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MODELO DE TOULMIN

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MODELO DE TOULMIN
A expressão que resume conceitualmente sua teoria do Argumento é: “working logic” ou prática lógica.
Em seus estudos, Stephan Toulmin, realiza o levantamento de algumas questões, na busca de compreender como se desenvolve o processo racional de argumentação do ser humano:
O que faz um sistema argumentativo ser eficiente?
Como se organiza a estrutura dos argumentos?
Como os argumentos se interrelacionam? Como se sobrepõem uns aos outros? Como condicionam outros?
Por que não argumentamos? Por que queremos transformar o mundo?
Por que queremos colocar pretensões, através dos argumentos?
Ele enfatiza que:
Um bom argumento resiste às críticas.
Argumentar é uma opção. Podemos ou não ser racionais.
A irracionalidade é a prática dogmática, no qual aceitamentos sem questionar o argumento de um rito ou costume. Somos meta racionais quando usamos os sentimentos ou emoções.
Ser surdo a um argumento solidificado é uma opção política.
A argumentação é uma antítese ao dogma e, pode ser, então, considerado um antidogmatismo.
O modelo Toulminiano pode ser estruturado com os seguintes princípios:
1- Pretensões (claims, do inglês): é um pedido/ chamado para uma opinião (algo que será justificado), um apelo (em espanhol, opinion/pretension).
2- Razões (grounds, do inglês): justifica as argumentações, isto é, dá base, são as evidências, apresenta os motivos as provas da pretensão (bases/dados, em espanhol).
3- Garantias (warrants, do inglês): contextualizam as razões, dão alicerce/suporte às justificativas.
4- Respaldo (backing, do inglês): são as garantias ampliadas, adicionais, complementares para o fortalecimento das garantias, faz uso da multiplicidade de saberes.
5- Qualificações (qualifiens, do inglês): são os qualificadores modais, modulam o raciocínio, dão ênfases às justificativas.
6- Refutação (rebutalls, do inglês): faz-se uso da excepcionalidade em que a regra não se aplica para fortalecer a tese, provoca uma autocrítica, faz uso de elementos adicionais para corroborar no processo de persuasão argumentativa (limitations, em espanhol).
Para exemplificar, observamos a relação da população paulista com a sua preferência musical: a maioria dos paulistas preferem a escutar música sertaneja do que música clássica (Qualificadores Modais - Q). Pode-se comprovar a veracidade dessa informação com situações cotidianas, por exemplar ao entrar no transporte coletivo estará tocando uma vertente musical sertaneja; em programas de auditório televisivos ou radiofônicos, os artistas convidados estarão cantando música sertaneja e não música clássica; nas festas ou festivas populares, será mais provável estar tocado música sertaneja (Razões ou justificativas – G). Os fundamentos ou respaldo (B), podem ser concedidos por um ou mais especialistas, pode-se recorrer ao pensamento de Luiz Tatit e Alberto Ikeda, referências nacionais no estudo da música no Brasil. Para validar ainda mais a tese precisa fazer de garantias (W), saberes populares, em geral, os filhos gostam ou apreciam a música herdade de seus pais. E, para finalizar, precisa fazer uso das reservas, refutações ou contra argumentos, para não ficar irracional ou terco (teimoso) o pensamento construído: nesse caso, pode se expor que uma minoria dos paulistas preferem música clássica a sertaneja.A maioria da população de SP prefere música sertaneja.
Conclui-se que a população de SP prefere música sertaneja.
A maioria da população de SP prefere música sertaneja
Assim,
Já que
Por conta de
Porém
Festas, programas de TV e ônibus em SP tocam música sertaneja.
Especialistas como Ikeda e Tatit comprovam em seus estudos esse fator.
Uma minoria da população de SP tende a preferir música clássica.
Pode-se concluir que na sua teoria, Toulmin realiza uma busca para a análise do discurso, em que se pode clarificar, se os argumentos são fracos ou fortes. Se o discursante faz uso da coerência na argumentação para ser mais eficiente, na defesa de suas pretensões.
As circunstâncias dos argumentos são raciocínios práticos da vida real, provoca o envolvimento dos humanos aos argumentos.
A teoria geral do argumento de Toulmin foca sua aplicabilidade em quaisquer situações do cotidiano, em que se usa a argumentação, desde a explicação de uma hipótese de uma operação levantada pelo aluno ao discurso de um candidato à presidência nacional.
A teoria de Toulmin pode ser usada em momentos políticos, que fazem uso da perplexidade para ludibriar as pessoas, com o ideal de criar incertezas. Desse modo, o modelo Toulminiano é um mecanismo de fazer uma análise de todo o processo argumentativo, empregado por um viés político.

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