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AULA 7 - CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO 1

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Cuidado Integral à Saúde 
do Adulto 1 
AULA 7 – ANGINA 
ASPECTOS CLÍNICOS 
É uma síndrome clínica. 
 
Resultando em aporte inadequado de O2 para 
atender à demanda do miocárdio. 
 
 
Causa: consiste em fluxo sanguíneo coronariano 
insuficiente 
 
• Caracterizada por paroxismos de dor ou 
sensação de pressão na região anterior do 
tórax. 
 
A angina de peito é um conjunto de sintomas 
decorrentes da insuficiência do fornecimento de 
sangue ao coração. O sangue entra através das 
artérias coronárias, se as artérias se estreitarem e 
impedirem que o sangue consiga chegar 
rapidamente ao musculo cardíaco, o individuo 
com dor torácica ou precordial (precordialgia), 
também conhecido como angina de peito ou 
angina pectoris. 
 
TIPOS DE ANGINA 
• Angina estável: dor previsível e 
consciente. Ocorre ao esforço ou estresse 
emocional. 
• Angina instável ou angina pré-infarto: os 
sintomas aumentam de frequência e de 
gravidade. A angina instável (AI) é definida 
como uma síndrome clínica situada entre 
a angina estável e o infarto agudo do 
miocárdio (IAM) 
• Angina intratável ou refrataria: dor 
torácica intensa e incapacitante. 
• Angina variante (angina de prinzmetall): 
episódios recorrentes de dor torácica, em 
repouso com elevação reversível do 
segmento ST (vaso espasmo coronariano) 
• Isquemia silenciosa: evidencia objetiva de 
isquemia, porém o paciente não relata 
nenhuma dor (assintomático) 
 
 
ECG SEM ALTERAÇÕES 
 
 
 
ECG COM ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ANGINA – SOCIEDADE 
CARDIOVASCULAR CANADENSE 
 
Classe 1 – atividade física habitual, como 
caminhar ou subir escadas, não provoca angina, 
angina ocorre com esforço físicos prolongados e 
intensos. 
 
Classe 2 – discreta limitação para atividade 
habituais: angina ocorre ao caminhar e subir 
escadas rapidamente, caminhar em aclives, 
caminhar ou subir escadas após refeição, ou no 
frio, ao vento, sob estresse emocional, ou apenas 
durante poucas horas após o despertar. A angina 
ocorre após caminhar por 02 quarteirões planos 
ou subir mais de um lance de escadas em 
condições normais. 
 
Classe 3 – limitação com atividades habituais: 
angina ocorre ao caminhar num quarteirão plano 
ou subir um lance de escada 
Classe IV – incapacidade de realizar qualquer 
atividade habitual sem desconforto: os sintoma 
anginosos podem estar presentes no repouso. 
 
FATORES DE RISCO 
• Temperaturas mais baixas favorecem a angina 
por instigar a contração dos vasos. 
• Exagerar na comida faz com que o sistema 
cardiovascular não dê conta da demanda 
durante a digestão. 
• Os quilos a mais contribuem para a pressão 
alta e o aumento nas taxas de colesterol. 
• O avançar dos anos é fator de risco para o 
coração. Homens mais velhos estão na linha 
de frente. 
• O tabagismo faz disparar inflamações e lesa a 
camada interna das artérias. 
• Força física além da conta exige mais da 
circulação sanguínea e propicia o 
desconforto. 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A angina resulta da doença aterosclerótica 
coronariana (DAC) e é associada à obstrução de 
uma artéria coronária principal 
 
 
O miocárdio extrai muito oxigênio da circulação 
coronariana. 
 
 
Existindo o bloqueio de uma artéria coronária, 
não ocorre o fluxo aumentado para suprir a maior 
demanda do miocárdio e, como consequência, 
ocorre a dor anginosa. 
 
 
 
O que acontece com o miocárdio? 
• O que ocorreu para não obter O2 
suficiente? 
• e o fluxo sanguíneo ficou como? 
• resultando em? 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• a dor.... varia... 
• sensação de indigestão leve até sensação de 
sufocação ou de peso na parte superior do 
tórax 
• a intensidade pode incluir desde desconforto 
até dor agonizante 
• O cliente com DM pode não sentir dor intensa 
com a angina 
• A dor pode ser acompanhada de apreensão 
intensa e sensação de morte iminente 
• com frequência, é retroesternal, de 
localização profunda no tórax, atrás do terço 
superior ou médio do esterno 
• O desconforto é mal localizado e pode 
irradiar-se para o pescoço, a mandíbula, os 
ombros e a face interna dos braços 
(geralmente no braço esquerdo) 
• A dor pode ser acompanhada de sensação de 
fraqueza ou dormência nos braços, punhos e 
mãos 
• bem como dispneia, palidez, sudorese, 
tontura ou desorientação e náuseas ou 
vômitos. 
• Pode ocorrer ansiedade com a angina 
• Uma característica importante da angina é 
que ela cede com a remoção da causa 
precipitante ou administração de 
nitroglicerina 
• As mulheres podem apresentar sintomas 
diferentes ou mais leves que os homens 
• incluindo náuseas, vômitos, dor na 
mandíbula, fadiga incomum e desconforto na 
parte superior das costas ou no abdome. 
 
AVALIAÇÕES E ACHADOS DIAGNÓSTICOS 
• Avaliação das manifestações clínicas da dor e 
da história da saúde do cliente; 
• Alterações no eletrocardiograma (ECG) de 12 
derivações, prova de esforço, exames de 
sangue (incluindo biomarcadores cardíacos); 
• Ecocardiograma, cintilografia ou 
procedimentos invasivos, como cateterismo 
cardíaco (cineangiocoronariografia). 
 
CHADOS LABORATORAIS 
Troponinas são uma família de 
proteínas encontradas nas fibras musculares 
esqueléticas e cardíacas, sendo que existem 
troponinas específicas, chamadas troponina I 
cardíaca (Ceni) e troponina T cardíaca (cTnT), 
estão presentes em pequenas quantidades no 
sangue. Quando há lesão do músculo cardíaco, as 
troponinas cardíacas são liberadas na circulação 
em quantidade proporcional à extensão da lesão. 
Quando um paciente tem um infarto do 
miocárdio, os níveis sanguíneos de troponinas se 
elevam em 3 a 4 horas após a lesão e permanece 
elevado durante 10 a 14 dias. 
 
CKMB é uma das 3 formas em que a enzima CK 
(creatinoquinase) é encontrada no sangue: 
CKMM, CKBB e CKMB. A isoenzima MB é um 
marcador utilizado na prática médica para o 
diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM) 
e miocardites, pois está presente principalmente 
no músculo cardíaco. 
 
MANEJO CLÍNICO 
❖ Terapia farmacológica e controle dos fatores 
de risco; 
❖ Alternativas: procedimentos de reperfusão 
para restaurar a irrigação 
sanguínea ao miocárdio; 
❖ Incluem procedimentos de intervenção 
coronária percutânea (ICP) (p. Ex., 
Angioplastia coronária trans luminal 
percutânea [ACTP], stents intracoronário e 
aterectomia) e cirurgia com colocação de 
enxerto em artéria coronária ou 
revascularização do miocárdio (CABG). 
 
TRATAMENTO 
• Antiplaquetários e anticoagulantes (ácido 
acetilsalicílico, clopidogrel, prasugrel, 
heparina não fracionada ou de baixo peso 
molecular, agentes que atuam na 
glicoproteína) 
• Nitratos, que constituem o tratamento 
padrão (nitroglicerina) 
• Bloqueadores beta-adrenérgicos 
(metoprolol e atenolol) 
• Bloqueadores dos canais de cálcio, 
antagonistas dos íons cálcio (anlodipino e 
diltiazem) 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AVALIAÇÃO 
• Reunir informações sobre os sintomas e as 
atividades do cliente (as que precedem e 
precipitam as crises de angina de peito); 
• Investigar os fatores de risco do cliente para 
DAC; 
• a compreensão do diagnóstico pelo cliente e 
sua família; 
• e a adesão ao plano de tratamento atual. 
 
 
DIGNÓSTICO DE ENFERMAGEM 
• Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída; 
• Ansiedade relacionada com os sintomas 
cardíacos e a possibilidade de morte; 
• Conhecimento deficiente sobre doença 
subjacente e os métodos usados para evitar 
as complicações; 
• Não adesão ao tratamento, manejo ineficaz 
do esquema terapêutico relacionado com a 
incapacidade de aceitar as mudanças 
necessárias no estilo de vida. 
 
PROBLENAS 
COLABORATIVOS/COMPLICAÇÕES 
POTENCIAIS 
• Síndrome coronariana Aguda (SCA); 
• Infarto agudo do miocárdio (IAM); 
• Arritmias; 
• Parada cardíaca; 
• Insuficiência cardíaca; 
• Choque cardiogênico. 
 
PLANEJAMENTO E METAS 
• Tratamento imediato e apropriado 
quando ocorrer angina; 
• Prevenção da angina; 
• Redução da ansiedade; 
• Percepçãodo processo patológico e 
compreensão do cuidado prescrito; 
• Adesão ao programa de autocuidado e 
ausência de complicações; 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
• Agir imediatamente caso o cliente se queixe 
de dor ou sintomas prodrômicos sugestivos 
de isquemia cardíaca, incluindo sensação de 
indigestão ou náuseas, sufocação, peso, 
fraqueza ou dormência nos MMSS, dispneia 
ou tontura; 
• Orientar o cliente para interromper todas as 
atividades repousar no leito em uma posição 
de semi-Fowler, para reduzir as necessidades 
de oxigênio do miocárdio isquêmico; 
• Medir os sinais vitais e observar a existência 
de sinais de angústia respiratória; 
• Obter um ECG e colocar o cliente sob 
monitoramento cardíaco contínuo. 
• Administrar oxigenoterapia se a frequência 
respiratória do cliente estiver aumentada, ou 
se houver diminuição no nível de saturação de 
oxigênio; 
• Administrar nitroglicerina por via sublingual e 
avaliar a resposta do paciente; 
• Se a dor for significativa e contínua após essas 
intervenções, avaliar o cliente de modo mais 
minucioso para IAM agudo e, possivelmente, 
transferi-lo para uma unidade de maior 
complexidade. 
 
REDUÇÃO DA ANSIEDADE 
• Explorar as implicações que o diagnóstico 
tem para o cliente; 
• Fornecer informações essenciais sobre a 
doença e os métodos de prevenção de sua 
progressão; 
• Explicar a importância das medidas 
prescritas para o cliente ambulatorial em 
domicílio; 
• Explorar vários métodos de redução do 
estresse com o cliente (p. ex., 
musicoterapia). 
 
PREVENÇÃO DA DOR 
• Rever os achados de avaliação, identificar 
o nível de atividade que provoca a dor ou 
as manifestações prodrômicas do cliente 
e planejar conforme as atividades do 
cliente (Fatores que desencadeiam 
episódios de angina); 
• Quando o cliente sente dor com 
frequência ou durante uma atividade 
mínima, alternar as atividades com 
períodos de repouso. 
ORIENTAÇÃO DO CLIENTE SOBRE O 
AUTOCUIDADO 
• O cliente e a sua família possam compreender 
a doença, identificar os sintomas de isquemia 
do miocárdio, descrever as ações a serem 
tomadas quando surgirem sintomas e discutir 
métodos para prevenir dor torácica e o 
avanço da DAC 
• Orientação consistem em reduzir a frequência 
e a intensidade das crises de angina, retardar 
a evolução da doença subjacente, se possível, 
e prevenir as complicações 
• Explicar ao cliente que qualquer dor que não 
seja aliviada em 15 min pelos métodos 
habituais, incluindo nitroglicerina, deve ser 
tratada no serviço de emergência mais 
próximo. 
 
RESULTADOS ESPERADOS DO CLIENTE 
• Alívio imediato da dor; 
• Diminuição da ansiedade; 
• Compreensão das maneiras de 
prevenção e ausência de 
complicações; 
• Adesão ao autocuidado. 
 
EXERCÍCIO 
1) Construir dicionário de termos técnicos 
REFERENTES À AULA 
 
 
 
 
 
 
2) Conceitue angina e descreva a fisiopatologia. 
 
 
 
 
 
3) Quais os tipos de angina? 
 
 
 
 
 
 
4) Qual a classificação da angina? 
 
 
 
CASO CLÍNICO 
Paciente masculino, 58 anos, hipertenso, 
apresentou 3 dias antes dor epigástrica que 
irradiava para região retroesternal após esforço 
que melhorou com repouso. No dia anterior 
apresentou o mesmo padrão de dor em repouso. 
Procurou a emergência neste dia após apresentar 
novamente a dor em repouso em domicílio. 
Negava tabagismo, diabetes, AVE e infarto 
prévios. Referia possuir angina estável com 
cintilografia positiva associada a dor típica que foi 
tratada 2 meses antes (janeiro de 2016) com 
implante de 5 stents. Medicações em uso: 
omeprazol, losartana, clopidogrel, atenolol, 
sinvastatina, aspirina. 
 
Quais possíveis exames esse paciente deve fazer? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais possíveis alterações podem aparecer nos 
exames? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual possível tratamento?

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