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MFC, prevenção quaternária

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MFC, 31.05.21, semana 01.
Prevenção quaternária
Níveis de prevenção:
- Primária: ação realizada para evitar ou remover a causa de um problema de saúde em uma pessoa ou em uma população antes que ele se manifeste. Exemplo: imunização, educação. Promoção e prevenção.
- Secundária: ação realizada para detectar um problema de saúde em estágio inicial em um indivíduo ou população, facilitando, dessa forma, a cura, ou reduzindo ou prevenindo que se espalhe ou cause efeitos de longo prazo. Exemplo: triagem, screening. Rotina.
- Terciária: ação realizada para reduzir os efeitos crônicos de um problema de saúde em uma pessoa ou em uma população, minimizando o prejuízo funcional em consequência de problema de saúde agudo ou crônico. Incluindo reabilitação. Exemplo: cirurgia.
A prevenção quaternária (prevenção quaternária: primeiro não causar dano) é a prevenção da medicalização. É a reafirmação do princípio fundamental da medicina primum non nocere. Essa atividade de evitar intervenções médicas excessivas e desnecessárias é tanto mais importante quanto menor a prevalência de doenças graves e quanto mais atividades preventivas se pratica em determinado nível de atenção, uma vez que qualquer intervenção em pessoas assintomáticas ou com sintomas e queixas não categorizáveis em nenhum tipo de doença deve produzir um benefício líquido (benefício/malefício) absolutamente significativo em todos os sentidos para que seja justificada. Em vista desses aspectos, a prevenção quaternária, importante em todos os níveis de atenção, é uma atividade fundamental da APS. Os conceitos de prevalência, sensibilidade, especificidade, RV, limiares diagnósticos e terapêuticos são ferramentas da epidemiologia clínica muito úteis para a compreensão da prevenção quaternária.
Prevenção quaternária é definida como a “ação feita para identificar um paciente ou população em risco de supermedicalização, protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir procedimentos científica e eticamente aceitáveis”.
O conceito muda a forma como têm sido definidos os diferentes aspectos da prevenção e da história natural da doença para um conceito relacional entre médico e paciente (ou entre a medicina e a população).
Os quatro campos da prevenção devem ser usados de forma integrada, muitas vezes para o mesmo paciente, pelo clínico geral/médico de família.
A Prevenção Quaternária se aplica a todos os campos da relação médico-paciente.
 Tendo em mente a profunda influência das atividades do médico e crenças do paciente e as interações de ambos os atores do cuidado, pode-se considerar a P4 em cada estágio da atividade médica.
1988 – Bury propõe Prevenção Quaternária como cuidado paliativo (visão cronológica). 
1995 – Aparece oficialmente em pôster da WONCA pelo Médico de Família e Comunidade belga Jamoulle (visão relacional – tabela 2x2).
Primum non nocere:
- Ação feita para identificar um paciente ou população em risco de supermedicalização, para protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir procedimentos científica e eticamente aceitáveis;
- Nem todas as intervenções médicas beneficiam as pessoas da mesma forma e, quando excessivas ou desnecessárias, podem prejudicá-las.
· Relação médico-paciente
- Ansiedade do médico na procura pela doença;
- Informações erradas;
- Mal-entendidos;
- Falta de comunicação.
Rastreamento:
- Testes ou Exames diagnósticos;
- População/pessoas assintomáticas;
- Diagnóstico precoce ou identificação e controle de riscos;
- Objetivo Final – Reduzir a morbidade e ou a mortalidade da doença, agravo ou risco rastreado.
 Riscos do excesso de rastreamento: pessoas assintomáticas catalogadas como doentes, falsos-positivos, desconforto físico decorrente do exame diagnóstico e sensação de estar doente apenas pela vivência dos atendimentos e exames e excesso de medicalização.
· Como agir?
- Praticar o Atendimento Centrado na Pessoa;
- Aceitar que há sintomas clinicamente inexplicáveis;
- Evitar pseudo-diagnósticos e rótulos;
- Trabalhar no reforço da relação médico-paciente (empatia!);
- Envolver o paciente nas decisões.
· Ferramentas
- Continuidade do cuidado;
- Sintoma como diagnóstico – CIAP2;
- Demora permitida;
- Habilidades de comunicação;
- Medicina baseada em evidência.

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