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RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DE PESCADO: estruturas do peixe e camarão. 1. INTRODUÇÃO O Brasil detém uma posição de destaque na área de produção de camarão. Isto se dá como reflexo nos investimentos tecnológicos no setor que é estimulado pela grande demanda mundial por frutos do mar. Este recurso serve também como fator de subsistência a comunidades ribeirinhas, elevando a sua qualidade de vida e mantendo sua permanência local. O desenvolvimento crescente desta atividade fez com que os países costeiros tivessem maior interesse na pesca e cultivo do camarão marinho, tornando assim a exploração comercial destes estoques bastante intensa. De acordo com as pesquisas, vários motivos comprometem o consumo de pescado no Brasil, sendo que entre os principais, destacam-se o manuseio na captura, na estocagem e a armazenagem no gelo, podendo contaminar o mesmo e prejudicar a qualidade com que esse produto chega aos pontos de comercialização e ao consumidor final. A piscicultura cresce no mundo todo para abastecer a demanda pela carne de peixe, a qual é rica em proteína (os pescados são a terceira fonte de proteína de origem animal para alimentação humana), possui baixo teor de gordura e é de fácil digestão. Dentre os animais criados pelo homem com o propósito de produzir alimentos, tanto em escala industrial quanto para subsistência, o peixe é o que oferece as melhores condições de custo-benefício, já que possui a capacidade de transformar insumos de baixo valor nutritivo ou subprodutos em proteína animal de qualidade superior. O pescado pode ser veiculador de uma gama enorme de micro-organismos patogênicos para o homem, sendo grande parte deles, fruto da contaminação ambiental. O lançamento dos esgotos nas águas de reservatórios, lagos, rios e no mar é a causa poluidora mais comum registrada no mundo inteira. Dessa forma, conhecer a anatomia desses organismos é essencial para que haja a inspeção adequada e assim garantindo uma segurança para aqueles que consomem. 2. OBJETIVO Essa aula pratica no dia 21 de junho de 2021, teve como objetivo ampliar os conhecimentos sobre o peixe da espécie tambaqui e do camarão, em relação a anatomia externa e interna de ambos. 3. METODOLOGIA Materiais • Peixe, espécie tambaqui • Camarão • Luvas • Pinça dente de rato • Bisturi • Tesoura • Faca • Tábua Procedimento: • No camarão foi observado todas as estruturas externas que o compõe. • Colocou-se o peixe na tabua lateralmente e com o auxílio da tesoura foi feita uma abertura na cavidade abdominal. • Observou todos os órgãos internos do peixe. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Camarão O camarão marinho caracteriza-se por possuir o corpo dividido em duas regiões distintas denominadas cefalotórax e abdômen. O cefalotórax resulta da fusão de alguns segmentos torácicos à cabeça. É recoberto pelo prolongamento do exoesqueleto, a carapaça, cuja extremidade é chamada rostro. Nesta região se encontram olhos pedunculados e apêndices profundamente modificados. Os dois primeiros pares de apêndices são antenas (um par de antênulas e um par de antenas) situadas numa posição pré-oral responsáveis basicamente pela função sensorial. Os três últimos pares de apêndices localizam-se atrás da boca (um par de mandíbulas e dois pares de maxilas) úteis na alimentação do animal. A mandíbula possui bordas capazes de moer e cortar os alimentos, enquanto as maxilas ajudam as mandíbulas na manipulação do alimento. No tórax se encontram cinco pares de patas conhecidas por pereiópodes (apêndices ambulatórios) que desempenham a função de locomoção. Os apêndices que se localizam no tórax servem para o nado, a cópula (nos machos) ou ainda o transporte de óvulos (nas fêmeas). Os pleiópodos localizados na região abdominal realizam a função de nadar e no final da região encontramos o Télson caracterizado por um leque caudal com o último segmento abdominal e seus urópodes responsáveis por direcionar o animal durante a natação. O estômago possui muitos músculos permitindo que só seja repassado ao hepatopâncreas o que está totalmente liquefeito. O hepatopâncreas é uma glândula de suma importância assumindo um papel no metabolismo destes animais interagindo com os processos fisiológicos de muda, produzindo respostas rápidas a alterações induzidas por fatores endógenos e ambientais. É responsável pelo armazenamento de substâncias de reservas e produz enzimas digestivas. 4.2 Tambaqui O Tambaqui é um peixe de escamas, com corpo romboidal, alto, achatado e serrilhado no peito. Apresenta uma dentição poderosa, adaptada para quebrar as duras castanhas que fazem parte de sua dieta. Em suas brânquias, podem ser observados espinhos longos e finos. Possui nadadeira adiposa curta, com raios na extremidade, dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. Sua coloração é parda, na metade superior, e preta, na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Esta espécie possuía estômago do tipo monogástrico, de forma sacular, pode ser observadas três regiões bem distintas: cárdica, a fúndica e a pilórica, esta região esta separada do esôfago por um estreitamento muscular, o esfíncter cárdico. Constituída por paredes delgadas e aparência tubular, a região cárdica aumentava o diâmetro gradativamente dando origem à região fúndica, que era composta por parede espessa e levemente rígida, afunilando-se dorsalmente e formando a região pilórica, onde encontrava-se o esfíncter pilórico. 5. CONCLUSÃO A aula prática auxiliou os alunos a terem uma compreensão melhor das características do camarão e do peixe e assim ter uma base melhor na disciplina de inspeção de pescado. Deixando evidente a importância do conhecimento da morfologia saudável dos pescados para que haja uma fiscalização de forma satisfatória. 6. Referências ANDREATTA, E. R.; BELTRAME, E. Cultivo de Camarões Marinhos in Poli, C. R., et al Aquicultura: Experiência brasileira. Florianópolis: multitarefa, 2004. p.199-220. GOULDING, M.; CARVALHO, M.L. Life history and management of the Tambaqui, (Colossoma macropomum, Characidae): An important Amazonian food fish. Revista Brasileira Zoologia, v.1: p.107-133. 1982.
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