Buscar

Puericultura, aleitamento materno

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Puericultura, 09.03.21, semana 02.
· ACON
Não é proibido dar comida e frutas aos cinco meses, mas não é o recomendado.
Chá e criança o recomendado é não dar, mas se for dar: sem açúcar, no copinho (se não tiver como, mamadeira NÃO pode ter bico da Lilla, o ideal MAM, Aventi e da Nuk), muito dissolvido, após a amamentação. 
Criança que mama toda hora um pouco não é bom, o ideal é que a amamentação seja em um local tranqüilo.
Quando a mãe fala que dá suco a criança questionar volume, vezes ao dia, suco natural ou artificial, se há açúcar.
Se for dar biscoito após seis meses aveia com farinha de arroz (feito em casa), não deve ser industrializado. 
Menos de 12 meses NÃO deve dar mel por conta de botulismo.
Nem sempre a criança engasga, alguns momentos são reflexos fisiológicos.
A introdução do ovo deve ser o mais precoce possível (06 meses) para evitar alergia. Começa a introduzir somente a gema, se não houver reação, já pode introduzir completo da próxima vez.
O problema do leite de vaca não é a gordura, mas as proteínas que são grandes.
O errado do Mucilon é a farinha e o açúcar. Mas já há mucilagem que são integrais e sem açúcar. 
Frutas que suprem a cremosidade do Mucilon banana, abacate. Mas pode ser utilizado aveia, quinoa etc.
O ideal é que toda consulta tenha o registro no gráfico das curvas do peso e do crescimento.
É normal que haja perda de 10-15% do peso nos 15 primeiros dias de vida. Prematuros são ainda mais freqüentes essa perda.
Todo complemento é um facilitador de largar o peito.
Aleitamento materno
Além de alimentar a criança, o aleitamento materno (AM) protege mãe e criança contra algumas doenças e promove o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança e o bem-estar físico e psíquico da díade mãe-filho.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde do Brasil (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam AM por 2 anos ou mais, sendo de forma exclusiva nos primeiros 6 meses.
Com relação à duração do AME, existem evidências de que não há vantagens em oferecer alimentos complementares a crianças menores de 6 meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, como maior chance de adoecer por infecção intestinal e hospitalização por doença respiratória. Além disso, a introdução precoce dos alimentos complementares diminui a duração do AM, interfere na absorção de nutrientes importantes nele existentes, como o ferro e o zinco, e reduz a eficácia da lactação na prevenção de novas gestações.
 Por isso, é essencial esgotar toda a mama.
· Estrutura da mama
As mulheres adultas possuem de 115 a 25 lobos mamários (glândulas tubuloalveolares), constituídos, cada um, por 20 a 40 lóbulos.
Estes, por sua vez, são formados por 10 a 100 álveolos. Envolvendo os alvéolos, encontram-se as células mioepiteliais e, entre os lobos mamários, os tecidos: adiposo, conjuntivo, linfático, nervoso e vascular.
O leite é secretado nos alvéolos por uma cadeia única de células epiteliais altamente diferenciadas e conduzido até o exterior por uma rede de ductos.
Durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola enchem-se de leite e dilatam-se. 
Lembrar que existem mamilos que tem menos desembocadura e outros mais, isso não define quantidade de leite.
Na gravidez, a mama é preparada para a lactação sob a ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos actíferos, e o progestogênio, pela formação dos lóbulos.
Outros hormônios também estão envolvidos: lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica.
Apesar de a secreção de prolactina estar muito aumentada na gestação, a mama não secreta leite durante a gravidez devido à inibição pelo lactogênio placentário.
O início da secreção do leite caracteriza a galactogênese.
· Fatores de risco para o aleitamento materno
Mãe adolescente, primigesta, gemelaridade, menor escolaridade materna, baixo peso ao crescimento, experiência desfavorável com a amamentação e mãe que trabalha fora.
1- Definir o que é aleitamento materno, aleitamento materno exclusivo, complementado, predominante ou misto.
Aleitamento materno (AM): diz-se que uma criança está em AM quando ela recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de estar recebendo ou não outros alimentos.
Aleitamento materno exclusivo (AME): quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos.
Aleitamento complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões) e sucos de frutas.
Aleitamento predominante: quando a criança recebe, além do leite materno, alimentos complementares, definidos como qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementar o leite materno. O termo “suplemento” tem sido utilizado para água, chás e/ou leite de outras espécies. Nesse caso, o ideal é que já se passaram os seis meses iniciais, e leite somente não se torna suficiente mais.
Aleitamento misto ou parcial: quando a criança recebe, além do leite materno, outros tipos de leite.
2- Descrever os benefícios do leite materno para o bebê.
• redução da mortalidade infantil: estima-se que o AM pode reduzir em 13% a mortalidade em crianças menores de 5 anos por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia alcança o impacto da amamentação na redução das mortes de crianças dessa faixa etária. A amamentação na primeira hora de vida tem sido associada à redução da mortalidade neonatal.
• redução da incidência e gravidade da diarreia: há fortes evidências epidemiológicas de que a amamentação confere proteção contra diarreia, sobretudo em crianças de baixo nível socioeconômico de países de baixa renda.7 É importante salientar que essa proteção diminui quando o AM deixa de ser exclusivo.
• redução da morbidade por infecção respiratória: a proteção da amamentação contra infecções respiratórias e otite média foi demonstrada em vários estudos.
• redução de alergias: há evidências de que o risco de dermatite atópica em crianças com história familiar de atopia, nascidas a termo e amamentadas exclusivamente por pelo menos 3 meses, é menor quando comparadas com crianças amamentadas por menos tempo, assim como é menor a chance de desenvolver asma em crianças sem história familiar de asma, quando comparadas com crianças não amamentadas. A exposição a pequenas doses de leite de vaca nos primeiros dias de vida parece aumentar o risco de alergia ao leite de vaca. Por isso, é muito importante evitar o uso desnecessário de fórmulas infantis nas maternidades.
• redução de doenças crônicas: há relatos bem consistentes da associação entre AM e menor chance de desenvolver obesidade e diabete tipo 2, pressões sistólica e diastólica mais baixas e níveis menores de colesterol total.
• melhor nutrição: por ser próprio da espécie, o leite materno contém todos os nutrientes essenciais para o crescimento e o desenvolvimento ótimos da criança pequena, além de ser mais bem digerido, quando comparado com leites de outras espécies. Atualmente, o crescimento da criança amamentada é a referência utilizada nas curvas de crescimento da OMS.
• melhor desenvolvimento cognitivo e inteligência: a maioria dos estudos publicados sobre AM e desenvolvimento cognitivo conclui que as crianças amamentadas apresentam vantagem nesse aspecto, quando comparadas com as não amamentadas ou amamentadas por um período inferior. Essa vantagem foi observada em diferentes faixas etárias, até mesmo em adultos.
• melhor desenvolvimento da cavidade bucal: a interrupção precoce do exercício que a criança faz para retirar o leite do seio da mãe pode determinar ruptura do desenvolvimento motor-oral harmônico, prejudicando o alinhamento adequado dos dentes e as funções de mastigação, deglutição, respiração e fala.
3- Descrever os benefícios do leite materno (LM) para a mãe e a família.
• proteção contra doenças na mulher que amamenta: há evidências de proteção do AM contra câncerde mama e de ovário, e o desenvolvimento de diabete tipo 2, além do efeito anticoncepcional. O efeito anticoncepcional só é considerado para aquela amamentação em curto espaço de tempo.
• economia: não amamentar tem implicações financeiras, podendo onerar uma família de modo substancial. Ao gasto com leites industrializados, devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas. Onera também o sistema público de saúde e as empresas/serviços públicos e privados, pelas faltas ao trabalho de mães e pais por doença da criança.
• promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho: apesar de difícil comprovação, é praticamente consenso que a amamentação traz benefícios psicológicos para a criança e para a mãe. É uma oportunidade ímpar de intimidade e afeto, gerando sentimentos de segurança e proteção na criança e de autoconfiança e realização como mãe na mulher.
· Propriedades do LM
Rico em lactoferrinas que inibem o desenvolvimento da E.coli no intestino, fato bífido: baixa pH intestinal reduzindo a quantidade de bactérias patogênicas, leucócitos (macrófagos e linfócitos), lizozima, interferon, imunoglobiulinas (antiviral e antibacteriana). 
O LM é a melhor fonte de nutrientes para RN e lactentes, sendo espécie-específico; contém mais de 250 fatores bioativos de proteção comprovados, bem como fatores de crescimento e o complexo imune.
A utilização do LM resulta em um “imprinting metabólico” capaz de promover alterações no número e/ou tamanho dos adipócitos, levando à redução do risco de obesidade; o mesmo ocorre com relação ao risco de artrite reumatoide. A amamentação favorece ainda o desenvolvimento do sistema sensório--motor-oral, evitando problemas futuros de mastigação, oclusão dentária, fala e apneia do sono, entre outros. São relatados também os efeitos calmante e analgésico do aleitamento materno. Quanto ao desenvolvimento neurológico, estudos recentes demonstram relação entre amamentação prolongada e maiores níveis de inteligência, escolaridade e renda financeira na idade adulta. Destaca-se ainda o papel da amamentação no estreitamento do vínculo mãe-filho, reduzindo a ocorrência de abuso, negligência e abandono das crianças.
· Problemas comuns relacionados à lactação
1. Ingurgitamento mamário
Surge em decorrência da retenção e acúmulo de leite nas mamas, esse leite acumulado se torna mais viscoso que o normal, por isso, o nome de leite empedrado. Essa situação frequentemente é acompanhada de dor nas mamas, que podem também ficar quentes, vermelhas, tensas e com pele brilhante, pode apresentar febre. Começa um processo inflamatório
Criança que mama fazendo barulho é errado está sugando mais ar que leite.
· Conduta (Cd)
Amamentar mais vezes, a fim de drenar bem a mama, verificar se o bebê pega bem a mama, tentar amamentar em posições diferentes, massagear os seios suavemente enquanto amamenta para ajudar a drenar bem o leite.
2. Dor
Observar à pega. Amamentar não dói, se doer está errado.
3. Candidíase
Criança pode ter candidíase oral e passar para a mama, com isso, deixar vermelha, com prurido. Deve tratar a mama e a boca do bebê.
4. Abscesso mamário
É complexo.
Mastite puerperal = mastite lactacional = mastite de amamentação é uma inflamação das glândulas mamárias que ocorre em mulheres em fase de aleitamento materno e cursa com vermelhidão nos seios, dor, calafrios e febre alta. Geralmente, causada por S.aureus.
Principal fator de risco para a mastite puerperal é a estase láctea, ou seja, a permanência de leite represado em um dos ductos mamários por tempo prolongado.
A estase do leite pode ocorrer por alguma obstrução de um dos ductos da mama ou por um incompleto esvaziamento dos seios pelo bebê durante a amamentação. Outro fator importante, são as fissuras do mamilo que favorecem a invasão de bactérias da pele para dentro do tecido mamário.
· Conduta (Cd)
TTO: igual do ingurgitamento + antibióticos.
É errado colocar compressa morna, isso piora um estado inflamatório, é recomendado colocar gelo. Há a “técnica do repolho”: pega a casca grande e coloca no congelador, assim que congelar colocar sobre a mama.
OBS.: se a mama estiver com pus a criança pode continuar mamando.
· Mitos sobre aleitamento materno
Leite fraco: não há leite fraco, o LM apresenta composição semelhante em todas as mulheres que amamentam e é o alimento ideal para o bebê, sendo recomendado até os dois anos de vida ou mais, sendo exclusivo até o sexto mês de vida.
Canjica, cerveja preta, carne seca e caldo de cana aumentam a produção de leite: falso, a produção de LM depende, principalmente, da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Portanto, quanto mais o bebê mamar e esvaziar adequadamente as mamas, mais leite será produzido.
Leite congelado retirado das mamas não tem o mesmos nutrientes: falso, o leite pode ser congelado por até quinze dias sem perder suas características e qualidade nutricional, desde que armazenado adequadamente. Congelar em vidro.
Quem fez redução mamária ou colocou silicone não poderá amamentar: falso, isso não impede que a mulher não possa amamentar, desde que durante a cirurgia sejam deixadas as estruturas das mamas.
· Recomendação quanto a duração do AM
OMS, MS e a SBP AM por dois anos ou mais, sendo até o sexto mês exclusivo.
AME não há evidências de vantagens em oferecer alimentos para crianças menores de seis meses, inclusiva, pode haver prejuízos na saúde da criança.
Há um aumento nas taxas de AM no Brasil, mas a maioria das mulheres está longe de praticar a duração recomendada da amamentação. Menos de 10% conseguem manter o AME até os seis meses.
· Principais determinantes do insucesso da amamentação
A prática do AM é influenciada por fatores de ordem socioeconômica, étnica, cultural e psicológica. Podem ser individuais ou contextuais.
Falta de rede de apoio, cirurgia plástica de mama (técnica e psicológico), insegurança da mãe e/ou da família, falta de orientações precisas sobre a pega na mama, como conduzir ingurgitamento mamário etc.
Pega correta da mama:
4- Citar as contra indicações absolutas e relativas ao aleitamento materno.
5-      Explicar os 10 passos para uma alimentação saudável.
· Conceitos importantes
Nutrigenômica: estudo do papel dos nutrientes na expressão gênica.
Nutrigenética: respostas que o genoma humano demonstra em relação a alguns nutrientes.
Epigenética: conjunto emergente de mecanismos, revelando como o ambiente, incluindo alimentação e nutrição, estão constantemente influenciando o genoma.
· Primeiros 1000 (mil) dias de vida
É o período que começa após a concepção, como uma janela de oportunidades para melhorar a saúde dos indivíduos. 
Gestantes bem alimentadas/nutridas, bebês alimentados ao seio materno e alimentação complementar saudável.
Tentante?? 
· Dez passos para uma alimentação saudável 
1. Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.
2. A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o LM até os dois anos de idade ou mais.
3. Após os seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes), três vezes ao dia, se a criança receber LM, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
4. A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher. Começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é, também, uma alimentação colorida.
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida.
9. Cuidar da higiene no preparo e no manuseio dos alimentos. Garantir o seu armazenamento econservação adequados.
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Preferir sempre alimentos in natura ou minimamente processados.

Continue navegando