Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica Perda de visão aguda Anamnese - QP→ Perda rápida e significativa da acuidade visual em um curto espaço de tempo - HDA→ é de extrema importância prestar atenção nos seguintes dados: A) A perda de visão é unilateral ou bilateral? B) Transitório ou não? Amaurose fugaz → é um fenômeno que acontece uma perda de visão mas ela é temporária, um exemplo é quando abaixamos a cabeça e levantamos muito rápido, algumas vezes ao levantarmos podemos ter uma perda de visão. Normalmente está relacionado à obstrução de fluxo sanguíneo, pessoas que possuem muitas enxaquecas e crises hipertensivas. É importante entender que quando o olho está em uma baixa de visão, a visão só volta quando tratado o motivo dessa perda da visão. C) Subitamente em questões de horas, dias ou semanas? Horas→ geralmente por oclusão arterial (amaurose aguda) Dias e semanas → causadas por retinopatia diabética D) Afetou centro ou periferia da visão? Periferia → causada geralmente pelo glaucoma agudo ( o paciente tem uma visão tubular, ele não enxerga as periferias) Centro → Ligada geralmente à degeneração macular E) Teve trauma ou associado a doença sistêmica? F) Tem dor ou não? Pressões altas Neurite óptica → dor na movimentação ocular → Perda visual causada por AVC AVC Isquêmico → se houver um hipofluxo na região no nervo óptico no AVCI podemos ter por consequência uma lesão do nervo óptico até a região da retina causando uma palidez naquela região e sequela de visão AVC Hemorrágico → teremos uma hemorragia intracraniana, então depende da onde derramar e da quantidade de sangue: se for perto do quiasma e região de nervo óptico teremos baixa de visão por acometimento do AVCH, mas em ambos dos AVCs não é comum a perda de visão a não ser que seja muito extenso Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica Causas mais frequentes - Opacidade dos meios → córnea, cristalino e vítreo - Doenças da retina - Traumas - Doenças de causa neuro oftálmica Opacidade dos meios 1) Edema de córnea ● Trauma (bateu o olho e causou um edema) ● Hipóxia→ normalmente causado pelo uso inadequado de lente de contato - Quando o contato da córnea com o ambiente é interrompido pela lente, ela deixa de realizar trocas de oxigênio com o meio causando um edema (a córnea é avascular por isso que é de extrema importância essa troca que ela realiza com o ambiente) - É orientado ao paciente que fique 15 dias sem usar lentes de contato para que se estabeleça uma cura desse processo. Além de hidratar bastante essa córnea. ● Infecções - Causados por Ceratites infecciosas - Infecções bacterianas –> antibiótico; infecções fúngicas –> antifúngicos ● Inflamações - Causados por Blefarite, conjuntivite , pacientes que trabalham com produtos químicos ou com soldas. - Tratado normalmente com anti-inflamatórios hormonais e não hormonais ● Aumento súbito da PIO ( pressão intraocular) - Utiliza-se de hipotensores para diminuir essa pressão. + Tratamento - Utilizar hipotensores, corticóides, lubrificar a córnea e também os colírios antiinflamatórios. 2) Sangramentos externos ● Hemorragia vítrea. - “ Mosquito passando na parede branca” - Causado por descolamento de vítreo. - Tratamento: esperar 3 meses para o sangue ser reabsorvido, depois disso se não voltar a visão é preciso realizar um processo cirúrgico. ● Hifema - Presença de sangue na câmara anterior. Normalmente causada por trauma. - Tratamento: só acessamos cirurgicamente quando a pressão do olho sobe, isso ocorre porque está ocorrendo o acúmulo do muracuoso no trabeculado Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica pois ele não está dando conta de drenar esse líquido. Doenças da retina 1) Descolamento da retina ● Regmatogênico → rasgo na retina entrando líquido neste rasgo formando um “Bolsão” de descolamento. - Comum em pacientes auto míopes - O tratamento é cirúrgico ● Exsudativo → ocorre em processos inflamatórios e infecciosos - Muito comum em doenças reumatológicas - Tratamento com corticóide tópico, oral e intravítreo ou subconjuntival regridem. Não é cirúrgico. ● Tracional → típico de retinopatia diabética proliferativa - Tratamento cirúrgico 2) Doença macular relacionada à idade (DMRI) - Exsudativa → é uma causa de baixa de visão súbita, pois o paciente começa a ter drusas na macula e elas coalescem formando uma membrana neovascular subretiniana e essa membrana apaga a visão subitamente do paciente - Apesar de ser grave é possível tratar com injeção intravítrea de anti-VGEF. OBS:Degeneração Macular Atrófica não tem tratamento e é uma sequela da exsudativa 3) Oclusões vasculares ● Arterial → é definitiva, retina isquêmica, mácula em cereja ● Veia → hemorragia nos 4 quadrantes, é possível fazer tratamento com substância anti-VEGF pois a retina fica hipóxica formando neovasos podendo recuperar a visão se o tratamento for eficaz e rápido Traumas 1) Penetrantes 2) Não penetrantes ● Hifemas ● Hemorragia vítrea ● Edema corneano ● Descolamento de retina ● Lesão de nervo óptico/ vias ópticas ou SNC Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica Neurite óptica Mulher jovem com baixa de visão e com dor à mobilização ocular, muitas vezes abre um quadro de neurite óptica antes de fazer diagnóstico de esclerose múltipla. Resumindo: principal causa de neurite óptica em mulher com baixa de visão e dor à mobilização é esclerose múltipla 1) Papilite 2) Neurite óptica retrobulbar 3) Tem causas desmielinizantes, mas geralmente é de causa idiopática (50% evoluirão para esclerose múltipla) 4) Mais comum entre mulheres entre 18 e 40 anos de idade. 5) 90% cursa com dor periocular ou retro ocular com perda visual. Dor à movimentação ocular. 6) defeitos de campo visual ( escotoma central e cecocentral) 7) Dificuldade na percepção de cores (geralmente com objetos vermelhos, “ paciente relatou que os objetos vermelhos estão meio rosados” ) 8) TC e RM dão o diagnóstico e afastam lesões compressivas 9) Exame do líquido cerebrorraquidiano demonstra aumento da celularidade e do conteúdo protéico, com níveis elevados de gamaglobulina. Estes achados aparecem principalmente nas neurites associadas à doença desmielinizante. - Tratamento : uso de corticóide por via endovenosa nos casos de perda visual grave ou bilateral; imunossupressores. Perda de visão crônica Catarata A catarata é a principal causa de cegueira reversível no mundo, é tratada cirurgicamente, e pela cirurgia ser cara, a maior parte dos pacientes acabam não tendo acesso a este recurso. A catarata é definida pela perda da transparência do cristalino, impedindo que os feixes de luz cheguem à retina. Geralmente é bilateral e assimétrica, ou seja, um olho é pior que o outro. - Formação das cataratas são causadas por: ● Edema ● Alteração proteica ● Necrose das fibras e vão opacificando ● Rompimento das fibras - Fases: ● Incipiente ● Madura ● Hipermadura Tipos de cataratas 1) Catarata senil 2) Catarata congênita - Pacientes que nascem com essa catarata devem ser Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica operados logo, visto que essa opacidade pode gerar muito prejuízo da acuidade visual dessa criança. 3) Catarata traumática 4) Catarata secundária Qualquer “toque” que aconteça no cristalino causa edema no olho e gerando uma opacidade. - Diabetes - Uveítes recorrentes → de tantos processos inflamatórios a íris vai aderindo no cristalino e vai opacificando - Glaucoma - Retinose Pigmentar - Descolamento de Retina - Cirurgias intraoculares - Aplicação de laser - Doenças metabólicas - Exposição ultravioleta - Medicamentos(anti-inflamatórios,co rticoides) Glaucoma Glaucoma na emergência: normalmente é o glaucoma agudo, em que o paciente faz um bloqueio pupilar e o humor aquoso não consegue ser drenado pelo trabeculado na região periférica do olho aumentando a PIO, se não for tratado em até 6hs o paciente pode perder a visão. O glaucoma é definido como uma neuropatia, danos ao nervo óptico e defeitos no campo visual. Características - Geralmentebilateral - Geneticamente determinada Fisiologia A pressão intraocular é determinada pelo índice de produção do humor aquoso pelo corpo ciliar (processos ciliares) e a resistência ao escoamento do humor aquoso. O humor aquoso é um líquido claro que preenche as câmaras anteriores e posteriores do olho. Geralmente possui os mesmos eletrólitos do plasma sanguíneo, porém com concentrações diferentes. Classificação 1) Primário - Ângulo aberto (crônico) → 90% dos casos - Ângulo fechado (agudo) 2) Congênito → Buftalmia - A criança nasce com uma falha na drenagem do humor aquoso, a criança deve operar assim que nasce, e infelizmente, normalmente essa criança na metade da sua adolescência fica cega. Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica 3) Secundário Todas as patologias que podem impedir a drenagem do humor aquoso entram nessa classificação. - Alteração do cristalino - Alteração do trato uveal - Trauma - Processos cirúrgicos - Tumores - Oclusões venosas - Iatrogênicos 4) Absoluto → neovascular (secundário à retinopatia diabética proliferativa) Doença macular relacionada à idade É a maior causa de cegueira acima de 65 anos de idade, e geralmente acomete mais as mulheres do que os homens, mais comum em pessoas de pele e olhos claros. Há um caráter familiar e também pode estar relacionada com o tabagismo, HAS e obesidade. Sinais e sintomas ● Perda visual lenta (DMRI trófica /seca) ou abrupta ( DMRI exsudativa úmida com membrana neovascular) ● Metamorfopsia (distorção das imagens) ● Alterações na mácula ● Edema de retina ● Pigmentação anômala ● Hemorragias sub retinianas e intra retinianas ● Exsudatos duros ● Drusas Tipos 1) Degeneração seca ou não exsudativa - Evolução lenta e insidiosa - Perda da visão lenta e progressiva - Presença de drusas 2) Degeneração úmida ou exsudativa - Evolução mais dramática/ aguda - Perda abrupta da visão - Drusas na fase inicial, depois evoluindo para formação de membrana neovascular subretiniana (MNVSR) Larissa - Med 102 Perda visual aguda e crônica - Edema, hemorragias e exsudatos. Diagnóstico - Exame de fundo de olho - Retinografia simples e fluorescente - Tomografia de Coerência Óptica (OCT) Tratamento - Vitaminas antioxidantes com Zinco e Luteína - Forma úmida: ● Fotocoagulação com laser ● Substâncias antiangiogênicas ● Corticoides intravítreo
Compartilhar