura

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
 
- Halsted introduziu o uso da sutura não-
absorvível, com linho 
- Depois, começou-se a usar fios de seda e 
algodão, seguidos depois de pouco tempo pelos 
fios de aço 
- A partir da década de 40 começou a ter 
uniformização quanto a preparo e esterilização 
dos materiais para sutura, surgindo nessa época 
diversos fios sintéticos 
- Os fios cirúrgicos são usados durante uma 
operação com finalidade hemostática (ligadura ou 
laqueadura dos vasos sanguíneos) e para sutura 
(em diferentes órgãos e planos anatômicos do 
corpo) 
- Chama-se de sutura a união das bordas de uma 
ferida com fios específicos, de modo a promover 
melhor e mais rápida cicatrização 
- Características usadas para classificar os fios 
cirúrgicos são fatores decisivos na orientação 
quanto ao tipo de fio que será usado em 
determinado tecido ou situação: 
1. Origem do material para sua fabricação  
biológicos ou naturais e sintéticos 
2. Possibilidade de assimilação pelo 
organismo  absorvíveis e não-
absorvíveis 
3. Propriedades físicas  configuração 
básica, capilaridade, calibre, força tênsil, 
força do nó e memória 
4. Manuseio  flexibilidade, coeficiente de 
fricção, arrasto tecidual e visibilidade do 
fio no campo operatório 
5. Desencadeamento de reação tecidual  
reação celular inflamatória e fibrosa, 
potencial para desenvolvimento de 
infecção e alergia, e facilidade para 
esterilização 
 
ORIGEM DOS FIOS CIRÚRGICOS: 
- Os fios naturais eram os mais usados desde a 
Idade Média, visto a sua adaptação à maioria das 
necessidades operatórias, porém o 
desenvolvimento dos fios sintéticos, que geram 
menor reatividade tecidual, tem favorecido sua 
maior utilização na atualidade 
BIOLÓGICOS OU NATURAIS: 
 Oriundos de vegetais  algodão e linho 
 Oriundos de animais  categute (intestino 
de ovinos e bovinos), colágeno e seda 
(casulo das larvas do bicho-da-seda) 
SINTÉTICOS: 
 Náilon (oriundo da poliamida) 
 Dracon (poliéster) 
 Polipropileno (poliolefina) 
 Ácido poliglicólico (polímero do ácido 
glicólico) 
 Poliglactina (polímero dos ácidos glicólico 
e lático) 
 Polidioxanona (polímero da 
paradioxanona) 
METÁLICOS: 
 Aço inoxidável 
ASSIMILAÇÃO PELO ORGANISMO: 
- Os fios cirúrgicos são divididos em 2 grandes 
categorias: 
 Fios absorvíveis 
1. Curtíssimo espaço de tempo  
categute simples – 7-10 dias 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 
 
2. Curto espaço de tempo  
categute cromado – 15-20 dias 
 
3. Médio espaço de tempo  ácido 
poliglicólico e poliglactina 910 – 
50-70 dias 
 
 
4. Moderado espaço de tempo  
poliglecaprona – 90-120 dias 
 
5. Longo espaço de tempo  
polidioxanona – 90-180 dias e 
poligliconato – 150-180 dias 
 
 Fios não-absorvíveis  permanecem 
indefinidamente nos tecidos, sendo 
encapsulados, mas não digeridos, embora 
possam sofrer alterações em sua 
estrutura 
1. Algodão 
2. Linho 
3. Náilon 
4. Polipropileno 
5. Seda 
6. Aço inoxidável 
Alguns são biodegradáveis após longo 
período: 
1. Náilon  sofre cerca de 20% 
de degradação enzimática ao 
ano 
 
2. Seda  absorvido por 
fagocitose em 
aproximadamente 2 anos 
 
CARACTERÍSTICAS DOS FIOS 
CIRÚRGICOS: 
PROPRIEDADES FÍSICAS: 
- É importante para a escolha do material 
adequado para determinado tecido 
- As propriedades se inter-relacionam com uma 
propriedade sendo dependente ou consequente 
de outra 
- São de fácil percepção e entendimento, por 
usarem denominações que podem ser 
consideradas autoexplicativas 
ESTRUTURA FÍSICA: 
- Podem ser: 
 Monofilamentares  produzidos com um 
único filamento sendo menos maleáveis 
do que os multifilamenteres 
1. Categute simples e cromado 
2. Polidioxanona 
3. Colágeno 
4. Seda 
5. Náilon 
6. Polipropileno 
7. Poliéster 
8. Aço inoxidável 
 
 Multifilamentares  vários filamentos 
torcidos ou trançados entrem si, levando a 
uma maior flexibilidade e mais fácil 
manuseio 
Na sua fabricação, essas várias fibras 
podem se encontrar trançadas e torcidas, 
ou podem ser recobertas por um fio único, 
com o objetivo de diminuir a reação 
tecidual 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 
 
São mais traumatizantes e ásperos ao 
passarem pelos tecidos, levando a maior 
arrasto tecidual 
1. Algodão 
2. Linho 
3. Seda 
4. Náilon 
5. Poliéster 
6. Poliéster revestido por teflon ou 
silicone 
7. Aço inoxidável 
8. Ácido poliglicólico 
9. Poliglactina 
10. Poliglactina revestida 
 
 Existem alguns que se encontram nas 
duas apresentações 
 
- Geralmente, os fios monofilamentares 
apresentam menor potencial para o 
desenvolvimento de infecções 
- Os multifilamentares tendem a ser mais 
vulneráveis à força de cisalhamento, 
particularmente em sua forma trançada, e mais 
suscetível à ruptura 
- Os monofilamentares podem ser enfraquecidos 
pela pinça cirúrgica ou outros instrumentos, 
exigindo manipulação mais cuidadosa 
ABSORÇÃO DE LÍQUIDOS E 
CAPILARIDADE: 
- Essas características podem influir no 
surgimento de complicações infecciosas 
- A absorção de líquido é a capacidade que um 
fio apresenta de reter líquidos 
- Capilaridade constitui a forma que o líquido 
absorvido se propaga pela extensão do fio, 
propiciando o carreamento de microrganismos 
- Os multifilamentares apresentam maior efeito de 
capilaridade do que os monofilamentares 
- O categute é o fio que mais capilaridade 
proporciona 
- O poliéster revestido por teflon ou silicone 
praticamente não exibe esse efeito 
DIÂMETRO: 
- Varia entre padrões predeterminados e 
seguidos pela indústria 
- Partindo-se de um padrão determinado 0, que 
apresenta cerca de 0,40mm de diâmetro, temos 
fios de maior diâmetro (1, 2, 3, 4, 5, 6, sendo este 
o fio cirúrgico de maior diâmetro) e de menor 
diâmetro (00 ou 2-0, 000 ou 3-0, 4-0, 5-0, e assim 
por diante até 12-0, que é o fio cirúrgico de menor 
diâmetro, oscilando entre 0,001 e 0,01 mm) 
- Os fios de menor diâmetro são usados em 
microcirurgia 
- Os de maior diâmetro são usados para síntese 
de tecido ósseo 
- Em um determinado fio, o aumento de seu 
diâmetro é acompanhado por aumento de sua 
resistência ou força tênsil 
- Não há ganho em usar um fio com força tênsil 
maior do que a necessária para a sutura do 
tecido que esteja sendo empregado 
- A escolha do cirurgião deve ser pelo fio de 
sutura mais fino possível para o tecido em que 
está trabalhando, sem prejuízo do resultado, de 
forma a usar a menor quantidade de tecido 
estranho ao organismo 
FORÇA OU RESISTÊNCIA TÊNSIL: 
- Para que a estrutura anatômica suturada resista 
aos estímulos mecânicos habituais, a força tênsil 
de um fio tem que ser mantida até se completar o 
processo de cicatrização 
- Resistência é a força oposta pelos tecidos à sua 
junção 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 
 
- Força tênsil é a força que vence a resistência 
- Quanto maior for a força tênsil de um fio, menor 
o diâmetro que necessita ser usado, resultando 
em menor quantidade de corpo estranho nas 
feridas cirúrgicas 
- Tecidos compostos por grande quantidade de 
fibras colágenas, como pele, fáscia, aponeurose 
e tendões, representam os tecidos mais 
resistentes, uma vez submetidos à sutura, a 
recuperação de sua força tênsil é lenta. Para 
esse tipo de tecido é recomendado o uso de fios 
que mantenham sua força tênsil por maior tempo, 
até que tenha recuperação ideal das fibras de 
colágeno e a cicatriz apresente resistência 
- Tecidos com grande vascularização e que 
cicatrizam rapidamente (peritônio, órgãos intra-
abdominais, músculo, tecido gorduroso) não 
necessitam de fios com grande resistência tênsil 
- Os fios biológicos (categute, algodão, linho e 
seda) possuem a menor força tênsil 
- Os fios de aço inoxidável possuem a maior força 
tênsil 
- Os fios sintéticos se situam entre os 2 extremos 
 
FORÇA E SEGURANÇA DOS NÓS 
- É a força necessáriapara fazer com que um nó 
não sofra processo de deslizamento ou de 
ruptura 
- Também é conhecida como resistência tênsil 
efetiva 
- Quanto menor o coeficiente de fricção 
apresentado por um fio, maior sua possibilidade 
de desfazer um nó 
- Em uma ligadura ou sutura submetida à tensão, 
a parte mais fraca do fio é representada pelo nó 
- Os fios não-absorvíveis monofilamentares são 
aqueles que apresentam o menor coeficiente, 
exigindo a realização de muitos seminós, o que 
leva a maior implante de corpo estranho no 
organismo 
- Os nós que não são bem fixados permitem o 
deslizamento, um fenômeno que ocorre em certo 
grau em todos os nós, mas são mais frequentes 
em alguns tipos de fios monofilamentares 
sintéticos 
- Dentre os fatores que influenciam sua fixação 
encotra-se: 
 Condição do material 
 Comprimento das extremidades 
seccionadas 
 Configuração estrutural 
MEMÓRIA: 
- É a capacidade inerente de um material para 
retornar à sua forma original depois de 
manuseado e deformado 
- É relacionada com 2 outras características: 
 Plasticidade  diz respeito à sua 
possibilidade de expansão quando 
submetido à tração para estiramento 
Quanto mais estirado, menor a tendência 
ao retorno à forma original 
 Elasticidade  se traduz pela capacidade 
de retornar à forma e comprimento 
originais, quando estirado 
- Quanto maior for a memória de um fio, maior a 
rigidez, mais difícil o manuseio e menor a 
segurança do nó realizado com ele (mais 
suscetível de deslizamento) 
- Fios de polipropileno e náilon monofilamentares 
são os que exibem mais acentuadamente esse 
fenômeno. Nesses casos devemos adicionar 
seminós até conseguir segurança contra 
deslizamentos 
 Com esses fios, ao menos 5-7 seminós 
devem ser realizados para não permitir 
que o nó se desfaça, garantindo 
segurança para a sutura 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 
 
MANUESEIO: 
FLEXIBILIDADE E FACILIDADE DE 
MANUSEIO: 
- Relacionadas com a rigidez do fio para sutura 
- O manuseio mais difícil é com o aço inoxidável, 
que proporciona ferimentos na equipe cirúrgica e 
no paciente 
- O manuseio mais fácil é com a seda 
- Se relacionam diretamente à plasticidade, 
elasticidade e memória de um fio cirúrgico 
COEFICIENTE DE FRICÇÃO: 
- Facilidade com que a sutura desliza através do 
tecido e dos nós 
- Quanto maior o coeficiente de fricção de um fio, 
maior a sua dificuldade em deslizar pelos tecidos, 
ocasionando maior arrasto tecidual 
- Quanto menor o coeficiente de fricção, mais o 
fio sofre deslizamento e maior a instabilidade dos 
nós 
- Alguns fios cirúrgicos são revestidos por capa 
protetora com o intuito de redução do coeficiente 
de fricção 
ARRASTO TECIDUAL: 
- Quanto mais rígido um fio ou quanto maior o 
seu coeficiente de fricção, maior o arrasto 
tecidual que irá proporcionar, interferindo com 
sua capacidade para deslizamento 
- Um fio que proporciona maior arrasto tecidual 
pode acarretar maior dano a esse tecido 
 Exemplo: a superfície de um fio 
multifilamentar trançado é áspera e 
determina dificuldade para sua passagem 
pelo tecido, fazendo com que se agarre a 
ele e o traga junto a si, arrastando-o 
 
 
 
VISUALIZAÇÃO DO FIO NO CAMPO 
OPERATÓRIO 
- Durante o ato operatório, os fios colocados em 
um determinado tecido podem orientar e mostrar 
sua exata localização 
- Fios nas cores verde, lilás, azul e preta podem 
ser mais facilmente visualizados do que os 
incolores 
CARACTERÍSTICAS RELATIVAS À 
REAÇÃO TECIDUAL: 
INTENSIDADE DA REAÇÃO 
INFLAMATÓRIA TECIDUAL 
DESENCADEADA 
- Fios multifilamentares acarretam maior reação 
tecidual 
- Inicia-se com a infiltração de leucócitos na área 
do trauma cirúrgico e com aparecimento de 
macrófagos e fibroblastos 
- Ao redor do 7º dia, surge um tecido fibroso com 
processo inflamatório crônico 
- Os fios absorvíveis, principalmente os naturais, 
provocam reações do tipo corpo estranho mais 
intensas do que os não-absorvíveis 
- Os fios absorvíveis sintéticos levam à pequena 
reação tecidual 
- Dentre os não-absorvíveis, náilo, polipropileno e 
aço inoxidável levam à mínima reação 
inflamatória nos tecidos. E é mais acentuada com 
seda, algodão e linho 
- A reação persiste até que o fio seja 
encapsulado (fios não absorvíveis) ou absorvido 
pelo organismo 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 
 
ABSORÇÃO X NÃO-ABSORÇÃO: 
- Fio absorvível é aquele que se degrada e 
desaparece no tecido onde foi implantado 
- Fio não-absorvível é aquele que se mantém no 
local onde foi usado, mesmo depois da 
cicatrização tecidual 
- Um fio para sutura deve manter força têncil 
suficiente até a cicatrização completa do tecido, a 
partir daí ele não apresenta mais função e deve 
ser retirado 
 Se absorvível, assim que ocorrer a sua 
absorção, ele para de atuar como corpo 
estranho, cessando sua possibilidade de 
propiciar multiplicação de microrganismos 
A absorção pode acontecer por atividade 
enzimática ou por hidrólise 
- As suturas não-absorvíveis consistem em feixes 
de materiais que resistem de modo eficaz à 
absorção, qualquer que seja o meio 
- Os materiais não-absorvíveis são encapsulados 
ou isolados pelos tecidos ao seu redor durante o 
processo de cicatrização 
- O náilon e a seda são fios não-absorvíveis 
biodegradáveis em cerca de 2-3 anos 
POTENCIAL PARA MULTIPLICAÇÃO 
BACTERIANA: 
- Todos os fios cirúrgicos diminuem a eficiência 
dos mecanismos de defesa humanos contra 
microrganismos 
- Os fios multifilamentares permitem o 
assentamento de bactérias entre seus filamentos 
e são os que mais propiciam a multiplicação de 
microrganismos 
ANTIGENICIDADE E ALERGENICIDADE 
- Fios cirúrgicos manufaturados a partir de 
polímeros do ácido glicólico não apresentam 
proteínas de colágeno, antígenos e pirógenos em 
sua superfície, e se situam junto ao polipropileno, 
náilon e aço monofilamentares, como os menos 
antigênicos e alergênicos 
- Os mais antigênicos e alergênicos são o 
categute simples e o categute cromado 
ESTERILIZAÇÃO: 
- O fio para sutura deve ser usado dentro do 
limite estabelecido para a validade e não pode 
ser reutilizado, sob o risco de transmissão de 
diversas infecções 
PRINCIPAIS TIPOS DE FIOS 
CIRÚRGICOS: 
FIOS ABSORVÍVEIS: 
CATEGUTE: 
- Fio biológico monofilamentar torcido, 
apresentado sob a forma simples ou sob a forma 
de cromado (mesmo fio, imerso em soluções com 
sais de cromo), originalmente formado por fibras 
colágenas lonitudinais obtidas da submucosa do 
intestino delgado de ovinos ou da camada serosa 
intestinal de bovinos 
- É cortado em fitas, que são lavadas química e 
fisicamente, e depois selecionadas de acordo 
com seu diâmetro 
- Depois sofre processo de esterilização por 
radiação iônica e é armazenado em embalagem 
hermeticamente fechada, pronta para uso 
- No categute cromado, as fitas são tratadas com 
compostos crômicos, aumentando as ligações 
intermoleculares, assegurando sua integridade e 
a manutenção de sua resistência nos estágios 
iniciais da cicatrização 
- Seu índice de absorção é influenciado pelo tipo 
de tecido que entra em contato, assim a absorção 
em membranas serosas e mucosas é mais veloz 
do que em tecidos musculares 
- O categute cromado pode ser usado: 
 No plano total das anastomoses 
gastrointestinais em 2 planos 
 Na sutura do peritônio 
 Na bolsa escrotal e no períneo 
 Não deve ser usado no plano 
aponeurótico 
 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 
 
- O categute simples pode ser usado: 
 Sutura peritoneal 
 Na bolsa escrotal 
 No períneo 
 Na reaproximação do tecido muscular e 
do tecido celular subcutâneo 
- Alguns autores preferem o uso do categute para 
pequenos ferimentos em crianças, por não haver 
necessidade de sua retirada 
- Também pode ser usado em ferimentos nas 
regiões palmares e plantares, com o intuito de 
orientar a linha de cicatrização 
- Devidoseu alto conteúdo proteico, o categute 
simples e o cromado apresentam grande 
sensibilidade à digestão por enzimas 
proteolíticas, sendo contraindicados para 
utilização em anastomoses biliares e 
pancreáticas, e para sutura de úlceras pépticas 
duodenais 
- A resistência tênsil dos fios se esgota 
totalmente em 7-10 dias (categute simples) e em 
15-20 dias (categute cromado), ainda existam 
resquícios desses fios em até 70-90 dias, 
respectivamente 
- As embalagens deles os mantem imersos em 
solução alcoólica contendo álcool isopropílico 
(85-90%), dietiletanolamina, benzoato de sódio e 
água, visto que eles de deterioram se mantidos 
secos 
- Devem ser usados logo que retirados da 
embalagem, com risco de perda de flexibilidade, 
que pode ser restaurada pela imersão em água 
destilada estéril ou solução fisiológica 
- Características indesejáveis: 
1. É o fio que provoca mais intensa reação 
tecidual inflamatória, interferindo no 
processo de cicatrização (reação maior 
com o fio simples) 
2. Absorção irregular, imprevisível e variável, 
pois depende da fagocitose pelos 
neutrófilos e macrófagos, seguida de 
digestão pelas enzimas proteolíticas dos 
lisossomos 
3. É o fio que tem menor força tênsil, 
exigindo-se o uso de fios com diâmetros 
maiores e quando embebido nos líquidos 
tissulares, sua força tênsil fica ainda 
menor e devido a isso não deve ser usado 
em pacientes desnutridos, sob o risco de 
determinar deiscência da ferida 
4. Os nós tendem a afrouxar devido à alta 
capilaridade que apresenta, além do fato 
de atrair fluidos para a feridade, a 
tornando edemaciada 
5. Apresenta força tensil e absorção 
aumentada na presença de infecção 
- Existe um 3º tipo de categute que possui 
absorção ainda mais rápida: o categute simples 
que recebe tratamento sob a forma de calor, que 
mantem sua força tênsil durante apenas 5-7 dias 
 Idealizado para sutura intradérmica em 
feridas com baixa tensão e para sutura de 
enxerto de pele de espessura total e 
parcial 
 Não se preconiza sua utilização devido à 
grande reatividade tecidual que pode 
acarretar 
ÁCIDO POLIGLICÓLICO: 
- 1º fio sintético a ser lançado comercialmente 
- Atualmente só é usado na apresentação 
multifilamentar 
- Mais recentemente foi lançado comercialmente 
em nova apresentação, com um revestimento 
sintético para favorecer a passagem pelos 
tecidos e facilitar a realização de nós 
- É absorvido por hidrólise química entre 50-70 
dias, dependente do nível de umidade tecidual, 
mas apresenta perda completa da resistência 
tênsil a partir de 4 semanas 
- Vantagens: 
1. Força tênsil inalterada por cerca de 21 
dias 
2. Pequena capilaridade, baixa memória e 
segurança regular dos nós 
3. Mínima reação inflamatória tecidual, por 
não conter proteínas do colágeno, 
antígenos e pirógenos 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 
 
4. Taxa de infecção menor do que os fitos de 
categute, constituindo o fio de escolha em 
feridas infectadas 
- Desvantagens: 
1. Flexibilidade regular (apesar de trançado) 
2. Custo elevado 
- Preconizado para uso em sutura em 
praticamente todos os tipos de tecidos: 
peritoneal, muscular, aponeurótico, subcutâneo e 
na pele como sutura contínua intradérmica 
- Como não tem material proteico, o ácido 
poliglicólico e a poliglactina 910 não sofrem a 
ação das enzimas proteolíticas pancreáticas, mas 
amilase e lipase podem propiciar a sua 
desintegração, então ambos devem ser evitados 
em anastomoses sob ação de suco pancreático 
direto 
POLIGLACTINA 910: 
- Manufaturado a partir de 90% de ácido glicólico 
e 10% de ácido lático 
- É um fio multifilamentar mais flexível e maleável 
do que o de ácido poliglicólico 
- Após 4 semanas, mantém apenas 6% de sua 
força tênsil 
- A associação do ácido lático em sua 
composição dificulta a penetração de fluidos 
entre os seus filamentos e possivelmente propicia 
a ocorrência de resistência tênsil aumentada em 
relação ao fio de ácido poliglicólico 
- É fabricado nas cores branca e violeta, e a 
violeta não pode ser empregado na pele devido 
ao risco de levar a processo indesejado de 
tatuagem 
- O fio branco apresenta absorção mais rápida 
- Pode se desintegral sob a ação de enzimas 
pancreáticas, como amilase e lipase, devendo 
evitar seu uso em anastomoses pancreáticas 
POLIGLECAPRONA: 
- Fio sintético monofilamentar absorvível em 
moderado espaço de tempo (90-120 dias) 
- Manufaturado pela associação de ácido glicólico 
e épsilon-caprolactona 
- Fácil manuseio, com pouco arrasto tecidual, 
força tênsil regular com diminuição progressiva a 
partir de 3 semanas, pequeno fenômeno de 
memória, segurança regular dos nós e indução 
de ínfima reação tecidual 
- Foi lançado um fio de poliglactina 910 revestido 
por poliglecaprona, com absorção completa entre 
18 e 30 meses e com manutenção da força de 
tensão em 80%, 60% e 20%, por 3, 6 e 12 meses 
POLIDIOXANONA: 
- Fio sintético monofilamentar absorvível em um 
longo espaço de tempo e com grande e 
duradoura força tênsil 
- Manufaturado a partir da polimerização da 
paradioxanona 
- Força tênsil menor do que as do ácido 
poliglicólico e poliglactina, mas se mantem 
durante mais tempo: 
 Pelo 14º dia de pós operatório 74% de 
força residual 
 No 28º dia, 58% 
 6ª semana, 41% 
- Sua absorção completa ocorre em 180 dias (se 
inicia a partir de 90 dias) 
- Pequeno grau de reação tecidual, mesmo em 
presença de feridas infectadas 
- É um dos fios que menos interferem na função 
dos macrófagos 
- Boa segurança dos nós, memória baixa, mas 
seu manuseio não é tão fácil quanto com os fios 
de ácido poliglicólico, poliglactina e poligliconato 
- Pode ser usado em qualquer tipo de 
anastomose no sistema digestório, incluindo as 
pancreáticas 
POLIGLICONATO: 
- Fio sintético monofilamentar absorvível por 
hidrólise em longo espaço de tempo (150-180 
dias) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 
 
- É o fio que apresenta melhor e mais duradoura 
força tênsil e maior segurança em relação aos 
nós 
 81% no 14º dia 
 59% no 28º dia 
 30% 6 semanas 
- Manuseio muito fácil, maior segurança dos nós 
e leva e pequeno fenômeno de memória, em 
comparação com os de polidiocanona, 
poliglactina e ácido poliglicólico 
- Indicado para todos os tipos de tecidos, bem 
como para fechamentos de parede abdominal 
- É o fio de mais alto custo 
- Os fios de poligliconato, poliglecaprona e 
polidioxanona atravessam os tecidos com mais 
facilidade, produzindo menor arrasto do que 
aqueles de ácido poliglicólico e poliglactina, além 
de apresentarem menor fenômeno de 
capilaridade 
 
FIOS NÃO-ABSORVÍVEIS: 
SEDA: 
- Fio biológico multifilamentar trançado não-
absorvível fabricado a partir do casulo da larva do 
bicho-da-seda e corado de preto 
- Fácil manuseio, flexível, pequena memória e 
força tênsil que decai muito lentamente (30-40% 
em 6 meses) 
- É recoberto por ceras, resinas ou outo 
revestimento similar, visando a não provocar 
arrasto e floculação nos tecidos 
- Seus nós se ajeitam facilmente e são seguros 
- Possui resistência superior à dos fios de 
algodão e linhoe mais inferior à dos fios não-
absorvíveis sintéticos 
- Provoca grande reação inflamatória e pode 
potencializar processos infecciosos 
- Pode ser usada em suturas gastrointestinais e 
para ligadura de vasos sanguíneos 
- Vantagem  baixo custo, junto ao linho e 
algodão, mas o uso desses fios vem diminuindo, 
dando lugar aos fios sintéticos 
- Sofre biodegradação em torno de 2 anos 
ALGODÃO: 
- Fio biológico multifilamentar torcido não-
absorvível fabricado a partir do algodão 
- Bem flexível 
- Possui as mesmas características do fio de 
seda, mas tem menos resistência e maior 
tendência à floculação 
- Os fios de algodão e linho ganham 10% de 
força tênsil quando umedecidos 
- O algodão leva a grande reação tecidual, 
porque ao se desfiarem, as fibras separadasaumentam a resposta tecidual global 
- É de fácil manuseio, seus nós são seguros, 
propicia baixa memória, mas com grande efeito 
de capilaridade 
- É de baixo custo 
- Usado em vários procedimentos, como 
anastomoses gastrointestinais realizadas em 2 
planos, ligadura de vasos sanguíneos e nas 
camadas aponeuróticas, mas devido as diversas 
desvantagens, tende ao desuso 
 
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- Não deve ser usado em feridas contaminadas 
por mostrar maior tendência para o 
desenvolvimento de abcessos pela nidificação de 
bactérias entre suas fibras 
LINHO: 
- Fio biológico multifilamentar não-absorvível 
- Ganha mais resistência quando umedecidos 
(como o algodão) com solução fisiológica antes 
de seu uso, mas com grande efeito de 
capilaridade 
- Propicia o assentamento bacteriano e pode 
formar pequenos focos de abscessos situados 
superficialmente na ferida, fazendo saliência na 
pele e formando pequenos seios que não 
cicatrizarão até que o fio de sutura seja removido 
- Mesmas vantagens e desvantagens do fio de 
algodão, tendendo também ao desuso 
NÁILON: 
- Fio sintético, polímero de poliamida, 
monofilamentar ou multifilamentar trançado, não-
absorvível 
- Bem tolerado pelo organismo com pequena 
reação tecidual 
- Boa e duradoura força tênsil 
- Pouca ou nenhuma ação de capilaridade (a 
forma multifilamentar possui alto efeito de 
capilaridade) 
- Apesar de classificado como não-absorvível, 
sofre degradação e algum grau de absorção em 
torno de 2 anos, e apresenta força tênsil 
decrescente a partir de 6 meses 
- A forma multifilamentar trançada é menos usada 
do que a monofilamentar. Apesar de ter menor 
efeito de deslizamento e ser mais maleável, seus 
nós apresentam tendência a se soltarem 
- A forma monofilamentar desliza com grande 
faliciliade pelos tecidos (pequeno arrasto 
tecidual). Mas entre suas características 
indesejáveis, destaca-se: 
1. É um fio muito escorregadio, com os nós 
podendo desfazer facilmente, a menos 
que use muitos seminós para formar os 
nós, o que aumenta a quantidade de 
corpo estranho na ferida 
2. É rígido, pouco flexível, com alta memória 
- Pode ser encontrado nas cores preta, verde e 
azul, além da incolor 
- Pode ser usado em quase todos os tipos de 
tecidos 
POLIPROPILENO: 
- Fio sintético, fabricado com propileno 
polimerizado monofilamentar, não-absorvível 
- Extremamente liso, com coeficiente de atrito 
muito baixo, o que permite suave passagem 
pelos tecidos 
- Pode ser usado mesmo em áreas infectadas 
- Promove mínima reação tecidual e resistência 
imutável ao longo dos anos, porém propicia alto 
fenômeno de memória 
- Boa plasticidade, mas com elasticidade restrita 
- Excelente fio para implantes de próteses 
cardíacas e anastomoses vasculares, mantendo 
sua força tênsil por tempo indefinido 
- Encontrado nas cores azul e incolor 
- Pode ser usado em quase todos os tipos de 
tecidos, e é considerado ideal para os chuleios 
intradérmicos 
- É um fio mais dispendioso do que o náilon 
monofilamentar, o que deve ser levado em 
consideração 
POLIÉSTER: 
- Fio sintético multifilamentar não-absorvível 
fabricado com fibras de poliéster trançadas 
- Pode ser sintetizado sem qualquer 
revestimento, tendendo a cortar suavemente ao 
passar pelos tecidos, ou com revestimentos de 
teflon, silicone e polibutilato (com 1 ou 2 agulhas), 
que não levariam a esse efeito indesejável 
- O fio de poliéster é o mais forte de todos os fios, 
exceto o de aço 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 
 
- Determina pouca reação tecidual 
- É de excelente escolha para o fechamento de 
aponeuroses, pela sua resistência e integridade 
duradouras 
- Precisa em torno de 5 seminós para os tornar 
seguros 
- Média intensidade de fenômeno de memória 
- Variante monofilamentar  de polibutéster, que 
é escorregadio e plástico como o polipropileno, 
porém com maior elasticidade, apresenta 
segurança ruim para os nós, alta memória e 
induz a baixa reação tecidual inflamatória 
POLIETRAFLUOROETILENO: 
- Fio sintético monofilamentar não-absorvível 
- De uso mais recente devido a mínima reação 
tecidual que acarreta, levando a bons resultados 
- Não é muito usado em nosso meio 
AÇO: 
- Fio mono ou multifilamentar torcido ou trançado 
- Fabricado a partir de liga de ferro com carbono 
- De uso restrito 
- É o fio de maior força tênsil existente e o que 
provê menor reação tecidual 
- É pouco flexível e pouco maleável, sendo 
desconfortável para o paciente e para o cirurgião, 
furando seguidamente as luvas cirúrgicas e 
ocasionando ferimentos 
- Os nós comuns com esse fio não são possíveis, 
sendo então fixados por meio de torção 
longitudinal de suas extremidades com o uso de 
pinças 
- Muitas vezes tem que ser retirados por fazer 
muito volume e causar dor na parede abdominal, 
incomodando os pacientes. E quando há 
infecção, também devem ser retirados 
- Pode ocasionar necrose se o nó estiver muito 
apertado 
- Não é muito durável, se fragmentando 
precocemente nos tecidos 
- Uma de suas poucas indicações para uso é em 
algumas operações ortopédicas, pois se dá muito 
bem para a síntese óssea 
 
ESCOLHA DO FIO CIRÚRGICO: 
- Características ideais: 
1. Ser flexível 
2. Mostrar grande resistência à tração e à 
torção 
3. Ter fácil manuseio 
4. Apresentar calibre fino e regular 
5. Proporcionar facilidade para o nó cirúrgico 
6. Desencadear pouca reação tecidual 
7. Ser facilmente esterilizável 
8. Não servir como nicho para o 
assentamento de infecções 
9. Ter baixo custo 
- O fio considerado ideal ainda não se encontra 
disponível e não existe fio que seja ideal para 
todos os tipos de órgãos ou tecidos 
- Os fios devem ser escolhidos de acordo com 
cada situação e com as características e 
propriedades que apresentam 
- Deve-se escolher um fio que proporcione um 
apoio mecânico adequado capaz de preservar a 
força de uma ferida até que tenha suficiente 
cicatrização para suportar qualquer estresse ou 
sobrecarga 
- A escolha do fio é importante para a boa 
evolução da ferida e deve ser fundamentada nas 
características físicas e biológicas dos fios e nas 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 12 
 
propriedades de cicatrização dos tecidos em que 
são empregados 
- Devemos sempre ter em mente o grau de força 
necessário para aquele determinado tecido e por 
quanto tempo a sutura terá que fornecer força 
mecânica 
- Devemos estar atentos para 2 situações 
principais: 
1. Em tecidos que cicatrizam lentamente, 
como pele, fáscia e tendões, devem ser 
usados fios não-absorvíveis ou 
absorvíveis em longo espaço de tempo 
(até 6 meses) 
2. Em tecidos que cicatrizam rapidamente, 
como estômago, intestino e bexiga, 
podem ser empregados fios absorvíveis 
em médio espaço de tempo 
- Quando o resultado cosmético é importante, 3 
aspectos principais devem ser considerados: 
1. Usar o fio monofilamentar de menor 
diâmetro possível, e mais inerte, como o 
náilon ou polipropileno 
2. Quando factível, suturas na pele devem 
ser evitadas, realizando o fechamento 
subdérmico, sem exteriorização do fio 
3. Quando julgado pertinente, o uso de 
adesivos tópicos ou fitas deve ser 
apreciado no lugar do fio cirúrgico 
- As condições locais das feridas devem ser 
consideradas 
- Não se deve implantar mais material estranho 
do que o estritamente necessário. Qualquer 
material estranho inserido em tecidos 
potencialmente contaminados pode convertes 
uma contaminação discreta em infecção 
- Suturas em tecidos potencialmente 
contaminados devem ser realizadas com fios 
absorvíveis ou não-absorvíveis monofilamentares 
- Em suturas na presença de fluidos corporais 
com alta concentração de cristaloides e em locais 
em que possa ocorrer a litogênese, como nos 
tratos urinário e biliar, deve-se optar pelo uso de 
material absorvível em médio espaço de tempo, 
como os fios deácido poliglicólico ou poliglactina 
910, e nunca usar fios não-absorvíveis que 
possam atuar como nicho para precipitação de 
cristaloides e formação de cálculos 
- O melhor fio é aquele que: 
 Apresenta maior força tênsil, permitindo 
que seja usado com menor diâmetro 
 Propricia menor arrasto tecidual 
 Permite nós cirúrgicos seguros, com 
mínimo fenômeno de deslizamento e 
memória 
 Produz menor grau de reação inflamatória 
tecidual 
 Propicia menor multiplicação de 
microrganismos 
 É o de mais baixo custo 
FORMA DE APRESENTAÇÃO DOS FIOS 
DE SUTURA: 
- Todos os fios de sutura são acondicionados em 
um duplo envelope, confeccionado a partir de 
material apropriado à esterilização por óxido de 
etileno ou radiação gama 
- Esse duplo envelope (estéril internamente) 
contém um invólucro interno (estéril por dentro e 
por fora), dentro do qual estão o fio e agulha 
- O envelope externo deve ser aberto pelo 
circulante de sala e ser passado ao 
instrumentador, ou diretamente ao cirurgião, a 
partir de uma de suas extremidades onde existem 
2 pontas soltas do papel da embalagem que, 
tracionadas em sentido contrário, permitem a 
exposição do invólucro interno (estéril) 
- O envelope interno contém um detalhe que 
permite sua fácil abertura, com retirada do fio e 
agulha 
- Recomenda-se o uso do porta-agulha para 
pegar a agulha ainda dentro da embalagem, e a 
partir dela retirar o fio 
- Os fios podem ser agulhados (fios sertix) ou não 
 Os não-agulhados podem ser 
apresentados como um fio contínuo longo, 
enrolado ao redor de um pequeno tubo 
plástico ou como diversos fios pré-
cortados (sutupak) 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 13 
 
 Alguns fios agulhados permitem que, após 
passagem pelo tecido, as agulhas sejam 
facilmente destacáveis dos fios por uma 
leve tração, facilitando o nó cirúrgico e 
dando maior dinamismo para o ato 
operatório 
- Uma outra forma de apresentação é aquela em 
que no mesmo invólucro se encontra um conjunto 
de fios destinados à prática de determinado 
procedimento cirúrgico (kit) 
PADRONIZAÇÃO DE CORES PARA 
EMBALAGENS DE FIOS CIRÚRGICOS: 
- A condificação universal para referência visual é 
aplicada tanto aos invólucros internos quanto nas 
caixas que os contém para rápida identificação 
entre os diversos fios cirúrgicos 
- Observar essa prática nos protege de eventual 
desperdício de material considerado de elevado 
custo para nossa realidade 
 
FITAS DE ALGODÃO: 
- Apesar de não fazerem parte dos fios para 
sutura, são demonstradas junto a eles 
- São conhecidas como fitas cardíacas 
- São usadas para o reparo de alguma estrutura, 
seja um órgão ou um vaso sanguíneo 
- São de cor branca e de grande valia quando 
isolamos alguma estrutura importante que 
desejamos que permaneça em evidência durante 
alguma etapa do ato cirúrgico 
AGULHAS CIRÚRGICAS: 
- As mais resistentes são fabricadas com puro 
aço inoxidável de alta qualidade, afiadas o 
bastante para penetrarem no tecido com trauma 
mínimo, e rígidas o suficiente para resistirem à 
curvatura. Também devem apresentam 
maleabilidade que permita seu arqueamento 
antes de quebrarem 
- A escolha da agulha deve levar em 
consideração a espessura e tipo de tecido em 
que será usada, a localização, o tamanho da 
sutura, a acessibilidade e a preferência do 
cirurgião 
 Aponeurose e pele  agulas muito mais 
robustas do que o peritônio e o tecido 
muscular 
- Variações: 
1. Terminação 
2. O corpo 
3. A ponta 
- As agulhas usadas atualmente são de uso 
único, vindas das fábricas já com os fios forjados 
ou encastoados em sua terminação (sertix) 
- O uso de fios agulhados apesar de importar 
algum gasto adicional, também é favorecido pelo 
fato de que as agulhas nuas se constituem fonte 
constante de acidentes para toda a equipe 
cirúrgica, além do fato de promoverem maior 
traumatismo tecidual 
- As agulhas podem apresentar braço único (uma 
única agulha no fio) ou duplo (duas agulhas no 
fio, uma em cada extremidade) 
- As duplas são usadas principalmente para 
anastomoses vasculares 
HASTES OU CORPOS DAS AGULHAS: 
- As agulhas podem ser retas ou curvas e o seu 
corpo pode ser arredondado, triangular ou 
achatado 
- Dentre as curvas, com regra geral, seguem a 
circunferência de um círculo e podem se 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 14 
 
constituir em apenas um pequeno arco ou mais 
da metade da circunferência 
 São disponibilizadas em 4 modelos 
diferentes conforme a intensidade de sua 
curvatura: 
1. 5/8 de círculo – 225° 
2. ½ de círculo – 180° 
3. 3/8 de círculo – 135° 
4. ¼ de círculo – 90° 
- A agulha reta somente é usada na pele, sendo 
segura por 3 dedos (dedos indicador e médio de 
um lado e polegar do outro) 
- Há um 3º tipo de agulha, chamada mista ou 
semicurva, que apresenta uma haste reta com 
extremidade curva 
 
- As agulhas curvas substituíram as retas 
(somente usadas na pele) porque permitem maior 
controle de sua passagem pelo tecido, 
principalmente em áreas de difícil acesso 
- Dentre as curvaturas, a escolha deve ser 
daquela que permite maior acessibilidade em um 
determinado campo operatório 
 1/4 e 3/8 de círculo são usadas para 
procedimentos operatórios superficiais 
 
 ½ e 5/8 de círculo se prestam à 
profundidade das feridas e das cavidades 
corpóreas por permitirem, por movimentos 
de pronação do punho, rotação mais fácil 
e segura do porta-agulhas 
- O corpo da agulha deve ter diâmetro 
aproximado do fio que carreia, para não ter dano 
tecidual desnecessário 
- Em alguns casos, o corpo pode ser estriado 
para melhorar o contato com o porta-agulha 
- O tamanho de uma agulha curva é fornecido 
pela mensuração de todo o seu comprimento, 
quando tornado reto 
 
PONTAS DAS AGULHAS: 
- Existem vários tipos de ponta para agulhas ditas 
atraumáticas para uso nos diferentes tipos de 
tecido 
- Comumente são apresentadas em 8 tipos 
diferentes: 
1. Cortante 
2. Cortante convencional ou triangular 
3. Cortante invertida ou triangular inversa 
4. Espatular ou hexagonal 
5. Romba 
6. Afilada ou cilíndrica 
7. Em lanceta 
8. Com ponta de precisão ou de diamente 
- Quanto ao formato de seu corpo e ponta, os 
tipos mais usados são: 
1. Cilíndricas ou redondas  com secção 
circular – penetram nos tecidos por 
divulsão, de forma atraumática; são 
usadas em suturas delicadas como no 
tubo digestório e vasos sanguíneos 
 
2. Triangulares e espatuladas  com 
arestas cortantes e que ao penetrarem 
nos tecidos seccionam suas fibras; são 
 
NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 15 
 
empregadas em estruturas mais 
resistentes, como aponeurose e pele 
 
 
3. Mistas com corpo cilíndrico e ponta 
triangular 
 
ORIFÍCIOS OU OLHOS DAS AGULHAS: 
- Presentes nas agulhas reutilizáveis 
- Podem ser únicos ou duplos, com 3 tipos 
principais: 
1. Elíptico 
2. Quadrado 
3. Francês 
- Os fios são montados nessas agulhas levando a 
maior traumatismo tecidual 
- Um 4º tipo de orifício é usado nas agulhas de 
uso único e é dito atraumático 
 
- Algumas agulhas apresentam o princípio da 
liberação controlada, que facilita a sua separação 
do fio quando desejada. Sem alterar as 
propriedades de preensão, uma discreta e firme 
pressão em sentido reto no porta-agulha irá 
promover a liberação do fio 
 Essa característica permite a realização 
de uma extensa linha de sutura 
interrompida, com mais rapidez e sem 
perda da qualidade 
AGULHA DE DESCHAMPS: 
- É uma agulha acoplada a uma haste, com 
pontas relativamente rombas, em que o fio é 
posicionado em sua extremidade, passado sob a 
estrutura desejada e depois retirado da agulha, 
para que se realize o nó cirúrgico 
- São apresentados com extremidades curvas 
para a direita e para a esquerda, conforme o que 
se deseja realizar, sendo usados durante 
procedimentos operatórios em diversas 
especialidades 
- São muito uteis na confecçãode nós 
provisórios, temporários ou falsos, como nas 
ligaduras temporárias das artérias tireóideas 
inferiores, durante uma tireoidectomia subtotal

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