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Letícia Santos - Medicina Exames laboratoriais - HAS Em uma avaliação inicial em paciente com cifras tensionais elevadas, o principal enfoque é investigar prováveis lesões em órgãos-alvo, além da possibilidade de hipertensão arterial secundária. Nesse sentido, essa avaliação inicial, na rotina, inclui: o Eletrocardiograma: coração; o Exame comum de urina: rins; o Creatinina plasmática: rins; o Glicemia: diabetes melito; o Potássio plasmático: hiperaldosteronismo primário; o Colesterol total, HDL, triglicerídeos: dislipidemias; o Ácido úrico plasmático: hiperuricemia. ANÁLISE DE URINA Este exame serve para analisar de forma microscópica as células, bactérias e cristais que possam estar presentes na urina e causar doenças. Além disso são realizadas dosagens de glicose, bilirrubinas e outras substâncias que auxiliam no diagnóstico de doenças sistêmicas. SÓDIO E POTÁSSIO (SANGUE) Tanto o sódio (Na+) como o potássio (K+) estão relacionados ao controle da pressão arterial (PA) e à hipertensão arterial sistêmica (HAS). O Na+ (vasoconstrictor), quando reabsorvido, para o sangue causa elevação da PA. Na mesma proporção que os Na+ é reabsorvido, o K+ (vasodilatador) é eliminado pela urina. GLICEMIA DE JEJUM (SANGUE) O exame de glicemia em jejum serve para medir o nível da glicose na circulação sanguínea do paciente podendo identificar casos de diabetes e pré diabetes, além de ser importante para o controle das pessoas que já possuem esses diagnósticos. HEMOGLOBINA GLICADA (SANGUE) O exame de Hemoglobina Glicada, conhecido pela sigla HbAIC é o primeiro passo para o diagnóstico do diabetes. Ele reflete a concentração dos níveis de glicose sanguínea dos últimos 2-3 meses. A A1C é um componente menor da Hb, sendo encontrada em indivíduos adultos não-diabéticos em uma proporção de 1% a 4% dos indivíduos normais. Na prática, os valores normais de referência vão de 4% a 6%. Níveis de A1C acima de 7% estão associados a um risco progressivamente maior de complicações crônicas. Por isso, o conceito atual de tratamento do diabetes mellitus (DM) define a meta de 7% (ou de 6,5%, de acordo com algumas sociedades médicas) como limite superior acima do qual está indicada a revisão do esquema terapêutico em vigor. RITMO DE FILTRADO GLOMERULAR ESTIMADA A taxa de filtração glomerular tem como objetivo verificar o funcionamento dos rins, pois leva em consideração a dosagem de substâncias que são filtradas nos rins e não são reabsorvidas para o sangue, sendo essencialmente eliminadas na urina. No caso da creatinina, por exemplo, essa proteína é filtrada pelos rins e uma pequena quantidade é reabsorvida para o sangue, de forma que em condições normais pode ser verificada concentrações de creatinina na urina muito superior à do sangue. A taxa de filtração glomerular pode ser calculada tanto levando em consideração a concentração de creatinina quanto a concentração de cistatina C. CREATININA (SANGUE) A creatinina é uma substância presente no sangue que é produzida pelos músculos e eliminada pelos rins. A análise dos níveis de creatinina no sangue geralmente é feita para avaliar se existe algum problema nos rins, especialmente quando está muito aumentada, já que pode significar que os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina e, por isso, está sendo acumulada no sangue. Letícia Santos - Medicina COLESTEROL TOTAL, HDL E TRIGLICERÍDEOS (SANGUE) O exame mede os níveis de gorduras no sangue que podem ocasionar obstrução dos vasos sanguíneos, causando infarto e AVC (derrame). ÁCIDO ÚRICO PLASMÁTICO (SANGUE) Os cristais de ácido úrico podem se acumular nas articulações e nos rins causando gota, cálculos renais e até insuficiência renal. A elevação das dosagens de ácido úrico é frequentemente associada a hipertensão arterial e problemas cardiovasculares. ECG EM REPOUSO (CONVENCIONAL) O exame de eletrocardiograma consiste em medir a atividade elétrica do coração e serve para diagnosticar a existência de problemas cardíacos. O ECG, atenta para os achados de hipertrofia do ventrículo esquerdo (HVE), de bloqueio do ramo esquerdo (BRE), de QT alargado e das arritmias nos hipertensos, o que, só então, levará o clínico a solicitar outros exames e terapêutica medicamentosa ou não o mais precocemente possível. Referências BARROSO, Weimar Kunz Sebba et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial–2020. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 116, p. 516-658, 2021. GUS, Iseu. Aprimoramento da valorização das alterações do ECG na hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens vol, v. 14, n. 3, p. 158-161, 2007.
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