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Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais Teoria Crítica e Teoria Construtivista Teoria Crítica Robert Cox Escola de Frankfurt - crítica ao Marx → ênfase nas condições materiais e na luta de classes → ignora os aspectos cognitivos da dominação social Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jurgen Habermas 1930 Instituto de Pesquisa Social, Universidade Frankfurt Neomarxistas - estudam as estruturas sociais e os abusos sociais da humanidade - projeto emancipatório de todas as formas de dominação Teorias críticas se preocupam com a emancipação ou com a liberdade Relação entre conhecimento e sociedade Habermas: 3 tipos de conhecimento 1. Ciências Naturais (empírico → previsão) 2. Relação entre significado e compreensão (histórico → compreensão) 3. Ciências Críticas (preocupação com a emancipação → liberdade) Consequência: Não existem conclusões empíricas verdadeiras - não existe discurso neutro Foucault: identificar as condições históricas específicas em que o conhecimento é gerado O conhecimento não existe de forma "natural", é construído pela estrutura de pensamento vigente - "verdade" é um instrumento de poder 1ª Tarefa da Teoria crítica: despir a epistemologia das teorias de RI (teoria do conhecimento) 2ª Tarefa da Teoria: construção de um discurso inclusivo e emancipatório (conquistar a liberdade por meio da razão/conhecimento) 4 principais realizações da Teoria crítica - Construção social do conhecimento - Derruba a tese da imutabilidade social - Superação do marxismo - Promoção de novas formas de organização política 1. Construção social do conhecimento - Não há forma de se avaliar objetivamente a realidade - Pesquisador e objeto de estudo são indissociáveis - Não é possível separar o sujeito do objeto que ele está estudando Robert Cox - Teorias são interessadas - "a teoria é sempre produzida para alguém e para algum propósito" Toda teoria é relativa ao seu tempo e lugar → associada a um contexto histórico e político - Rejeita a noção de neutralidade e objetividade Crítica ao neo-realismo - Caráter estável, status quo - Teoria de solução de problema: conservadora; cristaliza as categorias (A noção de anarquia é uma constante; Congela as relações de poder) - Déficit: não há uma teoria social 2. Derruba a tese da imutabilidade social - Teorias tradicionais: legitimar a ordem social - Teoria Crítica: não aceita considerar as instituições de poder como dadas Metateoria Identificar possibilidades de MUDANÇAS da realidade observada Teoria Construtivista Alexander Wendt e Nicholas Onuf Social theory of international politics - 1999 World of our making - rules and rule in social theory and international relations 1989 Debate nas ciências sociais: qual é o lugar das ideias e dos valores na análise dos eventos sociais? Ponte entre preocupações positivistas e pós-positivistas → via média: um compromisso entre racionalistas e reflexivistas Premissas Básicas - A realidade é uma construção social - Relação de co-determinação entre agente e estrutura 1. A realidade é uma construção social - O mundo não é predeterminado, mas sim construído - Podemos mudá-lo, transformá-lo, ainda que dentro de certos limites - Os atores constroem a realidade: a interação entre eles (=comunicação) constrói interesses e preferências 2. relação de co-determinação entre agente e estrutura - Ontologia: natureza daquilo que estamos estudando - Quem constrange e limita as opções do outro? Quem veio antes? - Nega qualquer antecedência ontológica aos agentes e à estrutura 3. padrão epistemológico mais complexo - Relação entre materialismo e idealismo - Não nega a realidade material - As ideias e os valores desempenham uma função central na formulação do conhecimento sobre o mundo - O mundo só faz sentido a partir do momento em que nos referimos à ele Wendt: Estados e identidade - Estados são a principal unidade de análise das RI - Estado = única unidade política com legitimidade do monopólio do uso da força - Mas... Isso não é uma verdade a-histórica - Estados não são verdades materiais objetivas - As estruturas do sistema de Estado são subjetivas Crítica ao racionalismo das teorias tradicionais Como são formados os interesses dos Estados? Teorias tradicionais - Natureza pré-social Construtivismo - A convivência social modifica os agentes - Estados são construções sociais O interesse dos Estados é determinado pelo processo social de construção de sua identidade - "como eu me reconheço perante os outros" - Atores agem com base nos significados oferecidos a eles - Processo dinâmico - A identidade é a base da construção de interesses e passa a existir somente quando ambos Estados começam a se relacionar Wendt: anarquia O modelo de K. Waltz ignora a socialização entre os estados - Estados irão automaticamente assumir que a outra parte é uma ameaça à sua sobrevivência - Esse modelo ignora a socialização entre os Estados - Emitir sinais e interpretá-los "Anarquia é o que os Estados fazem dela" - Anarquia é uma representação que se forma historicamente no processo de interação entre os atores Tipos de anarquia - representações do eu e do outro com relação ao uso da violência 1. "Anarquia Hobbesiana" X 2. "Anarquia Kantiana" X 3. "Anarquia Lockeana" Hobbesiana - inimigo, adversários que representam ameaça, não observe o limite do uso da violência 2ªGM ALE x FRA Kantiana- amigo, aliados, não usam a violência para resolver suas disputas (entre si), trabalham juntos contra ameaça de segurança OTAN ALExFRA HOJE Lockeana - rival, competidores que vão usar a violência para atingir o seu objetivo, há um limite (eles não se matam) EUA x CHINA
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