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09/09/2020 LABORATORIO CLINICO – 2ºSEMESTE 2020 · Eritrograma II: Análise morfológica das hemácias - Esfregaço sanguíneo: - Importante, porque nessa avaliação morfológica é possível verificar as hemácias e eritrócitos e direcionar o que pode estar acontecendo com o paciente, sabendo do que se trata, encaminha possíveis doenças primarias, que possam levar a essa alteração. - ex: alguns hemoparasitos tendem a ficar mais na periferia, como na ponta da orelha. - Avaliação microscópica da amostra de sangue – analise morfológica dos subtipos celulares: - Macrocitose: hemácias grandes ou de tamanho aumentado; - hemácias não completamente maturadas, pode indicar processo regenerativo. - Microcitose: hemácias pequenas ou mais de 50% das hemácias com o tamanho menor que o normal – hemácias velhas na circulação, fazendo com que seu tamanho diminua, (ex. doença renal crônica) - Anisocitose: população homogênea de células com diferença de tamanho entre as hemácias - Importante saber i tamanho e morfologia normal das hemácias, pois elas são o tamanho padrão para demais células. - Avaliar alterações morfológicas das hemácias. - Identificação de parasitos: presença confirma a doença, mas a ausência não descarta o diagnóstico (pois pode estar em baixa parasitemia) - Babedia spp. - Mycoplasma spp. -TECNICA DE ESFREGAÇO: - Esfregaço ideal: homogêneo sob a lamina; que possua começo, meio e fim; e se distribua na lamina com uma fina camada. Espaço entre as hemácias, que estão distribuídas aleatoriamente, de forma que é possível ver a totalidade de células ali presente. - Normalmente, as células se alojam no final do esfregaço, pelo sangue ser empurrado pela lamina. - Se, por acaso, o esfregaço ficar muito grosso, pode acabar ocorrendo sobreposição de celular, acabando por não dar um resultado muito fidedigno. - Citoplasma tem afinidade com o corante acidofilico ou eosinofilico (corante mais alaranjado ou rosa), já o núcleo é mais basofilico. - O corante interfere na qualidade da coloração, quanto mais velho, mais tempo para colorir, se velho, pode formar grumos e interferir na amostra. - Os corantes basofilicos tem tendência a reagir com a agua, intensificando sua cor, portanto, é extremamente importante lavar imediatamente (não deixar a lamina de molho). Tirar o excesso de agua da lamina (com ela em pé em cima de um papel), evitando contaminação de outros reagentes. · Corpúsculos de Howell- Jolly. - Inclusão esférica de restos nucleares, geralmente na periferia da celula – componentes da membrana nuclear (carioteca), causando uma oclusão esférica no citoplasma. - Em certa proporção (fisiologicamente), é normal formar esse corpúsculo, porém, quando passa pelo baço, ocorre o sequestro e destruição desse corpúsculo. - Baço destrói os corpúsculos em situações fisiológicas - Resposta da medula óssea à anemia (podendo ser um indicativo de anemia regenerativa, mas não dando 100% de possibilidade) - Função esplênica reduzida - Uso crônico de corticoides – reduzem a reciclagem das hemácias no baço e aumenta meia vida do neutrófilo, fazendo com que aumente o corpúsculo de Howell Jolly na circulação. – Promove a estabilização da membrana celular (impedindo que os antígenos a mostrem que está velha). - Esse corpúsculo Howell Jolly está presente na circulão apennas em algumas circunstancias: quando o animal não tem mais o baço ou quando este órgão não está mais trabalhando o suficiente, ou quando ocorre uma anemia regenerativa por falha na medula em maturação das hemácias. - Sua morfologia é relativamente de tamanho maior que os parasitos, mais central e circular, poucas células acometidas. · Corpúsculos de Heinz - Estrutura redonda na membrana interna do eritrócito – de maneira geral, se apresenta na periferia. Quando acontece, é em muitas células! - Secundaria a uma desnaturação oxidativa da hemoglobina – doenças que culminam em estresse oxidativos (inflamatórias crônicas, ou diretamente a algum agente oxidante). - A hemácia não sai com ele da medula, ele é gerado depois na hemácia Intoxicação por substâncias que promovem oxidação - Pode ocorrer em felinos fisiologicamente (50%) – Dificilmente ver, pois geralmente acometem mais aos cães. - Incomum em outras espécies. - Cães esplenectomizados - Uso de corticoides · Metarrubrícitos - Alto indicio de regeneração medular!! - Eritrócitos imaturos nucleados - Indica anemia regenerativa - Doenças mieloproliferativas: proliferação descontrolada das células da medula óssea - Hemangiossarcoma - Mononuclear e com muitos grânulos. Geralmente associado a macrocitose, relacionado a resposta medular · Reticulócitos - Eritrócitos em 25% final de hemoglobinização - Cujos resquícios de organelas (ribossomos, DNA mitocondrial, RNA...) são observados – são eritrócitos que mantem resquícios de material genético, porém não bem definido (pode estar aglomerado ou espalhado pela célula). - Hemácias jovens - Coloração para identificação de reticulocitos é especifica, normalmente se utiliza azul de metileno (corante basofilio – para marcar o material genético). - Indicio de anemia regenerativa. · Pontilhado basofílico - Continua com pontinhos no citoplasma - Pontos basofílicos citoplasma hemácias - Indicação de intensa eritropoiese ativa – eritrocitos estão se multiplicando de maneira exagerada – distúrbios mieloproliferativas (proliferação descontrolada das células da medula óssea, como hemácias, leucócitos e plaquetas). EX: 1º leucemia, 2º hemolise, sangramento, etc. - Intoxicação por chumbo: ingestão hídrica em um recipiente que contem chumbo. - Acompanhar metarrubrícito - Anemia regenerativas em ruminantes: presença de hemácias com pontilhado basofilico. · Acantócitos - Projeções irregulares e variadas do citoplasma: perde a estabilidade do eritrócito e faz projeções - Hiperbilirrubinemia - Hemangiossarcoma - Doença hepática difusa (mais comumunte) - Shunts porto-cava - Dietas altas em colesterol · Rouleaux - Empilhamento de hemácias: aumento de afinidade entre hemácias (muita imunoglobulina, que estimula ligação) ou perda de plasma (deixando as hemácias mais concentradas, fazendo com que se empilhem) - Ocorrência fisiológica em equinos -> achados clínicos fisiologicos - Outras espécies: desidratação e/ou inflamação imunogenica (estimulo do sistema imune, de modo que ocorra alta produção de imunoglobulinas) - Equinos caquéticos ou severamente anêmicos –> ausência!! - Ruminantes: raro – hígidos ou doentes · Aglutinação - Aglomeração espontânea de hemácias - Doenças autoimunes: aglomeração espontânea associada a alta Hemolise -> transfusão sanguínea incompativel - Transfusões incompatíveis -> hemólise – anemia hemolitica imunomediada! - Anticorpos contra hemácias · PARASITOS: · Esquizócitos - Fragmentos irregulares de hemácias – alteração morfologica da hemacia como um todo! - Falha renal – DR crônica (primeiro acantocito e quando muito avançada Esquizócito) - Mielofibrose - Glomerulonefrite - Deficiência crônica de ferro -> ANEMIA FALCIFORME em humanos - Cães com neoplasia esplênica ou doenças que culminam com vasos tortuosos (fazendo com que o sangue tenha seu caminho obstruído, fazendo com que bata no vaso e cause hemólise mecânica). · Policromasia - Coloração heterogênea entre as hemácias (mais roxa ou azulada) - Resquícios de organelas celulares - Atividade eritropoiética forte - Comum em cães e gatos, além de ser importante para equinos - Pode ser discreta, moderada ou intensa. · Hipocromasia - Palidez central dos eritrócitos (meio tem tendência a ser mais claro, por ser biconcavo, consequentemente, ter menos impregnação do corante) - Menor concentração de hemoglobina - Deficiência de ferro - anemia microcitica hipocromica. · Policitemia - Aumento do número de eritrocitos ▪Policitemia relativa - Desidratação – diminuição do plasma - Hipoproteinemia – tendência a ter edemas na periferia, pois o EIC está mais concentrado que o EEC - Contração esplênica ▪Policitemia absoluta: aumento do eritrocitos devido ao aumento da produção das células. - Secundária – hipóxia, aumentode eritropoietina – síndromes paraneoplasicas - Primária – “policitemia vera” (verdadeira) -> neoplasia hematopoiética (leucemia dos eritrocitos) - DIAGNOSTICO COM FLEBOTOMIA: colher uma boa quantidade de sangue e repor em soro fisiológico, diluindo o hematocrito, espera uns 5-7 dias e faz o hemograma para ver se o eritrócito voltou ao normal, repetir esse procedimento umas 3-4 vezes consecutivas. Se a resposta de aumento do eritocrito foi consecutivo em todas as vezes, é policitemia absoluta (sendo muito provável a policitemia vera, então procurar tumores!) Caso clinico 1: Paciente da espécie canina, cocker spaniel, 8 anos, macho com histórico de apatia e mucosas ictéricas - Está havendo Hemólise pra haver icterícia associada a uma anemia. Anemia com causa hemolítica(só não se sabe se é imunomediada ou não). Anemia com icterícia precisa ter havido hemólise. - Anemia macrocitica hipocromica - Indício de que seja regenerativa, com reticulócito e metarrubricitos indica resposta medular - Para essa hemólise chegar a causar icterícia, não é algo de horas, mas de dias - Provavelmente não tem como causa hemorragia, pois se fosse a Mucosa estaria hipocorada (pálida), mas não ictérica - CHCM macrocitica ; VCM hipocromica Caso clinico 2: Cão sem raça definida, 8 anos, fêmea, com histórico de apatia e mucosa pálida - Anemia macrocitica normocromica, com indícios de ser não regenerativa, (podendo ser regenerativa se o paciente passou por um processo agudo, em que não deu tempo da medula responder). - Reticulócito normal (tem acantocito, associado a doenças crônicas inflamatórias). Por isso a macrocitose pode estar relacionada a um outro processo medular, não à regeneração. Caso clinico 3: Bovino, sem raça definida, 3 anos apresentando apatia, mucosas hipocoradas, mucosas ictéricas. - Anemia normocitica hipocromica - Se tem icterícia por anemia, tem hemólise. - Indício de regeneração (pontilhados basofilicos) - Anemia ainda montando um processo de regeneração. Deve ser recente e crescente
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