Trabalho diversidade - Maria Eduarda Kurhan Gura

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE
CAMPUS AVANÇADO DE PRUDENTÓPOLIS
SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - SESA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE IRATI – DECIC/I
MARIA EDUARDA KURHAN GURA
O cultivo da diversidade de gênero nas empresas para alcançar melhores resultados.
A. OBJETIVO GERAL
 O trabalho com a diversidade de gênero dentro das organizações brasileiras em busca de melhores resultados.
B. A DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES E SUA IMPORTÂNCIA
As atuais organizações estão inseridas em um ambiente altamente diversificado, pois, o país em que vivemos possui uma multiplicidade de raças e costumes que formam a identidade nacional e cultural. Desta forma, a sociedade busca por políticas direcionadas a inclusão social e o combate ao racismo e preconceitos. Integrar essas diferenças é um dever das empresas brasileiras, porém, apesar de ser um assunto considerado indispensável, grande parte das empresas ainda estão atrasadas na diversificação de suas equipes. 
As organizações têm sido historicamente abordadas como entidades assépticas em que os indivíduos convivem de forma funcional e neutra em prol de objetivos econômicos. O questionamento deste modelo de administração revela sua negligência quanto à convivência de indivíduos de distintos segmentos psicográficos e estilos de vida na organização, que, para sobreviver, muitas vezes se calam, escondendo-se sob a impessoalidade profissional (IRIGARAY, 2008).
Segundo Meyers (2003) a valorização da diversidade representa, para as organizações, uma estratégia empresarial na busca por um aumento da vantagem competitiva através de um ambiente inovador e criativo.
As pessoas são consideradas de suma importância para a formação e desenvolvimento de uma organização, sem elas não haveria organização, nem sua necessidade. Assim, as organizações necessitam desenvolver práticas organizacionais socialmente responsáveis, que requerem a compreensão do que acontece nas organizações, incluindo o comportamento do indivíduo e a interação com o ambiente externo (MAXIMIANO, 2012).
Vale ainda ressaltar, que as organizações estão englobando, em seu planejamento estratégico, a preocupação com o desempenho de seus funcionários dentro das organizações. Lawler (1997) aprecia que a motivação é um fator crítico em qualquer planejamento organizacional. No entanto, é importante ressaltar que o papel da administração não é motivar as pessoas que trabalham na organização, e sim proporcionar um ambiente inovador e motivador, que o indivíduo possa se sentir acolhido e satisfeito.
C. A DESIGUALDADE DE GÊNERO 
Como sabemos, desde muito antigamente, as mulheres obtinham um papel único na sociedade, se tornarem boas donas de casa, boas mães e esposas impecáveis. Era isso que cabia a elas, ter suas enormes famílias, com muitos filhos e fazer tudo que tivesse ao alcance para agradar o marido. 
Mas com o tempo as mulheres passaram a desejar fazer as mesmas atividades que, no entanto, era possível somente aos homens. Por que elas não poderiam sair de suas casas para trabalhar, estudar tantas outras coisas?
É nessa parte da história que começam as lutas por direitos iguais e reconhecimentos. E sim, as mulheres conseguem fazer grandes feitos, adquirem o direito ao voto, o direito de ingressarem em escolas e universidades, o direto da inserção feminina no trabalho, entre outras conquistas.
Porém, essas conquistas ainda são usufruídas pela metade, um grande exemplo disso é a relação ao mercado de trabalho e a questão salarial. De acordo com o IBGE, as mulheres recebem, em média, R$2.050,00 por mês, enquanto os homens tem remuneração média salarial de R$3.579,00, ou seja, o salário das mulheres corresponde a 7,9% ao dos homens.
Muitas mulheres ainda, se deparam com situações que envolve a maternidade por exemplo, o IBGE identificou que uma dessas razões para o rendimento menor da mulheres é a dupla jornada feminina, na prática além de cumprirem com as ocupações do mercado de trabalho, elas se dedicam também aos cuidados dos filhos e da casa.
São esses e muitos outros fatores que diminuem de certa forma as mulheres, independente do quanto elas possam ser ótimas profissionais e tenham ótimos currículos.
D. MATERIAL DE APOIO PARA A CAMPANHA.
1.0 Vídeo
“A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO | DESIGUALDADES DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO” por Mulheres de Luta.
 No vídeo, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho brasileiro são comentados por Jurema Werneck (Diretora da ONG Criola), Helena Hirata (Especialista em sociologia do trabalho e do gênero e professora da Universidade de Paris VIII) e Hildete Pereira de Melo (Editora da Revista GÊNERO e Coordenadora do Núcleo Transdisciplinar de Estudos de Gênero da UFF).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xSyXSiEyics
1.1 Vídeo 
“AS MULHERES E O TRABALHO” por Se Liga – Enem e Vestibulares
No vídeo, a professora de sociologia, Renata Esteves, fala sobre a luta das mulheres no mercado de trabalho e as dificuldades encontradas no decorrer da história da humanidade. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OL6kmGf8qtw 
2.0 Revista 
PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho
A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO E A QUESTÃO DE GÊNERO
Por Brumatti Carvalhal
Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/805 
3.0 Artigo Científico
“A diversidade de gênero e as diferenças e semelhanças na hierarquia de valores do trabalho de homens e mulheres no chão de fábrica”
Por Nereida da Silveira
DA SILVEIRA, Nereida SP. A diversidade de gênero e as diferenças e semelhanças na hierarquia de valores do trabalho de homens e mulheres no chão de fábrica. REGE Revista de Gestão, v. 13, p. 77-91, 2006.
Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rege/article/view/36543/39264 
3.1 Artigo Científico 
 “Diversidade e gênero no contexto organizacional: um estudo bibliométrico”
Por João Batista Ferreira
FERREIRA, João Batista et al. Diversidade e gênero no contexto organizacional: um estudo bibliométrico. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, v. 9, n. 3, p. 45-66, 2015.
Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4417/441742858005.pdf 
E. PLANO DE AÇÃO
A presente campanha consiste em um trabalho social contra a desigualdade de gênero nas organizações. Está direcionada a sociedade geral, em especial, para empreendedores e empresários, donos de empresas para que pratiquem a diversidade nos meios de trabalho, contratando uma equipe equilibrada, realizando os pagamentos de maneira igualitária e dispondo de oportunidades iguais em ambos os gêneros. 
Em segundo plano, também tem por objetivo a conscientização dos homens para que colaborem com suas companheiras de lares, ajudando nos afazeres e cuidados com seus filhos, ou seja, trabalhos não remunerados. Já que, em questões globais, as mulheres são consideradas as cuidadoras não remuneradas padrão.
O trabalho sobrecarregado e o estresse cotidiano são de grande impacto no âmbito trabalhista das mulheres, uma vez que, dispõe indiretamente de uma jornada de trabalho redobrada e são afetadas fisicamente e mentalmente. Consequentemente são prejudicadas em seus trabalhos remunerados por terem menos tempo disponível para se dedicar a tais atividades. 
A campanha entra em vigor a partir do dia 01 de maio de 2021, por coincidência, dia Internacional do Trabalhador e pretende abranger o maior número de cidadãos possíveis.
REFERÊNCIAS:
MEYRS, Aaron. O valor da diversidade racial nas empresas. Estudos afro-asiáticos. Rio de Janeiro:vol.25, n.3, p. 483-515, ISSN 1678-4650, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2003000300005&lng=pt&tlng=pt . Acesso em: 01 maio. 2021.
IRIGARAY, H. A. R. As diversidades nas organizações brasileiras: estudo sobre orientação sexual e ambiente de trabalho. 2008. Tese de Doutorado em Administração de Empresas, Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, São Paulo, 2008.
LAWLER, Edward E. Motivação nas organizações de trabalho. In:BERGAMINI, Cecília W.; CODA, Roberto. Psicodinâmica da vida organizacional: Motivação e Liderança. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1997. p. 130-159.
MAXIMIANO, Antônio C. A. Introdução à administração. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SARAIVA, Luiz Alex Silva; IRIGARAY, Hélio Arthur dos Reis. Políticas de diversidade nas organizações: uma questão de discurso?. Revista de Administração de Empresas, v. 49, n. 3, p. 337-348, 2009.
FERREIRA, Ely Rodrigues. Gestão da diversidade em organizações contemporâneas. 2016.
MULHER no mercado de trabalho: atuação e importância. unisc, 2020. Disponível em: https://ead.unisc.br/blog/mulher-mercado-trabalho>. Acesso em: 01. Maio. 2021.