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Patologia Geral - Resumo

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Mariana Macabú – MedUfes 103 
 
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PATOLOGIA GERAL B – 2019/2 
 
 
CAP.1 - INTRODUÇÃO À PATOLOGIA ....................................................................... 2 
CAP.2 - MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA .................................................. ................ 5 
CAP.3 – ETIOPATOGÊNESE GERAL DAS LESÕES .......................... .............................. 10 
CAP.5 – DEGENERAÇÃO E MORTE CELULAR ........................................................ .............. 26 
CAP.6 – ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO ....................................................... ............. 35 
CAP. 9 – DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO ................................................................ ............. 36 
CAP.4 – INFLAMAÇÕES ............................................................................. ............. 56 
CAP. 8 - REPARO DAS LESÕES .. .......................................................................... .............. 68 
CAP.10 – DISTÚRBIOS DA PROLIFERAÇÃO E DA DIFERENCIAÇÃO CELULARES .............. 78 
EXTRA: AULA SOBRE HPV ................................................. .................................. ......... .... 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE: https://webpath.med.utah.edu/ 
https://webpath.med.utah.edu/
Mariana Macabú – MedUfes 103 
 
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INTRODUÇÃO À PATOLOGIA – CAP.1 
 
INTRODUÇÃO 
 
Conceitos Gerais 
• Patologia não abrange todos os aspectos da doença. 
• A medicina é o esforço utilizado para minorar os sofrimentos produzidos pelas doenças. 
• Patologia: estudo da doença, dos mecanismos que as produzem, os locais onde ocorrem, as 
alterações moleculares, morfológicas e funcionais que apresentam. 
• Irritabilidade = ser sensível as variações do ambiente; variações bioquímicas e fisiológicas = 
capacidade de produzir respostas. → adaptação 
• Doença = disfunção + lesão. 
• Saúde = ausência de doença. 
• Lesão = conjunto de alterações morfológicas, moleculares e/ou funcionais que surgem nas 
células e nos tecidos após agressões. Também conhecida como processos fisiológicos. 
Quando o ambiente muda e a célula não se adapta (definição segundo o Merçon.) A escala 
que define a lesão é a histopatologia. 
• Período de incubação: Sem manifestações. 
• Período prodrômico: Sinais e sintomas inespecíficos 
• Período de estado: Sinais e sintomas típicos. 
 
Conceitos Primordiais da Patologia 
✓ Etiologia: estudo das causas. 
✓ Patogênese: estudo dos mecanismos. 
✓ Anatomia Patológica: estudo das alterações morfológicas dos tecidos que, em conjunto, 
recebem o nome de lesões. 
✓ Fisiopatologia: estudo das alterações funcionais de órgãos e sistemas afetados. 
♦ Patologia Geral: estuda os aspectos comuns às diferentes doenças. 
♦ Patologia Especial: se ocupa das doenças de um determinado órgão ou sistema ou estuda as 
doenças agrupadas por suas causas. 
 
Agressões podem ser causadas por: 
❖ Agentes físicos, químicos e biológicos. 
❖ Alterações na expressão gênica. 
❖ Modificações nutricionais. 
❖ Modificações metabólicas. 
❖ Modificações decorrentes dos próprios mecanismos de defesa do organismo. 
 
Mariana Macabú – MedUfes 103 
 
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AGENTES AGRESSORES: 
• Podem ter AÇÃO DIRETA, por meio de alterações moleculares que se traduzem em 
modificações morfológicas; AÇÃO INDIRETA, por intermédio de mecanismos de adaptação 
que ao serem acionados para combater a agressão, induzem alterações moleculares que 
resultam em modificações morfológicas (como um processo inflamatório em resposta a 
uma infecção). 
 
❖ Ação do calor na pele: 
➢ Ação direta: causa degeneração e necrose por desnaturação de proteínas. 
➢ Ação indireta: 
▪ Sobre mastócitos induz a liberação de histamina e sobre as terminações 
nervosas, a liberação de Substância P, ambos resultam em reação 
inflamatória. 
▪ Sobre a microcirculação: causa danos no endotélio dos vasos, resultando em 
trombose, isquemia, anóxia e necrose. 
 
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DAS LESÕES E DOENÇAS 
• As agressões comprometem um tecido (ou órgão) no qual existem 
• 1. células parenquimosas e do estroma; 
• 2. componentes intercelulares (interstício ou matriz extracelular); 
• 3. circulação sanguínea e linfática; 
• 4. inervação. 
 
Lesões celulares: 
a) Não letais: degenerações (acúmulo de substância intracelulares), hipotrofia, 
hipertrofia, hiperplasia, hipoplasia, metaplasia, displasia, neoplasia, acúmulo de 
pigmentos endógenos ou exógenos. 
b) Letais: necrose (morte celular seguida de autólise), apoptose (morte celular não 
seguida de autólise). 
 
Alterações do interstício: 
• Modificações da substância fundamental amorfa, fibras elásticas, colágenas e reticulares, 
que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de substâncias. 
 
Distúrbios da circulação: 
• Aumento, diminuição ou cessação do fluxo sanguíneo para os tecidos (hiperemia, oligoemia 
e isquemia); coagulação do sangue no leito vascular (trombose); aparecimento de substâncias 
ou corpos que não se misturam ao sangue e causam obstrução vascular (embolia); saída de 
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sangue do leito vascular (hemorragia) e alterações das trocas de líquido entre o plasma e o 
interstício (edema). 
 
Alterações da inervação 
• O livro não abordava esse tópico. 
 
3 tipos de Normal 
 Normal Ideal: de Platão, o que está nos livros de anatomia, perfeito. O médico não usa o 
normal ideal. Ele é usado para fazer diagnóstico, mas não para fazer intervenção. 
 Normal estatístico: é o centro de distribuição (conjunto ordenado de valores das pessoas 
analisadas). O anormal é o estatístico extremo. O ponto de corte com o qual se trabalha é 
quadragentílico (se divide em 4). 
 Normal clínico: O médico diz que não é normal. O anormal clínico está relacionado à 
disfunção. 
 
Um pouco de Epidemio 
I. Ter um coletivo. 
II. Estudar a estatística necessária. 
III. Decidir o que será normal e anormal. 
IV. Aplicar o critério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÉTODOS DE ESTUDO EM PATOLOGIA – CAP.2 
 
EXAMES CITOLÓGICOS 
 
Introdução 
• O material para análise citológica pode ser obtido por meio de: 
o Raspados da pele ou de mucosas 
o Secreções (conteúdo de cistos etc.) 
o Líquidos (serosas, urina, líquido amniótico etc.) 
o Punção aspirativa. 
• A amostra de células deve ser adequadamente fixada. O fixador mais empregado é o álcool 
etílico. Para os exames colpocitológicos, é importante que o esfregaço seja fixado 
imediatamente, ainda úmido, em álcool etílico a 95%. 
• Secreções ricas em muco (escarro) ou em proteínas (líquidos serosos) podem ser guardadas 
em geladeira por até 1 dia antes de serem encaminhadas ao laboratório, pois o muco 
protege as células, e as proteínas servem como nutrientes. 
• Líquidos pobres em proteínas ou em muco (liquor, urina etc.) só podem ser mantidos na 
geladeira por poucas horas. Quando o material não puder ser encaminhado logo ao 
laboratório, é necessário fixá-lo em igual volume de etanol a 50%. 
• A coloração mais empregada dos esfregaços celulares é a de Papanicolau. 
• As principais vantagens do exame citológico são a simplicidade, o baixo custo e a rapidez do 
resultado em relação aos exames anatomopatológicos. 
• As desvantagens estão na ausência da arquitetura tecidual e a menor quantidade de 
amostra. Esta serve ainda para estudos bacteriológicos, imuno-histoquímicos, citometria de 
fluxo e de biologia molecular. 
 
EXAMES ANATOMOPATOLÓGICOS 
 
Biópsias 
▪ São de dois tipos: 
o Ablativas ou excisionais: quando retira toda a lesão 
o Incisionais: quando se retira apenas parte da lesão para diagnóstico. 
▪ Tipos particulares de biópsia são: curetagens, biópsias endoscópicas, por agulha, 
trepanação, dirigidas por aparelhos especiais, como colposcopia ou ultrassonografia e 
cerebralesterotáxica. 
▪ Biópsias de lesões ulceradas devem conter a margem de transição entre a úlcera e os 
tecidos adjacentes e subjacentes. Uma biópsia superficial pode conter somente material 
necrótico-inflamatório, sem atingir as lesões graves subjacentes (lesões submucosas que 
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elevam a mucosa podem não ser amostradas, uma biópsia superficial nessa área pode não 
atingir o tumor.) 
▪ Biópsia líquida: por meio dela, pode-se procurar no sangue, urina ou em outros fluidos 
corporais, fragmentos de DNA tumoral liberados no sangue, os cDNA (DNA tumoral 
circulante). A biópsia líquida é uma alternativa nos casos em que não há mais tecido tumoral 
disponível para a realização dos testes, evitando-se submeter o paciente a um novo 
procedimento invasivo para obtenção de amostra tumoral. 
▪ Peças cirúrgicas resultam de tratamento cirúrgico de diversas doenças, neoplásicas ou não. 
Podem ser simples, como a retirada de vesícula biliar, ou compostas, quando são ressecados 
além do órgão, linfonodos, tecidos adjacentes e outros componentes (como músculos). 
▪ O fixador universal é formaldeído a 4%, ou seja, formol bruto a 10%, tamponado (pH = 
7,2). 
▪ Amostras para imunofluorescência devem ser enviadas em solução salina tamponada 
em frasco imerso em gelo ou em álcool a 70% resfriado. O volume do fixador deve ser de 6 
a 10 vezes o volumo do espécime. 
▪ Quando se deseja fazer testes moleculares, as amostras devem ser congeladas em 
nitrogênio líquido ou em freezer a –80 graus Celsius. 
 
QUAL A SEQUÊNCIA DE EVENTOS DESDE A CHEGADA DA PEÇA AO LABORATÓRIO DE 
PATOLOGIA ATÉ A ANÁLISE MICROSCÓPICA? IMP!!! 
• O espécime chega à patologia seguida de requisição a qual contém dados de informações 
clínicas, identificação do paciente, resultados de exame e hipóteses diagnósticas. 
• O patologista disseca a peça e realiza o exame macroscópico da lesão e retira fragmentos 
para análise histopatológica. 
• Os fragmentos são processados manualmente, passando por desidratação gradativa em 
álcoois, diafanização em Xilol, impregnação em Parafina. 
• Os fragmentos são cortados em micrótomos e passam por processo de desparanifização e 
são corados. 
 
Colorações 
 HE = Coloração histológica universal. 
 Método de Papanicolaou = Coloração citológica universal. 
 Tricrômios (Gomori, Masson, Mallory) = Fibras colágenas, músculo. 
 Impregnação pela prata = Fibras reticulares, melanina, axônio etc. 
 Método de Fontana = Melanina. 
 Ácido periódico de Schiff = Glicogênio, glicosaminoglicanos, membrana basal, fungos, 
parasitos. 
 Alcian blue = Glicosaminoglicanos. 
 Azul de toluidina = glicosaminoglicanos. 
 Giemsa = Células sanguíneas, bacilos espiralados, leishmânias. 
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 Von Kossa = Cálcio. 
 Sudão = Lipídeos. 
 
IMUNO-HISTOQUÍMICA 
 
Introdução 
♦ Utiliza anticorpos como reagentes específicos para detecção de antígenos em células ou 
tecidos. 
♦ São duas formas de marcação: 
o Imunofluorescência 
o Técnicas imunoenzimáticas 
 
Aplicações 
♦ Pode distinguir, por exemplo, um carcinoma indiferenciado de um tumor mesenquimal (o 
achado de ceratinas em células neoplásicas indica a origem epitelial do tumor). 
♦ Pesquisa de receptores para hormônios nos casos de neoplasias. Como por exemplo, 
receptores de estrogênio no carcinoma de mama. Ou para fatores de crescimento (como 
EGF = fator de crescimento epitelial) em tumores malignos. 
♦ Nas doenças infecciosas e parasitárias: 
▪ Na doença de Chagas crônica, os parasitos podem ser distinguidos de outros 
microorganismos semelhantes através da imuno-histoquímica. 
 
CULTURA CELULAR 
 
✓ In vitro, estão ausentes vários elementos reguladores da homeostase, principalmente os 
componentes nervoso e hormonal. 
✓ As interações complexas que existem entre os vários tipos celulares in vivo são simplificadas 
in vitro, pois, em cultura, apenas um tipo celular está presente, faltando também a matriz 
extracelular. 
CITOMETRIA DE FLUXO 
 
Introdução 
❑ Recurso metodológico avançado que utiliza o citômetro de fluxo. 
❑ A análise é feita com células em suspensão, e as medidas são feitas enquanto as células 
passam uma a uma em um capilar em fluxo contínuo em frente a um feixe de luz (laser). 
❑ O aparelho detecta de que forma uma célula interage com um raio laser e obtém duas 
informações: 
o Espalhamento da luz incidida (scattering). 
o Emissão da fluorescência. 
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❑ Assim, é possível comparar as células quanto ao seu tamanho e à sua complexidade interna, 
permitindo, por exemplo, diferenciar neutrófilos de linfócitos, que possuem tamanho e 
conteúdo citoplasmático diferentes. 
❑ As células podem também ser tratadas com um fluorocromo, que se liga especificamente à 
estrutura de interesse, o qual depois é reconhecido e quantificado por um sensor. 
 
Aplicações 
o Identificação de populações celulares específicas, normais ou cancerosas. 
o Fornece o conteúdo de várias moléculas, como o DNA. 
o Separar células de acordo com características desejadas. 
MORFOMETRIA 
• Ao identificar um corte histológico com pequeno número de leucócitos, o observador pode 
inferir que a inflamação presente é discreta (+), moderada (++) ou acentuada (+++) e indica 
número crescente de leucócitos. Esse é um exemplo de análise semiquantitativa. 
 
TECNICAS DE BIOLOGIA MOLECULAR 
 
Amostras: 
❖ A obtenção e o processamento de amostras para análise devem contemplar dois requisitos: 
o Manter as macromoléculas intactas. 
o Preservar a morfologia das células e dos tecidos. 
❖ Para isso, o procedimento ideal é obter amostras com o menor tempo possível de isquemia 
e congelá-las imediatamente em nitrogênio líquido. 
❖ O formol e o processamento histológico dos tecidos em geral causam danos às 
macromoléculas, como desnaturação proteica e quebra das moléculas de DNA e RNA. 
❖ Variações no pH dos fixadores causam quebras nas moléculas de ácidos nucleicos, o formol 
tamponado (pH = 7,2) é útil na preservação dessas macromoléculas. 
 
REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) 
 
Introdução 
• A técnica se baseia em uma reação de amplificação in vitro de sequências específicas de 
DNA. 
• A reação é feita em ciclos sucessivos em um aparelho, o termociclador. Cada ciclo consiste 
em três etapas: 
o Inicialmente, as duas fitas de DNA são separadas pelo calor. 
o A seguir, dois iniciadores (pequenas sequências de DNA que se ligam nos locais de 
início e término da amplificação) flanqueiam a região a ser amplificada. 
o Uma DNA polimerase, a partir do iniciador, copia o segmento do DNA desejado. 
 
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Aplicação 
• Com esse método, pode-se detectar a presença de sequências de ácidos nucleicos virais, 
bacterianos ou de parasitos em amostras biológicas com altíssima sensibilidade. 
• A técnica também permite identificar alterações genômicas e a presença de mRNA que 
podem ser de grande utilidade no diagnóstico do câncer ou de doenças sexualmente 
transmissíveis, mesmo no período intrauterino. 
• A grande capacidade de amplificação da PCR é também seu maior problema, pois a 
possibilidade de contaminação dos equipamentos, ou mesmo através do ar, pode levar a 
resultados falso-positivos. 
• O PCR é método qualitativo, para estudos quantitativos utiliza-se o Real Time PCR. 
• Real Time PCR: os nucleotídeos usados para a síntese do DNA são marcados com 
substâncias fluorocrômicas. Com isso, cada vez que uma nova fita de DNA é produzida, uma 
certa quantidade de luz é emitida e captada pelo equipamento, que transforma o sinal 
luminoso em traçado digital. 
• O real time PCR é interessante para o caso de infecções virais, como do HIV e na detecção 
de clones neoplásicos residuais no sangue periférico após tratamento. 
 
NEOPLASIAS 
 
Etiogênese: 
♦ A formação e progressãode tumores dependem de múltiplas alterações genômicas e 
epigenômicas. Os conhecimentos sobre os genes mais diretamente relacionados com as 
neoplasias (oncogenes, genes supressores de tumor etc.) são um estudo muito relevante. 
♦ O aparecimento de resistência das células cancerosas a medicamentos quimioterápicos, por 
exemplo, é um fenômeno ligado à expressão de determinados genes que pode ser 
detectada por vários meios, entre eles a tecnologia do DNA. 
♦ O EGFR (Receptor do fator de crescimento epidérmico) atua na regulação da divisão, da 
diferenciação, da migração, da adesão e da apoptose de células. O EGFR está superexpresso 
em carcinomas colorretal e pulmonar e em várias outras neoplasias. 
♦ Quando vários membros de uma mesma família têm câncer, principalmente se as pessoas 
são jovens, uma síndrome genética de predisposição neoplásica deve ser investigada. 
Indivíduos com tais síndromes possuem mutações germinativas, sobretudo em genes 
supressores de tumor, o que favorece o aparecimento de neoplasias. 
 
 
 
 
 
 
 
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ETIOPATOGÊNESE GERAL DAS LESÕES – CAP.3 
 
CONCEITOS GERAIS 
 
Introdução 
• Dependendo da intensidade, do tempo e da constituição do organismo (capacidade de 
reagir), qualquer estímulo pode produzir lesão. As causas de lesões e doença são divididas 
inicialmente em dois grandes grupos: exógenas e endógenas. 
• Doença/lesão idiopática = doença ou lesão que não possui causa conhecida. 
• O ambiente social relaciona-se com causas exógenas e endógenas: pobreza associa-se a 
desnutrição, falta e habitação relaciona-se com problemas sanitários, desemprego provoca 
transtornos emocionais. 
 
Causas e agentes 
• As causas exógenas agentes físicos, químicos e biológicos e pelos desvios da nutrição. 
• As causas endógenas = patrimônio genético, desvios do metabolismo, mecanismos de 
defesa do organismo contra agressões e os fatores emocionais, esses também influenciados 
pelo ambiente social. 
• Agentes físicos = força mecânica (traumatismo), radiações, variações de temperatura e 
alterações da pressão atmosférica. 
• Agentes químicos = defensivos agrícolas, poluentes ambientes, contaminantes alimentares 
e numerosas outras substâncias, com medicamentos e drogas ilícitas de uso abusivo. 
• Agentes biológicos = micoplasmas, riquétsias, vírus, bactérias, protozoários e meazoários. 
• Distúrbios da nutrição = deficiência ou excesso de nutrientes. 
 
ALGUNS MÉDICOS AFIRMAM QUE NÃO HÁ DOENÇAS E SIM DOENTES, JÁ QUE UM 
MESMO AGENTE ETIOLÓGICO PODE CAUSAR LESÕES E EVOLUIR DE MODO DISTINTO EM 
DIFERENTES PESSOAS. 
 
Mecanismos das Agressões 
1. Redução na disponibilidade de O2 às células 
2. Radicais livres 
3. Anormalidades em ácidos nucleicos e proteínas 
4. Resposta imunitária 
5. Transtornos metabólicos 
 
 
 
 
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HIPÓXIA E ANÓXIA 
 
Anóxia 
▪ Interrupção no fornecimento de O2. 
 
Hipóxia 
▪ Redução no fornecimento de O2. 
▪ A diminuição ou interrupção do fluxo sanguíneo constitui a isquemia. Dependendo da 
intensidade e da duração da isquemia e da suscetibilidade das células a privação de O2 e 
nutrientes, as células degeneram ou morrem. 
▪ Em caso de hipóxia, as células procuram se adaptar, de tais formas: 
 
1. Aceleração da glicólise. 
2. Aumento da captação de glicose. 
3. Inibição da glicogênese e da síntese de ácidos graxos, de triglicerídeos e de esteroides. 
4. Ativação do HIF-1 (hypoxia inducible factor), que induz a expressão de vários genes, entre 
eles os que codificam VEGF (fator de crescimento do endotélio vascular), sintetase do NO, 
proteínas do choque térmico (HSP) e proteínas antiapoptóticas, no sentido de adaptar-se a 
essa agressão. 
 
• Estudos experimentais mostram que isquemia transitória seguida de reperfusão, repetida 
algumas vezes, torna órgãos a serem transplantados (coração ou fígado) mais resistentes às 
lesões de reperfusão, comuns após restabelecimento da circulação no enxerto. 
 
 
Lesões Reversíveis Induzidas por Hipóxia: 
→ Tais alterações reversíveis são chamadas genericamente de degenerações. Com redução de 
ATP surgem: 
 
o Redução de bombas eletrolíticas dependentes de ATP, com retenção de Na+ no 
citosol e acúmulo de água (degeneração hidrópica). 
o Progredindo a hipóxia, o Ca++ sai dos depósitos (retículo endoplasmático liso e 
mitocôndrias), chega ao citosol e ativa proteinocinases, que levam a desarranjo no 
citoesqueleto. 
o Com pouco O2, acumula-se acetil-CoA nas mitocôndrias e aumenta a síntese de 
ácidos graxos, favorecendo o acúmulo de triglicerídeos no citosol (esteatose). 
 
Lesões Irreversíveis Induzidas por Hipóxia: 
→ Antes de a célula apresentar as lesões que caracterizam a morte celular por necrose, 
algumas alterações podem ser observadas: 
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o Formação de bolhas por: 
▪ Aumento da demolição de lipídeos de membrana por ação de fosfolipases 
ativadas pelo Ca++ aumentado no citosol. 
▪ Alteração da polimerização das proteínas do citoesqueleto e do seu 
acoplamento na membrana, o que pode levar à ruptura da mesma. 
o Expansão da matriz mitocondrial, com aparecimento de estruturas floculares no seu 
interior, e redução ou desaparecimento das cristas da membrana interna. 
o Lisossomos tornam-se tumefeitos (cheios de água) e liberam suas hidrolases, que 
iniciam a autólise (digestão dos componentes celulares que indica que a célula 
morreu por necrose). 
 
 Em algumas circunstâncias, a célula em hipóxia, antes de sofrer alterações morfológica 
decorrentes da retenção de eletrólitos e água, morre por apoptose induzida pelo aumento 
da permeabilidade da membrana mitocondrial externa. 
 
HIPÓXIA POUCO INTENSA = DEGENERAÇÃO OU INDUÇÃO DO APOPTOSE. 
HIPÓXIA ACENTUADA = NECROSE. 
 
Efeitos da Reperfusão: 
❖ Tecidos em hipóxia prolongada sofrem agravamento da lesão quando ocorre 
restabelecimento do fluxo sanguíneo e reoxigenação tecidual. Este fenômeno (lesão por 
reperfusão) tem grande importância prática. 
❖ Após o infarto do miocárdio ou cerebral, são feitos procedimentos para reestabelecer o 
fluxo sanguíneo, o que pode agravar as lesões. Tais lesões parecem dever-se a: 
o Radicais livres de O2 (gerados por leucócitos exsudados, por exemplo). 
o Captação de Ca++ pelas células anóxicas, em virtude da volta do fluxo sanguíneo. 
o Chegada súbita de plasma, produzindo choque osmótico nas células. 
 
RADICAIS LIVRES 
 
Introdução 
• Os radicais livres são moléculas que apresentam um elétron não emparelhado no orbital 
externo, o que as torna muito reativas com outras moléculas. 
• O oxigênio molecular (O2) é a principal fonte de radicais livres nas células. 
• O O2* (superóxido) participa das seguintes reações: 
o Quando em excesso, estimula a liberação de ferro a partir da ferritina. 
o Reage com NO (óxido nítrico), que é um radical livre, originando o peroxinitrito, que 
tem grande ação microbicida e cuja decomposição gera o radical OH. 
 
 
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Formação dos Radicais livres 
• Radicais livres se formam em inúmeras situações: 
o Substâncias químicas produzem radicais livres quando são metabolizadas nas 
células. 
o Radiações ionizantes os geram ionizando a água. 
o A fumaça do cigarro e alguns alimentos oxidados os contêm. 
o Fagócitos os geram na reação inflamatória. 
 
Sistemas Antioxidantes 
• Os radicais livres e as espécies reativas de oxigênio são potencialmente lesivas, por isso, as 
células possuem vários sistemas antioxidantes: 
o Superóxido-dismutase. 
o Catalase. 
o Sistema antioxidante dependente de glutationa. 
o Hidroxiperóxido fosfolipídeo glutationa-peroxidase. 
o Vitaminas C: é hidrossolúvel e remove radicais livres. 
o Vitamina E: é lipossolúvel e reage com os radicais livres. 
o Tiorredoxina, que atua com a glutationa. 
o Bilirrubina.o Cisteína. 
o Ácido úrico. 
o Carotenoides. 
 
• Em condições normais, existe equilíbrio entre a produção e a inativação de radicais livres, o 
que impede o aparecimento de lesões. 
• Quando esse equilíbrio se rompe, inicia-se um processo de estresse oxidativo, que está 
implicado em inúmeras lesões e doenças (morte celular, envelhecimento, câncer e algumas 
doenças degenerativas, como o Alzheimer) 
 
Lesões produzidas por radicais livres: 
❖ Os RL causam lesões celulares porque reagem com: 
➢ Lipídeos: lesão de membranas celulares. 
➢ Proteínas: modificações conformacionais, podendo alterar a função da proteína 
(ex.: sítio ativo de enzimas) ou induzir sua degradação em proteassomos. 
➢ Ácidos nucleicos: podem causar quebras na molécula, favorecendo mutações. 
 
OBS: OS EFEITOS HEPATOTÓXICOS DO ETANOL SÃO EM PARTE DEVIDOS À AÇÃO DE 
RADICAIS LIVRES FORMADOS APÓS A METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL PELO SISTEMA 
CITOCROMO P450. 
 
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ALTERAÇÕES EM ÁCIDOS NUCLEICOS E PROTEÍNAS 
 
• Anormalidades na quantidade e/ou função de proteínas resultam de agressões variadas, 
como estresse oxidativo, defeitos genômicos ou modificações na expressão gênica. 
• Deficiência de uma enzima leva ao acúmulo do seu substrato, o que resulta em doença de 
depósito. 
• Anormalidades em proteínas contráteis provocam doenças musculares, como as distrofias. 
• Defeitos em algumas proteínas estruturais, como a hemoglobina, causam efeitos variados, 
inclusive a morte do indivíduo. 
• Proteínas mal dobradas podem formar agregados que se depositam nas células ou exercem 
efeitos citotóxicos. 
• Alterações na expressão de proteínas envolvidas no controle do ciclo celular podem resultar 
em neoplasias. 
 
AGENTES FÍSICOS: 
 
Força Mecânica: 
• Produz as chamadas lesões traumáticas. As principais são: 
• ABRASÃO: arrancamento de células da epiderme por fricção ou esmagamento 
por instrumento mecânico. 
• LACERAÇÃO: por força ou estiramento na pele ou por um impacto externo que 
pode lacerar músculos, tendões ou vísceras internas. 
• CONTUSÃO: o impacto é transmitido aos tecidos subjacentes, com ruptura de 
vasos, hemorragia e edema, mas sem solução de continuidade da epiderme 
(como o ‘'galo’' no couro cabeludo) 
• INCISÃO OU CORTE: lesão produzida por ação de um instrumento de borda 
afiada (ferida mais extensa do que profunda). 
• PERFURAÇÃO: produzida por instrumento pontiagudo, sendo ferida mais 
profunda do que extensa. 
• FRATURA: por ruptura ou solução de continuidade de tecidos duros, como ósseo 
e cartilaginoso. 
 
• Além de lesões locais, a força mecânica pode causar reações sistêmicas. A reação de fase 
aguda, por exemplo, acompanha as lesões traumáticas com intensidade proporcional à 
gravidade do traumatismo. Será abordada no cap. 4. 
• Em grandes traumatismos, pode instalar-se o estado de choque, condição na qual há 
hipoperfusão de todos os tecidos. Nesses casos, o choque pode ser provocado por 
mecanismos neurogênicos (choque neurogênico) e/ou pela hipovolemia decorrente de 
hemorragias. 
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• EMBOLIA GORDUROSA = resulta de traumatismos onde existe tecido adiposo, como em 
ossos ricos em medula óssea. Os êmbolos são encontrados principalmente nos capilares 
pulmonares e no encéfalo. 
• Após traumatismos, pode ocorrer também embolia gasosa, se o ar penetra em veias rotas, 
podendo chegar à circulação pulmonar. 
 
Variações da pressão atmosférica: 
• Síndrome de descompressão: quando ocorre descompressão rápida, os gases dissolvidos 
formam bolhas no sangue (êmbolos gasosos) ou nos tecidos (enfisema intersticial). 
• Efeito em grandes altitudes: baixa pressão atmosférica resulta em hipóxia, pois reduz a 
tensão do O2 nos alvéolos pulmonares. A hipóxia lesa o endotélio vascular e favorece o 
aparecimento de edema, que pode ser generalizado ou localizado nos pulmões e no 
encéfalo. Há ainda, taquipneia (respiração acelerada), na tentativa de compensar a baixa 
tensão de O2. 
• Em uma pessoa não adaptada podem ocorrer: 
• Doença aguda: dor de cabeça, fraqueza, anorexia e dificuldade para 
dormir. 
• Edemas pulmonar e cerebral, que resultam da permeabilidade 
vascular aumentada, induzida pela hipóxia. 
• Edema sistêmico das alturas: atinge face e membros. 
 
Variações de temperatura: 
• AÇÃO LOCAL DE BAIXAS TEMPERATURAS: um membro submetido a baixa temperatura 
apresenta: 
♦ Vasoconstricção, oligoemia (pouco volume sanguineo), hipóxia e lesões 
degenerativas pela redução de O2. 
♦ Lesão endotelial por hipóxia, que aumenta a permeabilidade vascular e 
provoca edema. 
♦ Se o resfriamento persiste, a vasoconstricção aumenta, a anóxia se agrava e 
surge necrose na extremidade do membro atingido. 
♦ Com o aumento da intensidade do frio, desaparece o controle nervoso da 
vasomotricidade, instalando-se vasodilatação arteriolar e venular, com 
agravamento da hipóxia. 
♦ Se a água se congela no interior das células, ocorre morte celular. 
• EFEITOS SISTÊMICOS DO FRIO: hipotermia = vasoconstricção periférica, palidez 
acentuada e redução da atividade metabólica de todos os órgãos, especialmente do 
encéfalo e da medula espinal. No resfriamento, a morte do indivíduo resulta da falência 
cardiorrespiratória por inibição do centro cardiorrespiratório. 
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• AÇÃO LOCAL DE ALTAS TEMPERATURAS: O calor produz lesões denominadas 
queimaduras, que resultam de (já explicado nesse resumo no cap.1, mas vou 
recapitular): 
✓ Liberação de histamina de mastócitos, que causa vasodilatação, aumento da 
permeabilidade vascular e edema. 
✓ Liberação de substância P de terminações nervosas. 
✓ Produção de bradicinina, que aumenta a vasodilatação e o edema. 
✓ Lesão direta da parede vascular, aumentando o edema, causando 
hemorragia e levando à trombose, com isquemia e necrose. 
✓ Ação direta do calor sobre as células: degeneração hidrópica, quando a 
temperatura ultrapassa 52*C (finge que é símbolo de grau), o que causa 
lesão por aumento do consumo de ATP, sem aumento do fornecimento de 
O2. Acima de 55*C, há morte celular por degeneração de proteínas e 
modificações nas atividades metabólicas. 
• EFEITOS SISTÊMICOS DE ALTAS TEMPERATURAS: Quando a temperatura corporal 
atinge 40*C, há vasodilatação periférica, fechamento de anastomoses arteriovenosas, 
abertura de capilares e sequestro de grande quantidade de sangue na periferia, 
iniciando o quadro de insuficiência circulatória periférica (choque térmico 
clássico). 
 
Classificação das Queimaduras 
• 1* grau: hiperemia, dor e edema moderado na pele. 
• 2* grau: necrose da epiderme e bolhas dermoepidérmicas . 
• 3* grau: há necrose da epiderme e da derme, podendo atingir tecidos mais profundos. 
• Como em traumatismos graves, queimaduras extensas podem levar ao choque, o qual tem 
componentes neurogênicos (dor intensa), hipovolêmico (perda de plasma na área 
queimada) e resposta inflamatória sistêmica (liberação de grande quantidade de 
mediadores na área atingida). 
• Uma complicação temida é a infecção na área queimada, seguida de septicemia por causa 
da redução dos mecanismos de defesa locais (própria pele) e sistêmicos (diminuição da 
imunidade celular). 
 
Corrente elétrica 
• Os efeitos lesivos da corrente elétrica devem-se a disfunção elétrica em tecidos, que 
ocorre principalmente no miocárdio, nos músculos esqueléticos e no tecido nervoso e à 
produção de calor. 
 
 
 
 
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Radiações 
• As radiações ionizantes lesam os tecidos mediante ação direta sobre macromoléculas, 
principalmente proteínas e lipídeos, podendo produzir quebras e ionização de radicais 
e/ou por ação indireta por meio de radicais livres a partir da ionização da água. 
 
OBS: FATORES QUE INTERFEREM NAS LESÕES POR RADIAÇÃO 
DOSE E TEMPO DE EXPOSIÇÃO. 
OXIGENAÇÃODOS TECIDOS , POIS QUANTO MAIOR A QUANTIDADE DE O2, MAIOR A RADIOSSENSIBILIDADE. 
ELEMENTOS QUE REMOVEM RADICAIS LIVRES, COMO A CISTEÍNA, EXERCE EFEITO RADIOPROTETOR. 
FASE DO CICLO CELULAR : CÉLULAS EM G2 OU EM M SÃO MAIS SENSÍVEIS DO QUE EM G1. 
 
• Efeitos locais de radiações ionizantes: as alterações causadas pelas radiações são 
denominadas lesões actínicas. Na fase aguda, encontram-se: 
• Lesões degenerativas desde degeneração hidrópica até necrose 
• Alterações vasculares: vasodilatação, necrose das células endoteliais, aumento da 
permeabilidade vascular, levando a edema, hemorragia e trombos. Mais tarde, os vasos 
apresentam fibrose da parede, com redução da luz. 
• Migração de neutrófilos e macrófagos. 
 
Luz Solar 
• Lesões agudas: hipertermia (insolação, intermação por choque térmico) e queimaduras. 
As queimaduras se manifestam por eritema, edema e mais raramente, formação de 
bolhas. Essas manifestações são seguidas por descamação e hiperpigmentação. 
• Lesões e efeitos crônicos: os raios UVB têm ação melanogênica, induzem pigmentação, 
fotossensibilização, envelhecimento acelerado, lesões proliferativas, como as neoplasias. 
Por período prolongado, os raios UVB induzem enrugamento da pele, no chamado 
envelhecimento cutâneo precoce. 
 
• Os raios UVA causam degenerações em células da epiderme e alterações no seu DNA, o que 
pode provocar lesões proliferativas benignas ou malignas (como carcinoma de células 
escamosas e melanomas). 
 
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO: PODE SER INDUZIDA POR MEDICAMENTOS OU FOTOSSENSIBILIZADORES DE ORIGEM 
VEGETAL, COMO O LIMÃO. PODE OCORRER EM DOENÇAS SISTÊMICAS, COMO O LÚPUS ERI TEMATASO. 
REAÇÃO DO TIPO FOTOTÓXICA : ERITEMA, EDEMA, ÀS VEZES BOLHA , EXACERBANDO OS EFEITOS DA LUZ. 
REAÇÃO DO TIPO FOTOALÉRGICA: ECZEMA, VERMELHIDÃO, EDEMA, PRURIDO E BOLHAS. 
 
 
 
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AGENTES BIOLÓGICOS 
 
Introdução 
• Um agente biológico pode produzir lesão por: 
o Ação direta: por invasão de células, nas quais prolifera e pode causar a morte. É o 
chamado efeito citopático. 
o Toxinas liberadas pelo agente infeccioso, as exotoxinas. 
o Componentes estruturais ou substâncias armazenadas no interior do agente 
biológico e liberados após sua morte, são as endotoxinas. 
o Ativação do sistema do complemento, iniciando uma reação inflamatória. 
o Indução da resposta imunitária. 
o Integração ao genoma celular e alterações na síntese proteica. 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR VÍRUS: 
❖ o vírus pode se disseminar pelas vias sanguínea, linfática ou axônica. 
➢ AÇÃO DIRETA: 
▪ Infecção abortiva: o vírus não consegue se replicar, não causando lesão 
grave. 
▪ Infecção persistente: síntese contínua e eliminação do vírus, produzindo uma 
infecção lenta, com lesões celulares cumulativas que demoram a ter 
expressão clínica, como o HIV. 
▪ Infecção latente: o vírus se incorpora ao genoma do hospedeiro e permanece 
quiescente até ser estimulado a entrar em atividade, como o vírus da Herpes 
Zóster. 
▪ Infecção lítica: o vírus prolifera e causa morte da célula hospedeira, como o 
vírus do herpes simples. 
➢ AÇÃO INDIRETA: os vírus causam lesões por mecanismos imunitários. A lise da 
célula se faz por: 
▪ Linfócitos T citotóxicos (CD8). 
▪ Linfócitos Th1, que liberam fatores citotóxicos, como TNF-B ou liberam 
fatores estimuladores de macrófagos, os quais também liberam fatores 
citotóxicos. 
▪ Células NK. 
▪ Anticorpos. 
 
OBS : Imunocomplexos = PODEM SER FORMAR NO LOCAL DA INFECÇÃO E NA MICROCIRCULAÇÃO, 
ONDE INDUZEM A FORMAÇÃO DE TROMBOS QUE OBSTRUEM OS VASOS. 
A FORMAÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS CIRCULANTES PODE LEVAR À SUA DE POSIÇÃO EM TECIDOS, ONDE 
PRODUZEM LESÕES INFLAMATÓRIAS, COMO É O CASO DA HEPATITE B, EM QUE ALGUNS PACIENTES 
PODEM APRESENTAR ARTRITE, CAUSADA POSSIVELMENTE PELA DEPOSIÇÃO DE IMUNOCOMPLEXO S 
NAS ARTICULAÇÕES. 
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❑ Os vírus podem causar inflamação, neoplasias e várias lesões celulares, estas conhecidas 
como efeito citopático, que se manifesta por: 
✓ Lise das células. 
✓ Fusão de células formando sincícios. 
✓ Modificações no citoesqueleto celular, por alterações em microfilamentos e 
microtúbulos (infecções respiratórias - cílios). 
✓ Corpúsculos de inclusão. 
✓ Vacuolização de células epiteliais (coilocitose). 
✓ Apoptose. 
 
LESÕES PRODUZIDAS POR BACTÉRIAS 
• Uma bactéria precisa colonizar o hospedeiro para provocar a doença. Ela faz isso a partir de 
sua aderência a células diversas. Em seguida, a bactéria se multiplica nos tecidos, iniciando, 
assim, a infecção bacteriana. 
• Patogenecidade ou virulência = capacidade das bactérias de produzir lesões. Depende da 
expressão de genes no cromossomo ou em plasmídeo, que codificam os chamados fatores 
de virulência. 
• Na maioria das bactérias, os fatores de virulência estão associados com: 
o Facilitação da adesão e invasividade do microorganismo. 
o Inibição de fatores humorais de defesa. 
o Inibição da resposta imunitária. 
o Resistência à ação de fagócitos e a antibióticos. 
o Produção de toxinas. 
• Componentes protetores da pele e das mucosas: 
o Mecânicos = queratina. 
o Químicos = secreção sebácea, secreções digestivas e muco. 
o Imunitários = IgA, secretora e tecido linfoide. 
o Biológico = flora residente normal. 
• As bactérias produzem substâncias antibióticas (bacteriocinas), que eliminam componentes 
da microbiota normal. 
• Liberam enzimas que facilitam a sua passagem através do muco e do glicocálice e sua 
disseminação no interstício. 
• Possuem moléculas de adesão (adesinas) na sua superfície. 
• A aderência é geralmente específica, o que explica o tropismo de determinadas bactérias 
para certos locais. 
• As bactérias podem produzir proteases que digerem IgA. 
• Algumas podem produzir peroxidase, catalase e superóxido-desmutase, que reduzem a 
H2O2 e os radicais livres capazes de lisar bactérias. 
 
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 EXOTOXINAS E ENDOTOXINAS 
❑ Exotoxinas = produzidas por bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, que são proteínas 
com efeito citopático. 
❑ Endotoxinas = são liberadas após a desintegração da bactéria. As endotoxinas se envolvem 
em muitos processos patológicos: 
o Ativam sistemas do complemento, da circulação sanguínea, da fibrinólise e de 
cininas. 
o Estimulam a liberação de citocinas inflamatórias, como TNF-Alfa. 
o Ativam linfócitos, endotélio e células fagocitárias. 
o Coagulação intravascular disseminada. 
 
MECANISMOS DE AÇÃO E OS EFEITOS DAS TOXINAS: 
o Causam morte celular por inibirem a síntese proteica. 
o Fosfolipases que digerem fosfolipídeos de membrana. 
o Levam à reação inflamatória através de TNF-alfa e IL-1. 
o Ativam o sistema complemento, a coagulação sanguínea e o sistema gerador de 
cininas, o que também inicia uma resposta inflamatória. 
o Imunocomplexos, que se depositam em diversos tecidos, onde provocam lesões 
inflamatórias, como por exemplo a glomerulonefrite. 
o Podem ter antígenos com epítopos semelhantes aos de componentes teciduais, o 
que pode induzir uma agressão autoimunitária. 
o Causam distúrbios funcionais, mas sem provocar degenerações ou necrose. 
▪ Cólera = produz toxina que estimula a produção de cAMP. Nas células 
intestinais o cAMP induz a passagem de água e eletrólitos para o meio 
externo, o que causa a diarreia aquosa característica da doença. 
▪ Tétano = produz toxina que é levada por transporte axônico retrógrado até o 
neurônio motor, onde, na fenda sináptica, impede a liberação de 
neurotransmissores, resultando em paralisia espástica. 
▪ Botulismo = produz toxina que atua na junção neuromuscular e impede a 
liberação de acetilcolina, produzindo paralisia flácida. 
 
AGENTES QUÍMICOS 
 
Introdução 
♦ Podem provocar lesões por dois mecanismos: 
▪ Ação direta sobre células ou interstício, o que pode resultar em: 
 Degeneraçãoou morte celular. 
 Alterações do interstício. 
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 Modificações no genoma, induzindo transformação maligna (efeito 
carcinogênico.) 
 Efeito teratogênico: erros do desenvolvimento na vida intrauterina. 
▪ Ação indireta, atuando como antígeno: induzindo resposta imunitária humoral ou 
celular responsável por lesões variadas. 
OS EFEITOS DO AGENTE QUÍMICO DEPENDEM DE : DOSE, VIAS DE PENETRAÇÃO E ABSORÇÃO, 
TRANSPORTE, ARMAZENAMENTO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO. 
DEPENDEM TAMBÉM DE PARTICULARIDADES DO INDIVÍDUO: IDADE, GÊNERO, ESTADO DE SAÚDE, 
MOMENTO FISIOLÓGICO E CONSTITUIÇÃO GENÉTICA. 
▪ Os efeitos ou lesões previsíveis dependem da idade, capacidade de metabolização, 
comorbidades, concomitância de outros agentes químicos. 
▪ Os efeitos ou lesões imprevisíveis não têm relação com a idade, pois estão mais 
ligados aos fatores genéticos e à indução de resposta imunitária. 
 
IDIOSSINCRASIA = EFEITO IMPREVISÍVEL PARTICULAR DE UM AGENTE QUÍMICO. 
 
Absorção 
✓ as substâncias químicas podem entrar no organismo pelas vias cutânea, mucosa (digestiva, 
respiratória ou urogenital) ou parenteral (intradérmica, subcutânea, intramuscular ou 
intravenosa). 
✓ É influenciada pela natureza da substância (peso molecular, solubilidade etc) e pelas 
condições no local de contato (a pele mais hidrata ou lesada favorece a absorção cutânea, 
alimentos no sistema digestório e estado de circulação no sistema digestório influenciam a 
absorção intestinal). 
✓ Substâncias gasosas e voláteis são facilmente absorvidas pela via respiratória. 
✓ A absorção é mais rápida pela via respiratória e na mucosa sublingual. 
 
Transporte e distribuição 
✓ A substância alcança a circulação sanguínea, se dissolve no plasma (hidrossolúvel) ou se 
conjuga com proteínas plasmáticas. 
✓ Sua distribuição nos tecidos depende do fluxo sanguíneo. Encéfalo, coração, fígado e rins, 
por terem maior perfusão, recebem a maior quantidade de substâncias. 
 
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➢ BIOTRANSFORMAÇÃO: 
✓ Os agentes químicos são metabolizados no organismo antes de serem excretados. 
✓ O metabolismo pode inativar a substância ou originar produtos com potencial mais lesivo. 
✓ Temos sistemas enzimáticos capazes de metabolizar substâncias exógenas, especialmente 
as mais lipossolúveis, tornando-as mais polares e, portanto, de mais fácil eliminação. 
✓ Os sistemas enzimáticos de biotransformação se encontram no REL, principalmente no 
fígado. São de dois tipos: 
▪ Reações da fase I = convertem agentes químicos apolares em metabólitos 
mais polares. 
▪ Reações da fase II = conjugam as substâncias com outra molécula e formam 
um complexo geralmente solúvel em água e de fácil excreção. 
▪ Após a biotransformação, o agente químico tem sua atividade reduzida ou 
aumentada. 
▪ Muitas substâncias carcinogênicas adquirem efeito cancerígeno somente 
após transformações no organismo. 
▪ Alguns medicamentos exercem seus efeitos terapêuticos através de 
metabólitos. 
▪ Indivíduos que tomam fenobarbital metabolizam o etanol mais rapidamente. 
Excreção 
➢ Ocorre na forma nativa ou após a biotransformação. Pelos rins, sistema digestório, sistema 
biliar, via respiratória e através da pele. 
➢ Muitas substâncias se depositam nos locais em que são eliminadas, como por exemplo, 
nitrocompostos que são depositados na bexiga, onde induzem neoplasias. 
 
Fatores individuais e ação lesiva de agentes químicos: 
❑ Indivíduos mais jovens são mais suscetíveis porque têm mais conteúdo de água 
corporal e, portanto, maior quantidade de agentes químicos nos tecidos. 
❑ Recém-nascidos têm o sistema de biotransformação imaturo. 
❑ Mulheres no período reprodutivo estão sob a influência de estrógenos, que 
interferem na atividade funcional dos hepatócitos, inclusive nos processos de 
biotransformação. 
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❑ Os efeitos tóxicos da ingestão crônica de etanol são mais graves em mulheres pois 
possuem menor atividade da álcool-desidrogenase gástrica. 
 
POLUENTES AMBIENTAIS: 
a) POLUENTES DO AR: As vias respiratórias têm grande capacidade de defesa contra 
poluentes do ar mediante um sistema eficiente de remoção de partículas que 
penetram pela inspiração: 
• Retenção de partículas pelas vibrissas. 
• Delimitação de uma estreita pelos cornetos nasais. 
• Movimento dos cílios em direção ao meio externo. 
• Produção de mucos. 
• Células epiteliais não ciliadas que apresentam REL desenvolvido, rico em 
enzimas de biotransformação. 
 
FIBROSE CÍSTICA = MUTAÇÃO NO GENE QUE CODIFICA UMA DAS PROTEÍNAS DE BOMBA DE CLORETO NAS 
CÉLULAS EPITELIAIS , COM ISSO O MUCO FICA MAIS ESPESSO , O QUE DIFICULTA SUA ELIMINAÇÃO E O 
BATIMENTO CILIAR, OBSTRUI OS CANAIS EXCRETORES DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS E FACILITA INFECÇÕES 
BACTERIANAS PULMONARES. 
 
• Toxicidade do CO = deve-se a sua alta afinidade pela hemoglobina, com a 
qual forma a carboxi-hemoglobina, que é incapaz de transformar O2 às 
células. 
▫ A hipóxia tecidual resultante provoca lesões degenerativas, edema, 
hemorragias por lesão endotelial, mais intensa em órgãos mais 
sensíveis à hipóxia, como cérebro e coração. Também pode resultar 
em cefaleia, sintoma comum na intoxicação aguda, relacionada com 
o edema cerebral. 
• SO2 = broncoconstrição, reduzindo a função respiratória. 
• O3 = exposição aguda em humanos produz taquipneia, tosse, secura na 
garganta e sensação de opressão torácica. As lesões produzidas pelo O3 se 
devem a sua capacidade de gerar radicais livres. 
• NO2 = tem efeitos semelhantes aos do ozônio. 
• Formaldeído = tosse, cefaleia, irritação dos olhos, das mucosas bucal e 
respiratória. 
• Doenças da poeira = antracose, silicose, beriliose e asbestose. 
 
B) FUMAÇA DO CIGARRO: 
• O tabagismo é a principal causa de doença pulmonar obstrutiva crônica e um 
dos mais importantes fatores de risco de aterosclerose e cardiopatia 
isquêmica. 
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• A carcinogenicidade da fumaça do cigarro está ligada principalmente aos 
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e às nitrosamidas, que causam 
alterações em oncogenes e genes supressores de tumor. 
 
Substâncias de uso abusivo 
o Uso abusivo = uso por autoadministração de substâncias, fora de seu emprego 
médico. 
o Vício = condição no qual o uso da substância é compulsivo, estado de dependência, 
não necessariamente física, pois pode ser apenas psicológica. 
o Tolerância = após uso repetido da substância, doses maiores são necessárias para se 
atingir os efeitos da dose original. 
o Dependência = síndrome na qual o uso da substância é colocado como prioridade 
em relação a comportamentos que já foram de alto valor para o indivíduo. 
o Dependência física = alterações fisiológicas que resultam em manifestações clínicas 
(síndrome da retirada = withdrawl), quando há suspensão do uso da droga. 
o Dependência de uma droga é definida pela Sociedade Americana de Psiquiatria pela 
presença de três ou mais dos seguintes elementos: 
▪ Uso de subsância em número de vezes maior do que o pretendido. 
▪ Insucesso nas tentativas de reduzir ou abolir o consumo da substância. 
▪ Gasto de tempo para obter a droga e no uso da droga e na recuperação dos 
seus efeitos. 
▪ Sintomas frequentes de intoxicação. 
▪ Abandono de atividades sociais e do trabalho em decorrência do uso da 
droga. 
▪ Uso continuado apesar dos efeitos físicos e psíquicos adversos. 
▪ Desenvolvimento de tolerância à droga. 
▪ Uso frequente de medicamentos que impedem as manifestações da droga. 
 
ETANOL 
o O principal produto do metabolismo do etanol é o acetaldeído. 
o O acetaldeído é transformado em acetato (acetilCoa). 
o Ação lesiva do álcool depende principalmente dos seus metabólitos: 
▪ Na formação do acetaldeído e na sua oxidação, é consumido NADP e gerado 
NADPH. O NADP é necessário paraa oxidação de ácidos graxos e para a conversão 
do lactato em piruvato. Com isso, há esteatose e acidose lática. 
▪ São gerados radicais livres, que causam peroxidação de lipídeos de membrana e 
desestruturação da membrana, com vários efeitos. 
▪ O acetaldeído pode formar adutos com proteínas ou DNA, causando anormalidades 
proteicas variadas e, possivelmente, neoplasias. 
▪ Alterações mitocondriais que favorecem a apoptose, além de reduzir a produção de 
ATP, o que leva a degenerações ou necrose de hepatócitos. 
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▪ Principais alterações hepáticas no alcoolismo = esteatose, apoptose, necrose, 
reação inflamatória e fibrose. 
▪ Lesões no Sistema Nervoso = atrofia cerebral ou cerebelar (neuropatica periférica 
etc.) 
▪ Lesões no coração = cardiopatia alcoólica. 
▪ Lesões no Sistema Digestório = pancreatites aguda e crônica, gastrite e úlceras. 
▪ Transtornos nutricionais = desnutrição, deficiência de tiamina. 
▪ Síndrome alcoólica fetal = anormalidades variadas no desenvolvimento fetal. 
▪ Aumento do risco de alguns cânceres = cavidade oral, laringe, esôfago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DEGENERAÇÃO E MORTE CELULAR – CAP.5 
 
CONCEITOS GERAIS 
 
Introdução 
• Nem toda agressão resulta em alteração morfológica. 
• Quando agredidas, as células respondem de duas formas: 
o Ativação de vias de sobrevivência. 
o Morte celular 
• Os agentes lesivos podem: 
o Reduzir a oferta de O2 e nutrientes; 
o Alterar vias metabólicas que produzem energia; 
o Gerar radicais livres; 
o Agredir diretamente macromoléculas, especialmente o DNA. 
 
 
 Microautofagia = a membrana de lisossomos engloba diretamente os agregados proteicos 
ou fragmentos de organelas a serem digeridos. 
 Macroautofagia = forma-se uma vesícula que envolve o componente a ser digerido, com 
isso, surge um vacúolo autofágico, que se fundo com lisossomos. 
 Autofagia mediada por chaperonas = as proteínas alteradas no citosol associam-se a HSP e 
são digeridas aos lisossomos. 
 
OBS: SE O AUMENTO DA PERMEABILIDADE É TRANSITÓRIO E AFETA MAIS A PERMEABILIDADE DA MEMBRANA 
EXTERNA, SURGE APOPTO SE; SE É MAIS DURADOURO, FORMA PORO QUE COMPROMETE TAMBÉM A MEMBRANA 
INTERNA, O QUE REDUZ O GRADIENTE QUÍMIO -OSMÓTICO NA MITOCÔNDRIA E REDUZ A SÍNT ESE DE ATP, 
PODENDO CAUSAR NECROSE. 
 
ESTRESSE OXIDATIVO 
 
Introdução 
✓ Radicais livres derivados de O2 ou N são agressores potentes. 
✓ Estresse oxidativo = condição decorrente do excesso de resposta adaptativa induzida 
quando as células não conseguem neutralizar os radicais livres. 
✓ As células ativam a transdução de sinais por diversas vias, sendo as mais importantes: 
o NFkB (nuclear transcription factor k in B cells) = via pró-inflamatória. 
o MAPK (mitogen activated protein kinases) = ativação de genes antioxidantes ou pró-
apoptóticos. 
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o HIF-1 (heat shock induced transcription factor) = fator de transcrição inativo que é 
ativado por radicais livres. Após sua ativação vai até o núcleo e ativa genes de 
sobrevivência, especialamente de HSP (heat shock protein), proteínas antioxidantes 
e de proteínas antiapoptóticas. 
✓ O estresse oxidativo pode causar lesões diversas pela peroxidação de proteínas, lipídeos e 
ácidos nucleicos. 
 
Estresse do retículo endoplasmático 
• Resposta desencadeada a adutos de proteínas e proteínas mal dobradas, que se acumulam 
no RE e se associam a chaperonas. 
→ Inibição da tradução de novas proteínas, exceto das HSP (produção desta é uma 
resposta imediata a qualquer agressão) e proteínas necessárias ao transporte e 
à proteólise de proteínas mal dobradas. 
→ Proteólise de proteínas mal dobradas em proteassomos. 
→ Ativação de genes de chaperonas e de outras proteínas necessárias no processo 
de proteólise (autofagia). 
→ As HSP, além de atuarem no dobramento de proteínas, ativam rotas de 
sobrevivência e inibem vias que levam à apoptose. 
→ Se não reparadas ou eliminadas, as proteínas mal dobradas formam agregados 
capazes de provocar degeneração ou morte células --> proteotoxicidade. Ex.: 
Coreia de Huntington. 
 
OBS: O ACÚMULO DE PROTEÍNAS MAL DOBRADAS É ENCONTRADO EM DOENÇA S 
NEURODEGENERATIVAS, COMO ALZHEIMER E PARKINSON, NA FIBROSE CÍSTICA E NA DM 
(POSSIVELMENTE). 
 
Mitocôndrias e estresse celular 
• Respostas a proteínas mal dobradas, hipóxia e radicais livres aumentam o Ca++ no citosol, o 
que induz a formação de poros de permeabilidade nas mitocôndrias, capazes de levar a 
morte celular. 
→ Ocorre entrada de Ca++ na matriz mitocondrial, o que leva a retenção de água e 
tumefação da organela, anulando a produção de ATP e resultando em necrose. 
→ Como a permeabilidade aumenta predominantemente na membrana 
mitocondrial externa, há saída de substâncias que induzem a apoptose. 
→ Na resposta a proteínas mal dobradas (PMD) e no extresse oxidativo (EO) 
acentuado, as mitocôndrias sofrem alterações morfológicas, gerando 
megamitocôndrias ou mitocôndrias deformadas, frequentes na esteato-
hepatite (alcóolica ou não alcoólica). 
 
 
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Estresse celular e lisossomos 
❑ Saída de catepsinas que aumentam a permeabilidade mitocondrial. 
❑ Liberação de interleucinas e citocinas pró-inflamatórias. 
❑ Desestabilização da membrana lisossômica por: 
▪ Ativação da esfingomielinase, que gera ceramida e esfingosina. 
• A ceramida causa apoptose ou impede a síntese de ATP, podendo 
levar à necrose; 
• A esfingosina interage com a membrana lisossômica e aumenta a sua 
permeabilidade. 
▪ Radicais livres. 
 
DEGENERAÇÕES 
 
Introdução 
• Degeneração é a lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam em 
acúmulo de substâncias no interior de células. 
 
DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA 
❖ Acúmulo de água e eletrólitos na célula. 
❖ Pode acontecer por redução da produção de ATP: 
➢ Hipóxia 
➢ Desacopladores da fosforilação mitocondrial 
➢ Inibidores da cadeia respiratória 
➢ Agentes tóxicos que lesam a membrana mitocondrial 
❖ Pode acontecer por aumento no consumo de ATP: 
➢ Hiperemia endógena ou exógena. 
❖ Pode acontecer por lesão das membranas: 
➢ Agressões geradoras de radicais livres 
❖ Pode acontecer por inibidores de ATPase Na+/K+ dependente 
➢ Ouabaína, para tratamento de insuficiência cardíaca. 
❖ Em hepatócitos, a degeneração baloniforme pode reduzir a função celular, mas insuficiência 
hepática é muito rara. 
❖ ASPECTOS MORFOLÓGICOS: órgão tumefeito, luz dos vasos reduzida, aumento do 
volume, coloração mais pálida. 
 
DEGENERAÇÃO HIALINA: 
❖ Acúmulo de material proteico e acidófilo nas células. 
❖ Corpúsculo hialino de Mallory-Denk: encontrado tipicamente em hepatócitos de 
alcoólatras crônicos, é formada por aglomerados de proteínas do citoesqueleto que 
sofreram agressão por radicais livres. 
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❖ Corpúsculos de Councilman-Rocha Lima (hepatócitos em apoptose): são vistos em 
hepatites virais, especialmente febre amarela. 
❖ Se a agressão for intensa, a célula pode morrer --> necrose hialina. 
❖ Corpúsculo de Russel: acúmulo de Ig em plasmócitos, frequente em algumas inflamações 
agudas, como salmoneloses, ou crônicas, como leishmaniose tegumentar e osteomielites. 
 
ESTEATOSE 
• Acúmulo de gorduras neutras no citoplasma de células que não as armazenam. 
• Comum no fígado, mas também pode ser vista no miocárdio, túbulos renais, músculos 
esqueléticos etc. 
• Resulta de: 
o Maior aporte de ácidos graxos por ingestão excessiva ou lipólise aumentada; 
o Síntese de ácidos graxos a partir do acetil-CoA não oxidado no ciclo de Krebs; 
o Redução na utilização de triglicerídeos ou de ácidos graxos para a síntese de lipideos 
complexos, por carência de fatores nitrogenados e de ATP; 
o Menor formação delipoproteínas por deficiência na síntese de apoproteína; 
o Distúrbios no transporte de lipoproteínas por alterações no citoesqueleto. 
• Ingestão abusiva de etanol e síndrome metabólica são as causas mais comuns de esteatose 
hepática. 
• Esteatose pode ser agravada por desnutrição, especialmente em crianças. 
• HIPÓXIA: no estado de hipóxia (anemia, insuficiência cardíaca ou respiratória etc.), há 
menor disponibilidade de O2 no ciclo de Krebs, logo, menor utilização de acetil-CoA, que 
favorece a síntese de ácidos graxos. Redução de ATp também dificulta a síntese de lipídeos 
complexos e diminui a utilização de ácidos graxos e triglicerídeos. 
• DESNUTRIÇÃO PROTEICO-ENERGÉTICA: 
o A carência de proteínas diminui a síntese de lipoproteínas e a excreção de 
triglicerídeos. 
o A ingestão calórica deficiente mobiliza lipídeos do tecido adiposo e aumenta o 
aporte de ácidos graxos para o fígado. 
• Agentes tóxicos (ex.: CCl4): lesam o retículo endoplasmático granuloso e reduzem a síntese 
de lipoproteínas. 
• Pode evoluir para esteato-hepatite: que, além do acúmulo de gorduras, apresenta 
corpúsculos de Mallory-Denk, degeneração hidrópica, inflamação e fibrose, podendo evoluir 
para cirrose hepática. 
• A inflamação é secundária à necrose focal de hepatócitos, por ação de radicais livres. 
• ASPECTOS MORFOLÓGICOS: aumento de volume, coloração amarelada, aspecto 
tumefeito, luzes de vasos diminuídas. No coração, pode ser difusa ou em faixas amareladas 
(coração tigroide). 
• Em elitistas crônicos a esteatose se reduz ou desaparece em pouco tempo após abstinência. 
 
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OBS: SÍNDROME METABÓLICA 
-OBESIDADE CENTRAL (AUMENTO DA CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL OU DA RELAÇÃO CINT URA-QUADRIL → CA: 
MAIOR OU IGUAL A 90 EM HOMENS E MAIOR OU IGUAL A 80 EM MULHERES; RCQ: MENOR OU IGUAL A 0,9 EM 
HOMENS E MENOR OU IGUAL A 0, 8 EM MULHERES. 
-DISLIPIDEMIA: AUMENTO DE TRIGLICERÍDEOS E REDUÇÃO DE HDL. 
- INTOLERÂNCIA À GLICOSE , GERALMENTE ACOMPANHADA DE RESISTÊNCIA À INSULINA. 
-HAS. 
-ESTEATOSE VISCERAL. 
-AUMENTO DO RISCO PARA DOENÇA CARDIOVASCULAR ATEROSCLERÓTICA E DM II. 
 
LIPIDOSES 
• São acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não triglicerídeos. 
• Geralmente, são depósitos de colesterol e seus ésteres. 
• Depósitos de esfingolipídeos e gangliosídeos ocorrem em doenças metabólicas. 
 
❖ ATEROSCLEROSE: depósito de colesterol e seus ésteres na íntima de artérias de médio e 
grande calibres. 
➢ HA, tabagismo, DM, estresse, sedentarismo e dislipidemia são alguns fatores de 
risco. 
➢ 1. Aumento dos espaços interendoteliais, que favorecem a penetração de lipídeos na 
íntima. 
➢ 2. Adesão e agregação plaquetárias. 
➢ 3. Maior expressão de moléculas de adesão no endotélio e captura de monócitos 
circulantes. 
➢ O acúmulo de LDL oxidada precede a captura e a migração de leucócitos para a 
íntima. 
➢ Na íntima, os macrófagos fagocitam lipídeos e adquirem o aspecto de células 
espumosas. 
➢ Os macrófagos ativados produzem mais citocinas e quimiocinas que favorecem 
maior ativação endotelial e exsudação de mais monócitos para a íntima. 
➢ Macrófagos e plaquetas aderidas ao endotélio liberam fatores de crescimento, como 
PDGF, FGF e VEGF, que induzem a neoformação e vasos e migração de células 
musculares lisas para a íntima e a multiplicação destas. 
➢ As células musculares lisas endocitam LDL e originam células espumosas. 
➢ As células musculares lisas se transformam em miofibroblastos e passam a sintetizar 
matriz extracelular, contribuindo para formar a capa fibrosa que envolve o núcleo 
lipídico. 
➢ ASPECTOS MORFOLÓGICOS : Nos primeiros anos de vida, os depósitos lipídicos 
são representados por células espumosas e estrias lipídicas visíveis 
macroscopicamente. Com o passar dos anos surgem os ateromas ou placas 
ateromatosas, que são lesões na íntima do vaso, excêntricas, em forma de placa, que 
fazem saliência na luz arterial. Microscopicamente a lesão tem dois componentes: 
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▪ 1) núcleo lipídico, na região central. Grande quantidade de lipídios tendo em 
volta células espumosas, macrófagos e células musculares sem colesterol e 
linfócitos. Na margem da lesão, há vasos neoformados e deposição de matriz 
extracelular rica em proteoglicanos, mas com poucas fibras colágenas. 
▪ 2) capa fibrosa, formada por grande quantidade de células musculares lisas 
(miofibroblastos), as quais depositam matriz extracelular e maior quantidade 
de fibras colágenas. 
➢ AS PLACAS PODEM SER: 
▪ Moles ou instáveis: predominância do núcleo lipídico. 
▪ Duras ou estáveis: predominância da capa fibrosa. 
▪ Complicadas: sofrem hemorragia ou erosões, fissuras ou rachaduras na 
superfície, favorecendo trombose. 
▪ Calcificação: pode ser extensa ou sob a forma de focos pequenos e múltiplos. 
XANTOMAS 
• Lesões na pele sob a forma de nódulos ou placas que, quando superficiais, têm coloração 
amarelada. 
 
ESFINGOLIPIDOSES 
• Doenças de armazenamento de esfingolipídeos e seus produtos, por falta ou deficiência de 
enzimas lisossômicas. 
GLICOGENOSES 
• Acúmulo de glicogênio em células do fígado, rins músculos esqueléticos e coração. 
 
MUCOPOLISSACARIDOSES 
• Depósitos anormais de poliglicanos e/ou proteoglicanos 
 
 MORTE CELULAR 
 
Introdução 
• Necrose é morte celular em indivíduo vivo seguida de autólise. 
• Quando a agressão interrompe a produção de energia, os lisossomos perdem a capacidade 
de conter as hidrolases e estas saem para o citosol e iniciam a autólise. 
 
Causas da Necrose 
 Redução de energia, por obstrução vascular (isquemia, anóxia) ou por inibição dos 
processos respiratórios da célula. 
 Geração de radicais livres. 
 Ação de enzimas líticas. 
 Ação direta sobre enzimas, inibindo processos vitais da célula (ex.: agentes químicos e 
toxinas). 
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 Agressão direta à membrana citoplasmática, como ocorre na ativação do complemento ou 
de linfócitos T citotóxicos. 
 
Tipos de necrose: 
o NECROSE COAGULATIVA: a causa mais frequente é a isquemia. Macroscopicamente, a área 
atingida é esbranquiçada e fica circundada por um halo avermelhado (hiperemia para 
compensar a isquemia. Microscopicamente, há cariólise. 
o NECROSE LIQUEFATIVA: a região adquire consistência mole, semifluida ou liquefeita. A 
liquefação é causada por enzimas lisossômicas. Comum no tecido nervoso, na suprarreenal 
ou na mucosa gástrica. 
▪ Em inflamações purulentas, a liquefação deve-se à ação de enzimas lisossômicas 
liberadas por leucócitos exsudados. 
o NECROSE CASEOSA: a área necrosada atinge aspecto de massa de queijo. 
Microscopicamente, as células necróticas formam uma massa homogênea, acidófila, 
contendo núcleos picnóticos e cariorrexe (este principalmente na periferia). Comum na 
tuberculose. 
o NECROSE GOMOSA: variedade de necrose coagulativa, na qual o tecido necrosado assuma 
aspecto compacto e elástico. Encontrada na sífilis tardia. 
o ESTEATONECROSE: necrose enzimática do tecido adiposo. Encontrada tipicamente na 
pancreatite aguda necro-hemorrágica, que resulta do extravasamento de enzimas 
pancreáticas. 
▪ Por ação de lipases sobre os triglicerídeos, os ácidos graxos sofrem saponificação e 
originam depósitos esbranquiçados ou manchas com aspecto de pingo de vela. 
 
Reparos 
♦ REGENERAÇÃO: fatores de crescimento liberados por células vizinhas e por leucócitos 
induzem multiplicação das células parenquimatosas. 
▪ Se a destruição é pequena e o estroma é pouco alterado, há regeneração completa. 
Isso ocorre no fígado em hepatites discretas. 
▪ Se a necrose é extensa, a trama reticular sofre colapso, os hepatócitos não 
conseguem se organizar no lóbulo hepático e formam nódulos. 
♦ CICATRIZAÇÃO: processo em que todo o tecido necrosado é substituído por tecido 
conjuntivo cicatricial. Ocorre principalmente em tecidos que nãotêm capacidade 
regenerativa. 
▪ Há a liberação de mediadores inflamatórios. Os leucócitos migrados digerem os 
restos teciduais e liberam fatores de crescimento que induzem proliferação de vasos 
e te tecido conjuntivo para formar a cicatriz. 
▪ No miocárdio, pela contração dos miofibroblastos, a cicatriz tende a se retrais e a 
reduzir o volume da área comprometida. 
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♦ ENCISTAMENTO: quando o material necrótico não é absorvido, por ser volumoso ou por 
não haver migração de leucócitos, a reação inflamatória ocorre apenas na periferia da 
lesão, o que forma uma cápsula conjuntiva que encista o material necrótico. 
▪ Com o tempo, os restos teciduais destruídos são reabsorvidos, ficando somente 
conteúdo líquido. 
♦ ELIMINAÇÃO: se a área da necrose alcança um canal que se comunica com o meio 
externo, o material necrosado é eliminado, originando uma cavidade. 
▪ Esse fenômeno é comum na tuberculose pulmonar, em que o material caseoso é 
eliminado pelos brônquios, o que forma as cavernas tuberculosas. 
♦ CALCIFICAÇÃO: ocorre principalmente na caseosa. 
 
Gangrena 
→ É uma forma de evolução de necrose secundária à ação de agentes externos. 
o GANGRENA SECA: originada pela desidratação da área atingida, especialmente 
quando entra em contato com o ar. Tem cor escura, azulada ou negra, por 
impregnação por pigmentos de hemoglobina, com uma linha nítida (reação 
inflamatória) no limite entre o tecido morto e o não lesado. 
▪ Ocorre, principalmente, nas extremidades dos dedos, de artelhos e da ponta 
do nariz, geralmente por lesões vasculares, como as que ocorrem no DM. 
o GANGRENA ÚMIDA OU PÚTRIDA: resulta da invasão por microrganismos 
anaeróbios produtores de enzimas que liquefazem os tecidos mortos e produzem 
gases fétidos que se acumulam em bolhas juntamente com o material liquefeito. 
▪ Comum no trato digestivo, dos pulmões e da pele. 
o GANGRENA GASOSA: é secundária à contaminação com microrganismos do gênero 
Clostridium, formando bolhas. 
 
APOPTOSE 
 
Introdução 
o A célula aciona mecanismos que culminam com a sua morte. Não há autólise nem ruptura 
da membrana citoplasmática. 
o A célula morta é fragmentada, e os seus fragmentos ficam envolvidos pela membrana 
citoplasmática e são endocitados por células vizinhas, sem provocar quimiotaxia nem 
ativar células fagocitárias (a apoptose não induz inflamação). 
 
GLÂNDULAS MAMÁRIAS: TERMINADA A FASE DE LACTAÇÃO, AS CÉLULAS DOS ÁCINOS QUE 
PROLIFERARAM E SECRETARAM LEITE ENTRAM EM APOPTOSE, FICANDO APENAS OS DUCTOS 
MAMÁRIAS. 
 
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o Apoptose em condições patológicas: por vírus, hipóxia, radicais livres, sustâncias 
químicas, agressão imunitária e radiações ionizantes. 
▪ Falta de fatores de crescimento 
▪ Lesão no DNA 
▪ Estresse no retículo endoplasmático 
▪ Ação de linfócitos T citotóxicos 
▪ Ativação de receptores que têm o domínio de morte, como acontece na 
eliminação de linfócitos autorreatores. 
o Como afeta células individualmente, a apoptose não é facilmente reconhecida em 
exames microscópicos rotineiros. 
o A célula se encolhe e há cariorrexe. A membrana citoplasmática forma brotamentos que 
contêm fragmentos do núcleo. Os múltiplos brotos constituem os corpos apoptóticos, que 
geralmente são endocitados por células vizinhas. 
▪ CORPOS APOPTÓTICOS: aparecem como pequenos corpúsculos basófilos. 
o As mitocôndrias têm papel essencial na apoptose. Quando agredidas por inúmeros 
agentes, ocorre aumento da permeabilidade da membrana mitocondrial externa, com 
liberação de moléculas pró-apoptóticas no citosol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
acidófilos
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ALTERAÇÕES NO INTERSTICIO – CAP.6 
 
Introdução 
✓ Macromoléculas: 
o Proteínas fibrosas: colágeno e elastina. 
o Proteínas não fibrosas: laminina e fibronectina (de adesão). 
o Glicosaminoglicanos e proteoglicanos (polissacarídeos). Ex. De proteoglicano é o 
ácido hialurônico. 
 
TRANSFORMAÇÃO HIALINA 
• Depósitos acidófilos de proteínas do plasma que exsudam e se depositam na MEC, como 
ocorre na íntima de pequenas artérias de indivíduos com HA ou DM. É encontrada no 
quelóide, em cicatrizees hipertróficas e em muitos tipos de fibrose. 
 
TRASNFORMAÇÃO MUCOIDE 
• Aumento da substância fundamental. Há dissociação das fibras colágenas, que ficam 
dispersas em fibrilas finas, dando aspecto de tecido mucoso. Presente na doença reumática e 
no hipotireoidismo (mixedema). 
TRANSFORMAÇÃO FIBRINOIDE 
➢ Deposição de material acidófilo semelhante a fibrina. Em doenças com imunocomplexos, a 
lesão é comum na parede de vasos, e atrai neutrófilos e aumenta a permeabilidade 
vascular. Além da exsudação de fibrina, os neutrófilos exocitam material dos grânulos 
contendo proteases e glicosidases que digerem o interstício. Componentes do interstício e 
fibras colágenas parcialmente digeridos misturam-se à fibrina exsudada e formam material 
com aspecto fibrinoide. 
 
AMILOIDOSE 
➢ Deposição no interstício de material proteico fibrilar, que é a substância amiloide. 
o A substância amiloide é constituída por material amorfo e acidófilo que se deposita 
no interstício e comprime as células. É identificado por vermelho congo, tioflavinas T 
e S e por cristal violeta. 
o No fígado, os depósitos começam nos espaços de Disse, comprimindo e destruindo 
as lâminas de hepatócitos. 
o Nos rins, os depósitos são frequentes nos glomérulos e nos espaços intertubulares, 
levando a hipotrofia e desaparecimento de túbulos. 
o No baço, os depósitos se localizam em folículos ou na polpa vermelha. 
o No coração, os depósitos se iniciam, geralmente, na região subendocárdica, 
comprometendo o sistema de conduç 
 
ão cardíaco.
T. HIALINA: PTNS DO PLASMA.
T. MUCOIDE: SUBST. FUNDAMENTAL
T. FIBRINOIDE: ACIDOFILO SEMELHANTE A FIBIRNA
AMILOIDOSE: SUBSTANCIA AMILOIDE (MATERIAL PROTEICO FIBRILAR)
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DISTÚRBIOS DA CIRCULAÇÃO – CAP.9 
 
HIPEREMIA 
• É o aumento de sangue no interior de vasos, especialmente na microcirculação. 
 
 Hiperemia Ativa 
• Ocorre por vasodilatação arteriolar, o que aumenta o fluxo sanguíneo local, que fica 
avermelhado. 
o É causada por vasodilatadores neurogênicos (como no rubor facial) ou metabólicos 
(ADP e adenosina no exercício físico). Também pode ser causada por mediadores 
inflamatórios vasodilatadores. 
o A hiperemia da inflamação é rapidamente seguida por hiperemia passiva, tornando-
se mista. 
Hiperemia Passiva 
• Também chamada de congestão. 
• Ocorre quando a drenagem venosa está dificultada por 
o Diminuição do retorno venoso em consequência de obstrução localizada, como 
acontece na trombose venosa; obstrução de veias pelo aumento da viscosidade 
sanguínea ou por outras causas; 
o Redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, como acontece na insuficiência 
cardíaca. 
 
Hiperemia Passiva na Insuficiência Cardíaca 
• Insuficiência cardíaca direita causa hiperemia passiva em todo o organismo. 
o Quando a insuficiência é súbita, o fígado fica tumefeito, doloroso, mais vermelho e 
com as veias hepáticas dilatadas. 
o A hipóxia pode causar necrose hepatocitária centrolobular, acompanhada de 
dilatação sinusoidal e edema nos espaços de Disse. 
o No baço, encontram-se acúmulo de sangue nos sinusoides e esplenomegalia 
discreta. 
o Nos demais órgãos, observa-se aumento discreto de volume e coloração arroxeada. 
• Na insuficiência cardíaca esquerda, ocorre hiperemia passiva nos pulmões, que se 
acompanha de edema. 
• Na insuficiência cardíaca de longa duração, a hiperemia passiva prolongada tem 
consequências importantes em muitos órgãos. 
o No fígado, encontram-se degeneração hidrópica e esteatose dos hepatócitos, 
inicialmente os centrolobulares. 
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▪ Os hepatócitos sofrem hipotrofia por compressão pela dilatação sinusoidal, 
aumentando o contraste com a periferia do lóbulo, onde os hepatócitos 
tumefeitos comprimem os sinusoides e reduz a quantidade de sangue. 
▪ Em consequência, o centro dos lóbulos fica mais escuro e a periferia fica mais 
clara, produzindo o típico aspecto de FÍGADO EM NOZ-MOSCADA!!!!!!! 
▪ Crises sucessivas de insuficiência cardíaca podem causar necrose 
hepatocitária e fibrose centrolobular. 
o No baço, IC pode causar esplenomegalia congestiva. 
o Nos pulmões, a hiperemia crônica por ICE favorece edema pulmonar e hemorragia 
por diapedese. 
▪ As hemácias extravasadas são fagocitadas por macrófagos alveoares, que se 
torna carregados e hemossiderina e podem ser encontrados no escarro ou 
no lavado broncoalveolar. 
 
Hiperemia passiva do baço 
• Hipertensão portal causa hiperemia passiva esplâncnica crônica. 
o No trato digestivo, hiperemia passiva crônica → edema de mucosa e desvio do 
sangue portal para a circulação sistêmica → dilatação varicosa nos plexos venosos 
gástrico, esofágico e hemorroidário (varizes gástricas, esofágicas e retais). 
• Esplenomegalia → aumento do número de macrófagos → aumento da hemocaterese → 
citopenia, o que constitui o hiperesplenismo. 
• Nódulos de Gandy-Gamna: pequenos nódulos fibróticos, calcificados e contendo 
hemossiderina no parênquima esplênico. 
 
Hiperemia Passiva Crônica nos Membros Inferiores 
• Acontece na IC crônica ou quando existe insuficiência venosa por incapacidade valvular das 
veias e da bomba venosa das pernas para manter o retorno venoso. 
• A estase sanguínea provoca edema, que se acumula durante o dia. 
• Ao longo prazo, surge hemorragia por diapedese que resulta em pigmentação 
hemossiderótica da pele e provoca seu escurecimento, especialmente na metade inferior da 
perna e do pé. 
• As veias superficiais dilatam-se por incompetência das válvulas das veias perfurantes. 
• A dilatação venosa e a lentidão do fluxo favorecem a formação de trombos nas veias 
profundas, que é a fonte mais importante de tromboembolia pulmonar. 
 
HEMORRAGIA 
• Saída de sangue dos vasos ou coração para o meio externo, interstício ou cavidades pré-
formadas. Podem ser internas ou externas. 
 
 
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Nomenclatura 
• PETÉQUIAS: Diminutas áreas hemorrágicas (até 3mm de diâmetro), geralmente múltiplas. 
Na maioria das vezes, resultam de defeitos qualitativos ou quantitativos de plaquetas. 
• PÚRPURA: Lesão superficial um pouco maior do que as petéquias, múltipla, plana ou 
discretamente elevada, podendo atingir até 1cm de diâmetro. 
• EQUIMOSE: Hemorragia que aparece como mancha azulada ou roxa, mais extensa do que a 
púrpura e que pode provocar aumento discreto do volume local. São frequentes em 
traumatismos. 
• HEMATOMA: hemorragia em que o sangue se acumula e forma uma tumoração. Comum 
em traumatismos. 
• HEMARTROSE 
• HEMOPERICÁRDIO 
• HEMOTÓRAX 
• HEMOPERITÔNIO 
• HEMOSSALPINGE: na luz da tuba uterina. 
• HEMATOMÉTRIO: na cavidade uterina. 
• HEMATOCOLPO: na cavidade vaginal. 
• HEMOBILIA: no interior da vesícula biliar ou dos ductos biliares. 
• EPIXTASE: eliminação de sangue pelas narinas. 
• HEMOPTISE: eliminação de sangue pela tosse e oriunda do sist. Respiratório. 
• HEMATÊMESE 
• MELENA: sangue digerido nas fezes, que ficam com coloração semelhante a borra de café. 
• HEMATOQUEZIA: sangue digerido nas vezes, que ficam com cor vermelha. 
• OTORRAGIA 
• HEMATÚRIA 
• METRORRAGIA: perda de sangue originado do útero fora da menstruação. 
• MENORRAGIA/HIPERMENORREIA: perda excessiva de sangue na menstruação. 
• POLIMENORREIA: aumento da frequência e/ou tempo de duração da menstruação. 
 
Etiopatogênese 
• A hemorragia pode ser causada por: 
o Perda da integridade da parede vascular; 
o Alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea; 
o Modificações qualitativas ou quantitativas das plaquetas; 
o Por mecanismos complexos. 
• Perda da integridade da parede vascular: 
o Hemorragia por rexe: ruptura do vaso por traumatismos. Quando há fragilidade 
vascular, traumatismos mínimos podem romper os vasos, principalmente, se 
associado a redução no número de plaquetas. 
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▪ Bolo alimentar ou fecal pode romper veias varicosas no esôfago ou em 
hemorroidas. 
▪ Em vasculites, o sangramento pode ser atribuído a destruição segmentar da 
parede vascular pelo exsudato inflamatório. 
▪ Ulcerações no sist. Urinário por cálculos ou inflamações ulcerativas. 
▪ Infiltração neoplásica pode perfurar a parede vascular, assim com as 
inflamações parenquimatosas com supuração (como a necrose caseosa na 
tuberculose). 
o Hemorragia por diapedese: 
▪ Ocorre pela saída de sangue através de espaços entre as células endoteliais 
por: 
• Alteração nas junções intercelulares; 
• Formação de poros nas células endoteliais 
▪ Ocorre em vênulas ou capilares nos casos de hiperemia passiva e resulta de 
aumento da pressão intravascular. 
• Alterações na coagulação sanguínea: 
o Deficiência congênita ou adquirida de fatores de coagulação: 
▪ Hemofilia A (deficiência do fator VIII) 
▪ Hemofilia B (deficiência do fator IX) 
▪ Doença de von Willebrand 
o Doenças adquiridas de fatores de coagulação: 
▪ Doenças carenciais, como deficiência de vitamina K 
▪ Doenças hepáticas 
o Coagulopatia de consumo: quadro hemorrágico associado à redução dos fatores da 
coagulação consumidos em excesso. 
▪ O exemplo mais conhecido é a coagulação intravascular disseminada (CID), 
em que a ativação sistêmica da coagulação sanguínea consome seus fatores. 
Nesse caso, há redução do fibrinogênio circulante e aumento da quantidade 
de produtos de degradação de fibrina na circulação. Os produtos de 
degradação de fibrina são inibidores de fatores de coagulação. 
o Hemorragias por excesso de anticoagulantes endógenos ou exógenos: resulta da 
ação de inibidores dos fatores da coagulação. São comuns em pacientes em 
tratamento com anticoagulantes. 
• Alterações quantitativas ou qualitativas de plaquetas: 
o Tromobocitopenia: redução do número de plaquetas 
▪ Aplasia 
▪ Infiltração neoplásica da medula óssea 
▪ Hiperesplenismo 
▪ Medicamentos (a-metildopa, sulfadiazínicos) 
▪ Autoanticorpos 
Mariana Macabú – MedUfes 103 
 
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▪ Próteses valvares podem aumentar a destruição de plaquetas por lise 
mecânica 
o Trombastenia: alterações funcionais de plaquetas 
▪ AAS 
▪ AINEs (anti-inflamatórios não esteroidais) 
▪ AAS e AINEs inibem o ciclo da COX e, assim, diminuem a produção de 
tromboxano, o que reduz a agregação e a ativação de plaquetas. 
▪ Os usuários desses medicamentos apresentam micro-hemorragias, mas 
também podem ter episódios mais graves de hemorragia digestiva. 
▪ Hemorragia digestiva associada a inibidores de COX é mais grave porque se 
associa com a redução da síntese de prostaglandina E2, que é protetora da 
mucosa gástrica. 
o Essas duas alterações acompanham-se de hemorragia, especialmente com petéquias 
ou púrpuras. 
• Mecanismos complexos: Os mecanismos da hemorragia e do choque na dengue são 
complexos e ainda mal esclarecidos. Além da tromobocitopenia, há alterações funcionais na 
parede vascular, induzidas por anticorpos contra antígenos do vírus que dão reação cruzada 
com células endoteliais. 
 
Consequências 
• Depende do volume perdido, do local do sangramento e da velocidade da perda. 
• Perdas pequenas mas contínuas podem causar espoliação de ferro e, consequentemente, 
anemia. 
• Perdas volumosas causam anemia aguda e choque hipovolêmico, nos casos mais graves. 
• Hemorragia nos ventrículos cerebrais ou hemorragia do tecido nervoso encefálico 
aumenta a pressão intracraniana e pode levar ao óbito. 
o Durante reabsorção e reparo, hemorragia subaracnóidea pode bloquear a 
reabsorção liquórica e resultar em hidrocefalia. 
o Sangue no espaço

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