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Manejo da Osteoporose

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TÍTULO: MANEJO DA OSTEOPOROSE
Nathália Reis Souza; Autor2; Autor3;Orientador4( Camilla)
INTRODUÇÃO
Osteoporose é um problema de saúde pública que afeta predominantemente idosos do sexo feminino pois a densidade mineral óssea deste gênero é menor, a expectativa de vida das mulheres é maior, além de perderem massa óssea mais rapidamente, principalmente após a menopausa, devido a queda dos níveis de estrogênio. (1) Em termos de definição, é uma doença osteometabólica caracterizada por redução da massa óssea e destruição da microarquitetura do osso, levando a uma maior suscetibilidade a fraturas. (2)
FISIOPATOLOGIA
O processo de perda óssea decorre de um desequilíbrio entre a reabsorção e formação óssea. No paciente idoso alguns mecanismos contribuem para maior prevalência desta doença. Primeiramente, de forma fisiológica, há aumento dos osteoclastos e diminuição dos osteoblastos, levando a diminuição da formação óssea. Além disso, os idosos se expõem menos aos raios solares e têm uma menor ingestão de vitamina D. Os baixos níveis desta vitamina associados a baixa ingesta de cálcio acarretam menor absorção intestinal do mineral e consequentemente uma hipocalcemia. E, em mulheres pós menopausadas devido ao déficit de estrogênio, todas estas alterações se somam aumentando ainda mais a reabsorção óssea. (2)
CLÍNICA
O paciente que apresenta distúrbio ósseo e metabólico é assintomático até que haja fraturas, sendo que o local mais comum de fratura em idosos é nas vértebras, quando ele pode queixar de dor nas costas, perda de peso e cifose e no fêmur proximal. Um mecanismo de fratura importante entre a população idosa é o trauma mínimo, ou seja, queda da própria altura. (2)
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é dado pela densitometria óssea, de acordo com seguintes valores e respectivas interpretações: normal: menor ou igual a -1; osteopenia: entre -1 e -2,5; osteoporose: menor ou igual a -2,5; osteoporose grave: menor ou igual a -2,5 associado fratura por fragilidade. (2)
As indicações para realização da densitometria são: mulher maior igual a 65 anos; homem maior igual a 70 anos; e indivíduos a partir de 50 anos com os seguintes fatores de risco: baixo peso corporal, história de fratura, tabagismo, etilismo, uso prolongado de glicocorticóides e anticonvulsivantes e história familiar de osteoporose. (2)
O diagnóstico também pode ser estabelecido clinicamente se houver fratura por fragilidade ou traumatismo de baixa energia. (2)
Existe uma ferramenta desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde para avaliar o risco de fratura nos próximos 10 anos, denominada FRAX (Fracture Assessment Tool). Através dela é permitido avaliar com certa precisão a necessidade de abordagem terapêutica para o paciente. Os resultados que indicam risco aumentado de fratura são fratura de fêmur maior que 3% e/ou fratura maior, maior que 20%. (1)
TRATAMENTO
As indicações de iniciar tratamento para osteoporose são, mediante resultados da densitometria óssea, indicar: T escore menor ou igual a -2,5 na coluna lombar, colo do fêmur, quadril ou terço distal do rádio; ou osteopenia somada ao FRAX com risco aumentado de fratura. Além disso, caso o paciente apresente fratura vertebral ou de quadril de baixo impacto, o tratamento já pode ser iniciado, sem a necessidade de solicitar a densitometria. (2)
TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO
O tratamento não medicamentoso inclui atividade física, modificações no ambiente, correção visual e revisão medicamentosa com o intuito de prevenir quedas, e consequentemente fraturas. Os exercícios físicos contribuem para melhorar a força muscular e a coordenação, sendo que, para um melhor resultado, é orientado a associação de atividades aeróbicas associadas ao treino resistido. Este aumenta a massa óssea e força do músculo esquelético, melhorando a flexibilidade e coordenação. Outra recomendação é quanto aos aspectos nutricionais, sendo que é orientado o consumo de alimentos ricos em cálcio como leite e derivados, sardinha, folhas verdes escuras (couve, rúcula), brócolis e quiabo. Além disso, é importante a exposição solar, já que as fontes alimentares de vitamina D, como óleos de peixe e produtos derivados do leite são escassas ou de conteúdo pouco significativo na maioria dos casos. O melhor horário para produzir vitamina D é entre 12:00 e 15:00, por 15 a 20 minutos.(3) Ademais, a cessação do tabagismo e etilismo deve ser fortemente recomendado pelo profissional da saúde.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Já a abordagem farmacológica é dividida em 3 pilares: suplementação de vitamina D, suplementação de cálcio e medicamentos específicos. Quanto à suplementação da vitamina D, é necessário avaliar primeiramente os seus níveis laboratorialmente. Quando houver deficiência, a reposição deve ser iniciada com 50.000 UI por semana durante oito semanas, e, a partir de então, reavaliar. E como dose de manutenção, é recomendado doses diárias de 1000 a 2000 UI. (4) Em relação ao cálcio, é recomendado que seja consumido cerca de 1200 a 1500 mg/dia. A forma mais comum é o carbonato de cálcio, mas por possuir baixa biodisponibilidade, é necessário consumir junto com alimentos para maior absorção. (5) É importante salientar que as doses ótimas de cálcio e vitamina D ainda são controversas. (4)
E, por fim, na terapia específica da osteoporose, os fármacos mais utilizados e considerados de primeira linha compreendem a classe dos bifosfonatos, que são antirreabsortivos, bloqueando a ação dos osteoclastos na superfície óssea. Um dos representantes desta classe é o alendronato que é utilizado via oral, na dose de 70 mg, 1 vez por semana, portanto, uma posologia de maior comodidade e adesão. Alguns cuidados como ingerir pela manhã, em jejum, com água, e não deitar nem comer por 30 minutos após a medicação devem ser tomados  para prevenir a esofagite erosiva e úlceras gástricas. (6) Outro fármaco que pode ser utilizado é o raloxifeno, indicado para as mulheres pós menopausa, atuando como agonista e modulador seletivo do receptor estrogênico no tecido ósseo. O paratormônio recombinante, funcionando como formador ósseo, também é uma opção terapêutica, mas não se configura como a primeira escolha. (2)
CONCLUSÃO
Com os níveis crescentes de diagnóstico de osteoporose devido ao envelhecimento populacional, é necessário abordar este tema nas consultas em geral, estimulando a adoção de medidas de fortalecimento muscular e aumento de massa óssea desde as fases primárias da vida. (7)
REFERÊNCIAS:
1-  LOURES, Marco Antônio R. et al . Diretrizes da Sociedade Brasileira de Reumatologia para diagnóstico e tratamento da osteoporose em homens. Rev. Bras. Reumatol.,  São Paulo ,  v. 57, supl. 2, p. s497-s514,    2017 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042017000800009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  26  ago.  2020.  https://doi.org/10.1016/j.rbre.2017.07.003.
2- TOMMASO, A.B.G. et al. Geriatria guia prático. Editora Geral.
3- Alves M, Bastos M, Leitão F, Marques G, Ribeiro G, Carrilho F. Vitamina D – importância da avaliação laboratorial. Rev Port Endocrinol Diabetes Metab. 2013;8:32-9.
4- RADOMINSKI, Sebastião Cézar et al . Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Rev. Bras. Reumatol.,  São Paulo ,  v. 57, supl. 2, p. s452-s466,    2017 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0482-50042017000800005&lng=en&nrm=iso>. access on  26  Aug.  2020.  https://doi.org/10.1016/j.rbre.2017.07.001.
5- Albergaria BH. Importância e impacto do Fixare® no manejo da osteoporose
pós-menopáusica. Med Int Méx. 2020;36(Supl. 1):S20-S25. h t t p : / / d o i . o r g / 1 0 . 2 4 2 4 5 / m i m .v36id.3778
6- Nobre CA, Vieira VMSF, Nobre CA, Pamplona YAP. Caracterização do uso do
alendronato para osteoporose na Atenção Primária à Saúde. Rev Bras Med Fam Comunidade.
2016;11(38):1-9. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc11(38)901
7- SANTOS, Hugo Jose Xavier e AMORIM, Shirley Vidal. Fatores que influenciam na prevenção e tratamento da osteoporose.Revista Digital Vida e Saúde. V. 1, n. 3, dezembro/ janeiro 2002.